Deixe-me te proteger escrita por Vlk Moura


Capítulo 17
Passado 3 - Batalha




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Yeva e Kalevi treinavam, ele a atacava sem pena e ela revidava como se os dois fossem imortais, o que não era mentira, mas o corpo em que estavam era tão frágil que vê-los treinando era assustador, em teoria aqueles corpos não aguentariam os ataques, mas os ataques nunca eram concluídos.

– Como se sente agora que tudo está de volta? - ela perguntou parando um ataque dele e usando um portal para tentar acertá-lo.

– Meio tonto - ele rodou, ela saltou, eles iam se atacar, pararam e sorriram - Mas é fantástico. - ela o olhou - Ter tudo de volta é fantástico, agora a minha existência faz mais sentido.

– Você se lembra? - ela parou de atacar.

– Do quê? Agora estou lembrando de muita coisa.

– Do primeiro ataque dele - o demônio parou, as asas sumiram deixando enormes cicatrizes em suas costas.

– Infelizmente - ele falou, sua arma sumiu - e algumas coisas daquele ataque dele me assustam.

Tempos antigos, muito antigos, antes de atlantis, foi a guerra que me tornou uma sereia-anjo. Eu estava nadando pelo alto mar quando senti a onda de energia, todas sentimos, uma agitação começou, os peixes sentiam. No continente os primeiros humanos se escondiam, os instintos ainda os salvavam.

Os únicos que se atreviam a estar de fora eram os guerreiros dos céus e alguns poucos sábios e feiticeiras, estavam todos prontos, a frente de batalha Betha e Outono, guiando os mestiços Merlim que estava pronto para tudo, lembro de quando saímos da água e os encontramos, aquela forte energia se aproximava, com ela uma nuvem de demônios aliados de Lúcifer e Catástrofe, eles atingiam o lado mundano e a cada passar eu podia sentir a membrana fragilizar.

Subi para perto dos anjos, alguns anões estavam por ali, os gnomos se escondiam nas florestas junto de outros seres.

A vi ali concentrada, não parecia ser alguém perigosa, Duncan e Kalevi, cada um segurava uma de suas mãos, um brilho e logo estavam com armas, observei o mesmo com os outros, logo asas surgiam, chifres cresciam, vermes começavam a cair na terra e se esconderem em buracos profundos.

A frente de ataque se aproximou, o grupo de Outono foi lançado ao ataque com Calista no meio, ela servia de suporte energético, permitia que a membrana ficasse fina proximo a seus combatentes. Era possível ver o sangue ser jorrado e tingir o mar. Voltamos para a água, e a usamos como barreira, com alguns anjos benzemos e usamos como armas contra aqueles seres infernais. Lembro de começar a derrubar os demônios, seus corpos explodiam no ar foi a primeira vez que gostei de matar.

Em terra, Betha segurava os seres, Yeva se preparava para proteger aquela legião quando foi sugada, Gabriel a levara para um lugar seguro. Eu os observava, era algo fantástico, aquela quantidade de poder...

Atingiram os seres mortais, Betha atacou. Merlim fora sugado e Calista também, do alto assistiam a destruição, Miguel e Gabriel continham a todos, os filhos queriam descer e ajudar, o banho de sangue apenas aumentava.

– Pai, eu vou! - Yeva falou, Gabriel a conteve.

– Se você for eu juro que acabo com você - Gabriel brigou.

– O faça, mas só depois que eu parar tudo isso.

– Você não vai.

– Eu vou e vocês? - ela olhou Merlim e Calista, eles abriram portais e quando atingiram o plano mortal encontraram corpos caídos, o centro de Catastrofe ou o que achavam ser flutuava em meio ao oceano.

Demônios devoravam os corpos dos anjos, Yeva sacou armas e aos reconhecê-la pensou que os companheiros estariam mortos, procurou por eles e não os encontrou, começou a matar os seres que devoravam vários anjos e muitos eram seus conhecidos e amigos, em meio a lágrimas os três fugitivos dos céus se encontraram, Merlim apertou as mãos de suas primas celestiais, o centro se deslocava, eles monitoravam tudo, eu monitorava o deslocamento, nadei até a praia, me viram sair. Um corpo de anjo estava estirado quase sem vida, fora destruído sua aura quase era imperceptível, em silêncio devorei-lhe o coração e me juntei ao trio que me olhou assustado, o sangue ainda tingia meus dentes.

– Precisamos ser lançados - Merlim falou - Se usarmos uma barreira celestial, do pouco que nos falta, acho que conseguimos...

– Eu posso tentar lançá-los - falei - Mas não vão chegar até lá.

– Eu dou o resto da propulsão - Kalevi apareceu, Yeva saltou sobre ele.

– Duncan? - o demônio desviou o olhar, a feiticeira fechou o rosto - Vamos logo com isso.

Os três ficaram próximos, Kalevi voava, impulsionei o trio e o demônio os levou a toda velociadade par ao centro da tempestade demoniaca, começaram a lançar seus feitiços, Merlim criava os novos que Calista e Yeva executavam, uma forte luz em meio a água benzida jorrou, era possível ver a formação de uma proteção em torno de Catástrofe, ele começou a recuar junto com os demônios, a luz do sol começou a iluminar e do alto só podia ver três pontos caindo inertes, Kalevi tentou voar para um, mas algo ainda mais veloz o ultrapassou, ele amparou os outros dois, foram deitados lado a lado, o anjo andava com o corpo da menina em seus braços, ela o olhava e sorria, os machucados dele eram curados.

– Para com isso - ele falou - Você precisa de um pouco de energia para se curar e... - ela levou a mão até o rosto dele e chorou.

– Pensei que o tivesse perdido - ele sorriu e a deitou ao lado dos primos.

Assim que ela foi deitada foram transportados par ao Paraíso, Kalevi e Duncan ficaram ali comigo, foi quando nos conhecemos.

– Sempre foi ele, não foi? - Kalevi perguntou, ela estava sentada o analisando - O destinado. - ela confirmou - E o que você acha qeu vai acontecer dessa vez?

– Não sei, as previsões não incluiam Julio e nem contavam que eu e você estariamos vivos e isso era o que o motivava a vencê-lo. Merlim mesmo me disse que tudo o que aconteceu nesse último milênio foi muito diferente das previsões, pode ser que não consigamos vencê-lo, mas...

– Não se preocupe - o demônio sorriu - Nós vamos vencer, ele poder vencer. - ela concordou.


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