76° Edição dos Jogos Vorazes escrita por Mad


Capítulo 14
Por quê não mandá-lo para a forca agora mesmo?


Notas iniciais do capítulo

TAM DAAAAAAAAM



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Josh matinha os olhos fechados e a cabeça entre os joelhos, negando-se a se mexer.
Ele estava escutando, mas não ouvia nada; Apenas o burburinho das vozes, a voz abafada de Rain, os soluços de Carly.
De Carly. Ela soluçava, ela respirava, ela estava viva.

Rain ainda não conseguia acreditar. Quando ela apareceu, quando se sentou e conversou com Caesar, só se permitiu observa-la de queixo caído.
E agora ela estava ali, sentada, ouvindo aquela barbaridade.
– Rain... Me desculpe, Rain, por favor. - Carly diz, segurando as mãos da amiga - Eu estava... Eu estava louca naquele lugar, eu estava insana, e...
– Espere um pouco - Ela a interrompe - Eu matei VOCÊ, Carly Doug! Eu deveria estar fazendo o que você está fazendo!
– Eu vi a fita. Você só se defendeu, eu vi, eu tentei matar você, eu...

Josh se foca na televisão a sua frente, ouvindo as mesmas palavras que Caesar havia dito na noite anterior.

" [...] Agora aposto que todos vocês se perguntam: Como e o porquê, Carly Doug está aqui?
Pois bem, Carly estava viva ao ser resgatada para o aerodeslizador. Tinha graves fraturas nos pulmões, que foram facilmente curadas pelos profissionais da medicina da Capital. Excelentissímo Presidente Snow, decidira, pela primeira vez em todos os jogos já produzidos, poupá-la da morte iminente. Que coração bom tem esse homem, não é pessoal? ~Gritos ~ Pois bem, Carly Doug não é considerada uma das vencedoras dos Jogos, mas sim a vitima de uma dádiva!"


Bem, uma coisa que Josh não era é idiota. Algo havia acontecido, algo poderoso o suficiente para "amolecer" o coração de Snow.
Josh levanta a cabeça pela primeira vez em horas, encarando as duas garotas, que agora se abraçavam. Ele suspira.
Rain ergue a cabeça depois de um tempo, limpando as lágrimas. Carly sussurra algo no ouvido da garota, que concorda com a cabeça. Logo se levanta e sai da sala, deixando-os a sós.
Josh não olha para Carly, mas sabe que ela o observava.
– Você prometeu ficar ao meu lado para sempre. - É a primeira coisa que diz.
– Segurei sua mão até você morrer. - Josh retruca.
– Luka morreu.
– Morreu. Por minha culpa.
– A culpa não foi sua. Foi minha e...
– Ficarmos nos culpando não vai adiantar em nada. Luka morreu como um herói, e é isso que importa.

Um minuto de silêncio esmagador.

– Pensei que estaria feliz por eu estar viva, Josh Cellar. - Carly quebra o silêncio, com um Q te irritação.
– Nunca disse que estou infeliz com isso, Carly, só... Só é muito surreal. Passei dias tentando me convencer de que você estava morta, tentando enfiar isso na minha cabeça, para agora descobrir que você está aqui, e está viva. E além disso... Eu sei que muitas coias ainda estão escondidas ai. Snow não amolece por nada, quanto mais por um tributo, Carly. Você vai me dizer o que está acontecendo?
– Ela não precisa explicar nada - A voz fria e familiar vem de trás dos dois - Eu explico.
–----
– Durante a guerra, a Capital realmente sofreu muito. Nós ficamos a uma fina linha de cair.
Josh estava sentado na cadeira a frente do Presidente, reto como uma tábua, e Carly estava ao seu lado, parecendo estranhamente a vontade.
– Nunca permiti que a mídia soubesse, se bem que algo suspeito deveria rodear entre os distritos - O velho continua - Mas eu tive uma filha, uma vez. Seu nome era Pennelope, e era uma linda garotinha. Sua mãe, aquele vadia, me abandonou assim que a criança nasceu, deixando-me sozinho para cuidá-la, e assim foi. Bem, Pennelope engravidou de um homem do Distrito 2. E ao mesmo tempo contrai uma doença antiga, chamada Leucemia. Estava em um estágio tão grande que nem os mais caros e tecnológicos remédios da Capital foram o suficiente para mantê-la comigo. O resultado? Julie Snow, em meus braços, chorando enquanto sepultávamos o corpo da minha garotinha. Eu cuidei dela, sim, até seus sete anos... Quando a guerra começou; Seria arriscado demais deixá-la comigo, então por isso... Tive que faze-lo.
Josh estava se sentindo mais confuso do que nunca.
– Você conhece as Teleguiadas, caro Josh?
O garoto se permite apenas a balançar a cabeça.
– Um único toque de seu veneno pode acabar com seus problemas. Desde apagar a memória até deixar a pessoa enlouquecida. Usamos o suficiente para embaralhar suas memórias, criar um mundo fantasioso, apenas para ser o suficiente para enganá-la. E assim, Julie virou Carly, desaparecendo para sempre de mim. Mantive-a com meu amigo Gregory por um tempo em um lugar isolado de Panem, onde a guerra jamais a alcançaria. Assim, quando a guerra acabada, mandei-a para o distrito 8, o primeiro a se reerguer. Nunca deixei-a de acompanhá-la, é claro: Todos os seus passos estavam na palma da minha mão. É com se ela nunca tivesse partido.

Josh pisca algumas vezes, seu rosto vermelho, a expressão de surpresa como se tivesse levado um tapa. Ele se vira para Carly.

– Carly, você... Você...
– Sim, Josh - A garota responde - Snow é meu avô. E eu... Sou sua neta.

Josh percebe pela primeira vez o porta retrato em cima da mesa de Snow. A foto antiga de uma garotinha, servindo-se de chá, graciosamente, com seu vestido roxo um traço da Capital.
Mesmo sem a menina olhar para a foto, Josh reconhece os cabelos ruivos presos em uma trança, o sorriso charmoso.
Carly era neta de Snow.

– Por isso... Por isso que você pediu para eu cuidar dela... - Josh deixa escapar.
– Exatamente, caro. E ainda estou me perguntando o porquê de não mandar você para a forca agora mesmo.


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