Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 6
"La planque..."


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, eu sei. Mas eu estava em semana de provas na escola. Me desculpem, me desculpem mesmo.
Obrigada, Laura pela recomendação, tu é uma ma belle



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6

Rachel ficou até o Sol se pôr, o trabalho estava feito e pronto para ser entregue. Mas eu ainda tinha um trabalho a fazer, explicar para a dona Elizabeth quem era a garota agarrada ao meu braço quando ela chegou na nossa sala de estar. Pode parecer algo simples, mas quando se trata dos Hummel, nada é simples.

Como já lhes disse, tive minha admiradora secreta há alguns anos. Não foi tão normal quanto a de Blaine. A minha admiradora me seguia, mandava cartas direto para a minha casa e sempre que podia, me agarrava nos corredores. Eu sempre achei um jeito de fugir, mas só tive paz quando saímos da cidade.

É compreensível a preocupação de minha mãe, com a promessa de entregar um filho puro ao altar, ela não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça. Eu nunca beijei uma garota, nem sei como é a sensação. Nem sequer sei como é gostar de alguém. Isso só prova a vocês que nem todo príncipe tem uma vida perfeita.

Mas muitas vezes eu penso que ser alguém longe do mundo amoroso é melhor. Tem tanta gente querendo a morte por causa de um coração partido. Eu jamais chegaria a esse ponto. Desde pequeno já me vejo casado com essa princesa, então nunca me imaginei sem ela, seja ela como for.

– Kurt, quem era aquela garota? – Perguntou logo que fechei a porta atrás de Rachel.

– Uma colega de classe, mãe. – Disse e lhe abracei. – Apenas um trabalho escolar, nada demais. – Sorri.

– Você sabe o sufoco que passamos com a última colega de classe. – Ela me olhou séria.

– Aquilo não era uma colega de classe, era o diabo em pessoa. – Disse e ela riu. – Rachel é a única garota que não me olhou estranho naquela escola.

– Ah, Petit Prince, tudo o que eu mais quero é que você se acerte em algum lugar desse mundo. – Ela colocou sua mão sobre minha bochecha.

– Eu sei e é isso que estou tentando fazer. – Lhe dei um beijo na testa e subi as escadas.

Antes de entrar em meu quarto eu resolvi trocar uma palavrinha com meu querido irmão mais novo. Ele me devia algumas explicações. Entrei em seu quarto sem bater e ele estava ao telefone, sinalizou com o dedo que desligaria em um minuto.

– Tudo bem, claro... – Ele me olhou e suspirou. – Até mais, Quinn.

Ele largou o celular em cima da cama.

– Quinn? – Cruzei os braços e lhe encarei. – O que eu lhe...

– Eu sei o que disse, e eu disse que descobriria sozinho se ela uma pessoa boa. – Ele sentou na poltrona próxima a cama.

– Então, já viu quem ela é de verdade? – Sentei na ponta da cama.

– Já, uma adolescente comum querendo chamar a atenção. – Ele olhou nos meus olhos. – Ela não é má, Kurt.

– Finn, eu estou tentando te avisar que essa garota não é coisa boa. – Ele revirou os olhos.

– E eu estou tentando te dizer que recuso o teu conselho. – Levantei da cama.

– Sabe, as vezes para provarmos que estamos certos precisamos deixar as pessoas quebrarem a cara. – Abri a porta e saí logo em seguida.

–//-

Eu já estava de pijama e caminhando até a minha cama quando meu celular tocou. Atendi no segundo toque, nem olhei para o visor. Apenas três pessoas poderiam me ligar e duas delas estavam na mesma casa que eu.

– Alô? – Disse sentando na cama.

– Kurt? – A voz familiar soou do outro lado. – Tudo bem?

– Ah, Blaine, oi. – Eu estava surpreso de ser Blaine, ele não era uma das três pessoas. – Rachel te deu meu número?

– Sim, tem algum problema? – Ele pareceu nervoso.

– Não, de jeito nenhum. – Sorri.

– Ah, ótimo. – Parecia que eu podia ouvir o seu sorriso. – O que está fazendo?

– Estou deitado na minha cama, pronto para dormir. – Encostei a cabeça sobre o travesseiro.

– Então pode se levantar, vestir uma roupa, porque vamos sair. – Sua voz soava excitada.

– Blaine, é segunda feira. – Eu disse entre risos.

– E daí? Quando o dever chama ele não verifica o dia da semana. – Ele riu.

– Dever? – Arquei uma sobrancelha.

– Apenas se vista e vá para a frente da mansão onde a sua mãe trabalha. – Ele parou por um momento. – Rachel me conta muitas coisas. – Eu ri e consegui ouvir sua risada do outro lado da linha.

Eu desliguei e corri até o closet no canto do quarto. Vesti uma das minhas blusas pretas dos Beatles e uma calça jeans. Peguei meu celular e fui até a última porta do corredor.

– Mãe? Eu vou sair, tudo bem? – Ela estava sentada em frente a sua estante, escovando seus cabelos.

– Onde você vai a uma hora dessas? – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Vou sair com um amigo, eu vou ficar bem. – Disse tentando tranquiliza-la.

– Tudo bem. – Ela suspirou e depois riu pela minha expressão de surpresa.

– Tudo bem? – Perguntei para me certificar de que tinha ouvido direito.

– Tudo bem, eu tenho que deixar você explorar o mundo, Pettit Prince. – Ela sorriu. – Mas vá com um dos carros do seu pai.

Eu suspirei, porém concordei.

Desci até a garagem e escolhi o carro mais simples. Todo preto e era o modelo de uns dois anos atrás. Enquanto saía da garagem pensei na desculpa que daria para o carro.

Há pouco eu tinha saído quando vi os cachos pelo retrovisor. Ele parou ao lado do carro e olhos para os lados, suspirou e foi em direção a porta de entrada. Eu abaixei o vidro do carro e lhe espiei.

– Procurando alguém? – Ele virou surpreso e sorriu.

– Um carro? – Ele veio na minha direção com a sobrancelha arqueada.

– A dona da casa me vê como um filho, e só deixou eu sair de carro. – Ele abriu a porta do passageiro e entrou.

– Adorei a ideia. – Ele colocou o cinto de segurança e parou.

– Para onde vamos? – Ele sorriu.

– Eu vou te guiar até lá. – Ele olhou para a frente e em seguida eu liguei o carro.

–//-

Depois de mais ou menos quinze minutos entrando em ruas desertas, finalmente chegamos ao nosso destino. Não sei como ele pretendia vir a pé até aqui. Atravessamos metade da cidade, no mínimo.

– Um bar? – Olhei para o aglomerado de gente na porta.

– Não é um bar comum. – Ele tinha um brilho nos olhos. – É o Dreamer. – Ele saiu do carro.

– O que esse bar tem de especial? – Perguntei saindo do carro e parando ao seu lado.

– Ele tem cultura. – Ele pegou minha mão e me puxou para dentro do local.

Logo que eu entrei pude perceber o que aquele lugar tinha de especial. As pessoas, de todos os tipos. O ambiente era muito aconchegante. Mas o que mais chamou minha atenção foi o pequeno palco no meio do salão, e o piano preto sobre ele.

– Blaine? – Chamei-o.

– Segundas e quintas são as noites do piano. – Ele tinha um sorriso largo, do tipo que fazia seus olhos diminuírem. – Todos aqui tocam piano. – Ele apontou para o ambiente inteiro.

– Por que eu estou aqui? – Sussurrei.

– Por dois motivos. – Ele apontou um dedo. – Um: Você está aprendendo piano. – E apontou dois dedos. – Dois: Eu nunca tive com quem compartilhar esse lugar.

– Está me dizendo que sou o primeiro que traz aqui? – Sorri.

– Sim. E provavelmente será o único. – Ele mantinha o sorriso. – Esse será o nosso esconderijo. – Ele sussurrou próximo a mim.

– Nossa Batcaverna? – Gargalhei.

– Nossa Batcaverna. – Ele riu. – Então, Sr. Bruce, pronto para subir no palco?

– O quê? – Meu coração acelerou. – Ficou doido? Eu só sei tocar brilha brilha estrelinha, sabe o quão humilhante isso vai ser? – Ele riu.

– Quem disse que vai sozinho? – E mais uma vez ele pegou minha mão, mas desta vez ele me arrastou até o palco.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Quem está ansioso para ver Klaine tocando junto?
Até a próxima... xoxo'



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