Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 16
O segundo deus.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!
Cá estou com um capítulo novinho procês :D
To dodoi então pode não ter saído tão bom mais enfim, ta aqui!
Outra coisa, ESTOU EXTREMAMENTE FELIZ COM OS REVIEWS DE VOCÊS *W* Apesar de serem poucos estou muito happy pois estamos chegando aos 50 reviews o/
Obrigada coisas gatosas < 3
Boa leitura amores!



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PDV NATÁLIA.

–...E por todo dano moral e psicológico a mim causado eu vou querer, Dunuts a vontade por uma vida inteira, um polimento em meu trono, massagens regulares nos pés e...

–E ficar quieto também...Seria uma boa.-Resmunguei, cortando Hapi. O deus fulminou-me com o olhar , porém, eu cortei qualquer rebate do deus do nilo balançando a cabeça. Nós já estávamos no duat e nos aproximávamos da sala do trono e eu, realmente, queria chegar logo. Meus pulmões ardiam em brasas e meu corpo estava gelado; eu estava ensopada, coberta de areia e também absurdamente exausta, mas apesar de tudo isso tinha algo que me incomodava mais. Anúbis.

Meu braço estava em volta do pescoço do deus chacal, o mesmo segurava minha mão, ajudando-me a andar. Isso seria algo normal, afinal eu havia quase morrido afogada, se eu não estivesse me sentindo tão desconfortável. Era estranho o jeito que eu via Anúbis depois de tudo oque houve com Kebechet. Ele não era mais o meu deus, não era mais alguém que eu... confiava e o fato de nossos corpos estarem tão perto me fazia sentir estranha.

–Anúbis eu... acho que consigo andar sozinha.-Murmurei. O deus virou-se em minha direção fazendo a água de seu cabelo respingar em mim. O chacal não estava muito diferente de mim em aspectos gerais. Assim como eu o mesmo também parecia ter sido empanado e depois jogado na água, oque , realmente, aconteceu.

–Suas pernas estão tremendo ainda. Você se afogou, Natália. Não se faça de durona.

–Eu estou bem...Sério.-Insisti.-Não precisa fazer isso.

–Fazer oque?-Questionou.

–Cuidar de mim dessa maneira.. Fingir que estamos bem, que não foi sua filha que fez isso comigo...-Grunhi, soando mais grosseira do que eu desejava. Anúbis parou, virando-se para mim. Hapi parou um pouco mais atrás, olhando-nos curioso.

–Kebechet fez isso com você?-Questionou. Dei um sorriso sarcástico.

–Quem mais seria, Anúbis? Nefertum?!-Indaguei. O chacal trincou o maxilar.-Eu não tenho total certeza, pois estava dormindo quando me jogaram dentro daquele sarcófago, porém, numa escala de 0 á 10, Kebechet estaria em 11 entre as pessoas que fariam isso comigo.

–Existem mais pessoas que fariam isso com você? Uau, você é mesmo bem odiada.-Comentou Hapi, fazendo-me lançar a ele um olhar torto.

–Oque... exatamente aconteceu, Natália?-Questionou Anúbis soltando minha mão, mas ainda deixando meu braço pousado em seu ombro. Soltei um forte suspiro, abrindo a boca para responde-lo, porém, uma forte pressão no ar fez-me desistir de falar. Olhei para o corredor comprimindo os lábios, vendo ao longe oito figuras aproximarem-se rapidamente de mim. Na frente de todas elas estava Rá, que me encarava como se pudesse me matar com aquele olhar.

–Deuses...-Murmurei.

–Natália! Céus...-Nefertum não pode nem terminar sua frase, quando Rá me puxou com força, desgrudando-me de Anúbis. Engoli em seco enquanto sr. Rá cerrava os dentes, olhando-me com ódio.

–Acho bom ter uma explicação plausível para tudo isso, Natália , ou , eu juro, que não respondo por mim.-Rosnou. Hórus, que também estava no grupo de super-heróis juntamente com meu exército, encarou Anúbis acusativo, virando-se para mim logo depois.

–Eu tenho.-Respondi, puxando meu braço com força. Anúbis deu alguns passos para o lado deixando Hapi a vista de todos. O deus do Nilo sorriu irônico encostando-se na parede de braços cruzados.

–Que bela recepção, hein?-Reclamou. Nefertum deixou o queixo cair enquanto Rá olhava-me atônico. Sorri sem humor, dando de ombros.

–Surpresa!

(...)

Eu havia acabado de chegar a sala dos deuses e o clima maravilhoso do lugar fez-me querer voltar para dentro de meu sarcófago. Todos me encaravam acusativos, como se eu tivesse matado alguém, ou pior, como se eu tivesse tentado me matar, oque, em parte, era mesmo verdade. Nefertum entregou-me uma garrafa de água, voltando a me examinar com o olhar, como se esperasse que a qualquer momento algo ruim acontecesse comigo.

–Estou inteira, Nefertum...Dá para parar!-Vociferei, olhando irritadiça para o deus da beleza. O mesmo bufou, abaixando-se até chegar em meu ouvido.

–Não, não dá! Espere só estarmos sozinhos...Eu vou acabar com você!-Grunhiu. Suspirei pesadamente começando a ignora-lo assim como eu fazia com Hórus. O deus da guerra procurava meus olhos a todo estante tentando chamar minha atenção, eu fingia não vê-lo virando o rosto toda vez que eu dava de cara com aqueles olhos bicores. E foi numa dessas fugas que dei de cara, dessa vez , com Anúbis. Semicerrei os olhos, encarando o deus dos funerais desafiativa. Parte de meu mal-humor era culpa do chacal. Eu ainda não aceitava dele ter me salvado e muito menos dele ter questionado se foi Kebechet quem fizera isso comigo...Deuses, isso não estava obvio?!

Revirei os olhos, jogando parte da água dentro da garrafa em minha nuca. Eu estava ensopada, coberta de areia e absurdamente exausta. Nunca pensei que se afogar cansasse tanto, e olha que em menos de cinco anos essa era a segunda vez que isso acontecia comigo.

Levantei a cabeça tentando ignorar a ardência que se espalhava por meu corpo, vendo Rá sorrir abertamente para Hapi. O deus do Nilo estava mal-humorado, não esboçando um sorriso mesmo com as bajulações de sr. Rá.

–Hapi, meu grande amigo! Não sabe como meu coração está feliz em te-lo em casa novamente!-Exclamou sr. Rá , abrindo os braços para Hapi.

–Infelizmente não posso dizer o mesmo, Rá! Essa, sem sombra de duvidas, foi a pior noite que eu passei em milênios! E tudo por causa de sua escolhida magrela metida!

–Meu nome é Natália, sr. Hapi e de nada de qualquer forma...-Murmurei sorrindo sem vontade nenhuma.-E também, não escolhi te buscar, foi um sonho.

–Sinto muito pelos transtornos, Hapi. ultimamente minha...escolhida, tem se mostrado um tanto que rebelde.-Murmurou sr. Rá encarando-me de soslaio.

–Desculpe sr. Rá mais ainda não descobri como controlar meus sonhos.-Rebati ríspida.-E também...Se não fosse por mim, tenho certeza que Hapi não estaria aqui para contar histórias!

–Ah, tenho certeza que adorarei saber mais sobre essas histórias, vamos, me conte oque aconteceu!-ordenou Rá virando-se para mim. Bufei, segurando as costelas.

–Natália...-Murmurou Khonsu.

–Estou bem, Khonsu!-Adiantei-me a falar.

–Bem?! Oras, garotas acabou de ser afogada! Como pode estar bem?!-Questionou Hapi. Fulminei o deus do Nilo, avisando-o para calar a boca.

–Afogada?!-Perguntou Hórus incrédulo.

–E presa no sarcófago que...Kebechet deu pra ela.-Acrescentou Anúbis.

–Oque?! Céus, eu avisei! Avisei que esse sarcófago era problema!-Exclamou Nefertum.-Garota, esqueça oque eu disse sobre acabar com você, eu vou é te trucidar!

–Mas essa não é a pior parte...Devo mencionar o fato de Set e Apófis serem os autores dessa obra toda?-Perguntou Hapi.

–Como...disse?!-Questionou sr. Rá, arregalando os olhos.

–Ta certo...chega!-Cortei.-Sim, tudo isso é real, Okay?! Eu lutei com Set e Apófis no meio de um sonho e fui trancada em meu próprio sarcófago e jogada no mar, felizes?!-Hórus olhou-me perplexo, como se eu fosse extremamente maluca. Todos me encararam ansiosos fazendo-me virar os olhos, começando a contar cada detalhe da noite maravilhosa que eu tivera.

Quando eu acabei todos ainda me encaravam. Sr. Rá soltou um forte suspiro.

–Para aparecerem tão nítidos em um sonho Set e Apófis precisariam estar mais fortes...Isso é, Kebechet está mais forte.

–Era só oque me faltava...-Murmurou Nefertum massageando a nuca.

–Tem mais uma coisa.-Murmurei de contra gosto.-Quando estava no esconderijo de Hapi, Set falou algo relacionado ao tal de Amón....O último deus que me mandou buscar.-Falei.

–E...?-Incentivou Rá.

–E o jeito que Set falou não sobre ele não foi como alguém fala de um inimigo... Set se referiu a ele como se ele fosse seu aliado.-Falei. Rá encarou-me por alguns segundos, sorrindo logo depois.

–Isso é impossível. Amón é meu amigo a milhares de anos, Natália. Tenho certeza absoluta que ele jamais o se voltaria contra nós.

–Eu não sei...Só achei que era bom avisa-los.-Murmurei, sentindo algo estranho remexer-se dentro de mim.

–Certo, você fez bem.-Murmurou o deus do sol.-Irei te perdoar, por hora, pelo ocorrido de hoje. Mas não se esqueça, ainda estou furioso com você.-Forcei um sorriso.

–Uau, gentileza sua.-Falei. Nefertum me beliscou.-Ai!

–...Hapi, tenho certeza que deve estar exausto, não é mesmo? Vou mandar meu exército mostrar a você um local para descansar devidamente. Por favor, crianças, mostrem o quarto para Hapi e certifiquem-se que ele não precise de nada.-Ordenou Rá para o exército dourado. Hapi empinou o queixo, saindo devagar do salão. Mel olhou-me suplicante, enquanto Max fazia uma arma com os dedos, fingindo atirar em sua própria cabeça.

–Vamos, loira falsa. Você também precisa descansar.-Falou Nefertum tocando meu ombro. Assenti, pronta para me mandar do salão dos deuses, quando Taweret entrou afobada pelo salão. Bastet que estava dormindo, deu um pulo olhando irritadiça para a deus hipopótamo.

–Natália!-Falou a deusa parando a centímetros de mim. Dei alguns passos para trás, franzindo a testa.

–Tawe?-Questionei. -Oque houve?

–Eu...ah, achei!-Respondeu enquanto tomava folego.

–Achou...?-incentivei. A deus parou por um momento checando sua pulsação, abrindo um sorriso logo depois.

–Eu achei Néftis!-Exclamou. Engasguei, enquanto Anúbis, Ísis e Osíris levantavam-se rápido de seus tronos.

–Como é?-Questionou Ísis incrédula.-Ah, não...Essa não!

–Ísis, por favor.-Pediu tio Osíris.

–Achou Néftis, Taweret? Onde?-Perguntou sr. Rá. A deusa alargou seu sorriso.

– Em terras ensolaradas. Bes a achou pra mim! Eu se quer havia percebido que ela estava lá pois eu tenho milhares de pacientes mas ela estava! É a Néftis, eu tenho certeza!

–Mas como? Porque Néftis estaria na quarta casa do duat?-Questionei franzindo o cenho.

–Néftis perdeu seu bá... Assim como aconteceu com sr. Rá a anos atrás, lembra? E ambos foram para o asilo dos deuses. Faz sentido.-Respondeu Nefertum. Bufei cansada.

–Deuses...Onde está ela então?-Perguntei.

–Só um momento.-Pediu Taweret.-BES!-Tampei os ouvidos com o grito da deusa, vendo um portal se abrir no meio do salão. Bes adentrou a sala dos deuses conduzindo uma cadeira de rodas , desenfreado. Nefertum me puxou para trás, para evitar que Bes me atropelasse, enquanto o deus anão derrapava com a cadeira de rodas. Arregalei os olhos enquanto ouvia Ísis gemer em desaprovação. Realmente quem estava ali era Néftis. A deusa tinha os olhos opacos, perdidos no nada; vestia uma camisola de hospital e havia emagrecido muitos quilos. Aproximei-me dando um sorriso debochado.

–E você querendo que eu descansasse não é, Nefertum?-Questionei sarcástica.

–É...Eu tenho que pensar um pouco antes de falar. Descansar seria impossível.-Gemeu o deus da beleza. Cruzei os braços, comprimindo os lábios. Céus, bem vindo de volta pesadelos.


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Notas finais do capítulo

E então minha gente? NÉFTIS BICHA DO MAL IS BACK! (~~A autora n fala ingês, gente. Sorry ae! uehueheueh)
Gostaram? Mandem reviews :3