Algumas semanas depois Effie estava no distrito 12 mandando e desmandando nas coisas sobre o casamento. Acontece que só vai ser daqui a dois meses. Ela, Annie e Johanna seriam minhas madrinhas de casamento. Haymitch aceitara ser o padrinho de casamento de Peeta, assim como Beetee.

Continuando, Effie queria muito que eu experimentasse todos os vestidos de noiva que Cinna fizera para mim, de novo! Eu estava sentada em um banco esperando uma nova leva de vestidos.

Peeta sentou-se ao meu lado, também estivera escolhendo o que iria usar. Embora quiséssemos algo mais simples, Plutarch insistiu em televisionar tudo. “Vai ser glamuroso” repetia sem parar.

Agora ele usava um conjunto inteiramente branco com detalhes em dourado. Suspirou e bagunçou um pouco os cabelos. Mesmo que não precisasse trocar de roupa tantas vezes quanto eu parecia cansado do mesmo modo.

– Nossa. – arfou. – Não entendo para que tanta roupa.

Eu sorri. Ainda assim ele ficou sério e mudou de assunto.

– Sabe que pode convidá-lo, não é? – ele perguntou.

Sabia de quem ele estava falando. Gale.

– Falei para Hazelle que ela decidiria se o convidaria ou não. – respondi. – Não queria convidar pessoalmente.

– Eu viria. – Peeta disse. – Para mostrar que sempre estaria ao seu lado, mesmo que não fosse do jeito que esperava.

Não podia pedir mais nada. Certo, talvez que mais alguns amigos tivessem sobrevivido à guerra... Na verdade acho que parar de me contradizer também seria ótimo.

Foi assim até o dia do casamento. Eu estava muito nervosa por não poder vê-lo, mas Effie insistia que da azar,deve ser alguma superstição da Capital.

Lembro de quando cheguei à campina. Um tapete se estendia até Peeta, o novo prefeito estava atrás dele para oficializar os votos. Haymitch e Beetee estavam parados a dois passos de distância dele. Do lado oposto Johanna, Effie e Annie sorriam para mim.

Na frente de alguns bancos que foram colocados para os poucos convidados, pude ver minha mãe, olhando para mim. Como eu imaginava Gale não aparecera, não dei importância. Tudo que importava era o sorriso no rosto de Peeta, ele não ligava que um de seus padrinhos estivesse bêbado.

Ignorei todas as câmeras que Plutarch insistira em apontar para mim. Fui até o final do tapete sorrindo. Não lembro direito do resto da cerimônia, apenas de assinar os papéis e da troca de alianças. O anel de Peeta tinha meu nove gravado e o meu tinha o dele assim com a nossa pérola.

– Aceito. - pude me ouvir dizendo em determinado momento.

Quanto à noite, não posso dar detalhes. Apenas afirmo que casar com Peeta foi a coisa mais certa que poderia ter feito em toda a minha vida.