Prova de Fogo escrita por cessiuh
Notas iniciais do capítulo
Olá ^^
Dessa vez eu nem demorei, obrigada Gabuh e B_moranguetty por comentarem.
Espero que todos gostem do capítulo. Boa leitura.
"Se tinha uma coisa que eu não podia era continuar ali. E isso eu não iria contestar.
Eu definitivamente não podia continuar ali, isso... Eu não podia!"
Chegara a hora. Era nosso horário de almoço, tínhamos meia hora. Sayuri nos levou até o local.
- É ali. Mas eu não quero ter nada a ver com isso, já disse. Terão de ir sem mim.
- Como vamos saber o quarto dele?- perguntei
- Seguindo-o.
- Você se lembra como ele é? - perguntei para Hinari
- Acho que sim.
- Desculpem-me. Mas eu vou ter que ir embora. Sorte.
- É, vamos precisar.
O dia estava quente. Aquilo era um inferno. O inferno.
Eu detestava o calor. Não suportava mais o sol batendo no meu rosto. Quando eu era criança costumava sonhar com fogo, tive várias vezes seguidas o mesmo pesadelo. Eu era queimada viva. Dor, sofrimento, desespero... o reflexo da minha infância.Talvez por isso, eu detestasse tanto o calor. Ou talvez por detestá-lo tanto eu tivesse esse tipo de sonho.
Eu não agüentava mais esperar aquele maluco, quando Hirari falou animada:
- É ele!
- Quem? - Havia vários garotos, para mim, todos eram iguais.
- De cabelos castanhos.
¬¬?
Todos tinham cabelos castanhos.
- Vamos, antes que eu o perca de vista.
Eu a segui, o prédio era igual ao de Hinari. Várias portas, não havia nada de interessante ou especial. Apenas corredores cheios de portas. O garoto que estávamos seguindo, parado diante de uma das portas, pareceu perceber nossa presença. Se virou em nossa direção e nos encarou.
Eu tinha que admitir, ele era muito bonito. Mas isso é totalmente irrelevante.
- Quem são vocês e por que estão me seguindo?
Ele era alto e forte. Tinha olhos negros marcantes que me davam a impressão de que eu nunca conseguiria esquecê-los.
- Queremos conversar com você. - disse - Em particular - acrescentei.
- Não deveria deixá-las entrar.
Ele abriu a porta.
- Por favor... - começou Hinari
- Não disse que não deixaria vocês entrarem, e sim que deveria fazer isso.
Nós entramos em seu quarto. Era igualmente sem graça. Fechei a porta, e me virei para ele.
- O que querem? Por que vieram me procurar?
- Eu quero que nos conte o que descobriu sobre Igra. Preciso entender o que está acontecendo e você é a única pista que eu tenho. Você... é o louco dos sonhos, não é? - disse
- Do que está falando?
- Eu ouvi as suas histórias - Disse Hinari
- Quem são vocês?
- Não precisa se preocupar.
- Eu já disse que não sei do que está falando. - Ele estava sério.
- Sim, você sabe. os seus sonhos.
- O que tem meus sonhos?
- Você descrevia lugares diferentes e pessoas como a Yumi. Você sonhava com isso.
- Não, eu nem te conheço. - Ele falava calmo e indiferente.
- Mas eu te conheço. Você disse que era tudo uma mentira. Não se lembra? Que todos nós viemos de outro lugar. Você contava coisas assim. Exatamente igual à Yumi.
- Não, nunca disse essas coisas, agora saiam daqui.
- Você precisa me ajudar. Eu preciso ir embora.
- A porta é logo ali. - ah que cara insuportável!
- Eu preciso sair de Igra!
- Isso é impossível.
- Não, isso não pode ser verdade! Eu não sou louca! Me ajude. Eu faço o que você quiser.
- Você? O que poderia fazer por mim?
Eu abaixei a cabeça e desabotoei dois botões da camisa, voltei o meu olhar a ele.
- Mas... O que está fazendo?
- Nada. Ainda. Eu sei que nada é de graça. E eu preciso saber...
- Saia daqui antes que eu chame os guardas. - Não tinha jeito. Ele era firme.
- Idiota. - Dei as costas a ele. - Vamos Hirari. - Fomos embora, nenhuma de nós olhou para trás.
Eu detestei esse cara. Um insignificante metido a fodão. - Não deveria deixá-las entrar. Mas quem ele pensa que é? Eu posso muito bem me virar sem a "preciosa" informação dele. Duvido que ele realmente saiba de alguma coisa, deve ser um esquizofrênico. Ah, mas quem ele pensa que é?
- O que foi aquilo Yumi? O que você ia fazer?
- Qualquer coisa que ele quisesse. Pensei que ele não queria abrir o jogo, mas ou ele fingiu muito bem, ou não fazia a mínima idéia do que estávamos falando. Você viu como ele ficou? Tem certeza que era ele?
- Absoluta.
- E agora, o que é que eu faço?
- Eu não sei, mas você não vai poder ficar muito tempo escondida no meu quarto.
- Por que aconteceu isso comigo? Por que comigo?
- Você precisa arranjar uma solução. Rápido.
- Eu vou... Um jeito de descobrir como eu vim parar aqui. Eu sei que vou. E aí eu vou embora.
- Espero que isso aconteça.
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