Chained Wings escrita por João Marcelo Santos


Capítulo 6
Capítulo 6: Pena de morte.


Notas iniciais do capítulo

Gemt, eu voltei! o/ Pois é my lovely people (ou não XD), sei que vocês me amam e sentem minha falta (Ou não² XD), mas o importante é que eu postei o capítulo!! o/


Tô postando o capítulo de madrugada mesmo, porque sinceramente eu queria postar essa capítulo o mais cedo possível, tava meio ansioso , sei lá XD Mas acabou que: Eu viajei, estou em Recife, aguentando a internet da minha tia que não é das melhores, além da minha preguiça natural, além do meu beta demorar um pouco para Beta o capítulo, enfim...Novela vai, novela vem, mas postei o/


Só digo uma coisa: Nesse capítulo a história dá uma virada ezpetákulá minha gemtxi u.u Ok, não é espetacular XD Mas bom, leiam que vocês vão entender u.u

Ah, e NOVAMENTE, eu peço para avaliarem, comentem suas opiniões, se não gostaram, deem seus motivos - Sem xingamentos porquê Deus castiga u.u - , quem sabe eu melhore, faça um autor feliz minha gente u.u XD enfim, chega de enrolação e boa leitura! o/



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|02 de Outubro de 2190. Guardia.|

Eram seis horas da noite na rua Green Bird. No lado de fora da casa dos Bhenergton, havia vários carros de policiais parados, com os faróis acesos em direção à porta da casa. Nos carros, estava escrito P.G.S, Polícia do Governo Santo. Os vizinhos espiavam o tumulto, alguns pela brecha da janela, alguns pela brecha da porta, e outros até saíam para olhar mais de perto. Era notável aquele movimento na casa.

A porta estava aberta, onde vários guardas entravam e saíam, embora a maioria permanecesse lá dentro. Angel estava ao lado de um policial que estava do lado de fora da casa, com um cobertor branco em seus ombros por causa da ventania gélida. Ele procurava mantê-la aquecida, e perguntava se estava bem. “É claro que não”, pensava a garota. “Obviamente que não.” Porém, ela apenas assentia.

O pescoço dela estava todo marcado, e havia alguns cortes também. Havia cicatrizes pelos braços e pernas também, e sua testa sangrava. O policial tentava estancar o sangramento com um pano branco, que o segurava na testa da garota. Sua perna havia sido esfaqueada, e um esparadrapo havia sido enrolado no local, com algodões debaixo. Ela ofegava bastante, assustada. Ela também chorava, enquanto a dor em sua perna parecia não ter fim.

Seus tios tentaram matá-la sufocada com uma corda grossa em seu pescoço, logo depois que ambos chegaram bêbados em casa após irem novamente para uma festa. Quando seu tio havia pego uma faca e esfaqueado sua perna esquerda, fazendo a menina berrar de dor enquanto chorava alto, as câmeras flagraram o ocorrido e logo a polícia agiu. Quando chegaram no recinto, o rosto de Angel já estava muito roxo de tanto ser sufocada.

Os policiais conversavam entre si, alguns anotando em seus blocos. Havia um carro de repórteres também, onde uma mulher havia saído com sua câmera acompanhada de dois homens, e agora conversava com um policial, que lhe dizia o ocorrido. Um repórter homem pedia permissão para poder entrar, mas o policial dizia que esperasse alguns minutos.

Os vizinhos fofocavam entre si na entrada de suas casas. Pareciam chocados. Mas suas conversas não eram ouvidas por ninguém. Uma grande agitação acontecia dentro da casa.

Passado alguns minutos que pareceram horas para Angel, um grupo de guardas saiu com os Bhenergton algemados. A tia, esquelética e alta, gritava paranoica, e tentava de tudo para se soltar dos policiais. Foi preciso que outros guardas interferissem para controlá-la.

— ME SOLTEM, SEUS DESGRAÇADOS! – Berrava ela, descontrolada – ME SOLTEM, SEUS FILHOS DA PUTA! EU NÃO FIZ PORRA NENHUMA! FOI A PIRRALHA! A PIRRALHA É A CULPADA DE TUDO! ME SOLTEM! VÃO TODOS TOMAREM NO OLHO DO CU! EU NÃO FIZ NADA, FIZ? VÃO ENTRAR EM UMA FRIA!!!

Para que seus gritos parassem, foi preciso que um guarda abafasse seus gritos com um pano branco. No começo, ela ainda fazia esforços para se livrar. Mas alguns segundos depois, ela começou a ficar tonta. Até que desmaiou no ombro de um guarda, que o fez xingar baixinho por causa do peso enorme de seu crânio.

Já o tio estava calado, com um olhar tenso para os policiais. Seus olhos psicóticos bateram em Angel, que fez a menina estremecer, recuando dois passos. Porém, os policias o apressaram a continuar andando.

Os repórteres começaram a preparar a câmera, e apontar as luzes diretamente para os rostos dos tios. Quando a câmera começou a filmar, o repórter deu início ao seu trabalho.

Estamos na rua Green Bird no bairro 348, na residência dos Bhenergton. São 6h18min da noite agora, e estamos...”

Os policiais começaram a encaminhar os dois para a mala do carro. Quando se aproximaram, o Sr. Bhenergton teve um ataque de raiva. Começou a gritar bem alto, como se estivesse possuído. Provavelmente a ideia de ser preso o apavorasse. Ou então fosse o efeito da bebida. Porém, na realidade eram ambos os casos.

“... O Sr. e a Sra. Bhenergton foram flagrados pelas câmeras do lado de fora em uma tentativa de assassinato à senhorita Angel Hope, sobrinha de sete anos de ambos, que atualmente era criada nessa casa devido ao falecimento dos pais. Segundo registros das câmeras, ambos haviam saído de casa às 4h20min da tarde, e foram a uma festa em um bairro distante. Por volta das cinco e meia, voltaram bêbados e esfaquearam a garota, e logo depois tentaram sufocá-la com uma corda de couro grossa, quando os policiais notaram algo....”

Angel estava apavorada. Por mais violentos que seus tios sempre fossem – dando castigos, dando surras desnecessárias, logo demonstrando que não gostavam da presença da garota – jamais imaginara que pudessem tentar matá-la. Por muito pouco, conseguira sobreviver. O olhar psicótico dos tios enquanto sufocavam-na ainda estava em sua mente, e ela tremia mais do que nunca. Seu choro não parava, e de sua testa ainda escorria sangue.

***

Durante toda a cena em que os tios eram levados pela polícia, os repórteres filmavam, tiravam fotos e tentavam arrancar respostas dos policiais e do próprio Sr. Bhenergton antes de ser levado, na qual ele respondeu com um gesto obsceno. Foi quando dois guardas saíram da casa com James, o primo de Angel da sua faixa etária que tinha síndrome de Down, que estava bastante confuso enquanto gemia e esperneava. Ele falava alto:

– Hein??? A...Ah... M-Mâm-Mãimmm…. – Ele fazia sons estranhos com a boca – Q-Quero a mâm-Mãim... Paái... Angena!!!

James nunca conseguira chamar Angel pelo seu nome. Sempre chamara ‘’Angena’’. Como tinha problemas em sua audição provocadas por sua síndrome, não conseguia entender muita coisa, também por sua pequena capacidade cerebral. Era um horror para ele ver seus pais algemados enquanto o carro que foram colocados começava a andar, sem ao menos entender o motivo. Durante todo o acontecimento, dormira em sua cama, com a porta fechada. O garoto fazia de tudo para se soltar dos guardas e correr até eles, pois mesmo que ambos o maltratassem, ele ainda os amava.

— Máiimmmm..... Paáah-Paíí!!! Mim deixem chegar até Páh- páiih... Mãm-Mãinnnn!!! – Esperneava ele.

Ambos, Angel e James, viram o carro da polícia desaparecer de vista ao fim da rua.



“...A pena para ambos será a pena de morte.”

Agora, Angel e James teriam que esperar a carona chegar para levá-los para o orfanato que seria a nova casa deles.

***

Esperaram por vinte minutos. Os guardas ainda estavam agitados, dois deles cuidavam das duas crianças, e quando os repórteres tentaram fazer algum tipo de pergunta para ambos, os guardas os expulsaram e ambos foram embora, com uma cara feia. As luzes ainda estavam acesas, e fotos da casa eram tiradas, da corda, e guardas agora entravam e saíam de lá Concluíram que lá não havia mais nada de interessante, então pegaram as roupas de Angel e de James e colocaram em malas – pois a única coisa que tinham eram suas roupas. Muitas pessoas das casas ao redor agora estavam do lado de fora, fofocando. A brisa havia ficado mais gélida ainda.

Angel estava perturbada e inquieta, juntamente a seu primo, que agora respirava pesadamente devido ao frio. Tinha pneumonia, e aquele frio não era uma boa.

O carro que os levaria para o orfanato finalmente chegou, estacionando logo na frente da casa. Ao abrir a porta, quem saiu de lá foi Nolotton, o mesmo homem que dera carona para Angel alguns meses atrás. Os policiais então trataram de conduzir os dois para dentro do carro, porém James não queria ir.

— Venha garoto! – Disse o policial rispidamente – Vamos, passe pra dentro! Não temos todo o tempo do mundo! Ande, passe!!

— E-Eu quer mâim-mâem.... Angenaah... Pra onde fôôi... Mãiim.... ?

— POR DEUS, QUE CRIANÇA INSUPORTÁVEL! – Gritou o policial, bufando, irritado.

Quem falou então foi Angel, depois de muitos minutos calada.

— E...Ele tem s-síndrome de D-Down, senhor.. – Disse ela, contida, que ainda estava muito assustada para pensar direito.

— Ah, é? Eu não tenho nada a ver com isso, tenho, mocinha???. – ele perguntou grosseiramente para ela – Fique quieta, estamos fazendo a droga do favor de te manter em segurança!

Angel, assustada, se calou e assentiu.

— Ei, pega leve... – O outro policial falou.

Então, ambos foram conduzidos para o carro. Era prateado e grande. Foi uma surpresa para Angel descobrir que era Nolotton que era o motorista.

— Entrem, crianças. – Disse ele, guiando ambos para o banco de trás.

***

Ambos então foram encaminhados para o orfanato. Angel viu pela janela a casa dos tios sendo deixada para trás, a casa que nunca mais veria novamente. Para piorar a situação, o ar-condicionado do carro estava ligado no nível máximo – O que Angel não soube o porquê, já que no lado de fora estava muito frio. Provavelmente, Nolotton estivesse em um local quente, foi o que ela pensou. Porém, o frio era constante. James tentava ao máximo se agasalhar, inquieto.

Angel tinha seus pensamentos à mil. Pensou em seu querido pai, Franxie, que morrera há alguns meses. Em Agatta, sua melhor amiga, ou pelo menos sua ex–melhor amiga. Nos seus tios assassinos. Toda essa desgraça caía em seus ombros com peso.

— Friiio.... M-Muito f-friiio.... – Disse James, muito ofegante, com sua pneumonia o afetando gradativamente.

Os minutos então se passaram. Vários minutos. Angel pensava em como seria seu novo lar. No lado de fora, como sempre, guerra acontecia ao longe. Sorte que a rua Green Bird não havia sofrido nenhum ataque, pelo menos até agora. Pensara no orfanato, na forma como quase morrera, o olhar perturbador dos tios que a traumatizara, em sua mãe, em tudo. Tremia muito, por causa do frio, e por causa do medo.

Após muitos minutos em silêncio se estenderem, os pensamentos da ruiva foram interrompidos pelo impacto do corpo pesado de James caindo sobre seus ombros bruscamente, fazendo-a quase ter um ataque do coração.

Ele estava imóvel sobre ela. Angel o observou achando que o mesmo havia caído no sono. Porém, ele costumava roncar enquanto dormia. Ele não roncava. Não emitia qualquer barulho.

Cautelosamente, ela pôs a mão sobre seu pulso caído. Frio. Em seu pescoço. Frio também. O sangue já não circulava por suas veias.

Foi quando o coração dela acelerou. Ela sabia que ele estava morto. Morrera por causa de sua pneumonia. Embora nunca tenha criado quaisquer afetos com os Bhenergton, James era o mais próximo que ela podia chamar de amigo. Ele não era como eles. Era gentil, e brincava com ela às vezes. Seus pais nunca deram atenção para ele, nunca se importaram muito. E consequentemente nunca deram atenção para sua pneumonia. Ele não tinha culpa dos pais que tinha.

E agora, até seu único parente se fora. Ela tinha sete anos nessa ocasião. Passara pela morte de seus pais. Perdera sua melhor amiga de uma maneira estranha. Seus tios tentaram matá-la e para finalizar o conto de fadas que foi seu passado, seu primo morreu. Ela fez o que toda criança em sua situação faria.

Ela chorou.

Chorou muito alto. O máximo que pôde.

Chorou por tudo que acontecera. Berrou no carro, assustando Nolotton que quase batera o carro em uma árvore. A maldição havia chegado em seu ponto máximo. Decaíra ao desespero. Ela chorou sem parar, quando Nolotton parou o carro e percebeu a morte de James. Ele precisava enterrá-lo. Angel não conseguia parar, por mais que Nolotton tentasse acalmá-la. A vizinhança do local onde ele parou começou a notar o choro, e espiá-la pela janela. Alguns chegaram a pensar que Nolotton possivelmente faria algo contra ela.

Mas ela não tinha culpa. Já sofrera muita dor para uma garota de sete anos. Mal sabia ela, enquanto chorava, que lutaria bravamente em uma rebelião futura.

Ela não tinha nem cabeça para pensar nisso.

E permaneceu chorando, o máximo que pôde, no carro.

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Notas finais do capítulo

Bom gente, foi isso o/ Prometo que o próximo capítulo sairá mais rápido, as minhas férias estão acabando (NÃÃÃÃ111H GEMTXI #DEPREÇA1), mas postarei rápido mesmo assim XD

E no próximo capítulo já vai se passar alguns anos depois u.u Então esse foi o último capítulo de Angel criança... Mas ok, esperem pra ver o que vai rolar minha gentxe u.u

Enfim espero que tenham gostado, avaliem se possível o/



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