Beautiful Accident escrita por Lovatic


Capítulo 11
Capitulo 10. Jealous or what?


Notas iniciais do capítulo

olá amores



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Duas semanas. Duas semanas foi o que eu precisei para decidir que isso está muito errado.

O apartamento de Stefan em Nova York é bem espaçoso e moderno, mas há apenas dois quartos (um meu e outro dele), uma cozinha, uma sala com TV 3D, um banheiro para visitas (o que eu uso) e outro no quarto dele. O ambiente é agradável e com varias janelas que permitem ao sol fazer seu papel regular: trazer mais um dia desprezível e entediante.

Caminhei sonolentamente até a cozinha para esquentar o café. Estava usando apenas uma camisa grande masculina que Care tinha comprado escondido da mãe e me dado de presente. Era enorme e macia.

Stefan já estava na faculdade então nem me preocupei em aparecer decentemente vestida.

Suspirei enquanto bebericava o liquido quente. Isso estava muito errado. Duas semanas. Duas semanas inteiras que estou presa dentro desse apartamento. Na verdade, não oficialmente presa já que posso sair quando bem entender, mas presa porque não sei nada dessa cidade e Stefan nem se prontificou em me mostrar alguma coisa.

Na verdade ele não se prontificou em fazer nada.

Eu mal o vejo durante a semana. Não o vejo sair pela manhã, apesar de saber exatamente o horário que ele não esta mais em casa. Não vejo a hora que ele chega porque quando passa das 1h da manhã eu meio que perco a consciência. Ele não fala comigo e eu não falo com ele. No primeiro fim de semana aqui, Stefan passou o sábado inteiro fora e eu sei que ele bebeu porque a casa inteira cheirava a vodca pela manhã. O domingo ele passou dormindo.

Fiz meu lindo papel de mulher e fiz almoço ambos os sábado e domingo. Ele elogiou o macarrão e fez um comentário sobre o fato da despensa estar quase vazia e que precisava fazer compras. Concordei apenas. Era a casa dele, não é?! Precisávamos de comida.

Sua mãe ligava constantemente e às vezes batíamos um papo interessante sobre casafilhosmarido. Lexi também me ligou umas duas vezes, apenas para me lembrar de que posso espancar Stefan se ele for um cretino, e que Damon estava na cidade então se eu precisasse de algo era só ligar.

Como se eu fosse realmente ligar para um Salvatore quando já estou farta de um.

Caroline me ligava todos os dias e conversávamos por horas. Ela estava com raiva de Stefan por não estar me dando atenção, mas eu disse á ela que não erámos casados de verdade e que essa não é uma obrigação dele.

–Mas isso é uma obrigação de ser humano! Ele não pode deixar você sozinha. Você está gravida! – ela resmungou.

Revirei os olhos e tentei explicar que 3 meses de gravides não era assim um perigo mortal. Obviamente ela não me ouviu.

Fechei e abri minhas mãos dormentes de segurar a xicara e tentei pensar no que exatamente ia fazer hoje. Meu estoque de planos estava esgotado.

O telefone tocou e eu me arrastei para pega-lo na sala.

–Alô?

–Bom dia, querida! Imagino que já estava acordada... – era a mãe de Stefan.

–Bom dia senhora Salvatore. Sim, eu estava tomando café. – respondi tentando não soar entediada.

–Ah, isso é ótimo. Stefan está com você?

Franzi o cenho. Stefan nunca estava quando ela me ligava.

–Na verdade ele já está na faculdade. Saiu cedo hoje. – respondi.

–E a deixou sozinha para tomar café? – o tom de voz dela soou incrédula.

Revirei os olhos.

–Ele não quis me acordar...

Um minuto.

–Oh, isso é adorável. Stefan é sempre tão adorável.

Resmunguei silenciosamente.

–E como...

–Mas voltando ao assunto principal. Quero perguntar se você já fez algum exame...

Franzi a testa.

–Quê exame? – perguntei.

–O exame na ginecologista, Elena. Para ver como está a criança... – um segundo. – tomei a liberdade de agendar eu mesma um. Sei que você não conhece bem a cidade e Stefan anda tão ocupado com essa vida na faculdade...

Que bosta. Que droga. Porque não pensei nas consultas?

–Muito obrigada por isso, realmente eu fico perdida com o tamanho dessa cidade...

–Estou sempre ao dispor, querida. Anote o endereço e diga á Stefan para leva-la amanhã por volta das 4h da tarde.

4h Stefan devia estar na faculdade. Droga.

–Claro. Vou falar com ele pela noite. – respondi mesmo assim.

Anoitei o endereço que ela me passou e desliguei com muitos obrigadas.

Joguei-me no sofá e suspirei.

–Eis o que você vai fazer, Elena. – Care disse quando eu contei sobre a consulta. – Você vai esperar Stefan chegar hoje e vai dizer a ele. Não vai pedir, vai ordenar ele a te levar.

Ri alto.

–Ordenar? Ninguém ordena Stefan a fazer nada, Care.

–Pois você vai. E se ele mandar você pedir um taxi ou coisa assim, diga que vai ligar para o Damon e ele pode te levar.

Franzi o cenho.

–Porque eu diria isso?

–Apenas diga e depois me conte a reação dele, ok?

–Como quiser.

Fiz um grande nada o dia inteiro, nada além de terminar um livro e começar outro. Devo ter lido pelo menos uns 4 livros nas ultimas duas semanas. Além de ter relido Orgulho e Preconceito pela segunda vez.

Já era 23h quando ouvi a porta do apartamento se abrir. Eu estava deitada no sofá assistindo a uma bateria de filmes românticos patéticos, e comia uma pizza do jantar de ontem. Stefan apareceu no hall da porta e eu me sentei bruscamente, atraindo seu olhar surpreso em me ver.

–Você estava me esperando? – perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

–Hum... Sim. – respondi meio nervosa.

Ele trancou a porta atrás de si em silencio.

–Isso está parecendo um casamento de verdade agora. – ele disse e eu reviro os olhos.

–Eu precisava falar uma coisa importante com você, e não é como se eu te visse alguma outra parte do dia.

Ele sorriu um pouco enquanto pegava uma fatia da minha pizza e sentava-se ao meu lado.

Era o mais próximo que ficávamos desde a lua de mel.

–E o que é tão importante ao ponto de você me esperar como uma esposa dedicada e apaixonada?

–Sua mãe ligou.

Adorei o fato das minhas palavras parecerem tê-lo estapeado.

–O que ela queria? – perguntou mais sério.

Dei de ombros.

–Primeiro ficou bem chateada por você ter me deixado tomar café sozinha.

Ele bufou, mas parecia nervoso.

–E o que você disse?

–Que você não queria me acordar.

Ele balançou a cabeça varias vezes, contente com a minha resposta.

–Isso é bom. Ela vai achar que transamos e que eu provavelmente estava sedo cavalheiro ao não acorda-la.

Fiz uma cara de nojo que o fez rir.

–De qualquer forma, tem outra coisa.

–O quê?

Suspirei. De repente minhas mãos não tinham um lugar bom o bastante para ficar.

–Ela marcou uma consulta na ginecologista para amanhã ás 4h. E parece muito importante que você me acompanhe. – disse meio sem jeito.

O rosto de Stefan ficou branco, literalmente. Como se tivesse esquecido que eu esperava um filho dele.

–Eu... Ás 4h provavelmente estarei em aula, então... – ele parecia tão sem jeito quanto eu.

De repente as palavras de Caroline ecoaram em minha mente.

“E se ele mandar você pedir um taxi ou coisa assim, diga que vai ligar para o Damon e ele pode levar.”

–Posso pedir ao Damon. – respondi antes que pudesse me conter. – Se você estiver ocupado demais... Posso pedir ao seu irmão que me acompanhe. Sua mãe nunca vai saber.

O olhar que Stefan me lançou era ilegível. Não sei se era raiva, ou surpresa, ou aborrecimento, mas não era bom.

–Pedir ao Damon? Desde quando vocês são amigos?

Dei de ombros.

O maxilar dele tencionou.

–Nós não somos amigos. Mas Lexi disse que eu podia ligar pra ele caso você faltasse com ajuda. – murmurei.

Não sei por que estou fazendo o que Care mandou, mas no momento em que Stefan me lança um olhar mortal eu fico feliz por ter ouvido.

–E quando exatamente ela disse isso? Eu não falto com ajuda... Quer saber? Vou eu mesmo te levar amanhã. Pela manhã assisto duas aulas e antes do almoço estarei aqui. –ele disse se levantando no sofá a passos duros. – E esteja pronta quando eu chegar. – ele gritou antes de entrar em seu quarto.

Revirei os olhos, mas sei lá, ri um pouco com isso.


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Notas finais do capítulo

loool