South Kingdom escrita por Ernie, Caty Bolton, Ernie 2


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo vai ser focado em bunny, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507234/chapter/6

Os guardas faziam suas rondas pela mansão, todos focados no trabalho, mas não que fosse difícil proteger um nobres mimado. A família Stotch tinha viajado, deixando somente o único filho sozinho na mansão, lógico que eles não iriam deixar seu precioso sem proteção, por isso arrumaram tantos guardas assim. Mas o Príncipe também ajudou, pois o filho dos Stotch era o único a chama-lo pelo primeiro nome.

Os guardas andavam de cinco em cinco minutos, estavam distribuídos igualmente no lado de fora e do lado de dentro da mansão. O melhor momento de adentrar era quando eles estivessem andando, trocando de lugar, num circulo vicioso. Porém ainda sim iriam me ver, respirei fundo, tinha de achar um jeito de entrar naquela mansão.

Deslizando meu olhar pelo local pude notar uma árvore que destacava-se entre as demais, ela era bem maior e com galhos mais grossos, e ainda por cima um de seus galhos chegavam bem perto da janela de um cômodo da mansão. Aquilo seria fácil demais, me aproximei cautelosamente da árvore e a escalei, ainda prestando atenção nos guardas, subi no seu galho e fui indo perto na janela.

Eu achava que a janela estaria trancada, porém quando a forcei a mesma abriu, deixando-me surpreso, quem seria o idiota de deixar uma janela aberta? Lentamente entrei no cômodo, olhando em volta, parecia ser um quarto, havia uma vela acesa em cima do criado mudo de madeira. Fui andando sem fazer barulho pelo quarto, quando vejo um garoto deitado em uma grande cama.

O mesmo estava desarrumado, uma das pernas estava fora da coberta, um dos braços acima da cabeça, a blusa do pijama estava erguida um pouco depois de seu umbigo, expondo a pele pálida e lisa. Cheguei um pouco mais perto, percebendo agora que seus lábios rosados estavam entreabertos, o peito subia e descia suavemente.

Aquele deveria ser o filho dos Stotch, não parece que é um garoto, se tivesse cabelos longos acharia que era uma garota. Fiquei fitando mais um pouco o loirinho, parecia um anjo dormindo, passei longos minutos o observando, estava em um transe, quando sai do mesmo e segui até a porta, me lembrando a motivo de ter vindo ali.

Roubar a mansão.

Estava tudo correndo muito bem, coloquei minha mão na maçaneta dourada, virando-a vagarosamente, quando ouço o ranger da cama e uma voz sonolenta ecoar pelo quarto.

– Quem esta ai... ? – perguntou.

Me virei lentamente, olhando para o loiro que agora estava sentado na cama, coçando o olho direito.

– Ninguém em particular – respondi.

– Hum... o que esta fazendo na minha casa, ninguém em particular ? – perguntou novamente.

Ele achou que meu nome era ninguém em particular ? Soltei um riso baixo.

– Nada em particular – falei novamente – só estava de passagem.

– Ah... esta frio aqui – disse esfregando os braços com as mãos.

– A janela – andei até a mesma e a fechei – não acho que deve deixa-la aberta durante a noite, ladrões podem entrar sabia ? - falei irônico.

– La-ladrões ? – o menor gaguejou – oh não, tomara que não tenha entrado nenhum enquanto eu dormia.

Levantei uma das sobrancelhas, ele não tinha entendido o meu tom ? Aquele garoto estava se fazendo de besta ?

– Oh sim, qual é o seu nome ? – perguntei.

– Leopold Stotch, mas todos me chamam de Butters – murmurou com um tom de voz animado – dizem que é porque eu tenho um grande coração, molenga que nem manteiga.

Não pude evitar de rir.

– Muito bem Butters – eu me aproximei lentamente de sua cama – você tem medo de ladrões ?

– Ahn... um pouco – respondeu.

– O que acha deles ?

– Hum... eles são do mal... porque roubam dos outros... e não se pode roubar, isso é feio – explicou, batendo os dedos indicadores em uma ação tímida e fofa.

– Se você roubar de pessoas ricas não é feio – disse sentando-me em sua cama – elas podem repor o dinheiro rapidamente, então não as afetaria tanto.

– Bem... eu nunca tinha visto por este lado – sussurrou.

– Claro que não, você é um nobre – pensei alto.

– E daí ? – perguntou.

– E daí que não sabe o que é viver na pobreza – falei, num tom seco.

– E você sabe ? – seu tom não tinha mudado, continuava do mesmo jeito, sem me provocar nem nada.

– Sei... sei muito disso – dei uma risadinha.

– Então... você é pobre ? – virou a cabeça de lado levemente.

– Obviamente – dei um sorrisinho sarcástico.

– Mas se você é pobre, o que esta fazendo aqui ? – ele estava confuso.

– O que acha que eu estou fazendo aqui ? – perguntei – o que acha que eu vim fazer aqui ?

Comecei a avançar em cima do loirinho, empurrando-o contra a cama, chegando cada vez mais perto. Butters não ousou dizer nada, só me encarava com um misto de curiosidade e medo.

– E-eu... não sei... – sussurrou, gaguejando.

– Eu vim aqui para roubar sua mansão Butters – admiti – sou um ladrão, entende ?

O menor arregalou os olhos de leve.

– Por favor n-não me m-mate senhor ladrão ! – pediu, fechando-os logo em seguida.

Soltei um sorriso satisfatório. Um nobre pedindo para eu não o matar, aquilo estava ficando realmente interessante.

– Não irei, vou te poupar caro Butters – falei.

O outro abriu os olhos, soltando um belo sorriso que mostrava seus dentes brancos e brilhantes.

– Obrigada ! – agradeceu.

Fiquei olhando para a figura na minha frente, depois deste simples dialogo eu percebi o quão inocente o garoto era, poderia ser bom de um lado mas de outro não. Então inconscientemente comecei a querer proteger o garoto de tudo e todos, comecei a sentir aquele sentimento nostálgico que eu só sentia com a minha pequena irmã Karen. Mordi minha bochecha, eu estava querendo proteger um garoto.

Vamos lá, ele não parece um garoto, se colocássemos um vestido ou uma saia ficaria igualzinho uma garota, por isso que eu tive essa sensação, garotas são frágeis e delicadas, igual o loirinho que acabei de conhecer. Soltei um suspiro cansado, fechando os olhos e passando as mãos pelos meus cabelos loiros.

Ouvi alguns barulhos vindo dos corredores da mansão, olhei para o menor, que continuava a sorrir docemente para mim.

– Eu tenho de ir Butters – disse, indo perto da janela.

Ouvi a cama ranger novamente e algo segurando minha blusa por trás.

– Você vai voltar ? – perguntou baixo.

Arregalei os olhos, eu tinha falado a este garoto que era um ladrão e iria rouba-lo, e ele ainda queria que eu voltasse, eu realmente não entendo estes nobres.

– Eu acho que... – me virei e fui pego sendo encarado por aqueles olhos azuis claros, como o céu de manhã – eu... – ele estava me hipnotizando – acho... – quebrei o contato visual – talvez.

Ouvi uma risada vinda do outro.

– Iria ser legal se você voltasse, ai poderíamos conversar mais, não é ninguém em particular ? – perguntou.

Eu comecei a rir quando ele disse aquilo, ele ainda achava que meu nome era aquele, cheguei novamente perto do garoto e sussurrei em seu ouvido.

– Me chamo Keneth Mccormick, não se esqueça deste nome ouviu ? – Butters apenas assentiu com a cabeça.

Voltei-me para a janela, abrindo-a novamente, coloquei uma de minhas pernas para fora, apoiando-a no grande galho.

– Até breve, meu caro Butters – me despedi, saindo de seu quarto.

Desci da árvore e corri como o vento, para longe dos olhos de guardas. Droga, aquele garoto me fez esquecer completamente que eu tinha de rouba-lo, acho que vou ter que ficar mais um dia sem comer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu particularmente acho bunny muito fofo :3 obrigada por mais uma vez vocês lerem!