Não Me Deixe Sozinho escrita por Gabriel Yared


Capítulo 9
Paixão, Uma Substância Tóxica e Mortal - por Anabell Dulac


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Anabell invadindo a parada aqui!
Bem, esse é o especial de dois meses da fic, e o Taito me pediu - entenda isso como "eu-implorei-a-ele-que-deixasse" - para escrever o capítulo.
Portanto, eu tenho total poder para inventar e pôr fogo no circo (hauahauahauhau) e decidir o que acontecerá aos personagens. Na verdade, eu quem pus "O Intruso" no capítulo anterior, para começar a promover o meu capítulo.
Bom, espero que gostem do meu capítulo!



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[...]

Há uma camisa dele jogada no chão... não resisto ao impulso e a ponho dentro de minha mochila. Esse foi um erro fatal, pois vejo que ele acaba de abrir a porta do banheiro.

Meu coração para, e meu corpo também. Ele começa a andar em direção ao guarda-roupas – que está atrás de mim – e eu não sei o que fazer. Cerca de vinte centímetros antes dele encostar em mim, eu saio correndo e salto pela janela e uma vez fora do quarto, fecho-a com muita força, produzindo muito barulho...

Leo

Saio do banho e volto para meu quarto. Vou andando em direção ao guarda-roupas quando ouço a janela se fechando com muita força.

— Quem tá aí? — pergunto, bastante assustado. Ninguém responde — Mããããeee!

Ouço a porta do quarto abrir e minha mãe entra desesperada:

— O que foi, Leo?

— Tem alguém de fora dentro de casa? — isso soou como uma pergunta e afirmação ao mesmo tempo.

— Não, filho! Só estamos eu você e o seu pai aqui. Por quê?

— Mãe, alguém entrou no meu quarto enquanto eu estava no banho.

— Quê? Como assim, Leo?

— Outro dia, quando eu tava só em casa, peguei uma carta escrita em Braile em cima da minha escrivaninha, e eu não tinha deixado lá!

— E o que escreveram na carta, Leo — mamãe parecia preocupada.

— Ah... Escreveram um monte de letras sem sentido, provavelmente era alguém me zoando!

— Leo, isso pode é perigoso! E se fizerem alguma coisa de ruim contra você?

— Não mãe, não vão fazer nada. E eu vou deixar a janela trancada de agora em diante.

Ouvi os passos dela andando na direção da escrivaninha.

— Leo, tem um papel aqui. Foi você que deixou aqui? — perguntou ela.

— Fui — menti.

— Ok, eu vou buscar um cadeado para a sua janela... e pra todas as outras janelas da casa... — ouvi a porta do quarto se fechar.

Me virei em direção à escrivaninha e rumei até ela. Tateei em busca de um papel e encontrei. E o que dizia nele era:

Sei que você está junto com o Gabriel,

E vou fazer com que você seja meu

Eu te amo muito, Leo.

Seremos felizes para o resto de nossas vidas!

Com amor, C. F.

C. F.? Isso é uma assinatura? Quem eu conheço que assina assim? Vou pedir ajuda a Gi e ao Gabriel. É... não vou conseguir descobrir sozinho.

Amasso o papel e o jogo no chão.

Giovana

Chegou a hora, não posso mais esconder. Não aguento mais esconder.

Saio do meu quarto e vou para a sala. Mamãe está vendo televisão. Me sento ao sofá ao seu lado e a abraço.

— Oi, filha — diz ela, acariciando meus cabelos.

— Me desculpa... — eu começo a soluçar e as lágrimas rolam pelo meu rosto.

— Giovana, o que foi? — perguntou ela preocupada.

— Eu... eu... mãe, eu devia ter tomado mais cuidado, eu sei...

— Gi, do que você tá falando?

— Eu... perdi minha virgindade... com o William — solucei muito forte.

— Ah... Giovana, isso é normal na sua idade...

— Não, mãe, não é simples... eu tô grávida...

Leo

Disquei o telefone de Gi, mas ela não atendeu.

Liguei então para Gabriel.

— Alô — disse ele.

— Oi, Biel — respondi.

— Tudo bem, Leo?

— Ham... tudo. E com você?

— Tudo.

— Gabriel... preciso de você pra me ajudar numa coisa.

— O que foi, Leo?

— Cê pode vir aqui em casa ainda hoje?

— Não sei... vou perguntar pro papai — então ele fala mais alto: — PAI, POSSO IR NA CASA DO LEO?

Não consigo ouvir a resposta do pai dele.

— É QUE A GENTE TÁ BOLANDO UMA FESTA SURPRESA PRA UMA AMIGA NOSSA E A GENTE TEM QUE ORGANIZAR! — silêncio enquanto o pai dele dá a resposta — NÃO, NÃO DEU TEMPO DE ORGANIZAR LÁ NA CASA DA GIOVANA — silêncio — TÁ, EU VOLTO ANTES DAS NOVE! — e agora para mim: — chego aí em alguns minutos — e num sussurro: —, meu amor.

Ele desliga o telefone. Eu vou para a sala espera-lo.

— Filho, o Gabriel está aí na frente. Vou abrir pra ele — anuncia papai.

— Oi, Leo — diz Gabriel.

— Oi, Gabriel — eu digo — Vamos para o meu quarto.

Eu vou para o quarto e ouço também os passos dele me seguindo.

Quando chegamos lá dentro, me viro pra ele e digo:

— Alguém invadiu o meu quarto e deixou outra carta pra mim.

— Sério? — Gabriel parecia meio preocupado e irritado — O que a carta diz?

Apanho o papel onde o deixei na escrivaninha e li para ele.

— Ah, mas quem terá sido? — perguntou ele.

— Eu não sei... mas tenho que te contar uma coisa... — começo.

— Pode dizer, Leo.

— Sabe a última festa que a gente foi na casa da Karina?

— Sei.

— Sabe aquela hora que você foi no banheiro?

— Aham...

— Pois é, eu fiquei sozinho te esperando, daí veio o Fábio e... e ele me beijou...

— Ele o que? — exclamou Gabriel surpreso — Ah, mas isso é muito estranho!

— É, é muito estranho mesmo.

— Por que não me contou antes?

— Fiquei com medo do que você pudesse fazer...

— Ah, eu só quero fazer uma coisa: mandar o Fábio parar de te encher!

— Hum...

— Mas... Leo, ele sempre te tratou mal, fez piadas sobre você...por que de repente ele te dá um beijo?

— A Gi disse... disse que acha que ele na verdade gosta de mim e não sabe como se comportar quanto a isso, sendo nós dois meninos e tal...

— Mas é um idiota mesmo! — disse Gabriel rindo — Então é simples. A gente só tem que mandar ele parar de te encher o saco entrando na sua casa escondido. A gente ameaça que vai dizer à polícia ou a algum professor...

— Mas e se não foi ele? — eu interrompo.

— Você desconfia de outra pessoa? — ele pergunta surpreso.

— Não, mas nós não temos prova de que seja ele. Olha, aqui no papel tem uma assinatura: C. F., se fosse o Fábio, o “F” não deveria vir primeiro?

— Bem, parece que ele tá usando o sobrenome primeiro. Qual o sobrenome dele, Leo?

— Não sei... Mas acho que não começa com “C” ...

Fazemos alguns minutos de silêncio.

— Acho que só vamos poder resolver isso quando as aulas voltarem — digo por fim.

— É...

— Não se preocupa, tá? Mamãe já colocou um cadeado na minha janela. Eu quase não abria mesmo. Agora ninguém mais vai entrar aqui.

— Hum...

Então ele me abraçou bem forte e me deu um beijinho no pescoço, que me deu arrepios.

— Eu te amo muito e não imagino minha vida sem você, Leo — cochichou ele no meu ouvido.

— Eu também te amo e você é muito importante pra mim — respondi. Ele me deu um selinho. E eu dei um selinho nele. E nós começamos a nos beijar com muita vontade... e eu ouvi a porta do quarto ser aberta...

— O que está acontecendo aqui? — a voz da minha mãe irrompeu pelo quarto, furiosa... e Gabriel me afastou rapidamente.


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Notas finais do capítulo

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