Os Seguidores De Anúbis 3. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 15
O primeiro deus.


Notas iniciais do capítulo

GALERA QUE SAUDADE DE VOCÊS (imaginem corações aqui, pq o Nyah ta de viadagem e ta contando minhas notas quando coloco emoticons)
Gente, sei que demorei mas entendam... Estamos no fim do ano e eu estou estrumbada de trabalho da escola. Por isso demorei para postar, não só em SDA, como em todas as minhas fanfics. Por isso escrevi esse capítulo com um milhão de acontecimentos e resolvi adiantar a história pois acho que vocês estão se cansando de SDA já, não é? UIEHEUHEUEHE Bem é isso.
Desculpem qualquer erro,e boa leitura!



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–Tudo bem, Nefertum...Eu entendi.-Murmurei entediada, tentando fechar a porta , porém, meu querido deus da beleza continuava a me encher o saco, impedindo-me de fechar a porta de meu quarto com seu pé.

–Não estou brincando, Natália... Apareça um minuto se quer atrasada que eu juro de matar.-Ameaçou Nefertum com nenhum traço de humor em seu rosto bonito. Franzi o cenho.

–Está bravo comigo?-Perguntei.

–Não...Quer dizer...Sim! Desculpe se não apoio suas atitudes suicidas, Okay!-O mesmo empurrou a porta, fazendo-a abrir por completo, colocando a mão na cintura indignado.-Estou muito puto com você.

–Espera... Atitudes suicidas? Mas oque...?!

–Exatamente! Ficar brincando de enfrentar Rá ... Você enlouqueceu? Por acaso acha isso divertido?!

–Muito.-Respondi sarcástica, olhando-o incrédula.

–Pois eu não acho! Desde que Anúbis e Hórus voltaram você está estranha... Não te reconheço mais!-Franzi as sobrancelhas. -Olhe...Sempre pensei que quando você se reencontrasse com Anúbis , Hórus e sua família , tudo ficaria melhor! Pensei que você fosse se dedicar mais, cuidar mais de si ! Mas oque aconteceu foi exatamente ao contrário! Você não para de desafiar sr. Rá, mal vê sua família e se quer consegue avançar no plano de tentar matar Kebechet! Maldito o dia em que te incentivei a reencontra-los!

–Eu tentei! Você sabe que eu tentei matar Kebechet umas quinhentas vezes e quando tive uma chance Rá a tirou! Não posso ver minha família porque esse droga de lugar está um caos! Meu irmão só tem cinco anos, não posso expô-lo a uma coisa dessas! Você está sendo muito injusto, Nefertum... Não foi escolha minha traze-los de volta!

–E oque pretende fazer? Continuar bancando a marrenta?! Continuar colocando sua vida em risco até que , finalmente, alguém consiga te matar?!

–Não sei, Nefertum. Eu te respondo amanhã... Okay?-Falei, empurrando o deus dos perfumes para fora do meu quarto, e trancando a porta antes que o mesmo pudesse abri-la de novo.

–Argh, Garota...Eu devia ir ai e te dar uma surra!

–Boa noite, pra você também, Nefertum!-Vociferei de volta. Ninguém respondeu, oque me fez bufar. Caminhei pesadamente até minha cama, jogando-me nela irritada.-Merda...-Gemi. Como se já não bastasse todos os meus problemas ainda tenho que lidar com um deus dos perfumes de TPM...Ótimo.- Saco...-Sentei-me em minha cama, recolhendo alguns papeis espalhados por ela, jogando-os no chão sem interesse algum. Amanhã de manhã eu, Rakel, Anúbis, Hórus, Nefertum e o resto do exército de Rá iriamos partir em missão para começar a procurar o deus do Nilo, Hapi. Ninguém fazia a menor ideia onde o deus estava oque me deixava ainda mais pilhada. O chão de meu quarto estava entulhado de livros e pergaminhos antigos, todos falando algo sobre Hapi, porém, nenhum me dando respostas.

Suspirei pesadamente, esticando-me para pegar meu celular da cabeceira da cama, encarando sua tela de bloqueio. Um sorriso de lado apareceu em meu rosto enquanto eu fitava a foto com carinho. Eu, meu pai, minha mãe e meu irmão parecíamos felizes ali... A foto era antiga, de mais ou menos de 4 anos anos atrás, mas mesmo assim me trouxe um misto de saudades e culpa para dentro de meu peito. Gemi em desgosto, colocando meu celular no bolço da calça, enfiando-me embaixo de alguns cobertores. Pisquei os olhos algumas vezes, franzindo o cenho. Um sono absurdo me atingiu, coisa que eu não sentia a segundos atrás. Fechei meus olhos devagar, e , infelizmente, não os abri novamente.

~~Sonho on~~

Um furacão apareceu em minha frente se moldando até formar uma imagem nítida em minha frente. Grunhi desgostosa, percebendo estar deitada em algo fofo. Ergui meu corpo rápido, quase chorando ao perceber que eu estava dentro de um sonho.

–Obrigada vida...-Resmunguei. Me levantei, olhando atenta para o lugar onde eu estava. Espirrei do nada, sentindo um forte cheiro de maresia invadir minhas narinas. Eu estava em um tipo de câmara que me lembrava um corredor, coberto de areia. Tudo era escuro e úmido, e sombras dançavam em suas paredes emboloradas. Respirei fundo algumas vezes sentindo ar rarefeito atingir meus pulmões como se pesassem 1. kg. Dei meus primeiro passos, vendo meus pés afundarem na areia, bufando fortemente.-Certo, eu entendi...-Passei a mão pelo nada alcançando minha espada no duat, começando a andar rápido pelo corredor. O mesmo permaneceu reto por alguns metros mas , logo depois, um zigue–zague estranho começou fazendo-me pensar que realmente a pessoa que construirá esse lugar não queria ser encontrada. Eu estava quase acreditando estar andando em círculos quando um grito cortou o silêncio do lugar. A voz soava irritada, mas estava longe mais para eu conseguir distingui-la. Gemi em desaprovação, voltando a correr dessa vez seguindo a tal voz .

O corredor não era assim tão grande como eu pensava. Em poucos metros vi uma luz em seu fim, diminuindo a velocidade de meus passos. O zigue–zague exaustivo cessou, abrindo-se em um saguão enorme. O chão ainda tinha areia, mas ,ao contrário do corredor, o lugar era claro. Azulejos brancos enfeitavam toda a parede enquanto pilares gregos pareciam segurar o teto abobado do lugar.

–ME TIREM DAQUI SEUS INSOLENTES!-Arregalei os olhos virando-me assustada em direção a voz, vendo um homem amarrado fortemente em um dos pilares. O mesmo se debatia como se sua vida dependesse disso, mas se quer conseguia mover as fitas de Hátor que os prendiam.

–Quem...?-Perguntei baixo, aproximando-me do homem com a espada estendida. O mesmo não havia percebido minha presença, até eu ter chegado bem perto dele.

–Oras...? QUEM É VOCÊ?! ME SOLTE AGORA OU SINTA A FÚRIA DE HAPI!- O homem em minha frente era roliço ; tinha cabelos negros e escorridos que iam até seus ombros, e grandes olhos azuis. Pisquei os olhos algumas vezes não acreditando em meu azar.

–Espera....Você é Hapi?-Questionei incrédula.

–Como se você não soubesse, sua garota magrela! Agora me solte!

–...Magrela...?-Balancei a cabeça.-Deuses, oque Hapi faz aqui?-Questionei, mas para mim do que para o próprio deus, mas ele não pareceu perceber isso.

– OQUE EU FAÇO AQUI?! OQUE VOCÊS FAZEM AQUI?! -Semicerrei os olhos.-ORAS, VOCÊ É BURRA?! SEUS MESTRES ME PRENDERAM AQUI! ORDENO QUE OS FAÇAM ME SOLTAR!

–Meus mestres? Eu...Não sei do que está falando. E ah, pare de berrar!

–Deuses, que tipo de guarda é você?! Por acaso é uma novata ou algo do tipo?-Perguntou Hapi encarando-me enojado.

–Eu não sou guarda de ninguém. Sou Natália Ramsés. A escolhida de Rá. -Murmurei vacilante.

– Oque?! Você disse " A escolhida de Rá"? Eu sei quem você é...A maldita criança da profecia!-Assenti.-Pelos deuses, oque faz aqui ?!

–Eu não sei... Acredite ou não eu estou dormindo. Achei que isso era um sonho normal até te ver aqui. Agora estou um pouco temerosa...

–Um sonho?! Está aqui em forma de bá?! Deuses, tudo está fazendo sentido...-Murmurou Hapi, ficando pensativo.-Espere...Como veio parar aqui já que não me conhece?!

–Eu iria partir em uma basca por você amanhã de manhã Sr. Rá deseja vê-lo.

–Rá deseja me ver-Repetiu Hapi irônico. O deus soltou uma risada sem humor- Fiz essa fortaleza justamente para não me acharem e você, em um sonho, me acha tão facilmente! Por esse motivo então esses malditos vieram mais cedo me aportunar, por sua causa!

–Espera...Como?

–Os lacaios da sua terceira deusa estão aqui! Esses malditos estão aqui tentando me sequestrar a dias!

–Espere...Kebechet?!-Indaguei incrédula.

–Sim, querida...Kebechet.-Arregalei os olhos sentindo cada parte de meu corpo virar uma pedra de gelo. Virei-me para trás dando de cara com Set e Apófis, olhando desacreditada para os deuses que sorriam de orelha a orelha. Hapi rosnou, enquanto os dois se aproximavam de mim, fazendo-me andar para trás. Diferente da última vez que eu tinha os visto, Set e Apófis não podiam aparecer em suas verdadeiras formas, tendo que se tornar hospedeiros de alguém para se comunicar, porém, esse não parecia ser o caso de hoje. Os deuses pareciam sólidos, estando em seus corpos de sempre.

–Set...-Grunhi, olhando atravessado para o deus do mal.

–Ah, oque é isso? Eu estou aqui também.-Protestou Apófis, fingindo estar magoado.

–Oque fazem aqui?!-Indaguei com um rosnado. Ambos os deuses riram.

–Oque mais? Estamos assombrando seus sonhos, querida. Afinal estamos entediados ultimamente.-Respondeu Set tentando pegar em meu braço, saltei para trás, empurrando a mão do deus para longe de mim.

–SEUS MALDITOS, COMO OUSAM ME PRENDER? SOLTE-ME AGORA!-Exigiu Hapi, esperneando como um gato raivoso. Apófis fez um biquinho mal-humorado.

–Não está vendo que estamos conversando, Hapi? Cale-se!-Ordenou Apófis. O mesmo apontou a mão para o deus do Nilo e bandagens se enrolaram em sua boca.

–Solte-o, agora!-Ordenei.

–Hm...Infelizmente, não será possível... Mas, já que estamos aqui, oque acha de uma lutinha, querida? Sabe...Sinto falta do cheiro de seu sangue.-Falou Set puxando sua espada da bainha. Dei um sorriso nervoso.

–Não podem me machucar, isso é um sonho.-Rebati.

–Sim. É um sonho...-Concordou Apófis pensativo.- Você está lá...Soando frio e debatendo-se em seu quarto ,como sempre faz quando tem um pesadelo, mas seu bá está aqui...E tudo oque acontecer com seu bá acontece com você.

–Está blefando...Não cairei nessa, Apófis.-Acusei, apertando o cabo de minha Kopesh com força.

–Bom...Vamos testar então.-Set me atacou, porém, parei sua espada. O deus rosnou, olhando-me com tanto ódio que meu corpo se arrepiou . Hapi gritou sob a mordaça, fazendo-me virar para ele. O deus arregalou os olhos para mim enquanto eu senti algo aproximando-me de meu pescoço. Arregalei os olhos enquanto deixava o poder de Rá fluir em meu corpo. Fui envolta de uma luz dourada oque fez Set rir.-Onw, nossa garota ficou mais forte!-Exclamou. Apófis, que estava em sua forma nojenta da enorme cobra laranja, concordou com a cabeça, exibindo as enormes presas jorrando veneno.

– Realmente...Amón terá trabalho com você...-Franzi a testa enquanto Apófis lançava um olhar censurador ao deus do mal.

–De quem estão falando?-Questionei.

–Não importa...-Cortou Apófis rápido.-Sabe, não sei oque houve entre você e Set mas no nosso tempo juntos não conversávamos tanto antes de uma luta.

–Ah, caro Apófis... Se quer saber, nós fazíamos bem mais coisas do que conversar.-Falou Set.

–Cale essa boca, maldito!-Grunhi correndo até eles. Pulei por cima de Apófis, chutando Set no peito.

–Sua...Vadia!- Corri rápido até Hapi cortando as fitas que o prendia, enquanto Set e Apófis marchavam em minha direção.

–Hapi, esse lugar é seu domínio...Precisa nos tirar daqui!-Falei.

–Não a como sair! Fiz esse castelo embaixo do mar mediterrâneo...Como eu disse , para nunca ser incomodado. Não a saídas, não a nem janelas! Você, Set e Apófis só conseguiram entrar porque são bás e eu não posso me teletransportar com bás!-Olhei incrédula para o deus.

–Deuses, e como você sai daqui?!-Questionei.

–Eu tenho uma ligação direta com o rio Nilo, qualquer problema posso me teletransportar direto para lá.

–Ótimo...Faça isso!-Desviei de uma adaga de Set -... Conte a sr. Rá oque está acontecendo!-Mandei. Hapi assentiu, sumindo em uma névoa azul, enquanto eu me esquivava de um bote de Apófis. Tentei decapita-lo mas esqueci o quanto aquela maldita cobra era ágil.

–Estamos sozinhos agora, Natália...Não se sente feliz com isso?-Questionou Set.

–Oh, estou explodindo de alegria...-Rosnei tentando acerta-lo, porém, Apófis apareceu. Por pouco não fui mordida pelo deus, desejando, mais que nunca, acordar.-Céus...-Grunhi.

–Desista, criança....Está presa aqui com a gente.- Sibilou Apófis. Semicerrei os olhos.

–Anos se passaram e você ainda não se tocou que eu não vou desistir, não é? Eu te venci uma vez... Estou louca para fazer isso novamente.-Set sorriu sinistramente.

–Como eu adoraria arrancar sua cabeça e...-O deus foi cortado por um tremor que se espalhou pelas paredes do salão onde estávamos. Virei-me em direção ao corredor vendo uma enxurrada de água jorrar pelo mesmo, derrubando os pilares que seguravam o teto, como se os mesmos fossem de papel. Set e Apófis desapareceram rápido, enquanto eu era atingida pela água, que arrastou meu corpo como se eu fosse uma formiga. Bati contra algo duro sentindo um corte sendo feito em minha perna, e assim , fui sugada pelo nada.

~~Sonho off~~

Abri os olhos com um arfar, engolindo uma enorme quantidade de água. Assustei-me dando um pulo, batendo minha cabeça.

–Deuses...Oque...?!- Me calei assim que senti minha perna latejar, olhando temerosa para a mesma. Realmente existia um corte ali, porém, não foi isso que me assustou. Se aquilo fosse mesmo um sonho eu acordaria em minha cama (onde eu havia dormido), porém, isso não aconteceu. Eu não via quase nada em minha frente, virando-me para os lados com dificuldade vendo que meu corpo estava encaixado em algo exatamente com as minhas medidas. Menos de um palmo me separava da parede a minha frente, e menos que isso das que me cercavam. Como se isso não bastasse eu sentia algo molhado andar pelo meu corpo, subindo rapidamente pelas minhas pernas .Era como se o lugar onde eu estava estivesse afundando. -Céus...Onde est...-Minha frase morreu, assim que um pensamento surgiu em minha cabeça.

"Espero que tenha gostado do presente. Foi feito exatamente para você...Com as suas medidas, com o seu tamanho. Espero que possa usa-lo...Logo. Happy b-day, bitch."

Esmurrei as paredes do meu sarcófago não acreditando que eu estava mesmo presa dentro do meu presente de aniversário. Tentei empurrar a porta com meu corpo, mas a mesma se quer se moveu.

–Merda!-Gritei. A água que entrava por meu sarcófago já batia em meus ombros, e cada vez subia mais. Foi quando senti algo vibrando em meu bolço da calça. Arregalei os olhos, tentando de qualquer jeito alcançar a parte de trás da minha calça, agarrando meu celular com dificuldade. Quase sorri, vendo o despertador tocar.-Deuses obrigado...-A água já batia em meu queixo, tentei ficar na ponta dos pés mas o sarcófago era baixo demais pra isso. Gemi em desaprovação, ligando para o primeiro numero da minha lista em busca de algum socorro.

PDV ANÚBIS.

–Eu vou mata-la...Eu vou trucida-la!-Gritou Nefertum, apertando os punhos no ar, como se estivesse estrangulando alguém invisível. Max revirou os olhos, esticando-se ainda mais no chão da sala do trono. Eu, Hórus, Nefertum e as crianças de Rá, estávamos a alguns minutos esperando Natália aparecer mas não havia nem sinal da garota. Nefertum andava de um lado para o outro, preocupado, encarando de segundo a segundo a entrada do salão como se esparasse que Rá entrasse cuspindo fogo por aquelas portas.

–Ela deve ter se atrasado...Sabe como Natália é.-Murmurou Hórus sem ânimo nenhum.

–E por saber como ela é que eu sei que ela não se atrasou! Aquela vadia de meia tigela...Vou arrancar aquele cabelo loiro a unha se aquela vaca não aparecer agora!

–Deuses...Porque nossa missão não durou um pouco mais?-Lamentou-se Mel, debruçando-se sobre o colo dos gêmeos.

–Cale a boca cosplay de Natália Ramsés...-Grunhiu Nefertum maleficamente, fazendo Mel olha-lo indignada. Soltei um forte suspiro, passando os dedos por meus cabelos. Eu, realmente, não sabia oque estava fazendo aqui. E muito menos entendia o porque de Natália fazer questão de minha presença . Pra mim tudo aquilo não era mais uma de suas birras, ultrapassava isso... Mas eu não conseguia explicar oque. Não sabia oque ela pretendia com isso e tinha certeza que ela não sabia o mal que isso me fazia.

–Nefertum, se controle meu amor! Está me deixando nervoso!-Exclamou Max em tom escandaloso, recebendo um tapa forte de Piatã. Suspirei novamente, quando senti meu celular vibrar dentro de minha jaqueta. O peguei entediado, arregalando os olhos ao ver o nome no visor.

–Natália...-Murmurei. Hórus virou-se para mim.

–Oque?-Mostrei o celular para ele.-Natália está ligando para você?!

–Como é que é?!-Questionou Nefertum, virando-se rapidamente para mim.-Atenda isso logo!-Coloquei o celular na orelha mas Natália não me deu tempo nem de falar "alo".

–Por favor, me ajude...Sarcófago, eu...-O celular ficou mudo e um gosto amargo invadiu minha boca. Nefertum ainda me encarava enraivecido mas ao ver minha expressão seu ódio pareceu sumir.

–Anúbis?-Questionou Hórus. Trinquei o maxilar, levantando rápido de meu trono, saindo correndo do salão enquanto todos protestavam atrás de mim.-Anúbis!-Eu não os respondi, abrindo um portal e o adentrando-o sem ao menos pensar direito. Pela voz de Natália a mesma estava em apuros, e com apuros quero dizer Kebechet. Eu não aguentaria mais ver uma luta entre as duas... E muito menos aguentaria ver elas se machucarem novamente... Se alguém iria acabar com isso esse alguém era eu.

–Porra...-Escorreguei na areia clara, sendo cegado pelo sol por alguns instantes. Me virei em círculos, vendo uma praia deserta , onde o sol deixava a água quase transparente. O mar, por incrível que pareça , não tinha ondas; suas águas eram calmas mas algo atrapalhava aquilo que era para ser perfeito. No meio do mar se via o reflexo de uma grande caixa, talhada com grandes pedras preciosas que brilhavam embaixo da água. Me aproximei cuidadosamente do objeto reconhecendo-o de algum lugar até que, enfim, descobri de onde. -Natália!-Arfei. Desatei a correr até a água, mergulhando logo em seguida. Cheguei rápido ao sarcófago, que não estava muito fundo, forçando a porta até que a mesma finalmente se abriu. Arregalei os olhos quando Natália caiu sobre mim, agarrando-se rápido em minha camiseta. A menina parecia preste a desmaiar, exibindo uma coloração arroxeada. A segurei pela cintura, subindo rápido até a superfície.

–Deuses...-.Coloquei Natália sentada na areia, enquanto a mesma se inclinava para a frente, arfando compulsivamente. Retirei seu cabelo do rosto, enquanto a mesma virava-se para mim.

–A-Anúbis...?!-Assenti.-Deuses...Você me achou.- Abri a boca, pronto para responde-la, porém, fui cortado quando algo explodiu ao meu lado. Assustei-me caindo na areia juntamente com Natália, apertando-a contra meu peito em um gesto protetor.

–EU MATO, EU MATO, EU MATO!-Hapi surgiu de dentro de uma névoa azulada, balançando suas espada desembestadamente.-RAMSÉS, EU VIM AJUDA-LA! EU ACABAREI COM TODOS ELES!-Franzi o cenho olhando para baixo. Natália se afastou de meu corpo, sorrindo sem humor.

–Eu... Achei o primeiro deus.


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Notas finais do capítulo

Eai, oque acharam do capitulo? Me contem : 3 e mandem reviews