Namorar é uma palavra brega. Infelizmente não havia uma palavra que descrevesse melhor o que estava acontecendo comigo e com Peeta.

Sentia-me feliz assim. Não precisava ser o tordo, não precisava ser corajosa o tempo todo.

Podia me permitir ser uma garota normal de dezessete anos que só quer um pouco de paz, depois de ter perdido amigos e boa parte da família ao sobreviver uma guerra. Certo, isso não é normal, mas é minha melhor opção.

O importante é que ele me fazia feliz. Nunca o tinha visto tão sorridente. Três anos depois nós dois tomamos uma grande decisão, passamos a morar juntos. Afinal, uma pessoa de vinte anos não ocupa uma casa daquele tamanho morando sozinha.

Estávamos sentados no sofá, falando sobre coisas aleatórias que eu não estava prestando atenção. Os olhos deles tomavam todos os meus pensamentos. Não digam que isso foi meloso, é inveja porque eu tenho o Peeta.

– Sabe, - forcei-me a prestar atenção. – Me sinto mau por quase ter feito você se casar comigo.

– Não se culpe por isso. – disse séria. – Além disso, eu já estava apaixonada por você, só não sabia.

– Quanto a sua pérola. – ele mudou de assunto. – Você me disse que vivia perdendo. – assenti. – Effie me ajudou a resolver o problema.

Ele se levantou e mexeu no bolso. Pegou uma caixinha preta e se ajoelhou na minha frente. Dentro da caixa estava um anel dourado com uma pérola em cima, a mesma que ele havia me dado na arena.

– É lindo Peeta. – falei emocionada.

– Katniss Everdeen – ele olhou para mim. – me faça o homem mais feliz do mundo e diga que aceita se casar comigo.

Não conseguia falar nada além de “Peeta eu...eu...”. Uma lágrima escorreu pelo canto do meu olho. Fiz algo que expressava todos os meus sentimentos, beijei-o. Nós ficaremos juntos para sempre. Nossa, isso foi meio meloso demais. Foda-se! Eu não ligo.