Prova de Fogo escrita por cessiuh


Capítulo 5
Que droga!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada B_moranguetty, minha leitora fiel.
Gabuh, por onde anda peste? Nem leu meu cap. anterior ainda. mas obrigada por acompanhar a fic e deixar reviews maravilhosos.
Espero que todos gostem. Boa leitura.



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- Eu vou... Um jeito de descobrir como eu vim parar aqui. Eu sei que vou. E aí eu vou embora.

- Espero que isso aconteça. 

Tínhamos perdido muito tempo, devíamos comer rápido. Na verdade, ela devia comer rápido, eu me recusava a colocar aquilo na boca novamente. Tava podre. É, eu estava novamente comendo o pão que o diabo amassou. Dessa vez literalmente.

- Ei, Hinari, você disse que só existe um emprego, certo?

- Sim.

- Então quem cozinha?

- Eu não sei.

- E os guardas que estão por toda parte. Eles trabalham...

- Isso não é emprego.

- Claro que é, eles ganham por isso, não é?

- Eu não sei.

- Eles não trabalham de graça, é claro que ganham por isso.

- Não podemos pensar nisso.

- Claro que podemos. Não seja idiota.

- A única idiota que vejo é você. Não vai ganhar nada questionando essas coisas.

- Vou sim. Se eu conseguir entender essa droga, eu vou conseguir minha liberdade.

- Você está precisando de ajuda.

- É, e você esta me ajudando, eu sou grata por isso... Embora não pareça.

- Você está louca.

- Não... Vocês é que são loucos. Eu não...

- Os guardas precisam te ajudar.

- Não! Do que está falando?- Hinari andava em direção a porta. – O que você ta fazendo? Vai pra onde?

- Você precisa de ajuda.

- Sim você já disse isso, agora da pra parar com a brincadeira?

- Você está louca.

- É algum tipo de brincadeira? Você não me assusta. – Era uma patética mentira, eu devo admitir. Como eu podia dizer aquilo, eu estava com os olhos tão arregalados, que podiam cair a qualquer momento da minha cara.

- Eles vão te ajudar, você precisa. Está louca, eles vão ajudar, você precisa. Está louca.

- Agora você está me assustando.

- Está louca.

- Pare com isso! O que deu em você? Pifou? – Eu fiquei na frente da porta a impedindo de ter acesso a ela.

- Você esta totalmente louca.

- Não, é você quem está! Que porcaria de droga você toma? – Tudo pareceu se encaixar em um segundo. É claro. Todos eram estranhos de mais. Não, não fizeram lavagem cerebral nos retardados.

Fui até o prato, e peguei um pouco da gororoba com a mão.

- É isso aqui. Eles colocam alguma coisa nessa mistura fedorenta, que deixa vocês assim. Isso é a pior coisa que eu já coloquei na boca. E pode crer, eu já coloquei muita coisa ruim nela. Sabe lá quantas drogas tem aqui dentro. Você disse que quando me viu... Você... – Hinari tocou a maçaneta, e fez menção de abri-la. – Pare Hinari, não faça isso.

- Você precisa de ajuda. – Ela falou calma.

- Não! Eu não preciso. Quer dizer, eu preciso, mas não é dessa forma que você vai me ajudar! – Eu estava nervosa, não sabia o que fazer. Estava mais uma vez sem saída. Encurralada, mais uma vez! Que droga!

- Espere! Abri seu guarda roupa desesperada. Joguei as roupas horrorosas no chão.

- Você está louca.

Finalmente achei as minhas roupas, que foram escondidas ali embaixo.

- Aqui! Você... Da onde você acha que veio isso? Eu sou tão real quanto você, e o que eu digo é tão real quanto Igra. E eu sei que eu vou descobrir...

Ela respirou fundo. Ficou calada, apenas olhando para mim. O que foi um alívio, eu não agüentava mais ela falando. Se ainda fossem coisas úteis ou que fizessem sentido... Mas a garota tinha pirado de vez!

- Essas roupas, essas cores... É como se elas me atraíssem... – Ela soltou a maçaneta e veio e minha direção. -... De alguma forma.

- Você as conhece. Tenho certeza que se parar de tomar essas drogas, vai conseguir lembrar o que aconteceu e vai deixar de ter essa cara de lerda. – falei séria.

- Eu sinto... que preciso ajudá-la.

- Ah não. Vai começar de novo? Cara, você é maluca!

- Não, não é isso. - Ela pegou as roupas da minha mão e se sentou na cama. Ela tinha um olhar distante. Parecia confusa. – Eu sinto que devo ajudá-la a descobrir... Seja lá o que for.

Eu dei um sorriso. É, realmente, ela era completamente louca, lesada e idiota, mas eu só podia contar com ela. Ao menos eu tinha os momentos de lucidez da drogada para me ajudar. E eu poderia me considerar sortuda por isso.

- E eu sei exatamente por onde vamos começar.

- O que você vai fazer?

- Eu estou com fome. Então... ta na hora de ir em busca da comida.

- Eu acho que não entendi bem...

- Hinari, onde fica a cozinha?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E aí? Rola um review?



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