Deixe-me te proteger escrita por Vlk Moura


Capítulo 6
Primeira caçada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507799/chapter/6

– Estou tonta - ela falou acordando no quarto de hotel - mas ficarei bem.

– Ninguém perguntou - Kalevi sentou ao seu lado - Olha... - pegou as mãos dela a feiticeira corou - Precisamos muito que você dê o seu melhor - ela sorriu.

– Eu sei - ela nos olhou - e sinto muito por ter sido tão idiota com vocês. - olhou Duncan - Mas... - ela encarou o espelho.

Tirou algo de dentro da bolsa e o colocou ao seu lado, era um espelho e ele refletia algo, olhamos par ao outro espelho maior uma imagem se formava. Observávamos atentos, era uma versão dela, uma versão com olhar mais maduro.

– Achei que você tivesse morrido - a voz era a mesmas. - Nós todas achamos - outro espelho e mais outra surgiu, essa grudou ao vidro e gritou ao ver a nossa Yeva.

– O que é isso? - Julio perguntou.

– Eu preciso saber de algo - ela esticou uma mão.

– Você está buscando a outra? - a do espelho menor ficou séria, a nossa confirmou - Ela morreu. - a nossa se assustou - Na passagem, ela foi morta pela - as três enrugaram o rosto - pela Calista.

– Certo - suspirou - Era isso que eu queria saber, mais uma coisa - as outras estavam atentas - Eles ficaram bem?

Nenhuma resposta, ela entendeu, nós não tínhamos certeza se pegamos o sentido real do silêncio. Ficamos em silêncio enquanto ela raciocinava algo, nos olhos.

– Parte de mim foi desbloqueada - anunciou finalmente - Farei o meu melhor para que todo o resto saia - ela me olhou e sorriu.

– Posso te fazer uma pergunta? - Duncan tomou a palavra, ela o olhou.

– Claro. - ela ficou em silêncio, ele não precisou perguntar - Desculpa, essa daqui não é nenhuma dessas - falou com um sorriso tímido.

– Mas...

– Eu sei, disse que te amaria sempre - ela respondeu fria - Mas eu sou a anterior a isso. - nos assustamos - Pois é, sou nova ainda, devo ter mil anos apenas, eu os conheci quando eu tinha três mil anos e vocês - ela forçou para se lembrar algumas datas que lhe eram vagas - tinham em torno de sete.

– Mil? - Julio perguntou.

– Milhões - ela levou a mão a têmpora. - Precisamos sair. - Levantou.

A porta do quarto foi derrubada, ela se posicionou e um vento sobrou, de contra o vento uma bola de fogo entrou e quase atingiu Kalevi que saltou e parou ao lado da feiticeira, uma mão ameaçou atacá-la, ela desviou a cabeça e avançou em seu punho tinha algo, brilhava, era uma arma, era arma de Duncan, ele me olhou reconhecendo. Julio usou os braços para bloquear uma rajada quente, fui até ele e proferi palavras de proteção, ele me olhou e sorriu, avançou proferindo algo que eu não entendia, um buraco se abriu sob os pés do atacante, era um anjo e este caiu, sem suas asas seu corpo seria destruído, mas ele aterrissou, nos olhou, tomou impulso e voou atingindo o sábio que cambaleou com a mandíbula quebrada.

– O que é isso? - perguntei.

– Isso são caçadores - Duncan desviou do cortar de uma espada que zuniu no ar - Estão atrás - ele olhou Yeva - Estão atrás do quê?

– Trina! - a feiticeira saltou desviando de um chicote que estalou no ar, veio até mim - Preciso te tirar daqui - olhou em volta. - Kalevi.

O demônio quebrou o pescoço de um anjo, o nosso o olhou espantado, Kalevi estava mais violento desde que vira aquelas cenas.

– Preciso que vá com ela - a feiticeira anunciou.

– Não irei deixá-los.

– Confie em mim - ela sorriu - Sei que está desconfiado de todos, mas confie em mim.

Ele fechou a cara, mas concordou.

– Irei abrir um portal, vocês cairão no vazio - ela explicava enquanto nos defendia dos ataques do demônio que tentava quebrar seu bloqueio, foi atingido por Duncan que arrancou-lhe o braço - Quando um portal espelhado se abrir pulem para ele.

– Onde sairemos? - perguntei confusa.

– Eu irei achá-los e estaremos bem novamente. - ela nos olhou - Prontos?

Confirmamos, o demônio me levantou em seus braços, era mais rápido do que eu se precisássemos correr seria melhor usarmos suas pernas. Um portal se abriu, caímos, pude vê-los ficando para trás, diminuíam. Yeva fora atingida com uma rajada quente, ela cambaleou, mas desviou do portal, quando este se fechou um vento gelado soprou, era estranho, não deveria ocorrer.

– Yeva! - Duncan correu até ela - Você está bem? - ajudou-a a se levantar.

Encararam o atacante que sorria vitorioso enquanto jogava uma bola flamejante para cima e para baixo, ele sorria assassino quando algo o cortou ao meio, olhou assustado a espada e depois para seu assassino, se a mandíbula não estivesse quebrada Julio teria sorrido. O corpo caíra partido, Yeva e Duncan ofegavam aliviados, foram até o sábio.

– Ele ficará bem? - o rosto estava deformado.

– Deite-se - ela falou com o primo que a ouviu.

Ela o apoiou em suas pernas, levou a mão até o local quebrado e o colocou no lugar, um urro preencheu o quarto e um fio escarlate escorreu da boca, a menina se levantou e sorriu para os dois.

– Vamos molengas - eles lembraram de Magnus - Temos de nos encontrar com a dupla.

Ela saira e fechara aporta como se ali tivesse um corpo humano a ser encontrado pela polícia depois.

No vazio eu ainda estava nos braços de Kalevi, ele fitava o nada, eu o apertei desconfortável. O demônio me encarou, o globo ocular refletia o negro do lugar onde nos encontrávamos. Outro vento e ele me jogou par ao alto, algo tentou me acertar, eu rodei e o acertei um chute, o ser caiu desequilibrado, mas ali não havia para onde cair.

– Quem é você? - perguntei.

– Sou uma sereia - era um homem, asas escamas ainda aparentes, era novo.

Ele me fitou, seus dentes pontudos eram para me ameaçar, ele não sabia quem eu era, olhamos o portal que começara a se formar.

– Você não sairá hoje - ele me ameaçou, eu ri.

– Ingenuo.

Atacou-me, não me desviei, o demônio nos assistia com tédio, ele sorriu satisfeito, minhas garras surgiram, perfurei-lhe o peito e arranquei o coração.

– Você fora mandado para caçar uma sereia-anjo - falei ele se assustou - Rainha do reino perdido. - um grunhido, joguei o corpo para longe e alimentei-me do coração ensanguentado, era esverdeado, era novo. - Vamos - passei pelo demônio e o puxei pelo ombro.

Estavamos na plataforma de uma estação. Kalevi saira do transe, e me olhava confuso e ao líquido verde em minha mão, sorri para ele enquanto nos sentavamos, esperariamos ali pelo trio.

Yeva os guiava, teriam de pegar ônibus para chegarem até onde os aguardavamos. Duncan os seguia em silêncio enquanto o sábio não se calava.

– Se ficar quieto a dor passará mais rápido - a feiticeira disse já irritada.

Desceram do vagão e ela sorriu para nós. Gastaram três horas para chegarem ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Deixe-me te proteger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.