Não Me Deixe Sozinho escrita por Gabriel Yared


Capítulo 11
Eu Sei o Que Eu Quero, Mãe


Notas iniciais do capítulo

Olha, demorou, mas tá aí!
Espero que gostem, principalmente do final!
Com amor, Taitinho gostosinho...



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Depois de algumas horas já acordado, me revirando na cama um pouco incomodado, percebo que não adianta de nada ficar isolado.

Levanto e vou para o banheiro. Tomo banho.

Volto para o quarto. Me visto.

Destranco a porta e saio. Vou para a cozinha. Sento-me em uma cadeira.

Ouço os passos de alguém passando perto de mim, indo em direção ao armário.

— Leo, quer comer alguma coisa? — era a voz da minha mãe.

Fico calado. Sinto a raiva comprimir meu peito.

— Leo? — mamãe insiste.

Continuo em silêncio.

— Ok, vou fritar ovos pra você — conclui ela.

Ouço ela fritar os ovos. Fico pensando qual será o momento em que ela vai começar a falar comigo sobre Gabriel.

— Aqui está. Coloquei os ovos dentro do pão — diz ela. Ouço uma cadeira ser arrastada e percebo que ela se sentou à minha esquerda.

Tateio em busca do prato. Eu o acho e pego o pão. Começo a comer.

— Então... Leo... já está pronto pra conversar?

Me concentro em comer o pão.

— Vamos, filho, não adianta... temos que conversar.

— Se eu for conversar com alguém, quero conversar com o papai — disparo.

— Hum... mas eu quero conversar com você, Leozinho...

— Mas eu não quero conversar com você, mãe.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

— Leo, eu só quero dizer que eu acho que você não tem idade pra...

— Eu vou fazer 18 anos daqui dois meses, mãe — respondi secamente.

Eu comecei com um ano de atraso na escola, por conta da minha deficiência, portanto, sou o mais velho da minha sala depois do Gabriel, que repetiu a terceira série.

— Mas Leo...

— Mas nada. Mãe, eu estou namorando com o Gabriel, vou continuar a namorar com ele e nós seremos felizes. E você não vai me impedir.

— Você ouviu bem, Laura? — era a voz do meu pai. — Ele já decidiu e tem idade pra isso.

Mamãe ficou em silêncio.

Gabriel

Chego em casa e tomo uma decisão.

Meu pai está no sofá, assistindo à televisão.

— Pai, cheguei — eu anuncio.

— Oi Gabriel — cumprimenta ele.

— Como o senhor está?

— Bem, e você?

— Precisamos conversar.

Ele desliga a TV e eu me sento na poltrona ao lado do sofá. Olho para ele.

— Pai, eu tô namorando — começo.

— Ah, que legal filho! Quando vou conhecê-la?

— Hum... Antes de você conhecê-la, deve saber que ela não é ela.

— Ham? Como assim, filho? — papai fica um pouco confuso.

— Eu estou namorando... um menino. O nome dele é Leonardo. Já faz quase dois meses... — baixo meus olhos.

— Ah, filho... tudo bem... — disse papai, de um jeito muito sincero. — Eu te amo, não importa o que você escolha para sua vida. Eu estarei aqui para apoiá-lo.

— Muito obrigado, pai! — eu me levanto e o abraço, bem forte. — mas não é só isso — eu digo, depois que me sento novamente na poltrona.

— Pode falar, filho.

— A mãe dele acabou de descobrir. Ela brigou com a gente. Por isso eu voltei logo. E eu estou preocupado com o Leo.

— Olha filho, o seu... namorado... tem que se entender com a mãe dele. Mas eu tenho certeza de que vai ficar tudo bem. Por mim, vocês podem sim ficar juntos. Quero conhecê-lo.

— Certo, isso pode ficar pra depois, tá? Primeiro eu quero saber como mostrar a mãe dele que eu sou bom pro filho dela... que eu não quero o mal dele... que eu... que eu o amo...

— Ah filho... bom, por enquanto, você não deve fazer nada, só esperar que ele se resolva com a mãe dele — disse papai, pensativo. — E qual o posicionamento do pai dele sobre isso?

— Antes de eu vir embora da casa dele, o pai dele me disse que nos apoiaria e faria de tudo para que nós dois ficássemos juntos — eu relatei.

— Ah, então eu vou conversar com o pai dele depois — papai estava bem despreocupado, então é um ótimo sinal para eu contar o que tenho em minha cabeça.

— Ham... pai?

— Sim?

— Eu quero falar de mais uma coisa antes de eu ir dormir...

— Pode falar, Gabriel.

— Eu sinto... eu estou sentindo... umas coisas muito fortes pelo Leo... — falei, bem baixinho.

— Ah, que tipo de coisas?

— Ah... aquelas paradinhas lá...

— Gabriel, desculpa, mas não estou entendendo... — a expressão dele era mesmo de profunda confusão.

— Ah, pai... umas coisas... meio que.... sexuais... — a cada palavra, eu falava bem mais baixo.

— Hum... Ah... Filho eu... — papai se atrapalhou — Bem... isso é normal na sua idade... ham... você pode, se depender de mim... ah... fazer essas coisas... sexuais... ham... mas tome cuidado. Se proteja. As doenças como Aids ainda estão matando muitos jovens.

— Eu sei, pai. Obrigado, pai — eu me levanto e abraço ele de novo.

— Filho, eu te amo!

— Eu também, pai!

Vou então para meu quarto. E me deito.

Quando acordo de manhã meu pensamento vai direto para Leo. Como será que ele deve estar? Espero que bem.

Fico deitado um tempão.

Fico pensando naquelas coisas.

Lembro-me daquele final de semana em que fomos ao acampamento. Em que só havia eu e ele no banheiro. E que quando ele tirou o short, eu fiquei com... tesão...

Estou sentindo isso de novo. O Leo me deixa muito excitado.

Tenho algumas ideias do que vou fazer hoje à noite...

Leo

Já se passaram várias horas desde que eu conversei com minha mãe, e agora estou na casa do Biel.

Eu vou dormir aqui, desafiando minha mãe.

Estamos no quarto de Gabriel e já devem ser umas onze horas da noite, estamos nos preparando para dormir.

Deito-me na cama de Gabriel. Sinto que ele se pôs em cima de mim, de maneira provocante, pressionando sua virilha contra a minha, me deixando excitado...

— Gabriel... — eu começo, mas sou interrompido por arrepiantes beijos no pescoço.

— Relaxe — sussurra ele no meu ouvido — e me deixe te fazer muito feliz...


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, divulguem.
Se não, comentem o que pode ser melhorado!
Beijos, até a próxima.