O retorno do Homem de Ferro escrita por Willian Borges


Capítulo 6
Capítulo 6: Contra-ataque


Notas iniciais do capítulo

Sexto capítulo (esse deu trabalho)! Desculpem a demora, mas espero que gostem. Boa leitura!



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A notícia com certeza já estava nos principais jornais televisivos. Eu já via as pessoas comentando na rua, mas não entendia nada do que falavam (para os que não sabem, não falo italiano). Ainda bem que eu estava disfarçado. Isso impediu as pessoas de me interrogarem.

Chamei um jato particular. Esperar pelo avião no aeroporto daria tempo aos repórteres. Contudo, a língua era o menor dos problemas. A resposta tão esperada por eles, o maior. Se eu dissesse a verdade, que aquela tecnologia não era minha, uma incógnita se estabeleceria mundialmente. O medo se estabeleceria na Terra. E consequentemente projetos ao “estilo Insight” ganhariam força, onde a população entregaria sua liberdade em troca de segurança. Isso não é bom... nem sei o que inventar. Ok Tony, vamos inventar um discurso:

O robô que vocês presenciaram em Verona nada mais é do que obra minha, para contenção de grandes ameaças...

Isso não vai rolar. Vão achar que estou com medo de alguma coisa:

O robô que vocês presenciaram em Verona é obra minha. Estou montando uma nova armadura. Mas não era eu quem estava lá dentro, e sim um agente que trabalha pra mim, exclusivamente. Esta armadura está em fase de testes, e só vou começar a usá-la quando sair da fase beta. Foi uma maneira que encontrei de melhorar o Homem de Ferro.”

Parecia bom. Fechou. Quem sabe na hora eu dê aquele tom sarcástico pra dar um clima mais agradável, e transmitir mais segurança pras pessoas. Hora de decolar.

– Pra onde quer ir senhor Stark?

– Pra casa. Seja mais rápido que os repórteres de Verona, por favor.

Ele deu uma risada, e prosseguiu com o comando. A Mark I já estava com marcas do primeiro combate. Chegamos em Malibu em 6 horas. Já era noite nos Estados Unidos. Pepper deveria estar dormindo. Quando pousei, o Audi já estava a postos, pronto pra ir pra casa. Enquanto dirigia, refletia.

Quem diria, a Hidra de volta? E mais forte do que nunca, comandando a S.H.I.E.L.D. por debaixo dos panos. E pior, com duas armas letais a seu serviço. Um assassino profissional, e uma armadura gigante, feita pra me matar. Eu duvido que ela não tenha sido feita pra outra finalidade. Visto que o projeto Insight falhou, e me tinha como uns dos alvos, é difícil não acreditar em outra coisa. Esse tal de dínamo vermelho não parece ser grande coisa, mas duvido que sua armadura não sofra alterações. De qualquer forma, terei problemas. Também preciso descobrir quem é Galina. Seria mais fácil se eu tivesse o sobrenome dela. Pelo nome, deve ser soviética.

Mal cheguei na casa da Pepper, e um monte de repórteres estavam me esperando à porta:

– Sr. Stark, com licença, o senhor pode nos dizer..

– Sr. Stark, aquela armadura vista em...

– Seria aquilo uma nova tentativa de copiar suas armaduras?

Dentre tantas perguntas feitas pelos repórteres, essa me fez cessar os passos rumo à porta. Eu não queria dar resposta nenhuma, achava todos eles um saco. Mas se eu deixasse essa pergunta no ar...

– É o seguinte. O que vocês viram em Verona é sim, invenção minha. Estou elevando o Homem de Ferro a outro nível. Porém esse projeto ainda está na fase beta, e contratei um agente pra testá-lo por mim.

– E porque ele parou na Rússia, e não nas Indústrias Stark?

Quase fico sem resposta:

– Estamos trabalhando em uma nova... filial. Na Rússia. Estou conversando com o Presidente de lá, e as negociações estão se saindo bem.

– E porque essas negociações nunca vieram a público?

– Meu amigo, é como uma transação de jogadores de futebol. A negociação é feita em sigilo, até que a transferência seja concluída e os valores sejam anunciados.

Repórteres pareciam acreditar. Eu sou demais.

– Agora, se me permitem, tenho um presente na cama me esperando, e eu vou para ele.

– Boa noite Sr. Stark. – Diziam repetidamente.

Droga, ele parou na Rússia. Essa desculpa não vai colar muito tempo, preciso fazer algo a respeito. Pepper já estava dormindo, e não queria incomodá-la. Fiquei um bom tempo deitado, somente olhando pra ela, e... imaginando não. Tentando imaginar, como seria minha vida sem ela. Meu Deus, eu quase pirei sem ela antes do Mandarim. Quem me dera se Pepper pudesse viver para sempre! Nada me faria tão feliz. Nem as armaduras, nem o dinheiro, nem nada do que vivi até hoje. É ótimo estar ao lado dela. Queria poder dizer isso agora, mas não vou acordá-la. Então, vou tentar ser a melhor pessoa que eu puder pra minha namorada. Pedi-la em casamento? Eu acho que é o sonho de toda mulher. Então, o que estou esperando?

No dia seguinte, fui verificar como estava a reforma da mansão em Malibu:

– 85% das obras concluídas Senhor.

– Tem previsão pra quando vai acabar?

– Bem, estamos em maio, então até a metade de junho acabamos.

– Ótimo. – Ligação de... Banner???

– Diz aí desverdeado!

– Oi Tony, sou eu, Banner.

– Eu sei que é você, cabeção. O que tá pegando?

– O Capitão quer uma reunião com todos na sua Torre.

– Todos quem?

– Os Vingadores, Tony.

– Ah, pode ser. Que tal um piquenique? Cada um leva um lanche, eu vou trazer pizza.

– Sem gracinhas Tony, isso é sério.

– Tá. 12h lá, e sem atrasos.

– Pode ser. Eu vou avisar o resto da turma. Até mais.

O meio do dia chegou rapidamente. Cheguei 5 minutos depois do sol ficar no meio do céu:

– Não foi você quem disse pra ninguém se atrasar? – Indagou Bruce Banner.

– A torre é minha, posso chegar a hora que eu quiser nela.

– Tony, vamos começar. – Na reunião estavam o agente Barton, Natasha, (roupas diferentes do habitual, sem o uniforme da S.H.I.E.L.D.), Dr. Banner, o Capitão, e eu. – Nós estamos...

– Calma aí. Onde está Thor e Nick Fury?

– Nick Fury está em missão, e não conseguimos contatar Thor. Podemos começar nossa reunião? – Insistia Rogers. Parei de tagarelar.

– É o seguinte senhores. A Hidra está de volta, e pra quem não sabe, ela estava controlando a S.H.I.E.L.D.; que agora está desfeita. E estamos em perigo, suspeito que ela esteja desenvolvendo armas específicas pra nos atacar e nos destruir. Aconteceu comigo quando interferi no plano Insight, e aconteceu com o Tony ontem. Um robô gigante estava na fase beta, creio que foi criado para fazer frente ao Homem de Ferro, e logo destruí-lo. Mas a população não sabe disso, e precisamos manter isso em sigilo. Não podemos causar pânico na cidade, nem no mundo. Devemos agir discretamente, e cautelosamente, pra não sermos pegos pela Hidra. Agora uma pergunta: Todos aqui estão em missão?.

– Eu estou tentando aprender a controlar o Hulk – Disse Banner.

– Estou procurando bases da Hidra, tentando descobrir o que eles realmente estão tramando. Também pretendo aniquilar a máquina que me atacou em Verona. Eles o chamam de Dínamo Vermelho. – Descrevi.

– Eu não estou em missão capitão – declarou Barton. Natasha permaneceu muda.

– Está em alguma missão Natasha? Você sumiu... – Steve parecia intrigado.

– Não estou em missão alguma Steve. Mas não quero entrar em nenhuma. – Ela parecia emburrada durante toda a missão.

– Então tá... Eu e o Falcão estamos em uma missão de captura ao Soldado Invernal. Quer se juntar a nós Barton?

– Seria um prazer Capitão.

– Então está tudo pronto. Cada um mantenha o foco na sua missão, mas sejam cautelosos, não deixem a imprensa saber de nada. E mais uma coisa. Se virem um desses caras por aí, avisem. Eles tem alguma conexão com a Hidra. – E mostrou a foto de dois caras. Um eu conhecia, o outro era um encapuzado de vestimenta roxa.

– Espera aí, eu conheço esse careca aí! Barão von Strucker!

– Conhece ele? – Steve parecia surpreso.

– Sim, foi ele quem pilotou o Dínamo Vermelho e lutou contra mim.

– Esse cara foi inimigo nosso na primeira guerra mundial. E este outro, você já o viu? O nome dele é Barão Zemo.

– Esse encapuzado aí não, mas me lembro do von Strucker falando com outro Barão. Pode ser que seja esse.

– Sim. Mas não sabia que von Strucker tinha experiência em máquinas.

– E não deve ter mesmo porque ele era len... – Mergulhei em pensamentos. Galina pode ser a verdadeira piloto do Dínamo vermelho! Agora dá se a entender porque o Barão foi facilmente derrotado. Ele não era o verdadeiro piloto, e por isso tinha menos agilidade.

– O que foi Stark? – o Capitão interrogava-me.

– O Barão de araque também mencionou uma tal de Galina. Essa deve ser a verdadeira piloto do Dínamo Vermelho. Agora entendo porque o derrotei com certa facilidade. Ele talvez nem soubesse mexer com a armadura. Lembro-me agora, de que estava lá somente para testá-la. Capitão, ele também falou de uns tais “milagres”, disse que precisava colocá-los pra trabalhar. Falou também de outro projeto, mas disse que estava com tecnologia insuficiente para trabalhar. Mas logo depois se acalmou. A situação parecia caminhar para uma solução.

– Isso não é bom. Vamos fazer o seguinte: Reunir o máximo de informações sobre a Hidra. Terminem o quanto antes suas respectivas missões, para trabalharmos nisso. Há muitas incógnitas na nossa mente, que não podem ficar pendentes. Estão todos dispensados.

Cada um seguiu seu rumo. E eu segui o meu. Fui arejar um pouco a cabeça, voando com a armadura. Mil coisas rondando minha mente. Hidra, projeto, Galina, casar com Pepper... tudo isso me deixava cansado. Parei , e sentei num prédio alto da cidade. Tirei o elmo, desativei a armadura (economizar energia), e fiquei olhando para o resto da cidade. Todos pareciam calmos. Seguros. Confiantes. Livres. E não dependiam de nenhum plano Insight para isso. Não dependiam de rastreadores, nada. Eles confiavam em mim, confiavam nos Vingadores. A Pepper confia em mim. Não posso decepcionar nenhum deles. E, de repente, todos começaram a me observar. O que eles tanto viam em m...uuuuf!

Um raio nas costas me atingiu!Essa não, só podia ser... o Dínamo!

– Jarvis, ativar armadura, agora!

Integridade da armadura comprometida em 10%.

Voei de volta pra cima. Agora sei que, o que eles observaram, não era eu. Era ela

– Galina?

– Antony Stark... que honra para mim.

– Seu dínamo parece melhor. Mais sofisticado.

– Homens não fazem nada direito. Então vim aqui pra terminar o serviço. – Disparou um raio das mãos assim que terminou de falar. Estes estavam bem mais rápidos agora. Me pegou em cheio, me afastou dela, mas me mantive voando.

– Uuuuf! Só pra você saber: desde que eu conheci uma mulher que luta, eu nunca mais peguei leve com uma mulher numa briga! – Disparei os mísseis do pulso. Fez menos efeito do que antes, em Verona. Não dei tempo e continuei com vários disparos do raio repulsor. Ela sentiu um pouco, mas conseguia se mover ainda.

– Agora é minha vez Tony!

Caramba! Ela levou vários acertos, mas ainda assim me pegou nas mãos! Em seguida me atirou como pedra num prédio. Doeu.

– Argh... – quase desmaiei.

– Você não vai resistir à estes mísseis aqui Tony! – O disparo veio, e meu desespero foi aumentando conforme ele vinha vindo. Não daria tempo de voar! O impacto dos mísseis com o prédio causaria mais danos inevitáveis à armadura. Tentei correr, e fui levado por outra coisa. Atravessou o prédio inteiro e me trouxe pra fora.

– Rhodes?

– Parece que você precisa de ajuda Tony.

– Não me segure nos braços! Eu sei voar.

– Isso aí não era invenção sua?

– Não pode acreditar em tudo que eu digo. Obrigado por me salvar, talvez eu precisasse mesmo de você.

– Você sempre precisa.

– Mais ou menos.

– Quem é esse?

– Pera, deixa eu colocar o capacete. Depois eu te explico. Agora não dá, ela tá vindo ali.

– Ela?

– AGORA RHODES!


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Notas finais do capítulo

Sétimo capítulo muuito perto do papel! Obrigado por lerem, aguardem ansiosos ;)



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