Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 17
Os penúltimos deuses.


Notas iniciais do capítulo

Depois desse título cagado minha gente, venho dizer-lhes que...CHEGUEI O/
Até que não demorei pra postar dessa vez né, chuchus? E sabe porque? Porque estou de férias #choranu.
Bem amores, cá está o capítulo. E atendendo pedidos, fiz um kiss acontecer pra tirar um pouco a teia do coração malvado da autora 'hueheuehueheueheu Beem, sitno em dizer que esse é um dos últimos capítulos da história e...EU TO ZUANDO, ESSA FIC VAI DURAR PACAS AINDA! HEUEHUEHEUEH-Ta, parei.
Mas vim dizer que mais um ou dois capítulos para frente vamos entrar em uma período da história que eu to super ansiosa pra chegar, e que vai ser avassaladora. Em breve descobriremos quem é o deus traidor e também teremos muitas tretas. Bem, espero que me ajudem nessa fase da fic pois estou MUITO animada o/
Bem, é isso lindos. Boa leitura e desculpe os erros!



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PDV NATÁLIA.

Minha boca estava amarga e um sorriso sem humor estava fixo em meu rosto. Todos estavam ali a horas, tentando de alguma maneira trazer o bá de Néftis de volta para seu corpo, oque não estava dando certo.

–Deuses, ela não quer voltar! Porque não desistem logo?! Já está tudo muito ruim sem Néftis aqui, deixem-na assim!-Protestou Ísis, cruzando os braços aborrecida. Eu queria concordar com ela, mas no momento tudo oque eu fazia era ficar na minha. Eu estava exausta e ainda não havia tomado banho. A água do mar já havia secado, deixando meu corpo polvilhado de areia, que se espalhava em minha volta toda a vez que eu me mexia.

–Ísis, sabe que precisamos de Néftis.-Argumentou Rá. Semicerrei os olhos para o mesmo, não acreditando no tom amável de sua voz...Deuses, a pouco tempo atrás ele queria me matar, e agora isso.

–Mas ela está aqui! A presença dela está aqui. Não precisamos de sua consciência e nem de todo o resto!-Rebateu a deusa da magia.

–Não se faça de lunática, Ísis. Néftis é uma imprestável mesmo quando tem seu bá e todos os seus poderes...Imagine agora, sem nenhum dos dois.-Grunhiu Kepri preguiçosamente.

–Mas...Mas...Argh!-Ísis jogou-se em se trono, cruzando os braços furiosamente. Eu entendia a deusa, pois assim como ela, desejava que Néftis jamais voltasse ,porém, como disseram, era preciso. Ísis bufou mais uma vez, semicerrando os olhos logo depois.-Osíris, oque acha que está fazendo?!Virei-me para o deus da morte, vendo-o abaixado na altura dos olhos de Néftis, tentando acordar a deusa. Junto com ele estavam Néfertum, Hórus e Anúbis.

–Oras, estamos tentando chamar a atenção dela! Mas essa vac...-Falou Nefertum, mas foi cortado.

–Néfertum.-Avisou Osíris. Nefertum deu um sorrisinho.

–Essa...deusa maravilhosa não dá nenhum sinal de vida!-Protestou a deus. Realmente Néftis não parecia ter mudado em nada desde que chegou. Seu olhar continuava perdido no meio do salão, e seus olhos opacos como se não passassem de uma pintura no rosto da deusa.

–Pensei que na minha presença ela voltaria mas acho que me equivoquei.-Lamentou-se Osíris.

–Eu também...-Falou Anúbis.

–Saco...-Reclamei alto. Anúbis virou-se para mim, olhando-me inquisitivo.Esfreguei meu rosto com as mãos, sentindo a areia em meu rosto ferir minha pele.

–Natália...Já sabe oque fazer não é?-Indagou Rá, sem ao mesmo me olhar. Suspirei pesadamente, arrastando-me até Néftis.

–Oque vai fazer?-Questionou Anúbis assim que me aproximei.

–Fique tranquilo, Anúbis. Não vou matar sua mamãe...de novo.-Falei. O deus chacal abriu a boca para me responder, porém, não lhe dei nem tempo.-Deixe isso comigo.

–Tem certeza?-Perguntou Tio Osíris temeroso.

–Eu não tenho escolha.-Respondi. Todos continuaram a me encarar, fazendo-me revirar os olhos.-Tenho certeza.-Afirmei.-Se afastem.-Nefertum e Osíris foram os únicos a me obedecerem. Amarrei meu cabelo, ajoelhando-me na frente de Néftis até ficar da altura de seus olhos. Aqueles malditos olhos... Engoli em seco querendo me levantar dali e ir para o lado de Ísis, que continuava seus protestos contra a volta de Néftis. Realmente...Viver sem a deusa da água era a melhor coisa do mundo, já que sem ela eu não teria que lembrar de tudo oque aconteceu a dois anos atrás. Deuses, aquele monstro estava mesmo de volta?!

–Hey, musa?-Chamou Nefertum.-Tudo okay?

–Sim...-Falei piscando os olhos.-Só estava perdida em...lembranças.-falei de mal gosto. Ouvi um suspiro saindo da boca de Anúbis.-Bem, vamos acabar logo com isso.

–Natália? Oque pretende fazer?-Questionou Rá. Dei um sorriso de lado.

–Oque faço de melhor...-Agarrei o queixo de Néftis, forçando-a a olhar para mim. A deusa não se mexeu, porém, eu não parei.-Quanto tempo não é, Néftis? Se lembra de mim? Natália Ramsés, a menina que matou seu amado Set!-Provoquei. De alguma maneira eu sabia que isso iria funcionar, pois, mais forte que o amor que Néftis sentia por Osíris ou Anúbis era ódio que ela nutria por mimm. De primeiro momento nada aconteceu, mais pude sentir em minha mão o tremor que percorreu o corpo da deusa. Os olhos azuis de Néftis focalizaram em mim, piscando sem entender.

–Você...Oque?!-Murmurou com a voz rouca. Sorri mais profundamente, fazendo Néftis arregalar os olhos.-Você!-Acusou. Tudo aconteceu tão rápido que mal tive tempo de pensar. Em um piscar de olhos eu estava no chão, com Néftis em meu pescoço tentando me estrangular. Anúbis e Hórus avançaram, porém, não dei tempo para eles interferirem. Girei meu corpo, ficando por minha vez em cima de Néftis e empenhando-me na tarefa de apertar seu pescoço também. A deusa tossiu, tentando se livrar de minhas mãos.

–Seja bem vinda de volta, sua vaca.-Grunhi.

–Sua...me solte!

–Escute aqui, Néftis, pois só irei falar uma vez.-Rosnei a centímetros de seu rosto.

–Natália!-Censurou-me sr.Rá, mas eu nem lhe dei ouvidos, continuando a encarar Néftis com toda raiva que eu podia lhe proporcionar.

–Se passaram dois anos e as coisas mudaram bem desde aquele dia. Nessa vida eu já te perdoei duas vezes, não haverá uma terceira, ouviu?!-Continuei. Néftis choramingou.

–Tirem-na de cima de mim!-Gritou Néftis, oque fez Osíris e Anúbis se aproximarem mais.

–Saia da linha só um pouco, e eu juro por minha vida que te mando pro inferno, entendeu?!

–Natália, venha...-Pediu Osíris, pegando meu braço.

–Você entendeu, Néftis?!-O deus da morte me tirou de cima de Néftis, enquanto Anúbis ajudava a deusa a se levantar. Assim que deu de cara com o chacal, Néftis o agarrou, começando a chorar compulsivamente em seu peito. Soltei um grunhido de repulsa.

–Esta certo, você fez bem.-Murmurou Osíris soltando meu braço, mas não se afastando de mim. O olhei indignada, sentindo que a qualquer momento eu iria explodir. Céus, onde eu estava com a cabeça?! Acabo de trazer a vida novamente uma de minhas inimigas, tudo porque me mandaram fazer isso e eu obedeci! Deuses, onde está Natália Ramsés?!

–Merda.-Rosnei, virando-me de costas e marchando em direção a porta.

–Ei, onde pensa que vai?!-Questionou Néfertum.

–Tomar um banho, descansar um pouco...Me deixem em paz um pouco está bem?!-Questionei. Anúbis olhou-me atônico, ainda com Néftis em seu cangote. Balancei a cabeça negativamente.-Só me acordem quando essa vaca conseguir reconstruir seu respeito próprio.-Falei. Saindo do salão dos deuses.

Caminhei rápido pelos corredores de veludo, procurando um quarto vago para ficar, já que o meu não era mais seguro, pois Kebechet esteve no mesmo noite passada. Porém, antes de eu terminar minha busca, senti uma mão em meu braço, impedindo-me de andar.

–Natália, pare.-Mandou Hórus. Me virei incrédula para ele.

–Hórus, me solte...Eu não irei voltar pra lá!-Falei.

–Eu não quero que volte pra lá, só quero saber como está se sentindo!-Protestou o deus da guerra.-Está bem?

–Porque todos me perguntam isso?! É claro que não estou bem!-Falei, como se a pergunta de Hórus fosse a coisa mais idiota que eu já havia ouvido.-Me deixe ir!-Falei, dando um impulso para frente para me soltar de Hórus, porém, o mesmo me puxou de volta, soltando meu braço, e segurando-me pela cintura. Ofeguei surpresa, olhando assustada para o deus. O mesmo apertava fortemente minha cintura, deixando nossos corpos a centímetros de distância.

–Hórus oque está fazendo?!-Arquejei.

–"Não estou bem" não é o suficiente, quero que me diga como está se sentindo de verdade.-Rebateu o deus. O encarei confusa e em seguida Hórus me beijou. Senti o toque de seus lábios arregalando ainda mais meus olhos. Uma sensação nostálgica me invadiu quando senti gosto doce dos lábios de Hórus,lembrando-me que dessa vez eu não estava bêbada. Contra minha vontade senti algo fluindo dentro de mim, como se algo fosse ligado dentro de meu corpo. Fechei meus olhos, esticando-me para envolver meus braços no pescoço dele. Eu sabia como estava: suja, cheia de areia e provavelmente cheirando a peixe. Mas isso não pareceu problema para Hórus que intensificou nosso beijo. Suas mãos saíram de minha cintura, deslizando pela minhas costas. Segundos depois, Hórus se afastou virando-se para trás. O olhei ofegante, sem entender nada, porém, isso mudou quando ouvi uma risada irônica.

–Pelo oque eu me lembro, Rá ordenou que não encostasse na menina de ouro, Hórus.-Falou Kepri.- E aconselho a continuar seguindo essa regra ou pode perder a cabeça...

–Oque faz aqui, Kepri?!-Indaguei. Kepri virou-se para mim.

–Estou te impedindo de fazer mais burrada, idiota. Rá esta furioso.

–Rá sabe que...?-Comecei mas Kepri me cortou.

–Por favor, garota. Rá sabe tudo oque acontece com você enquanto estiver sobre seus domínio. Está no duat e é uma parte dele. Como poderia não saber que está se pegando com o deus da guerra?!.-Perguntou o deus escaravelho. Crispei os lábios irritadiça, olhando Hórus. O deus não parecia saber oque dizer, apenas me encarava com os lábios avermelhados.

–Dessa vez, não me siga.-Ordenei, antes de retomar minha caminhada, transtornada.

(...)

Eu estava sentada na cama de meu novo quarto, olhando pensativa para o colchão. Eu havia acabado de sair do banho e mesmo assim, não me sentia bem o bastante. Porque Hórus teve que me beijar?! Porque fazer isso logo agora?!

–Toc,toc.-Murmurou alguém abrindo a porta de meu quarto. Levantei a cabeça dando de cara com Nefertum.

–Deuses, se veio brigar comigo desista! Não vou te ouvir!-Falei. Nefertum encarou-me cansado, entrando em meu quarto e fechando a porta.

–Eu não vim brigar com você, pode guardar as garras.-Falou o deus dos perfumes sentando na beirada de minha cama. Arqueei uma sobrancelha, olhando-o desconfiada.

–Não veio brigar comigo?

–Não!-Exclamou.-Sabe, eu te entendo! Sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer e não te julgo por isso. Se Hórus viesse até mim, com aqueles cabelos loiros e aqueles olhos bicores eu também o beijaria sem exitar!-Falou Neferum. A sombra de um sorriso passou por meus lábios.

–Então...Todos já sabem?

–Com certeza...-Respondeu. Bufei fortemente.

–E sr. Rá?

–Está irado, e me mandou castiga-la...Por isso que vim.-Falou Nefertum. O encarei, incrédula.

–Seu traidor! Sabia que iria haver uma punição!

–Ei, ei....Não me culpe! Beijando ou não beijando o bonitão ainda desobedeceu Rá.

–Deuses...-Reclamei.- Oque ele quer que eu faça ?!

–Oque mais? Que termine sua missão. Ele quer que saia em busca de Nut, hm...agora.

–Agora?! Eu nem pude descansar!-Protestei. Nefertum deu de ombros.-Ah, eu ainda vou enlouquecer!

–Mais?-Indagou Nefertum.-Bom, temos que ir. Sei que não quer que Rá venha aqui e te obrigue .-Nefertum estendeu-me uma mão.-Vamos?-Peguei a mão do deus de contra gosto, deixando o mesmo me levantar da cama.

–E como vamos achar Nut?-Perguntei. Nefertum sorriu.

–Vamos libera-la da prisão. Por sorte essa é a coisa mais fácil do mundo.-Nefertum abriu um portal.-Nosso exército foi em busca de Geb, teremos um reencontro muito fofo quando voltarmos.

–Não vejo a hora.-Falei sem um pingo de animo. Nefertum revirou os olhos, e juntos entramos no portal.

Assim que pisei em terra firme, a senti faltar sobre meus pés.

–Ei, cuidado!-Arregalei os olhos, olhando para baixo. Eu estava em pé em um pequeno quadrado, a metros de distância do chão.

–Onde estamos?!-Questionei. Nefertum sorriu.

–No céu.-Falou. O mesmo pegou minha mão, puxando-me para longe da beirada. Vi que atrás de mim havia uma pequena escadaria que dava para um enorme portão branco. Subimos rápido, e me deparei com dezenas de trancas que fechavam fortemente o portão.

–Pra que tantas fechaduras?-Perguntei.

–Por favor, mulher. Essa é a prisão de Nut a milhares de anos. -Respondeu Nefertum.-Acha que não teria uma forte proteção anti-fugas?

–E como vamos entrar?

–Com o hieroglifo certo tudo se resolve, meu amor.-Falou o deus dos perfumes dando um sorriso.

–E presumo que você saiba esse hieroglifo, não?-Falei, cruzando os braços.

–É claro. Rá me deu antes de sair.-Nefertum sorriu, virando-se para o portão. O mesmo fechou os olhos, e pude sentir magia fluindo pelo corpo do deus. Um hieroglifo brilhou fortemente em nossa frente e o portão se abriu, com um alto barulho de ferrugem. Sorri olhando para Nefertum animada.

–Parabéns! Não achei que seria tão bom com magia.-Falei. Nefertum encarou-me entediado.

–Minha filha, eu sou bom em tudo.Vamos!-Entramos no lugar, e eu fiquei um tanto que decepcionada. Para o castelo de Nut eu esperava uma grande construção, como um castelo com várias torres. Mas tudo oque eu recebi foi um pequeno templo, cercado por grama. Continuamos devagar, adentrando o templo.

–Uau...-Falei. Era uma sala grandiosa, sustentada por grossas colunas de mármore branco. O piso era coberto, ao centro, por um longo tapete vermelho que se misturava com as cortinas de veludo, que caiam das altas paredes, aos pés de um trono negro que se tornava o destaque do lugar assim que adentrassem no cômodo. Nefertum sorriu, apontando para o lado direito do templo, onde uma janela enorme se estendia, mas não era para isso que Nefertum apontava. Uma mulher estava debruçada na janela , perdida em pensamentos. A mesma tinha cabelos negros, e a pele branca, olhos azuis como o céu e vestia um vestido que me fez perder o folego. O vestido era azul escuro, repleto de pontinhos brancos que , eu tinha certeza, que se tratava das estrelas. Eu podia encontrar qualquer constelação no vestido da deusa.

–Com licença.-Chamou Nefertum, tirando Nut de seus pensamentos. Vi o sobressalto da deusa, e a mesma se virou incrédula para nós.

–Por Rá, quem são vocês?!-Eu sorri, dando um passo a frente.

–Eu sou Natália Ramsés, senhora. E vim para leva-la pra casa.


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Notas finais do capítulo

E então delicias? Oque acharam? Mandem reviews!