South Kingdom escrita por Ernie, Caty Bolton, Ernie 2


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente, desculpe demorar tanto, porém aconteceram imprevistos muito imprevistos mesmo, como: um fio do pc queimado, dois notebooks quebrados e um celular roubado. Isso que eu chamo de azar. Mas eu voltei lindamente para vocês.
Tomara que gostem do capitulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507234/chapter/7

Abri os olhos, logo tendo a visão do teto branco, respirei fundo e me virei para o lado direito, dando de cara com o Príncipe desacordado. Quase me joguei da cama, sentei na mesma e fiquei olhando fixamente para o castanho do meu lado. Esta bem, vamos apontar alguns fatos:

Primeiro, estamos dormindo juntos.

Segundo, estamos numa cama.

Terceiro, estamos pelados.

Quarto, ele estava me abraçando.

Quinto, eu não estou com um bom pressentimento.

Mordi o lábio inferior, olhei para o meu corpo, vendo marcas arroxeadas e vergões, arranhões que pareciam ter feito com facas, arqueei uma sobrancelha. Arregalei os olhos relembrando da noite passada.

Eu não acredito que o Príncipe fez isso comigo! Ai meu Deus, que vergonha, escondi meu rosto com minhas mãos.

– Bom dia boneca - ouvi um sussurro ao lado da minha orelha, fazendo meus pelos da nuca se arrepiarem - dormiu bem?

O digníssimo rodeou seus braços em minha cintura, prendendo-me.

– Majestade... e-eu... ãn... claro - gaguejei palavras sem sentido, com as bochechas esquentando.

Ele suspirou, virando meu rosto para mim olhar em seus olhos.

– Eric - ditou autoritário - Me chamo Eric Cartman entendeu? Não Príncipe.

– E-Entendi - sussurrei.

– Ótimo - o mesmo levantou-se da cama e entrou no banheiro - boneca vai vir tomar banho ou não?

Franzi o cenho, a água estava pronta mas ninguém entrou agora... só se alguém tinha entrado quando estávamos dormindo... meu sangue gelou. Algum dos empregados ou empregadas deve ter nos visto num momento bem... íntimo digamos assim. Só peço a Deus que isso não espalhe.

***

Depois de outra situação bastante vergonhosa, eu e o digníssimo estávamos arrumados. Quando saímos do quarto, alguns funcionários do Príncipe deram risadinhas direcionadas a mim, ótimo já vi que meu dia vai ser uma beleza.

Andamos até um certo ponto do castelo juntos, quando ele parou de súbito e virou-se para mim.

– Bem boneca, nos separamos aqui, infelizmente eu tenho que resolver alguns assuntos - Cartman chegou bem perto de mim, e sussurrou em meu ouvido - não chegue perto daquele guardinha esta me ouvindo?

Rolei os olhos e sussurrei de volta.

– Não é porque fizemos... coisas que você vai poder mandar em mim ta? Eu falo com quem eu quero, quando eu bem entender - ralhei vendo o crepitar de ódio em seus olhos.

Provoquei demais...?

– Como desejar - murmurou seco, afastando-se de mim.

Suspirei, massageando minhas têmporas, este Príncipe esta me dando dor de cabeça. Olhei pela janela ao meu lado, o tempo estava ótimo, o sol brilhava bem no alto e o céu estava azul, sem nenhuma nuvem.

Queria saber como Ike e meus pais estão... até agora pergunto-me porque o Eric quis minha presença em seu castelo, vai saber.

Estava sem muita coisa para fazer então resolvi explorar alguns lugares, entrei em várias salas e em uma delas vinha um belo som de piano. Abri a porta lentamente e vi uma pessoa sentada no banquinho, em frente ao piano de madeira lustrada negro, era lindo. A pessoa tinha cabelos loiros e lisos, na altura dos ombros, e tocava, na minha opinião, muito bem.

Fiquei hipnotizado pela música, cada nota, cada melodia, estava até ficando com sono. Sem querer fiz um barulho, e a pessoa parou de tocar, olhou para trás rapidamente assustado. Senti minhas bochechas arderem.

– O-Olá - pronunciei.

– O-Oi - o loiro respondeu.

Ficamos um pouco em um silêncio constrangedor.

– Você toca muito bem - elogiei sorrindo.

– Obrigado... faz tempo que eu não tocava - falou, deslizando os dedos pelas teclas esbranquiçadas do mesmo.

– Serio? - perguntei indignado - parece que é profissional!

O outro riu, levantando-se do banquinho.

– Qual é o seu nome? Eu nunca te vi por aqui... É novo certo? - perguntou.

– Sou Kyle Broflovski - sorri - prazer.

– Aah sim, a boneca estou certo? - perguntou novamente.

Rolei os olhos e o loiro gargalhou.

– Sei como é, prazer sou Phillip Pirrup, mas pode me chamar de Pip.

– Então ta Pip, por favor não me chame pelo apelido nada legal - pedi nervoso.

– Não vou, isso é ridículo - disse.

– Não é? - concordei.

Ficamos conversando por um tempo, descobri que Pip é um garoto muito legal, ele é britânico e não francês como pensei, ele fica muito bravo quando o confundem. Saímos da suposta sala de música e andamos pelos corredores sem ter um destino, apenas conversando e rindo.

No meio da nossa conversa, duas figuras apareceram no nosso caminho. Uma eu conhecia bem, o moreno de olhos azuis escuros e sorrisos irresistíveis, Stan. E uma garota de cabelos logos e loiros, com olhos claros.

– Ora, olá Pip, estava-me perguntando agora mesmo onde você poderia ter se metido - murmurou formalmente a loira - quem é o rapaz bonitinho?

Corei um pouco.

– Este é Kyle Broflovski, ele é novo - respondeu.

– Prazer Kyle sou Estella, prima de Pip - sorriu.

Olhei para Pip depois para Estella, eles realmente eram parecidos.

– O prazer é meu.

– Como vai Kyle? - perguntou Stan.

– Bem - sorri - e você?

– Bem - sorriu.

Ficamos em silêncio, enquanto os dois primos conversavam animadamente.

– Ah! Pip, me lembrei, Damien estava te procurando - avisou.

As bochechas do loirinho adquiriram um tom avermelhado.

– Vamos - ele puxou o pulso da prima - nos vemos depois Kyle! Até mais Stan!

Os dois saíram as pressas e eu fiquei com o moreno.

– O que o Príncipe fez com você depois daquilo? - perguntou de repente.

Desviei os olhos para o chão, corando até a ponta dos meus dedos do pé.

– N-Nada... - menti.

– Ele fez algo de mal?

– Não... - sussurrei.

– Kyle, se ele fez algo me diga, posso te ajudar - insistiu.

– Já disse que ele não fez nada - me irritei.

O maior suspirou cansado.

– Kyle, eu realmente gosto de você, não precisa mentir para mim - ditou.

– Não estou mentindo.

– Ta bom, vou acreditar em você.

Ele passou a mão em meus cabelos, bagunçando-os. Fiz um bico irritado, ele somente deu uma risadinha e ficamos nos encarando novamente. Parecia que o rosto de Stan estava cada vez mais perto, continuei parado, mas quando senti sua respiração bater em meu rosto, e ver ele ir colocar a mão na minha nuca sai correndo.

Tudo bem, tudo bem, isso pode ter parecido infantil para você, porém para mim foi muito assustador, eu nunca tive namoradas nem alguém que gostava de mim, então ai do nada vem o Príncipe fazer aquilo comigo e o Stan tenta me beijar agora. Só faltava essa, realmente, então ele tinha outras intenções em relação a mim?

Arrepiei-me inteiro, não dá para me imaginar com o Stan. Corri para o andar de cima, onde ficava os aposentos e entrei em um deles, na certeza que aquele era o do Cartman.

Porém eu estava errado.

Na verdade era os aposentos da mãe de Cartman, ela estava sentada em uma cadeira, penteando os cabelos castanhos, com um lindo e fino vestido, seus olhos voltaram-se para mim e ela sorriu calorosamente.

– Boa tarde, Kyle - disse baixo.

– V-Vossa A-Alteza, e-eu pensei que... aqui...

– Era os aposentos de meu filho, correto? - ela riu de leve - todos fazem essa confusão.

– Desculpe-me - abaixei a cabeça - vou me retirar agora.

– Que isso - ela se levantou da cadeira, sentado em sua cama forrados com lençol vermelho - venha cá.

Timidamente andei até perto da mulher, ela me puxou para sentar ao seu lado.

– Você é um menino muito bonito - sorriu - não é atoa que meu Eric tem um bom gosto.

Devo ter ficado da cor dos meus cabelos, ou pior.

– Só não entendi porque um ruivo... ele odeia ruivos sabe? E também odeia judeus... - ela me olhou direito, parecendo me analisar - você é uma fusão das duas coisas que meu filho mais odeia e mesmo assim...

– Então se ele odeia tudo isso, porque logo eu? - perguntei, essa era a pergunta que não saia de minha cabeça.

A Rainha riu.

– Eric é um garoto muito complicado, complexo, eu demorei muito para entender o que se passa na cabeça de meu filho - confessou - e olha que saiu de dentro de mim! Mas é melhor não questiona-lo o porquê disso.

– Mas...

Ela simplesmente pegou minha mão, levantou junto comigo, abrindo a porta de seu quarto e ditou.

– Eric tem seus motivos - ela apontou para a porta dupla no final do corredor - aquele é o aposento de meu filho, agora não se perca mais certo? - ela sorriu mais uma vez, beijando minha testa.

Sai do quarto da Rainha com várias perguntas em mente. Ele tem seus motivos... claro, sair pegando camponeses que acha diferentes e colocando-os em seu castelo tem um significado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui! Já que fez isso por que não deixa uma crítica? Eu vou adorar!
Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "South Kingdom" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.