Não Me Deixe Sozinho escrita por Gabriel Yared


Capítulo 6
Uma Carta


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Espero que estejam todos bem!
Esse capítulo não é lá tão emocionante, mas prometo que emoções virão no próximo (muahahahahah).
Então, aproveitem a "noite feliz" entre Gabriel e Leo!
Taito.



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[...]

Ficamos ali, dando voltas ao redor de nós mesmos, felizes. Ele então me abraça bem forte, e então me beija, com muita ferocidade. Eu respondo o beijo da mesma forma. Ficamos abraçados por um tempo, até que a música para, ouço a porta do meu quarto abrindo, Gabriel me afasta e ouço a porta batendo com força.

— Que foi isso? — pergunto nervoso.

— Gabriel... — começa Gi.

— Era o seu pai... — conclui Gabriel.

— O quê? Meu pai? — isso não pode estar acontecendo, não pode.

— Vou falar com ele — declara Gi. Ouço a porta de meu quarto abrir e fechar e ouço os passos pelo corredor. Passam-se alguns minutos, estou muito nervoso. Ouço a porta se abrir novamente.

— Ele foi embora — diz Gi. — Só vi o carro virando a esquina.

— Ele viu mesmo? — questiono.

— Viu — Gabriel responde. — Eu olhei nos olhos dele.

— E qual era a reação dele, ele ficou com raiva?

— Não, ele ficou espantado e foi embora.

O que será que vai acontecer quando eles voltarem? Bem, pelo menos eles não desistiram de ir comemorar o aniversário de casamento deles. Eu iria me sentir muito mal.

— Olha, não podemos fazer nada agora — diz Gi. — Então é melhor a gente aproveitar e nos esquecermos disso e só curtir o momento — ela põe a música novamente.

— Gabriel, pelo menos tranca a porta do quarto, ok? — sugiro.

— Claro — ele responde.

Depois disso, nós começamos a dançar e a rir e conversar e ficamos assim por umas horas até que ficamos com fome.

Fomos até a cozinha, onde mamãe havia deixado uma torta de frango, chocolate, refrigerante e um bolo pra gente.

Depois de comer, voltamos para o meu quarto e resolvemos jogar “o que você prefere”.

— Leo, você prefere — começa Gi — dormir sobre uma cama de pregos ou ser atropelado por uma manada de elefantes?

— Hum... prefiro deitar na cama de pregos — respondo. — Gabriel, você prefere entrar em um rio com água muito fria ou ir para a escola só de cueca?

— Nossa! — exclama ele. — Acho que eu prefiro entrar na água gelada. Gi, você prefere ser devorada por piranhas ser ou enterrada viva?

— Ai, eu não sei. Se for pra escolher... acho que ser enterrada viva dói menos. Leo, você prefere dar um beijo no Fábio ou se afogar?

Nossa! Por que essa pergunta? Ela vai se ver comigo! Fico preocupado com a reação de Gabriel, será que ele captou a mensagem? Mas me alivio, pois ele começa a rir.

— Bem... eu prefiro morrer afogado a beijar o Fábio!

Nós três caímos na gargalhada.

Continuamos a nos divertir por mais algum tempo, e então começamos a sentir sono e nos arrumamos para dormir.

Giovana deita na cama extra e logo dorme – sei disso por que ela ronca baixinho.

— Gabriel, dorme comigo hoje? — pergunto.

— Não sei... e se encontrarem a gente juntos de manhã?

— A porta tá trancada, não tá?

— Tá.

— Eles não têm a chave. Quando a vovó vier aqui de manhã, a gente finge que estava dormindo separados.

— Ok — ele concorda por fim. Abraça-me e me leva até a minha cama. Ficamos deitados bem juntinhos, ele me envolvendo em seus braços. Ficamos dando vários selinhos por uns minutos, depois os beijos demoram mais tempo. Apertamos-nos um contra o outro.

Ele então põe sua mão sobre minha cintura, e começa a me acariciar. Fico nervoso. Ele passa a mão pelo meu abdômen, pelo meu peito... fico arrepiado. Ele passa a mão em minha coxa, sobe em direção ao meu traseiro... eu seguro a mão dele.

— Não — sussurro. — Hoje não.

— Me desculpa... — ele diz.

— Tudo bem.

Não estou pronto para esse tipo de coisa. Mas quando terei chance de ficar com ele desse jeito de novo?

— Ei? — chamo sussurrando.

— Oi — Gabriel responde.

— Eu te amo.

— Eu te amo mais.

Abraçamos-nos mais forte.

— Eu quero que você continue — digo.

— Como assim?

— Continue a me acariciar.

Ele volta a passar sua mão por mim de forma muito carinhosa. Eu começo a apalpá-lo também.

Ele passa a mão pelo meu bumbum, e aperta. Sinto-me estranho, mas a sensação é boa. Por estarmos tão juntos, começo a sentir um volume contra a minha virilha, e eu também começo a ficar excitado... nos beijamos ferozmente, desejando demais um ao outro. Eu percebo tarde demais que minha mão já está dentro do short dele, então eu tiro de lá, com muito nervosismo.

— Está com medo? — Gabriel pergunta.

— Não... eu só não estou preparado...

— Eu posso esperar o tempo que você precisar — ele então me beija no pescoço, me causando arrepios.

A mão dele desce do meu abdômen até o meu short, ele acaricia pelo lado de fora, me causando muito prazer e eu não o impeço... ele começa a pôr sua mão para dentro do meu short com um pouco de timidez, como se estivesse pedindo permissão. Percebendo que não me oponho, ele põe sua mão para dentro de uma vez e acaricia meu pênis de forma delicada...

Giovana

Ah, fala sério! Eles estão se pegando como se eu não estivesse aqui! Esse é o meu pensamento enquanto finjo estar dormindo, mas estou apenas de olhos fechados, com o rosto virado para a parede e ouvindo o som dos beijos de Leo e Gabriel.

Sinto-me bastante envergonhada de estar aqui, mas não peço para que parem.

Começo a pensar em outras coisas para tentar me distrair. Penso em minha noite com William... como ficamos juntinhos... como foi bom sentir sua pele contra a minha...

Mas esse pensamento logo é ofuscado pelo som de beijos. Como isso é irritante!

Busco pensar em coisas mais sérias, como o beijo que Fábio deu em Leo. É muito estranho. Nunca pensei que isso poderia acontecer. Mesmo que Fábio goste mesmo de Leo, acho que é impossível imaginar os dois juntos. E eu meio que desafiei Leo quando perguntei se ele preferia beijar o Fábio ou se afogar, mas eu não resisti.

Os beijos cessaram e eu pude finalmente dormir em paz.

Leo

Acordei com batidas na porta do meu quarto.

— Leo? — chamou minha avó.

Comecei a cutucar Gabriel, até que ele acordasse.

— Vai para o colchão — disse eu e eu senti que ele saiu da cama.

Levantei-me e tateei até encontrar a chave na fechadura da porta, destranquei e abri.

— Bom dia, vó — disse eu sonolento.

— Bom dia, Leo. Tudo bem?

— Sim.

— Só você acordado?

— É.

— Leo, eu preparei o café da manhã para vocês. Está lá na cozinha. Acorda a Giovana e o Gabriel e vão comer logo, antes que esfrie.

— Ok — digo eu.

Vou até Gabriel e o chamo.

— Oi, Leo. — diz ele.

Depois de acordar a Gi também, nós nos dirigimos para a cozinha e tomamos o café conversando sobre a noite – omitindo as partes em que eu e Gabriel nos beijávamos.

Depois que minha avó foi embora, Gi e Gabriel começaram a se arrumar para irem para suas casas também. Gi foi primeiro, pois sua mãe já a estava chamando.

Ficamos somente eu e Gabriel.

Ele me abraça, e nos beijamos por vários minutos.

— Eu te amo, Leo — sussurra ele no meu ouvido.

— Eu te amo muito, muito mais — eu digo.

Ele então se vai e eu entro no meu quarto e sento-me na cadeira da minha escrivaninha para fazer alguns deveres de casa que tenho de fazer durante as férias.

Tateio a escrivaninha em busca de meus livros e encontro um papel – um papel que eu não havia deixado lá.

Havia pequenas elevações nele e eu percebi que estava escrito em Braile:

Você é a pessoa mais importante pra mim.

Se você estiver feliz, eu estarei feliz.

Te amo demais, Leonardo.

Não há assinatura, mas tenho certeza de que foi Gabriel quem escreveu para mim.

Ligo para ele.

— Alô — diz ele.

— Eu não sabia que você já sabe escrever tão bem em Braile — digo.

— Ham, o quê? — ele pergunta, confuso.

— Tô falando do papel que você deixou em minha escrivaninha, dizendo que será feliz enquanto eu for feliz.

— Isso tudo é o que eu realmente sinto por você, Leo, mas eu não escrevi nada pra você e deixei na escrivaninha...


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem.
Se gostaram, comentem, divulguem, acompanhem, compartilhem.
Se não, digam o que pode ser melhorado.
Com amor,
Taito Yagakamo.