Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 17
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Está bem tarde, mas eu consegui postar antes que a semana comece e eu não consiga...



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Naquela tarde fomos almoçar em um restaurante no centro e conversamos durante um bom tempo, falamos de assuntos variados, Peeta é alguém extremamente fácil de lidar devo confessar, logo depois ele me deixou em casa e seguiu para a padaria pelo resto da tarde, eu por outro lado aproveitei para relaxar um pouco, ficar sozinha sem nada para fazer na casa é algo realmente raro e resolvi aproveitar e após um banho demorado peguei um livro determinada a termina-lo e me acomodei no sofá ao lado do Thor que embora fosse um cachorro de porte grande e assustasse a primeira vista é um amor de cachorro embora eu não duvidasse nem por um minuto que ele defenderia qualquer pessoa daquela casa sem pensar duas vezes, por mais interessante que a leitura estivesse dormir foi inevitável e eu acordei um tanto perdida algumas horas depois, já estava escuro do lado de fora o que indicava que eu tinha dormido demais, o cobertor sobre meu corpo indicava que Peeta estava em casa e não pude deixar de notar a atitude um tanto atenciosa dele. Me surpreendi ao encontra-lo na cozinha preparando o jantar, diferente do que se espera da maioria dos homens ele tinha tudo organizado.

– Olha quem acordou – ele disse assim que me avistou na porta da cozinha

– Desculpa eu acabei pegando no sono, já devia ter preparado o jantar se quiser posso terminar para você – ao olhar para o relógio eu constatei que realmente havia dormido muito mais do que deveria.

– Esta tudo bem Katniss, não é nenhum trabalho absurdo eu fazer o jantar, garanto que você não vai se envenenar com ele – ele fez piada enquanto mexia em uma das panelas.

– Você trabalhou o dia todo – eu realmente me senti mal por passar a tarde dormindo.

– É serio Katniss relaxa – me sentei na mesa e observei enquanto ele continuava a cozinhar, era uma cena muito agradável de ver confesso ali com uma roupa casual com movimentos precisos na cozinha me faziam ter vontade de abraça-lo, tentei tirar qualquer pensamento desse tipo da minha cabeça e comecei a colocar os pratos e talheres na mesa. Em menos de quinze minutos estávamos jantando, ele havia feito um canelone de frango e cream cheese que estava ótimo.

– Isso está muito bom, não sabia que cozinhava tão bem assim, pensei que seus dotes na cozinha se limitavam a pães e doces.

– Digamos que sempre gostei de cozinhar e minha mãe sempre acreditou que Gale e eu precisávamos saber fazer o básico na cozinha – ele comentou com naturalidade – Estive pensando, acho que deveríamos começar a organizar o quarto do bebê.

– O quarto do bebê? – a casa tinha quatro quartos e nenhum vago, a verdade é que não tinha pensado em um quarto para o bebê – Eu pensei que colocaríamos o berço no nosso quarto ou algo assim.

– Eu acho que ele vai precisar do próprio espaço, eu andei pensando e como não temos mais quartos sobrando pensei em uma reforma, o sótão esta praticamente vazio então observando pensei em reformar lá em cima, assim o Nathan fica lá e o quarto onde ele esta agora fica com o bebê.

– Peeta talvez tirar o Nathan do quarto dele não seja uma boa ideia – a ultima coisa que queria era que ele se sentisse excluído.

– Nathan adorou a ideia Katniss – olhei surpresa para ele

– Você falou com ele e ele gostou ?

– Que pré-adolescente não gostaria, com o quarto no sótão ele vai ter mais espaço do que tem no quarto dele, ele vai poder decorar como quiser, vai ter mais privacidade e segundo ele não vai escutar o bebê chorando a noite – olhei em duvida meu enteado se mudar para o sótão me lembrava tanto a Cinderela, estávamos nos dando bem e não queria que isso mudasse ou que ele se sentisse excluído – Fica tranquila não vai ficar nada assombroso pesquisei sobre e vi ótimos modelos de projetos, é bem melhor do que daqui a alguns anos termos que decidir quem vai dividir o quarto.

– Ainda não sei se é uma boa ideia

– Vamos fazer assim, amanhã procuramos um arquiteto e você vê alguns projetos – concordei com a cabeça e continuamos conversando sobre assuntos aleatórios, depois do jantar eu insisti em lavar a louça e ele em me ajudar a secar – Podíamos ver um filme o que acha? – ele sugeriu enquanto sentava ao meu lado no sofá.

– Prim levou o Frozen e Pietro o Detona Ralph, mas ainda tem muitas opções – brinquei e ele riu.

– Por favor desenho não, é nossa noite de folga quero um filme adulto sem canções ou lições de moral, vamos ver tiros, explosões, cenas quentes.

– Então isso que você considera um bom filme adulto algo que tenha cenas quentes – fingi estar brava.

– Não exatamente, mas sabe como é – ele pegou o controle e ligou a TV no serviço de streaming de vídeo* e se conectou no seu perfil – Vamos ver, tem Sexta feira treze, Halloween, A hora do pesadelo – disse olhando os filmes na categoria terror – Olha tem Sharknado.

– Serio? – perguntei incrédula – Você quer ver um filme com tubarões em um tornado - ele riu – Esse filme é péssimo dos efeitos ao roteiro.

– São clássicos, e Sharknado é um dos melhores filmes trash que já vi envolvendo tubarões e olha tem o dois também.

– Pelo jeito acabo de descobrir um defeito seu Peeta, você tem um gosto horrível para filmes – brinquei me levantando – Vou fazer pipoca enquanto você escolhe, mais por favor nada de tubarões ou psicopatas com problemas no passado que matam adolescentes namorando na floresta – ele deu risada e fez um comentário sobre termos jantado a pouco tempo e continuou a procurar um filme – Eu estou gravida posso comer pipoca logo após o jantar –comentei enquanto eu ia para cozinha embora isso não influenciasse em nada filme para mim estava automaticamente ligado a pipoca.

– Zumbis pode? – ouvi a voz dele vinda da sala e respondi que não – Não vai sobrar nada desse jeito – era algo novo esse lado dele para mim, o jeito descontraído e tranquilo sentado no sofá procurando um filme estava apenas o Peeta, não o pai responsável e atencioso ali a poucos metros estava apenas um homem em um momento sem qualquer preocupação era apenas o Peeta.

Alguns minutos depois me sentei ao lado dele com a vasilha de pipoca enquanto ele iniciava o filme, ia perguntar o que ele tinha escolhido, mas senti o braço dele me envolver em um abraço após jogar o cobertor que havia deixado no sofá mas cedo sobre nos, ele fez isso de uma maneira tão natural que mesmo se eu quisesse não teria impedido então apenas me acomodei confortavelmente em seus braços.

Embora tenha falado sobre filmes de terror ele havia escolhido um filme de suspense e confesso que gostei bastante da escolha, fizemos alguns comentários durante o filme que incluíam teorias e mais teorias sobre o protagonista e ele mesmo tendo falado sobre a pipoca acabou comendo tanto quanto eu, quando os créditos apareceram na tela já era bem tarde embora depois de dormir boa parte da tarde não estivesse com sono.

– Você só pode ter visto esse filme antes, sua teoria chegou muito próximo do final do filme – com menos de meia hora de filme ele havia cogitado o final do protagonista.

– Eu não tinha assistido, embora a Ilha do medo seja bem falado ainda não tinha visto, mas vejo muitos filmes onde essas coisas acontecem e você mesma já estava concordando com minha teoria – ele garantiu embora eu não tenha acreditado em nenhuma palavra dele – Mas então eu tenho um gosto ruim para escolher filmes?

– O filme foi bom, elenco bom e trama envolvente fora o final, mas confesso que achei suspeito suas sugestões iniciais.

– Acho que alguém tem medo de filmes de terror por aqui – confesso que não era meu gênero de filme favorito, mas não assumiria isso para ele.

– Não tenho medo dos filmes que disse, e eles nem são considerados de terror, são filmes com excesso de sangue e brutalidade, exceto o dos tubarões que deve estar no lugar errado.

– Sei, vamos ver um filme de terror então, e não se preocupe pode me abraçar e fechar os olhos se quiser – ele fez piada.

– Não chega de filme por hoje – embora a ideia de continuar abraçada a ele fosse tentadora, afastei meu corpo do dele embora ainda estivéssemos próximos ele por outro lado não se mexeu olhei para ele por um momento então olhei naquele azul profundo e me perdi por um momento admirando aquele olhar se aproximando, meu corpo queria muito continuar com aquele momento assim como meus lábios queriam acabar com aquela distancia mínima dos dele, mas eu não podia – É melhor eu ir deitar – minha voz saiu fraca, mas foi o suficiente para acabar com aquele momento.

– Tudo bem, eu vou ver um pouco mais de TV – concordei e com um boa noite subi direto para o meu quarto, eu quase havia beijado Peeta e por mais que meu corpo dissesse que eu deveria descer até a sala e beija-lo minha consciência dizia o contrario e naquele momento segui minha consciência e fui dormir, e embora o sono tenha demorado a surgir não vi quando Peeta veio deitar.

Acordei com o som do telefone no andar de baixo e estranhei ele parar de tocar tão rapidamente, olhei o relógio e pela hora Peeta já estava na padaria já que a única coisa que indicava que meu marido havia dormido ao meu lado era o lado da cama dele desfeito, tomei um banho e desci com a intensão de preparar algo para tomar café quando me surpreendi com a mesa pronta e Peeta lendo o jornal na mesma.

– Bom dia

– Bom dia – me sentei a mesa e me servi de um pouco de suco – Achei que já estava na padaria.

– Não vou para padaria hoje – comentou com naturalidade.

– Não? – aquilo era realmente inesperado, não que ele fosse um viciado em trabalho, mas o único dia em que ele não ficava na padaria era aos domingos embora aos sábados ele trabalhasse apenas meio período.

– Não, hoje será nossa folga vamos aproveitar o dia, só precisamos passar no escritório do arquiteto que te falei e depois pensei em algum passeio o que você acha?

– Uma ótima ideia – eu realmente achava afinal não era seguro ficar sozinha em casa por muito tempo ao lado dele.

Meia hora após o café seguimos até um escritório no centro e falamos com o arquiteto, havia sido Beetee que havia projetado a casa, além de conhecer a família Mellark a anos, ele tinha sido muito agradável e garantiu que faria com que o sótão fosse o quarto ideal para Nathan e me mostrou alguns projetos que ele mesmo havia feito para diversos ambientes em sótãos e confesso que todos eram lindos, e ele garantiu que Nathan iria opinar o quanto quisesse para que tudo saísse do jeito que ele desejasse. Saímos de lá mais tarde do que pretendíamos e decidimos trocar o almoço por um lanche, quando saímos da lanchonete pensei que iriamos para casa, mas Peeta fez um caminho diferente.

– Onde estamos indo?

– Quero te mostrar um lugar – seguimos de carro por mais alguns minutos por uma estrada de terra, embora não tenha nevado a dois dias a neve ainda cobria boa parte da mesma, passamos por algumas arvores e após uma subida ele parou o carro saindo do mesmo e abrindo a porta para mim. – Quero que veja essa vista

Segurando minha mão ele me levou alguns passos a frente então eu vi, aquela era uma das melhores visões que eu já tinha tido a oportunidade de ver, não estávamos em uma altitude enorme ou coisa do tipo, mas dava para ver quase todo o distrito dali, era possível ver as casas com seus telhados cobertos por uma fina camada de neve ao longe, assim com as arvores que cercavam o Doze, o trilho do trem e a estação era simplesmente lindo, não pude deixar de imaginar aquela vista durante as demais estações do ano.

– É lindo – ele concordou e estendeu um cobertor que eu não havia notado até aquele momento no chão e nós nos sentamos ficando em silencio por um bom tempo abraçados olhando aquela vista linda.

– Eu costumava vir aqui sempre que queria pensar – ele disse após o longo silencio ainda olhando a paisagem – Eu pegava a trilha pela floresta para cortar caminho, confesso que é bem melhor poder vir de carro, minha mãe ficava louca comigo quando eu resolvia ver o por do sol e chegava tarde em casa, mas no fim valia a pena a bronca, esta vendo aquela montanha lá atrás da cidade – ele apontou o local e eu confirmei – O sol se põe ali e é uma das visões mais lindas que eu já vi.

– Você não costuma mais fazer isso?

– Não com a mesma frequência de antes

– Por que?

– Acho que achei uma visão mais bela – disse olhando nos meus olhos e senti minhas bochechas corarem – Você não faz ideia do efeito que causa, e isso e adorável.

– Peeta – eu não sabia o que dizer

– Katniss você é uma mulher incrível, e eu tenho muita sorte de ter você por perto – qualquer mulher adoraria estar no meu lugar, aquela vista ao lado dele.

– Esta ficando frio, acho que devemos ir – não entendi o olhar dele naquele momento mas ele concordou e se levantou em seguida estendendo a mão para me ajudar, entrei no carro sem olhar em seus olhos, aquele azul me confundia dia após dia e tirava minha sanidade.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo, o dia deles não acabou ainda então no próximo vai ter mais momentos com os dois, a ideia era um capitulo só que seria maior do que o costume, mas eu não ia conseguir terminar e ficaria só para próxima semana se eu conseguisse terminar então o capitulo virou dois.
Obrigada pelos comentários. Ah eu não tenho nada contra os filmes sitados embora o Sharknado realmente traga esse tipo de dialogo aqui em casa rs.
*Serviço de streaming de vídeo: São plataformas que transmitem conteúdo audiovisual online como o NOW, Telecine Play, Crackle, NetMovies e o bem conhecido Netflix. (esses são os que conheço mas tem bem mais).
Beijos, até o proximo.