–Mono... Eu irei te trazer de volta!

Wander pegou corpo de Mono, o colocou em Agro, e partiu para casa. Deixou o corpo na cama, e dormiu.

– Wander!

Ao ouvir sua voz, o jovem acordou. Olhou para Mono, mas não foi ela que disse. O jovem supôs que era apenas um sonho. Naquele momento, Wander se lembrou do que Mono disse.

“Eu tenho sonhos. Almas negras me perseguem e me atacam neles. ” Foi o que ela disse. Wander também tinha esses sonhos. Talvez, a relação dos dois fosse mais forte do que pensava.

Wander levantou, e foi até a biblioteca de sua vila. Lá, ele procurou por livros de magia e ressurreição, mas não conseguia. Aquela biblioteca, possuía uma sala que só era possível entrar tendo uma chave.

– Com licença, o senhor tem uma espécie de chave para aquela sala? Foi uma ordem de Lord Emon – disse o jovem, ao dono da biblioteca.

– Ah sim, acho que a tenho – disse o senhor, mexendo nas gavetas – Aqui, tome.

– Obrigado – agradeceu.

Wander então foi até aquela sala, colocou a chave e girou. A porta se abriu, e ele entrou. A sala era escura, iluminada apenas por algumas velas. Ele encontrou uma mesa com um livro, e uma vela ao lado. Wander abriu o livro, e leu.

“ Dentre o reino das lendas, uma existe como a mais perigosa. O qual nenhum humano, além de Vosso Lord Emon já enfrentou. Reina sobre uma terra ao norte, um poderoso ser, com uma poderosa magia. Magia da qual pode até trazer almas perdidas. Inevitavelmente, o humano que queira cruzar estas terras, deverá carregar consigo, a Espada Ancestral. Nenhum ser além de Vosso Lord Emon possui tal espada, portanto, é o único que pode cruzar estas terras proibidas ”

Wander entendeu o conteúdo do texto. Porém, ele sentia que havia algo oculto naquele texto. Então, começou a procurar. Ele tentou de todos os jeitos, até pensar em ler apenas as primeiras letras de cada frase. Assim, se formou a palavra DORMIN.

Neste momento, Wander ouviu o som de um falcão. Seria esse um sinal? Porém, o pensamento do jovem foi interrompido por um brilho, que vinha do lado esquerdo da sala.

Ele olhou, e logo se surpreendeu. Era a Espada Ancestral. Wander a pegou, e o brilho se estendeu pelo corpo do jovem. Ele havia completado uma parte de seu plano. Agora, só faltava ir para as Terras Proibidas, para pedir para o poderoso ser, trazer Mono de volta à vida.

O jovem chegou em casa, e sentou ao lado de Mono. Pegou um cobertor, cobriu o corpo da garota. Depois, foi até um baú, pegou seu arco e uma bolsa com flechas, e amarrou sobre seu cinto. Pegou o corpo envolto no cobertor, e foi até os estábulos.

Lá, ele chamou Agro, e cavalgou rumo ao norte. Após passar pelos limites da vila, olhou para trás, e disse a si mesmo.

– É um sacrifício necessário... - se virou, e continuou a cavalgar.