Deixe-me te proteger escrita por Vlk Moura


Capítulo 11
Gnomo


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!! Tudo bem com vocês? Esse capítulo está pronto antes mesmo do anterior a esse XD



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– Você é uma idiota, Calista - Yeva falou depois dos contatos que tiveram com a gente.

– Não, eles estão seguindo o roteiro que eu planejei - ela encarou nossa feiticeira - quem é a idiota, Yeva?

– Você ainda é a idiota. - a feiticeira foi para o fundo da cela - Você acha que eles irão cair aos seus pés como se fossem esses monstros babacas - uma confusão começou e só calou com um grito da filha do Lúcifer - mas sinto em te informar, eles não são.

Calista saiu praguejando, Yeva ficou ao fundo da cela esperando que alguém falhasse para que pudesse nos contatar. Os monstros se distraíram, ela esticou o braço para fora da cela com um feitiço congelou a todos, cada feitiço era desgastante mais do dobro da energia necessária para realizá-lo era absorvida pela cela para impedir que algo poderoso demais pudesse ser feito.

– Yeva? - era Magnus - Como você está?

– Bem, eu acho - ela estava preocupada percebemos pela sua voz - Estou no corpo de Duncan? - ela balançou a cabeça - Eu consegui algo mais, o portal está perto do grande Grandioso - ela olhou Julio - é tudo o que tenho para falar agora. - ela sumiu, nós que estávamos acordados nos entreolhamos.

Do outro lado Yeva fora lançada contra a parede ao fundo da cela, ela bateu contra a construção e caiu ao chão. Calista estava ali para levá-la para uma de suas sessões de tortura. Yeva fora amarrada com algemas encantadas que impediriam que ela usasse qualquer magia. Fora carregada até um centro com muitos outros seres mágicos que já estavam feridos, fadas sangravam e não tinham partes do corpo, o corpo de um anão decapitado ainda estava amarrado a um tronco, o corpo inerte já tinha se transformado em pedra, mas os monstros colocavam fogo abaixo de seu corpo. Yeva fora amarrada, lembrou-se do tempo de Caça as Bruxas, nunca fora pega, mas já pegaram conhecidas suas e ela tinha absorvido suas lembranças.

– E agora? - Calista estava de frente para a feiticeira sua antiga amiga - Quem irá te salvar?

– Você me subestima filha do anjo caído.

– Opa, ouvi alguém falando sobre mim? - Lúcifer se aproximou de sua sobrinha e gargalho enquanto babava algo malcheiroso - Com medo, filha de Gabriel?

– Não, estou bem, já passei por situações piores. - Lúcifer pareceu se ofender.

Gritos começaram a tomar conta do lugar distraindo aos três.

– Foi essa coisinha que me atacou, pai.

–Isso? Calista, isso é um gnomo, você sabe o quão inútil essas coisinhas são?

Se esqueceram da feiticeira, o gnomo se tornou alvo, Yeva poda ouvir os gritos, o serzinho era atacado com fortes feitiços que desmaiavam o gnomo, a feiticeira se soltou, olhou para os monstros ao seu lado, estava fraca nenhum feitiço grandioso poderia ser feito, mentalmente criou o mapa de volta para a cela. Depois de se soltar, agarrou ao posto onde estava presa, travou os dedos na madeira, observou os monstros a sua volta, nenhum tinha percebido seu ato.

– Psiu! - os monstros que a guardavam a olharam e foram atacados com o tronco, Yeva correu.

– Mas que confus... - Calista viu Yeva saltando seus monstros.

Tentou atacar a prima que desviou do ataque e focou em lançar o tronco em Lúcifer que ao prever o ataque arremessou a madeira de volta a feiticeira que foi atingida, aproveitando a imobilidade da feiticeira Calista atacou e vários cortes se abriram na pela de Yeva. A filha de Gabriel se levantou e correu, conseguiu muito cansada abrir um portal, Calista não conseguiu prever par aonde a menina ia, mas Lúcifer sim e atingiu a feiticeira quando ela saiu, Yeva agarrou o gnomo que já estava desacordado e com um último esforço de transportou para a cela, abriu de fora, se jogou para dentro da cela e se trancou. Olhou o serzinho em sua mão estava desacordado, observou a dor que o gnomo sentia, conectou sua mente com a dele, não era um feitiço e sim uma habilidade que nascíamos com ele, com essa conexão a feiticeira sugava as dores do gnomo para que ele se recuperasse ainda mais rápido.

Os dois seres tinham adormecido e ninguém tinha tentado mexer com eles.

– Duncan? Kalevi? - os dois tinham sido arremessados para dentro da cela. Os dois olharam em volta assustados - Aqui no fundo - aproximaram.

– Caramba, você está... - o demônio começou.

– Shh! - ela mostrou a eles.

– Um gnomo? - o anjo se aproximou com cuidado - Onde conseguiu essa coisinha?

– Iam matá-lo - ela falou com a voz doce, mas cansada - Eu o salvei.

Ainda não tinham visto a feiticeira, a olharam, ela estava suja, parecia ser terra, mas constataram que era sangue, Kalevi reconhecia o cheiro e ficou assutado ao perceber que era um misto do sangue da feiticeira junto ao do gnomo. O ser minúsculo respirava com dificuldade enquanto uma luz dourada pulsava em seu peito.

– Isso é a aura restaurando o corpo - ela explicou - Eu e ele estamos conectados - ela apontou para a própria cabeça - Esse serzinho já sofreu tanto - ela fez cara de dor.

– Você está tomando as dores dele? - o demônio perguntou enquanto aproximava.

– É a forma mais rápida - outra careta - apesar de eu não poder usar magia aqui, alguns truques ainda me são possíveis - ela gemeu e apagou, seu corpo tombou para a parede, sua respiração parecia prestes a acabar.

Os dois seres trocaram olhares preocupados, mas preferiram o silêncio, se jogaram ao chão e torceram para que a menina levantasse logo. Ficaram raciocinando quanto tempo e por onde poderiam fugir, mas pouco viram do caminho até ali, tentavam montar um mapa mentalmente, mas sempre faltavam muitas partes.

– Ela está bem? - ouviram uma voz leve, olharam para a feiticeira, o pequeno gnomo estava de pé e olhava o enorme corpo que o sustentava.

– Não se preocupe - Duncan falou.

– Ela parece ferida e cansada - o pequeno ser os olhou - Você! - apontou para o demônio - Você destruiu tudo! - sua voz tornara-se monstruosa, o ar parado e pesado da cela começara a correr, causava pequenos cortes na pele do anjo e do demônio que taparam o rosto com a mão.

– Do que ele está falando? - Kalevi perguntou ao anjo.

– Você é quem deveria saber, ele está falando com você - o anjo se calou - Ei! Ei, coisinha! - o gnomo o olhou com olhos brilhantes em dourado - Eu não sei o que está acontecendo, mas seja lá o que for, não foi culpa do demônio aqui.

– Como pode ter certeza? - a coisa flutuava e mesmo tão pequena era assustadora.

– Porque ele estava comigo todo esse tempo.

O gnomo parou de brilhar, caiu nos braços da feiticeira. O demônio e o anjo respiraram aliviados, não pensavam em morrer em um lugar como aquele ainda mais pelas mãos de um gnomo.

– Quem são vocês? - ele perguntou finalmente.

– Eu sou Duncan, ele é o Kalevi... - o anjo falou e olhou a feiticeira desacordada.

Presos naquele lugar os dois místicos sentiam que suas memórias rompiam-lhes a mente e emoções que imaginavam impossíveis partiam-lhes a alma. Em um baque final das recordações os dois trocaram olhares, ofegaram assustados, o gnomo os observava curioso e pareceu que naquela confusão de recordações lembrou-se de algo não tão antigo quanto as memórias que via fluir pela sala, uma habilidade que os gnomos e anões tinham era a capacidade de ler as memórias. Ele sorriu para os dois.

– Costumam me chamar de Yolov, o Gnomo Ladrão - os dois encararam a minúscula criatura - Já destruí anjos e demônios, feiticeiras e sábios, sereias e sereia-anjos.

– E o que faz aqui um ser tão mortal? - Kalevi ainda se recuperava.

– Tentei acabar com a Calista e não deu muito certo dessa vez.

– Dessa vez? - Duncan encarou o gnomo.

– Das outras ela estava fraca, nocauteá-la era fácil, mas agora é diferente ela tem uma essência que desconheço, algo azedo - ele enrugou o pequeno rosto.

Ouviram um som abafado, o gnomo voltou a fingir um desmaio, mas já era tarde.

– Você deveria aprender as técnicas humanas de atuação - era a voz da feiticeira - Agora precisamos de você.

Ela ia pegar o gnomo, mas a palma de Yeva se fechou, a feiticeira saltou com o susto assim como todos, Yeva se ergueu das sombras e com um único feitiço, lançou Calista para fora da cela e voltou a se trancar.

– Isso não é possível - a atacada grunhiu.

– É sim - Yeva entregou o gnomo ao anjo e se arrastando em uma forma zumbificada usou os dedos para se apoiar - apenas essa porta me impede de agir, quando a abriu me libertou - Yeva sorriu assassina - se tentar tocar em mais alguém aqui arrancarei-te os olhos.

Calista levantou desajeitada e correu, a feiticeira despencou.

– Yeva! - os três soltaram em uni som.

Kalevi a ergueu nos braços, ela o olhou e sorriu.

– É bom te ver vivo - ela abraçou-lhe o pescoço e deitou a cabeça em seu ombro.

Desmaiou.

O demônio a deitou no fundo da cela imersa nas sombras.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando ^-^



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