Rebeldes Sem Causa escrita por autorasantiis


Capítulo 12
Princípios de uma rebelde sem causa




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Roberta Messi

 

Depois do festival incrível e do final de semana melhor ainda, finalmente chegamos à semana da tortura, é, aquela que a gente tem um pequeno papel em mãos que nos obrigam a testar nossas habilidade em gravar conteúdos diários. E como todos já sabem, estou cagando para isso, simplesmente porque eu odeio prova e o sistema de ensino que nunca muda, isso é um saco.

Hoje tivemos três provas, uma de espanhol, outra de literatura e redação, não me perguntem, eu nunca achei que teria que fazer uma redação sobre algum tema que eu goste e como vocês devem imaginar, ou nem tanto, eu escrevi a melhor redação da minha vida, talvez eu tire zero? Talvez eu tire zero, mas o que importa é que a música da Barbie ganhou não só uma versão nova, mas também a melhor versão entre todas, coloca para tocar RebeldeHit e vamos lá.

Título: Os princípios de uma rebelde.

A ser rebeldes vou ensinar como é que é. Primeiro passo é fazer o que quiser, aprendendo a retrucar, é sincera ao falar e dispensa etiqueta por aí. Uma rebelde faz baderna sim. É sorrateira ao aprontar, um protocolo ignorar, goste ou não a solução é se divertir. Sua atenção por favor, mais ignorante que meu avô, saber mandar e sempre se livrar assim. Seu corte é perfeito, sem frescura, tenha jeito, a cabeça deixar careca (eu deixo), caminhando com cuidado, o sorriso, um pecado, o que sente sempre expressar. Arrasar. Uma rebelde sabe como se portar, uma rebelde não pretende se casar, ser sensata e sorrir, ter elegância ao sair, quando falar saber mostrar sua opinião, rotas e caminhos conhecer, para saber se esconder, ser esperto ao aprontar é a missão (missão) e o seu lindo olhar, nos faz assustar não importa a situação então tudo é inspiração, que perfeição, ela é como uma flor. Vamos aprontar sim (é hora de bagunça) disposição (atendendo ao seu chamado) sempre pronta para uma nova armação. Sua presença sim (a presença por favor), um minutinho sim (você está de mau humor) esperar a hora pra correr. Uma rebelde sabe esperar, uma rebelde sabe como aprontar.

...

Atenção crianças, não façam isso em casa. Ou na escola, lembrem que isso aqui é uma fanfic e tudo que acontece em fanfics, ficam nas fanfics, no melhor estilo Las Vegas. Depois de entregar minha belíssima redação ao professor eu saio da sala, já encontrando a Pardo largada no corredor, o propósito? Nenhum, ela é assim.

— Como foi na redação? – pergunta ficando de pé na minha frente.

— Sinceramente? – Arqueio a sobrancelha sugestiva – arrasei.

Rimos.

— Selvagem – Alice me chama e eu me viro, vendo a loira parada na porta da sala com Carla – vamos, ensaio.

— Estou indo – falo e me viro para a Pardo – nos vemos mais tarde?

— Sim – fazemos um toque com as mãos e saio atras das outras duas que estão um pouco mais a frente.

Caminhamos até o teatro onde poderíamos ensaiar livremente, sim, o diretor permite bandas aqui, teremos até uma gincana no final do ano, com as bandas e com cada fraternidade.

— No que está pensando? – Diego pergunta assim que entra no teatro e dá um beijo na minha bochecha.

— Nos eventos de final de ano – suspiro – sei que ainda falta muito, mas... eu fico pensando, como será depois que nos formarmos?

— Definitivamente você não vai se formar – Alice retruca apontando um dedo para mim, reviro os olhos com tedio, ainda não sei porque não joguei essa garota em um poço para fazer cosplay de Samara.

— Depois da redação de hoje? No mínimo ela vai fazer uma recuperação daquelas – Carla comenta me fazendo rir.

— Você viu? – pergunto ainda rindo.

— Se eu vi? Eu ouvi minha querida – responde rindo – acho que todos na sala ouviram você murmurar uma parodia da Barbie no meio de uma sala silenciosa e em prova, sorte a sua que o professor nem ligou.

— Ah, admitam, foi criativo.

— Foi selvagem – Alice fala dando de ombros – mais você tem talento para a coisa.

Dou de ombros convencida, é claro que eu tenho talento para a coisa. Afinal, eu sou uma rebelde ué.

— Vamos começar esse ensaio – Pedro chega com Tomás e logo tomamos nossas posições para começar o ensaio.

Assim que terminamos, eu volto ao dormitório e percebo que tem uma confusão alastrada por ali, me fazendo franzir o cenho confusa e caminhar até o ponto principal daquele caos, minhas queridas amigas.

Vejo a Jade sacodindo roupas despedaçadas na mão, enquanto um Gutto tentava tapar sua total nudez, okay, o que está acontecendo aqui mesmo? Acho que entrei em algum portal para a rebeldelandia e o caos parece descontrolado.

— Da próxima vez que tentar assediar umas das minhas, procure ver se não tem uma Jade West por aí – fala a morena jogando as roupas rasgadas no garoto, que apenas a recolhe e sai correndo.

— O que houve aqui? – pergunto confusa.

— Gutto achou que era legal passar a mão de baixo da saia das garotas, então eu cortei a roupa dele – dá de ombros simples e eu franzo o cenho.

— Vocês acham que só cortar as roupas dele é suficiente? – Mar diz sugestiva e eu nego fingindo inocência – mais é claro que não – concorda.

— Vamos dar um jeito naquele malandro – Pardo fala.

Largo minha mochila no quarto e juntas, toda a Alpha Pi marcha em direção a sala do nosso querido diretor. Que assim que nos vê arregala os olhos assustado, somos muitas, e isso nunca aconteceu antes, até os funcionários pareciam assustados.

— O que está acontecendo aqui meninas? – pergunta o senhor Gandia.

— O príncipe Gutto estava passando a mão nas minhas rebeldes – Jade fala cruzando os braços – nós queremos revanche.

— Meninas... – ele parecia inclinado a aceitar nossas exigências e amenizar a situação – alguma de vocês podem provar?

— Hm, nós pagamos o colégio para ter um sistema de segurança digno – falo impaciente – acho que o senhor pode muito bem olhar lá e provar o que estamos dizendo.

— E antes que sejamos acusadas de algo, eu cortei a roupa dele e o deixei nu – Jade fala ainda firme – mas eu não vou aceitar assédio.

O diretor coça a cabeça frustrado e suspira, logo nos dispensando com a promessa de que ele verificaria a nossa “denúncia” e tomaria as decisões cabíveis ao aluno.

No dia seguinte nem preciso dizer qual foi a punição tomada né? Aliás, preciso sim, porque agora me sinto irritada pela primeira vez na vida de ser uma rebelde.

— Palestras motivacionais – Jade bufa irritada, cruzando os braços e as pernas, em completo desgosto – aquele babaca só levou uma suspensão de duas semana, conversa com os pais e lição de moral, e a gente precisa de palestra motivacional.

Ela está realmente irritada com isso.

— Isso não é uma palestra motivacional – Tori olha para Jade com os olhos em total deboche – é uma palestra sobre bullying e assédio.

— Dá no mesmo.

É, o mundo da Jade é bem estranho para considerar uma palestra sobre bullying e assédio como motivacional, isso no mínimo deveria ser um alerta para pararmos de fazer práticas ilícitas pelo colégio, mas ela não se importa nem um pouco.

— Falando em assédio, o que vamos fazer para o aniversário do Gio? – Mia pergunta e olhamos para ela espantadas, como assim a patricinha está falando de assédio e Giovanni na mesma frase? – quê? Vamos assediar aquele gostoso.

Rimos, em alto e bom som, resultado, levamos uma advertência e detenção por rir em uma palestra séria sobre problemas adolescentes.


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