Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 7
"Le père de l'année..."


Notas iniciais do capítulo

Muito ansiosos para a música Klaine? ^-^
Boa leitura.



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7

Se a ideia de tocar para um monte de gente desconhecida já era assustadora lá em baixo, aqui em cima do palco era aterrorizadora. Eu estava tremendo, de verdade, sentia um frio na barriga e meus olhos não podiam estar mais arregalados. Blaine ria do meu jeito desajeitado.

– Não se deve rir da desgraça dos outros. – Disse entre dentes.

– Você parece uma criança assustada. – Ele riu mais uma vez.

Lhe lancei um sorriso forçado.

Nós estávamos sentados em frente ao piano, ele olhava as partituras escolhendo uma música que fosse fácil. Como eu tinha pouca noção das notas, Blaine decidiu que eu iria apenas acompanhar, fazendo as notas mais baixas.

– Pronto. – Ele me mostrou a partitura. – Boa noite, meu nome é Blaine e esse é o Kurt, nós vamos tocar All of the Stars, do Ed Sheeran para vocês. – Ele disse ao público e sorriu para mim.

Ele passou a mão levemente pelas teclas e tocou as primeiras notas. O que eu não esperava era que ele cantasse junto com os acordes. Sua voz era linda, eu não sei como descrevê-la em palavras. Eu poderia dizer que era suave, a voz mais bonita do mundo, mas ainda assim não faria jus àquela beleza.

“Sang a lullaby by the water side and knew

If you were here, I'd sing to you”

Ele olhou nos meus olhos e sorriu, olhou para as teclas e se manteve sério. Eu fiquei sem reação, não sabia que notas devia tocar e não entendia a partitura. Estava totalmente perdido naquela voz. Eu respirei fundo e resolvi fazer a única coisa que me cabia no momento. Cantar.

“So open your eyes and see

The way our horizons meet

And all of the lights will lead

Into the night with me

Eu cantei de olhos fechados o primeiro verso, estava com medo de que minha voz estragasse o momento. Blaine encostou seu ombro no meu e me deu um leve empurrão, eu abri os olhos e ele estava sorrindo. Continuamos cantando, mas eu me recusei a olhar para a nossa pequena plateia.

“Back to the time you were lying next to me

I looked across and fell in love”

Eu virei para o lado no mesmo momento que Blaine, nossos olhares se encontraram e eu senti um frio na espinha. Era algo estranho que eu nunca tinha sentido antes. Ele focou o olhar nas teclas e eu fiz o mesmo, mas eu não conseguia parar de sorrir.

–R

Assim que terminamos a música fomos aplaudidos, eu desci o mais depressa possível do palco. Blaine me seguiu rindo. Fui até o bar e pedi uma bebida, sem álcool, o moreno parou ao meu lado, ainda sorrindo. Virei para ele e sorri também.

– Nunca fiz nada parecido. – Peguei minha bebida e virei para as pessoas, me escorando no balcão.

– Subir em um palco? – Ele arqueou uma sobrancelha.

– Cantar. – Tomei alguns goles.

– Ah. – Ele sorriu.

– Eu não sabia que você cantava. – Virei-me para ele.

– Ninguém sabe. – Ele suspirou. – É algo que reservo para este lugar.

– Bom, agora uma pessoa sabe. – Eu sorri e ele também.

Ele pegou uma cerveja e também virou para o palco, onde uma garota ruiva tocava. Um loiro parou ao meu lado, fez seu pedido, tomou sua dose e continuou ali. Olhou para Blaine e eu e sorriu.

– Vocês formam um casal bonito. – Eu cuspi a bebida.

– N-Nós não... – Blaine me interrompeu.

– Somos apenas amigos. – O homem pareceu desapontado. – Ou melhor, professor e aluno.

– Você dá aula? – O homem loiro abriu um sorriso. – Meu nome é Adam, quanto você cobra a hora?

– Eu não sei. – Blaine parou para pensar. – Kurt é meu único aluno.

– Bem, pense no assunto, minha filha adoraria aprender piano. – Ele entregou a Blaine um cartão com seu número.

– Claro. – Disse Blaine admirando o pequeno cartão branco.

Eu continuei assistindo a garota ruiva tocar. Ela era excelente, não ela era muito mais que isso. Que um dia eu chegue nesse nível. Percebi que Blaine estava me encarando, mas eu não devolvi o olhar. Ele sorriu e baixou a cabeça, então se aproximou e sussurrou.

– Não precisa corar desse jeito.

–R

Nós fomos embora por volta da uma e meia da manhã. As ruas além de desertas, agora eram escuras. Um vento forte soprava, carregando folhas e galhos para todos os lados. Era um tempestade que se aproximava. Levei Blaine até a sua casa, para que ele não fosse atingido por nenhum objeto voador.

A casa era bem simples, um único andar, branca com as janelas escuras. Um quintal cheio de orquídeas e petúnias, de todas as cores. Nos despedimos com um simples “até logo”. Esperei que ele entrasse, uma das luzes do canto acendeu e vi Rachel espiar entre as cortinas. Eu sorri e fui embora.

–R

Eu sabia que em algum momento eu iria me arrepender de ter ficado até tarde. O pior não foi escutar um pequeno discurso da Sra. Elizabeth por ter chegado depois da meia noite, o pior era levantar no dia seguinte e ir para a escola. Eu estava com uma dor de cabeça horrível, o que me fez suspeitar do barman, ele deve ter posto álcool em algum dos meus drinks.

Antes mesmo de sair da cama eu já tomei um remédio para enxaqueca. Fitei o teto por alguns minutos, suspirei e tirei as cobertas de cima do meu corpo. Abri a cortina e vi o rastro de sujeira que a tempestade noturna deixou. Milhares de folhas jogadas nas ruas. No meio de tanta sujeira havia uma pequena rosa branca. Parece estupido, mas eu via aquilo como uma mensagem da vida, de que depois de todo o desastre, a beleza retorna.

Me vesti, escovei os dentes e desci as escadas. Finn esperava na porta de casa com a mochila no ombro esquerdo. Passei na cozinha, dei um beijo na testa de minha mãe, cumprimentei a empregada, peguei uma maçã e fui até a entrada da casa.

O carro nos largou no mesmo lugar de sempre e eu encontrei com Rachel logo que entrei na escola. Ela me esperava próximo a porta, como todos os dias. Lhe dei bom dia e caminhamos até nossos armários. Sua expressão foi de feliz para triste em menos de um segundo, na mesma rapidez que a luz do Sol some quando uma nuvem lhe cobre.

– O que foi? – Perguntei e segui seu olhar.

Ela não precisava responder, ou talvez precisasse. Finn estava com Quinn, estavam só conversando, mas estavam muito próximos. Virei a cara e encarei Rachel.

– Eu avisei ele que ela não era coisa boa, ele resolveu arriscar. – Dei se ombros. – Mal espero pela hora que ele quebre a cara.

– Você não entende a gravidade disso, Kurt. – Rachel sacudiu a cabeça. – Quinn teve uma filha há dois anos atrás, quando ela tinha 16, ela reviu a menina e repensou no caso de ser mãe.

– Nossa, ela é mais psicopata do que eu imaginei. – Arregalei os olhos.

– Kurt. – Rachel me encarou séria.

– Ah não. – Prendi a respiração. – Ela elegeu o Finn como o pai do ano?

– Exatamente. – Um frio percorreu a minha espinha outra vez, senti uma sensação estranha.

– Bom dia. – Blaine apareceu ao meu lado.

– B-Bom dia. – Respondi, ainda mais confuso.

– O que aconteceu? – Blaine arqueou uma sobrancelha.

– Kurt acabou de descobrir que vai ser tio. – Rachel sorriu.

– O quê? – O moreno arqueou ainda mais suas sobrancelhas, se isso era possível, e só agora eu percebi como elas eram triangulares.

– Não vou não. – Disse quase gritando.

– Não sei o que ela viu nele. Ele é todo sem jeito, não é dos mais bonitos, não tem forma física... – Rachel comentou.

Isso era verdade, Finn não estava no peso certo e por ser alto demais era sem jeito. Não tinha atrativos nenhum que chamassem a atenção de Quinn, exceto por um.

Finn também era um príncipe.


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Notas finais do capítulo

Será que a Quinn sabe de tudo?? 'o' 'o' 'o' 'o'
Deixem reviews, oka? Isso me anima pra escrever.
até a próxima, xoxo'



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