CAPITULO 30

Apolo sorria ao passar pelas alas do hospital ia em direção a Will. Ele estava em um quarto, sendo cuidado pela enfermeira que a arrumava. Ele estava radiante como meses não ficava, após a morte de Alice, a duas semanas atrás que ele se sentia assim, sabia que era por causa do seu filho. E ele lutaria pelo pequeno.

Ao entrara no quarto, foi rapidamente onde uma enfermeira de mais ou menos 43 anos, que balançava Will calmamente.

–Como ele está?

–Muito bem Sr. Solace, já pode leva-lo a pediatra acabou de dar-lhe alta.

–Obrigado. –O loiro sorriu ao pegar o filho um pouco desajeitado em seus braços.

Ficou algum tempo apenas observando os poucos cabelos loiros do garoto, ele começou a cantar baixinho apenas para o filho ouvir. Balançava o garoto devagar, enquanto cantava.

Seus olhos encheram-se de lágrimas, agora era apenas ele e o seu pequeno... apenas eles dois. E Apolo não desistiria dele. Seria um pai exemplar, e quebraria suas barreiras, conseguiria passar por essa, e sabia que seria feliz, poderia cuidar do garoto sozinho, sem Alice, mas seria ele. Apolo. Ele seria pai e mãe por aquele pequeno ser. E ele faria tudo por aquele ser.

[...]

Ele subia o elevador, com o garoto nos braços e a bolsa do lado. Quando o elevador, se abriu no ultimo andar daquele prédio, ele sorriu, aquela seria uma nova fase. Quando ele abriu a porta, saberia quem ele encontraria ali, e foi ainda sim muito feliz, mas andou devagar, não confiava totalmente naqueles loucos, poderiam fazer seu filho acordar.

Quando fechou a porta, Afrodite foi a primeira a pular no garoto. Bom, quase porque Apolo a empurrou devagar.

–Calminha ai.

Mas ela não se importou ao pegar o garoto dos braços de Apolo.

–oowwwnt, você é a coisinha mais fofa que Apolo já fez.

O loiro sorriu ao seguir o olhar pela sala, Afrodite... Poseidon... Atena... Até Ares encontrava-se ali, Hades e a noiva, alguns de seus sócios, Hermes e uma cabeleira ruiva que estava de costas pra eles, visivelmente falando ao telefone ela olhava a vista, e ele sorriu ao falar com algumas pessoas e seguir seu caminho até a ruiva.

–Não Lily... não. Não. Como assim? E a escola?... Hera vem? –ela bufou. – ok. Até amanhã.

Ela respirou fundo, fechando os olhos e massageando uma das temporas.

–É tão difícil cuidar de filhos assim?

Ela abriu os olhos rápido antes de sorrir.

–Bom,quando se é Lily tudo tornar-se mais complicado. –Ela sorriu.

–Hm... Que bom que veio.

–é... E Will?

–Ali. –ele apontou para o sofá onde Afrodite mimava o garoto. – está sendo bajulado pela Dite.

–Uhg... Isso é difícil. –ela sorriu. – Vou lá onde ele.

Ele assentiu antes de virar-se para a vista, uma nuvem que estava na frente do sol, saiu fazendo o sol quase o cegar, mas ele sorriu, o dia estava bonito, e ele gostava daquilo. Era como se o dia lhe dissesse, que estava tudo bem... como se ela dissesse que estava tudo bem.

Flashback on.

“-Para Apolo...- ela sorria.

–Putz Alice, fica quieta garota como vamos conseguir tirar essa foto?

–é só uma por dia.

–E daí? Você já começou ágoras vamos terminar juntos.

O loiro ajeitou a câmera, e correu para atrás da morena sorrindo, colocou as duas mãos em torno da sua barriga de 6 meses em seguida a foto tinha sido tirada.

Ele correu novamente até a câmera.

–Ficou linda. Agora... vamos esperar até amanhã.

Ela sorriu.

–Que tal passearmos no Central Park?

–Eu topo. Vou arrumar um piquenique para nos três.

–Ok, eu vou trocar de roupa.

Ele assentiu com um sorriso nos lábios.

Sua antiga Alice estava de volta.”

Flashback off

–Hey, parece que dormiu ai. –Poseidon estalou os dedos na sua frente.

–Não, não. So lembrando de algumas coisas.

–Ah.

–Você perdeu a chance de ver seu filho abrir o olho seu idiota. –ele sorriu.

–Como assim?

–Ele abriu os olhinhos.

O loiro sorriu e voltou-se seu olhar para o pessoal, ele sentiu uma batida falhar ao ver todos rindo onde Artemis segurava o garoto em seus braços, enquanto Atena tirava algumas fotos na câmera que ele nem sabia que havia ali. A ruiva sorria, ao olhar a foto e brincava com o bebê que sorria, um sorriso fofo que Apolo andou rapidamente até a ruiva que falava algumas coisas naquelas vozinhas de bebê.

O sorriso do loiro abriu-se mais se possível ao ver a cor dos olhos, um azul, um azul esverdeado. Perfeito.

–Posso pegar? –ele pediu para a ruiva que o olhou sorrindo.

Ela negou com a cabeça e virou-se para Atena que tinha um sorriso nos lábios junto com Afrodite, ela aproximou-se das duas ao ver a foto. E Artemis tinha que dizer, estava linda. Os dois de costas para aquela imensidão de azul que era o céu daquele dia. Apolo e ela, olhando o pequeno bebê que segurava o dedo médio de Artemis. Se a situação não fosse tão constrangedora, pediria para uma para mandar a Lily. A ruiva tinha certeza que ela adoraria.

Balançando a cabeça, e rindo super corada, entregou Will a Apolo.

–Então... quer que eu faça algo para ele comer?

O loiro sorriu.

–Eu agradeceria, a doutora deixou a receita do que ele deveria comer dentro da bolsa dele, está dentro do quarto. –ele apontou para uma das portas no corredor. A ruiva assentiu, antes de seguir até lá.

Ela sorriu ao entrar dentro do quarto, fechando a porta atrás de si, o quarto era fofamente decorado em tons de azul e cinza (N/A: Aquela carinha HEUHEUSE... parei) como o céu, o teto parecia um grande céu ensolarado e a ruiva perguntou-se quando o loiro tivera tempo de fazer aquilo tudo. O berço ficava em um canto, perto de uma cômoda, onde se encontravam vários utensílios, fraldas, mamadeiras, lenços. Ela não agüentou-se de curiosidade e abriu as gavetas dali, varias roupas, muitas, roupinhas, sapatinhos, e ela riu ao ver uma “I’am Capitão America” e ela riu ao ver aquele bebê com aquela roupinha. Havia uma janela, onde ela estava aberta e fazia aquele vento frio mais confortante de Nova York entrar.

A porta foi aberta rápido, ela não sabia que tinha demorado tanto, mas sorriu sem graça em direção ao loiro que apenas abriu a porta mais e entrou fechando em seguida, e Artemis viu-se colocando as mãos nos bolsos da calça.

–Desculpe, é... Eu estava olhando.

Ele assentiu.

–Não tem problema, apenas estava demorando.

–Vou já, fazer uma mamadeira pra ele. Só preciso pegar a bolsa.

Ele assentiu.

–O que achou?

–De que?

–Do quarto.

–Ah, eu adorei.

Ela sorriu olhando para os detalhes ao redor do berço, onde o nome Will destacava-se em um azul claro, o guarda-roupa também era azul, o que fez Artemis rir, ela olhou para o chão e viu-se com um tapete branco felpudo, as paredes em branco e detalhes em azul pareciam águas de um rio cristalino, que caiam como cascatas pelas paredes, e Artemis se viu maravilhada com aquilo.

–Como você esta? –Ela se viu perguntando, enquanto abaixava-se e pegava a bolsa abrindo a mesma, e procurando o papel.

–Ah, estou bem na medida do possível. E bom, Will só vai deixar minha vida mais animada e eu adoro isso.

Ela sorriu.

–Eu sinto muito por Alice. – Ela disse mordendo o lábio inferior.

–Ah... Tudo bem, bom, não tão bem assim.

–Só que... eu sei que deve está sendo dificil pra você. E agora você vai ser só você. Mas...

–Tudo bem Artemis.

E a ruiva entendeu aquilo como se o assunto estivesse encerrado.

–Desculpe.

Ela pegou o papel e finalmente ia saindo da porta, quando o seguraram seu braço. Olhou para o loiro que tinha os olhos azuis escuros, os olhos baixos, todo aquele sorriso forçado sumindo de seu rosto e viu que ele não estava bem. Aproximou-se mais do loiro, ignorando qualquer protesto de sua mente e o abraçou. O loiro pareceu relaxar sobre seu toque, mas apenas o abraçou.

Quando o primeiro soluço saiu da boca do loiro, Artemis apressou-se em o abraçar mais forte.

–Vai ficar tudo bem... Você vai passar por essa.

–Eu não sei se consigo Art. Por favor, me ajuda. Eu não vou conseguir, estava tudo tão perfeito, tudo ta certo pra mim e Alice, eu estava me acostumando com a presença dela, com o jeito dela, com nos dois, com nosso filho. Eu não vou agüentar isso, não vou.

–Vai sim Apolo, você vai passar por isso. Pelo Will, por ele. Alice deve está sorrindo por vocês agora, ela sabe que você vai cuidar do Will, e muito bem. Você vai passar por essa. E...

Apolo soltou-se dela por algum motivo, ela franziu o cenho, mas sorriu calmamente pro loiro antes de secar os rastros das lagrimas com o polegar.

–Vai ficar tudo bem, e sabe... você tem amigos e eles vão te ajudar ou acha que eu não ouvi Afrodite dizendo que vai vir aqui todo santo dia pra ver o pequeno. É so ter fé em si mesmo Apolo, você vai conseguir e vai ser um pai exemplar, um pai que sempre sonhou ser.

Ele assentiu antes de abraçar o loiro novamente e ficar na ponta dos pés pra beijar-lhe a testa.

–Tenha fé em si mesmo Apolo, e você vai conseguir.

E virou-se na direção daquela porta, indo fazer a mamadeira do pequeno Apolo.

Ele sorriu e sentou-se no chão passando as mãos pelo cabelo, o sol batendo em seu rosto.

Ele teria fé em si mesmo.

[...]

Artemis sorria ao sentar no sofá e pedir para Afrodite lhe dar o pequeno, acomodou-se o garoto no seu colo, e colocando a mamadeira na boca no garoto que apenas começou a tomar aquilo como se sua vida dependesse daquilo.

E a ruiva não duvidava.

–Bom, a gente já vai indo. – Disse Hades, seguido de Poseidon. –Deem Tchau a Apolo por mim.

Artemis assentiu.

Poseidon levou Atena que sobre todo aquele protesto, foi com a condição que passariam no shopping.

Os dois sócios de Apolo também foram embora.

Afrodite e Ares também.

Enfim, apenas sobrou Artemis e Will e Apolo que estava em algum canto da casa.

Artemis ficará com a condição de que daria a mamadeira para Will e em seguida ia para casa. O garoto que já estava nos últimos goles, soltou a mamadeira e Artemis sorriu grata por aquilo, levantou-se e começou a balança-lo cantando baixinho para ele, indo e vindo pelo apartamento, ia na varanda que não pegava sol pelo fato de já serem 17:40 da tarde. Por fim, quando o garoto dormiu, foi até o quartinho dele, colocando-o no berço e dando-lhe um beijo na testa de boa noite

Ligou o aquecedor e saiu, indo procurar Apolo.

–Apolo...?- disse. –Onde você ta?

–To aqui no quarto. –respondeu aquela voz leve.

–Ah.

Artemis virou-se de costas onde a porta do quarto estava aberta, entrou e viu o loiro sentado na cama, ele tinha um caderno no colo e uns lápis de cores espalhados pela cama.

–O que está fazendo?

–Desenhando. Onde está Will?

–Dormindo.

–Ah, desculpe por deixar você com ele. Queria tomar um banho e esqueci-me de avisar.

–Ok, tudo bem. Só queria avisar que já estou indo.

–Ok. Vou só te deixar na porta.

Ela sorriu antes de colocar-se para fora do quarto.

Pegou a bolsa que havia em cima do sofá, e sorriu para Apolo que já tinha a porta aberta.

–Obrigada por ajudar.

Ela sorriu.

–Tudo bem.

Sem mais nem menos saiu.

[...]

Artemis não sabia para onde seu sono havia ido, só conseguia pensar nos olhinhos claros do bebê. Ele era tão pequeno e Artemis já sentia-se tão apegada a ele.

Desceu as escadas da casa de Atena, de dois em dois degraus, parando na cozinha para tomar água. Pegou alguns biscoitos que estavam ali também, e virou-se em direção a um dos banquinhos que ficam perto da bancada, assustou-se com o que encontrou em cima e não pode conter o riso.

Uma blusa, de homem, gola pólo.

Poseidon.

Ela riu, achando um dos motivos da barulheira do andar de baixo horas atrás.

Sentou-se la jogando a blusa de homem no chão, e comendo os biscoitos calmamente, sem ao menos se importar que estava apenas com uma blusa grande de time de futebol que ia até o meio de suas coxas.

Seu olhar pousou em cima da bolsa da loira que estava aberta em cima do sofá. Levantou-se indo pega-la. Como queria, achou a câmera ali.

Não demorou a ligá-la.

Havia umas 200 fotos ali.

As ultimas eram as que haviam sido tiradas na casa do loiro.

Havia algumas de Afrodite fazendo caras e bocas e tirando fotos com Ares, que apenas beijava seu pescoço. Outras de Atena e Poseidon, uma da loira que tinha o rosto contorcido em uma cara brava, outras dela fazendo força para não rir, e a seguinte da loira tampando a lente da câmera com uma mão enquanto ria, a próxima era do moreno e da loira em um selinho.

Ela riu.

As próximas fizeram o sorriso de seu rosto desaparecer.

Ela na janela, enquanto conversava com Apolo, seu olhar dirigia-se a imensidão azul da tarde de Nova York, enquanto ele, a olhava fixamente. Passou aquela rapidamente, mas a outra mostrou o que ela tanto sentia falta, os olhos de Will direcionados a si, enquanto a mesma estava sentada no sofá. A próxima, já era uma de Apolo, ela e Will. Apolo atrás da ruiva, Artemis que olhava Will pegar um de seus dedos, e o rosto do loiro em sua face. Sorriu, ao pegar o computador, colocar todas as fotos em uma pasta e apenas aquela... Enviar para Lily que com certeza, gostaria muito.

Era uma bela foto.

Seus pensamentos foram distraídos com um telefone a tocar longe, correu o mais rápido que pode ao chegar ao andar de cima e pegar o celular, as siglas “AP” apareciam. Seu coração começou a bater de forma descompensada.

Algo havia acontecido com Will?

Será que ele estava doente?

–Alô? Aconteceu algo?

–Artemis, me ajuda.