Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 21
Eu desisto.


Notas iniciais do capítulo

ÓH QUEM VOLTOU!
GENTENEY, CHEGAY!
PESSOAS, ANTES DOS ABANDONOS, DAS PEDRADAS E DE TUDO PEÇO QUE ENTENDAM QUE EU VIAJEI NO CARNAVAL E QUE MINHAS AULAS VOLTARAM E SEI QUE ESSA É A DESCULPA MAIS RIDÍCULA QUE EU JÁ DEI, ENTÃO, APENAS ME XINGUEM NO COMENTÁRIOS.
Okay, desligando meu Caps Lock, tenho que dizer umas coisas aqui. Primeiro, não me odeiem! Não tirem conclusões precipitadas e PLEASE, Não desistam dessa fanfic! Sério, o bagui vai ficar LOKO!
Peço desculpas se houver algum errinho no capítulo e pelos feelings de vocês. Qualquer coisa mandem seus berros e tals e mandem seus amados reviews < 3
Boa leitura, chuchus!



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PDV HÓRUS

Se arrependimento matasse eu, com certeza, não estaria mais aqui. Eu estava sentado em meu trono, com uma carranca tão irritadiça que os músculos de meu rosto já começavam a doer. Realmente, assistir Amón fingindo ser tão simpático, conquistando todos com aqueles sorrisos abertos e as palavras doces me faziam querer pular em seu pescoço e arrancar seus olhos.

A maioria dos deuses já haviam ido embora, e eu não tinha feito o mesmo, pois, mesmo sentindo que podia matar Natália, a ideia de deixa-la aqui com um suposto cúmplice de Kebechet era tão terrível como a ideia de ficar aqui por mais um segundo. Olhei para os outros com certa irritação no olhar, vendo-os assistirem assim como eu, a conversa animada de momentos atrás se desandar, transformando-se em uma discussão amigável entre os poucos deuses que permaneceram no salão. Eu olhava enojado enquanto todos começavam a repetir seus argumentos ridículos, acrescentando advérbios como "Absolutamente" e "definitivamente" no final de suas frases apenas para não terminar aquela ladainha toda. Amón era tão bom ator que eu sentia ânsias só de ouvir aqueles votos falsos de alegria e prosperidade, fingindo nostalgia ao se lembrar de algum momento inútil de 5.000 anos atrás.

Desviei o olhar da cena vendo Nefertum se esforçando para não cair no sono; Anúbis encarando Amón como se pudesse arrancar sua pele com os olhos; Khonsu parecendo que viu um fantasma, encarando Amón com tanto receio que até Rakel, que estava ao seu lado, parecia com medo; e Natália, que fingia tão bem quanto Amón. A garota tinha um sorriso falso nos lábios, ouvindo a conversa com interesse. De vez em quando a garota me lançava olhares que eu explicitamente ignorava, fazendo a mesma ficar ainda mais irritada. Eu não sabia oque estava fazendo, apenas seguia meus impulsos. O fato de Natália ter recusado minha oferta de fuga não me deixou apenas puto e sim incrédulo. Era como se esses cinco anos tivessem sidos jogados fora, como se minha história com ela não importasse e que agora sua vida era apenas essa guerra ou Rá.

–...Natália!-Bradou Rá, tirando-me dos meus devaneios. Olhei para a garota percebendo que a mesma também estava perdida em pensamentos. A mesma levantou a cabeça, olhando para o deus do sol.

–Sim?-Indagou. Todos no salão a olhavam com certa expectativa, inclusive Amón. O mesmo sorria abertamente, encarando Natália com intensidade, como se pretendesse ver a alma da garota.

–Em que mundo está? Estamos falando sobre você e não está falando nada.-Protestou o deus do sol.- E você sempre tem algo a dizer. Algo está te incomodando?

–Não.-Cortou Natália, rápido.-Eu só não ouvi...desculpe.-Falou.

–Rá não seja tão duro com nossa salvadora.-Falou Amón.-Dizem que pessoas extraordinárias pensam demais... Eu apenas queria saber oque.-O deus sorriu para Natália que pareceu se esforçar para manter a expressão impassiva. -Eu estava me perguntando como alguém como você conseguiu matar Apófis e Set, não parece nem um pouco ameaçadora pra mim.-Continuou Amón. Semicerrei os olhos, enquanto Natália olhava questionadora para o deus do vento.

–Acredite. Eu os matei.-Respondeu Natália. Amón riu com uma alegria suspeita, olhando para Natália como se a mesma fosse um cachorrinho fofo, fazendo gracinhas para ele.

–É claro que matou.-Concretizou.-Ouvi todas suas histórias, são incríveis.

–Não tanto como eu gostaria.-Retrucou Natália.-Em histórias incríveis, Amón, o mocinho sempre da bem. E no meu caso mal sei se sou mesma a mocinha.

–Não a graça em mocinhas. Elas sempre são indefesas e você é totalmente ao contrário disso. É uma mortal que matou dois deuses de forma incrível, isso é inédito em qualquer história. Não faz parte dos clichês.

–Sou mais indefesa do que pensa...-Respondeu Natália.-Não venceria nem Apófis nem Set se não tivesse a ajuda de meus amigos. Se não fosse por Anúbis eu nunca teria vindo para o duat, não teria aprendido a lutar e Apófis teria me matado com a mesma facilidade de que se mata uma barata; Se não fosse por sr. Rá eu não teria poder para realizar minhas missões, não seria salvadora de nada; Se não fosse por Khonsu ter cuidado de mim e se sacrificado por mim eu também estaria morta; se não fosse por Hórus eu...-Inclinei-me para frente, pronto para ouvir em que eu havia ajudado Natália em sua vida, saber oque, realmente, ela sentia por mim, porém, Amón a cortou antes que ela pudesse concretizar a frase.

–"...Se não fosse por Khonsu ter cuidado de mim e se sacrificado por mim eu também estaria morta."-Repetiu o deus, virando-se para Khonsu que engoliu em seco, segurando a mão de Rakel. A menina virou-se confusa para o namorado, como se questionasse o porque de tanto nervosismo.-Meu filho Khonsu?

–Existe outro Khonsu?-Indagou Natália. Amón olhou para a garota, deixando seu sorriso de lado por um momento.

–E ele te ajudou? Estamos falando mesmo da mesma pessoa?-Perguntou Amón com um tom irônico na voz, fazendo Khonsu trincar o maxilar, encarando o pai com certa raiva.

–Sim, estamos.-Rebateu Natália.- Khonsu me ajudou a morrer, ele me salvou, cuidou de mim... E na guerra contra Set quase morreu por mim.

–Uma idiotice tremenda, se quer saber.-Comentou Kepri.

–Uma linda prova de amor, Kepri. Pelo que eu soube, Khonsu nutre por Natália um amor paterno, e eu admiro isso.-Retrucou Nut, que continuava agarrada a Geb como se nunca mais fossem se soltar. Amón lançou a Nut um olhar irritadiço, parecendo desgostar do comentário da deusa do céu.

–Eu concordo com Kepri.-Cortou Amón, fazendo Natália fulmina-lo.-Khonsu...-Amón se levantou de seu trono, virando-se para o filho com certo nojo nos olhos.-Meu filho...

–Pai.-Cuspiu Khonsu, encarando Amón pela primeira vez. Rakel arregalou os olhos levemente, parecendo não saber oque fazer estando no fogo cruzado da guerra de olhares de Khonsu e Amón.

–Ouvi boatos sobre você que, realmente, me deixaram desgostoso.-Continuou Amón.-Que meu filho tinha desistido de suas apostas, não estaria mais jogando senet em troca das almas das pessoas... mas, eu não imaginava que tinha se convertido tão profundamente ao lado do bem.

–Eu não converti a nada.-Rosnou Khonsu, que deixava os dedos de Rakel brancos de tanto aperta-los.-Apenas resolvi parar de ser tão parecido com você.-Retrucou. Amón olhou Khonsu com um ódio mortal, como se pudesse mata-lo ali e agora.

–Entendo.-Falou o deus com a voz áspera. Seus olhos passaram pelo filho, parando os olhos em sua mão entrelaçada a de Rakel.-E quem seria essa garota?-Indagou.

–Eu sou...-Começou Rakel, mas foi cortada por Khonsu.

–Essa é Rakel, minha namorada.-Apresentou o deus da lua. Rakel desviou os olhos, tentando soltar sua mão da de Khonsu. Amón arqueou as sobrancelhas.

–Namorada?-Questionou. O mesmo encarou Rakel, olhando para Natália logo depois. Os olhos de Amón percorreu o corpo da garota, que olhou receosa para o deus do vento.-Amor paternal...-Amón deu um sorriso debochado.-Talvez...tenha escolhido a mortal errada, Khonsu.-Natália arregalou os olhos, incrédula. Olhando para Rakel junto com todos no salão. Pude ver a frase de Amón, bater contra o corpo de Rakel, fazendo a menina corar; lágrimas se acumularam nos cantos dos olhos da menina.

–Eu...Me dêem licença.-Rakel se soltou de Khonsu, correndo para fora do salão.

–Rakel!-Gritou Khonsu.

–Droga...-Xingou Anúbis, falando pela primeira vez naquela droga de reunião, saindo rápido atrás da garota. Virei-me para Natália, vendo-a fulminar Amón com um ódio intenso. Vi o poder alaranjado do sol brilhar nos dedos da garota como se ela pretende-se matar o deus aqui e agora mas e então... a mesma desistiu. Natália comprimiu os lábios, deixando o braço cair ao lado do corpo, abaixando os olhos para o chão, como se não tivesse visto nada. A olhei incrédulo, sentindo algo quente invadir meu corpo, algo que se parecia muito com raiva.

–Eu falei algo de errado?-Questionou Amón com um tom falso de inocência na voz. Não esperei ninguém responde-lo e nem meu alto controle se acabar, levantando de meu trono e marchando rápido até a saída.

–Hórus?-Questionou Natália. Virei para a mesma, vendo-a me encarar confusa. Balancei a cabeça negativamente, saindo do salão sem ao menos atende-la.-Hórus!-Chamou Natália novamente, mas eu não me virei, continuando meu caminho.

PDV NATÁLIA.

Desde que essa reunião começará um desejo insaciável de calar Amón enfiando uma lança por sua garganta me consumia a cada segundo, mas os olhares que Nefertum me lançavam me avisavam que eu não podia fazer isso, afinal partirá de mim a ideia de fingir não saber sobre seu plano de me matar. Mas agora...Eu , realmente, queria , não só mata-lo, mas faze-lo sofrer por toda eternidade. A tristeza evidente nos olhos de Rakel fez meu coração doer, e o ódio por Amón triplicar de tamanho. Mas...Eu não podia fazer nada., e isso era frustante. Tinha que conquistar a confiança de Amón, e brigar com ele por suas malditas palavras não iria ajudar nisso.

Eu me sentia horrível quando vi Hórus levantar de seu trono com um expressão raivosa.

–Hórus?-Indaguei. O mesmo se virou para mim com um olhar cortante, fazendo minha pele se arrepiar de uma forma ruim. Hórus se virou novamente, como se eu não tivesse falado nada, e saiu do salão batendo a porta com força. -Hórus!-Exclamei.

–Deuses, oque deu nele?-Indagou Geb.

–Hórus...-Murmurei.

–Oque pensa que fez?!-Cuspiu Khonsu, olhando incrédulo para Amón. O deus dos ventos olhou impassivo para o filho, fazendo a pele branca de Khonsu se avermelhar.

–Certo, já chega.-Cortou Rá, que até agora só havia assistido a maldade de Amón.-Natália, você...

–Eu já volto.-Falei, não deixando o deus do sol ao menos terminar.

–Natália!-Protestou, mas eu já havia começado a correr para fora do salão. Segui pelo corredor, achando Hórus não muito longe. O mesmo estava parado, respirando profundamente com as mãos fechadas em punhos. Parei de correr, me aproximando dele.

–Hórus.-Chamei, esticando a mão para tocar seu braço, porém, o mesmo me afastou antes que eu pudesse toca-lo.-Ei!- Protestei.

–Não toque, Natália, não toque!-Gritou o deus da guerra. Abri a boca incrédula.

–Oque deu em você?!-Questionei.

–Oque deu em mim?! Oque deu em você?!-Indagou.-Como pode deixar aquele merda falar daquele jeito com Rakel?! Ela não era sua amiga?!

–Ela é minha amiga, Hórus! Eu a amo e senti vontade de arrancar as vísceras de Amon por aquilo! Mas o plano, se ele descobrir...-Hórus rosnou, cortando-me antes que eu pudesse terminar.

–Cale a boca, Natália, CALE A BOCA.-Gritou, fazendo-me arregalar os olhos. Eu podia sentir a força do ódio do deus do guerra como um furacão ameaçando a me arrastar.

–Hórus...

–Não fale! Não fale mais nada! Você se tornou um desastre! Não sabe pensar em nós, não sabe pensar no que é melhor para alguém que não seja você! Mas tem uma guerra acontecendo agora, ou haverá uma em breve, e eu me cansei de você! Do, como você diz, "novo você". Cansei de ficar correndo atrás de você, tentando me garantir que não vai fazer um de nós morrer por causa de seu egoísmo!-As palavras pareciam ter sumido de mente, me deixando sem conseguir falar nada. Eu estava chocada demais e tudo que fiz foi encara-lo, enquanto seus olhos brilhavam em um ódio que eu nunca vi Hórus dirigir a mim. Hórus respirou fundo, fechando os olhos por um momento.-A partir de agora, fique afastada de mim.-Ordenou, desaparecendo em uma névoa esbranquiçada, que bateu contra mim como um tapa na cara.

–Deuses...Oque foi que eu fiz?!-Indaguei a mim mesma, sentindo um desespero sufocante me atingir.

–Com licença...-Me virei, dando de cara com Amón, eu estava tão perturbada que nem sentir a vontade de dar na cara daquele infeliz eu tive.-Hã...Está tudo bem?-Indagou o deus, dando um sorriso de lado.

–Eu... eu acho que sim.-Respondi.

–Você saiu do salão dos deuses tão rápido que mal tive tempo de me desculpar pela exaltação com meu filho, sei que fui um pouco duro.-Justificou-se Amón, fitando-me com seus olhos azuis. Assenti, mal ligando para oque o deus estava falando. Não...Hórus não podia virar as costas para mim, ele era meu deus! Ele não pode fazer isso...-Então, como uma forma de me desculpar eu gostaria de te levar para jantar hoje a noite. Oque acha?-Indagou. Levantei a cabeça, examinando Amón. Eu, definitivamente tinha que matar esse cara.

–Tudo bem. Eu aceito.-Murmurei. Amón sorriu abertamente, enquanto eu continuava a encara-lo. Eu vou conquistar a confiança desse cara, eu irei mata-lo e eu irei trazer Hórus novamente para mim, ou eu não me chamo Natália Ramsés.


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Notas finais do capítulo

EPA LELE, E NOW?! 'HEUHEUHEUEHUEHEUE GENTEM, MANDEM REVIEWS! BEIJOS DE LUZ!