Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 14
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Aqui está mais um capitulo, em especial para Josy que fez uma capa linda de presente para a fic.



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Dormir abraçada a Peeta virou uma rotina nos dias seguintes e embora eu ainda sonhasse com algumas lembranças da minha infância, momentos desagradáveis que sempre me atormentavam no inverno, esses sonhos tinham virado algo realmente raro e quando aconteciam ao acordar abraçada a ele tudo parecia bem e logo eu estava dormindo novamente, Peeta passava segurança mesmo quando estava dormindo.

Tenho que admitir que embora ainda desejasse algo mais, sempre que estávamos juntos e precisasse me controlar para continuar agindo racionalmente formávamos um ótimo time quando o assunto era nossa família, já que as coisas pareciam estar se encaixando cada dia mais, Prim parecia que tinha nascido naquela família continuava brigando com Pietro sobre bobagens embora se entendessem tão bem que pareciam conviver juntos a anos não apenas a alguns meses, ela via Nathan com admiração e o tinha enrolado em seus dedinhos atualmente ele tentava ensinar a ela a amarrar os sapatos, Pietro me chamava de mãe tão naturalmente que parecia que sempre havia sido assim ele não teve qualquer outro problema na escola e já falava novamente com Rory, Nathan estava pouco a pouco deixando suas barreiras caírem e permitindo minha aproximação e para minha total surpresa tinha me falado sobre seu próximo jogo de basquete e deixado o convite em aberto caso eu quisesse ir o que me deixou realmente feliz.

No dia do jogo fomos todos torcer por ele e a sensação foi ótima, e embora tenha saído de casa com a intenção de não demostrar entusiasmo demais para não constrange-lo junto aos amigos me vi no meio dos outros pais animados da torcida da escola dele e quando dei por mim estava torcendo como se fosse um jogo profissional e até mesmo Prim que pouco entendia sobre o jogo comemorava cada vez que Nathan fazia um ponto e ela adorou quando após a vitória ele a chamou junto com Pietro para a bagunça da quadra que comemorava não apenas a vitória mas também o inicio das férias de inverno.

O inicio das férias de inverno indicavam também o natal cada vez mais próximo, e pela primeira vez em muito tempo me vi verdadeiramente animada com a ocasião. Peeta comprou uma arvore que decoramos junto com as crianças em uma noite realmente agradável, ele também havia colocado luzes do lado de fora além das meias na lareira incluindo uma para o bebê que era a única sem um nome bordado. Pietro e Prim haviam escrito suas cartas para o papai-noel com seus pedidos e Nathan por sua vez já tinha deixado bem claro o que queria ganhar de natal para o pai.

Gale como todos os anos viria com a família para o Doze, dessa forma passaríamos o natal na casa dos meus sogros. A véspera de natal foi tranquila ficamos em casa embora Effie tenha tentado nos convencer a ir passar a véspera com eles, Peeta e eu conversamos e como ele costumava passar a véspera com os meninos em casa e ir para os pais apenas no dia do natal ficamos em casa mesmo, jantamos juntos e passamos um tempo com as crianças que estavam ansiosas para receber os presentes e acabaram ficando acordadas até depois do horário que costumavam dormir e embora eu acreditasse que após irem dormir tão tarde eles fossem acordar tarde me enganei e foi com dois pequenos furacões, um gato e um cachorro pulando na minha cama que acordei naquela manhã de natal.

– Mamãe, papai é natal acorda – pude ouvir Prim em meio aos latidos do Thor que havia voltado a dormir dentro de casa após muita luta e insistência do Peeta para ele se acostumar com a presença de Buttercup e embora os dois animais não fossem amigos não atacavam mais um ao outro.

– Thor quieto – Peeta falou sonolento me soltando dos seus braços e olhando as horas no relógio, senti Pietro deitar ao meu lado e o abracei - Princesa ainda esta cedo, vamos dormir mais um pouco – ele tentou mais ela parecia muito animada com o gato nos braços para voltar a dormir.

– Já esta claro papai e hora de acordar e ver o que o papai-noel deixou não é mamãe? – os últimos natais tinham sido um tanto solitários para minha pequena já que éramos apenas nós duas, esse ano porém teríamos uma família e ela estava mais do que animada com a ideia.

– Ainda esta cedo Prim, é vamos abrir os presentes apenas após o café lembra – tentei argumentar mesmo sabendo que não seria suficiente.

– Então vamos fazer o café mamãe – ela olhou para mim sorrindo.

– Certo vamos dar uma folga para mamãe hoje – Peeta sentou na cama e a abraçou desejando feliz natal para as crianças e para mim, antes de levantar e ir ao nosso banheiro escovar os dentes – Eu vou fazer o café hoje.

– Eu posso ajudar? – ela perguntou animada fosse em casa ou na padaria ela adorava ajudar Peeta na cozinha.

– Pode

– Vou acordar o Nathan – ela saiu correndo com Buttercup nos braços indo atrás do irmão mais velho que provavelmente ainda dormia.

– E você não vai ajudar mocinho? – ele perguntou para o filho alguns minutos depois quando voltou para o quarto, sorri ao olhar o loirinho que fingiu dormir assim que ouviu sobre fazer o café antes de abrir os presentes.

– Acho que vou fazer companhia para a mamãe e dormir um pouco mais – disse rindo

– A não vai não, pode me ajudar mocinho.

– Serio pai? – ele perguntou desanimado, se tinha algo que ele não gostava era de cozinhar.

– Serio, e não faz essa cara vai ser divertido e somente gravidas tem o privilegio de não ajudar a preparar o café da manhã de natal – não pude deixar de rir enquanto Pietro lentamente seguia o pai para fora do quarto resmungando que queria apenas arrumar a mesa.

Embora estivesse tentada a ir fazer parte da bagunça na cozinha optei por ficar deitada por mais um tempo e quando desci o café estava praticamente pronto ver aquele pequeno caos na cozinha que era minha família em um momento tão simples alegrou meu dia ali todos de pijama fazendo o café e arrumando a mesa era a cena mais linda que eu podia ver.

Não posso negar que aquele foi um dos melhores cafés da manhã da minha vida o clima não poderia estar melhor e assim que terminamos nos juntamos na sala para abrir os presentes e ver o sorriso deles a cada presente só fez minha manhã mais feliz, eu não precisava de mais nada. Assim como eu tinha levado as crianças para comprar um presente para o Peeta ele fez o mesmo e eu adorei o perfume escolhido pelos três, mas confesso que fiquei sem graça ao receber um par de brincos do meu marido e me senti mau por não comprar algo para ele em meu nome. Ele também havia comprado alguns brinquedinhos para o bebê o que me deixou seriamente emotiva.

Pouco mais de duas horas depois estávamos na casa dos meus sogros que estava lindíssima com toda a decoração natalina, Effie adorava qualquer tipo de comemoração e pelo que Peeta disse o natal era sua favorita já que a família toda se reunia, minha sogra nos recebeu animadíssima abraçou as crianças desejando feliz natal e fez o mesmo com Peeta e comigo.

Effie sempre me tratou muito bem nesses meses, mas desde que havíamos contado sobre a gravidez a matriarca da família Mellark vinha me fazendo sentir como uma filha o que era realmente novo para mim, ela me ligava praticamente todos os dias para saber como eu estava, e quando nos víamos me tratava com tanto carinho que pela primeira vez em muitos anos me senti como se tivesse uma mãe. Madge já havia me dito que Effie não se encaixa em nada no estereótipo de sogra e que era para ela como uma segunda mãe, mas eu só entendi realmente o que ela quis dizer após conhece-la.

Cumprimentamos os demais e confesso que fiquei muito feliz em rever meus antigos vizinhos, embora fizesse poucos meses desde a ultima vez que os tinha visto podia jurar que Diana havia crescido alguns centímetros.

– Eu senti tanto sua falta – Madge disse quando ficamos sozinhas, após alguns minutos de conversa onde as crianças tinham se espalhado pela casa, os homens foram buscar uma bebida e Effie foi verificar o almoço – Você esta radiante Katniss, e essa barriguinha, quando Gale me contou eu quase não acreditei, mas eu fiquei tão feliz que quase vim ate aqui no mesmo dia, já que eu detesto conversar por telefone eu sinto tanto sua falta.

– Eu também quase não acreditei quando soube, quer dizer foi bem inesperado - Madge sabia que tínhamos dormido juntos após o casamento, eu estava passando por tantas duvidas quando Peeta voltou para o Doze que acabei contando tudo para ela - Confesso que fiquei bem preocupada com a reação do Peeta, mas ele reagiu tão bem e tem sido ótimo não só comigo e com o bebê, mas com a Prim também.

– Eu conheço o Peeta a anos, e não esperava menos dele, e jamais deixaria você aceitar a proposta dele se não soubesse que ele poderia cuidar de vocês, embora ainda ache esse contrato uma tolice.

– Madge já conversamos sobre isso – eu sabia que ela não tinha gostado da ideia do contrato na época e provavelmente não gostaria agora.

– Eu sei e não quero discutir, mas vocês deveriam rasgar esse contrato idiota – ela disse baixinho olhando para ter certeza que ninguém estava ouvindo nossa conversa – Katniss, vocês estão formando uma família linda, olha para vocês em poucos meses Prim o chama de pai, Pietro esta tão ligado a você que ninguém que não conhece a verdade pode dizer que você não é a mãe biológica dele e o Nathan esta deixando você se aproximar, rasga esse contrato e vive esse casamento de verdade.

– Eu não posso, esse contrato é exatamente o que garante que isso vai durar para sempre, que eu poderei estar perto dos meninos e que a Prim e esse bebê vão ter um pai.

– Você acha que Peeta vai deixar você? Nem todo relacionamento da errado e eu tenho certeza que Peeta gosta de você.

– Eu não vou arriscar – ela jamais entenderia – Por favor Madge eu senti sua falta e hoje é natal não quero discutir com você

– Eu também não – ela suspirou - Me conta como está o bebê, a sua pressão o que o medico disse?

– Estamos bem, minha pressão esta ótima eu engordei três quilos e tenho um ultrassom marcado daqui a duas semanas – continuamos conversando por um tempo até que os outros se juntaram a nos na sala, Peeta se sentou ao meu lado e colocou os braços em meu ombro me abraçando como se fosse a coisa mais natural do mundo e senti um certo arrepio com a aproximação, Madge que estava abraçada a Gale sorriu para mim com o gesto dele.

– Então Gale me diga quando você vai me dar mais um neto? – Effie perguntou repentinamente fazendo o mesmo engasgar ligeiramente com a bebida

– Mãe a senhora já reparou que em alguns meses vai ter um neto – ele disse apontando “discretamente” para mim – E que tem mais quatro nesse exato momento espalhados pela casa brincando e colocando em risco suas porcelanas?

– Sei exatamente quantos netos tenho Gale – ela disse calmamente – Assim como sei que quatro deles são filhos do seu irmão e que vocês dois – apontou para meus amigos – Já passaram da hora de dar um irmãozinho ou irmãzinha para Diana, minha neta se sente sozinha é saudável ter irmãos.

– Diana adora ser filha única mãe

– Não ela não gosta ninguém gosta realmente de ser filho único – pude ver que tanto Peeta quanto meu sogro estavam achando graça na conversa de mãe e filho, Peeta para implicar com o irmão e Haymitch provavelmente devido ao copo de whisky em suas mãos, embora não fosse nenhum alcoólatra meu sogro gostava muito de whisky o que geralmente rendia alguns olhares repreensivos da esposa.

– Sua mãe detestou ser filha única Gale – Haymitch comentou – Se não fosse as complicações na gestação e o medico ter dito o quanto seria arriscado uma nova gestação, vocês teriam pelo menos mais três irmãos, então não ache que ela vai desistir de muitos netos.

– Verdade e eu espero pelo menos sete netos – Effie disse com naturalidade.

– Você ouviu Peeta, precisa providenciar mais dois netos para esses dois – Gale jogou a bomba para o irmão com naturalidade.

– Ei o assunto aqui é a Diana ser filha única e o quanto isso é ruim para ela, ainda mais com vocês morando longe – pude ver o olhar mortal que Gale lançou para o irmão e achei graça, já que estava evidente que um estava provocando o outro.

– Verdade – Effie concordou não notando ou fingindo não notar a provocação dos dois – Já passou da hora de vocês voltarem para o Doze, assim eu posso ajudar Madge com a gestação e Diana vai ficar próxima dos primos eu sinto tanta falta de vocês e seria ótimos as crianças crescendo juntas.

– Mãe a Madge não está gravida e não temos planos imediatos para isso, assim como não temos planos de voltar a morar no Doze, mas não se preocupe Peeta aqui é bom de mira e daqui a pouco você chega no neto numero sete.

– A questão não é mirar Gale e saber fazer – Peeta provocou e Haymitch entrou na provocação dos filhos que durou mais alguns minutos o que acabou deixando o assunto inicial esquecido.

O restante do dia passou rapidamente o almoço foi servido e foi adorável ver o clima agradável entre todos, depois nos reunimos na sala para a troca de presentes e no final da tarde Gale e Peeta foram brincar com as crianças na neve e definitivamente vendo pela janela não sabia quem estava se divertindo mais as crianças ou os dois marmanjos que atacavam um ao outro como se tivessem dez anos novamente. Foi apenas bem depois de anoitecer que nos preparamos para ir embora.

– Obrigada por tudo Effie o dia foi muito agradável – sorri com sinceridade para minha sogra após me despedir de todos e esperava Peeta guardar as coisas no carro.

– Não tem o que agradecer querida

– Pronta para ir? – Peeta perguntou ficando ao meu lado na porta de entrada, concordei com a cabeça, estava prestes a chamar as crianças quando Gale surgiu.

– Ei casal um visco – ele disse apontando para cima de nossas cabeças – E tem frutinha – afirmou juntando as mãos representando beijos – Não que eu ache que vocês precisem de fertilidade, mas sorte nunca é demais – senti meu rosto ficar vermelho.

– Quantos anos você tem mesmo Gale dez? – Peeta perguntou para o irmão com um olhar assassino.

– Trinta na verdade, mas sou supersticioso como a mãe – disse com um sorriso enorme no rosto o que deixava bem claro que ele não era nada supersticioso e abraçando a Effie.

– Você não é e nunca foi supersticioso.

– Filho é a tradição, é só um beijo na sua mulher qual o problema? Mau não faz e sorte nunca é demais.

– Nenhum mãe – não havia como negar, afinal como se negar a beijar meu marido então apenas deixei Peeta se aproximar e beijar lentamente meus lábios, foi um contato rápido que lembrou muito nosso primeiro beijo no dia em que casamos, mas aquele simples contato fez meu coração acelerar como se eu ainda fosse uma adolescente, ele tirou duas frutinhas do visco e me entregou uma – Sorte e felicidade – disse baixinho no meu ouvido.

Concordei com a cabeça e sorri afinal eu sem duvida ia precisar de sorte para manter aquele contrato sem quebrar nenhuma clausula novamente e continuar a ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Em novembro quando fiquei um tempo sem postar a Gabriella Oliveira falou algo em um comentário sobre um capitulo especial de natal e isso ficou na minha cabeça por um tempo queria ter feito em dezembro, mas queria fazer quando a coisas com as crianças estivessem melhor, e aqui esta o resultado espero que tenha ficado bom e que tenham gostado do resultado.
Beijos até o próximo.