Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 4
"Le diamant couleur rose..."


Notas iniciais do capítulo

Olá, ma belles. Desculpem pelo atraso, acabei ficando sem o notebook ontem e não consegui postar. Mas aqui está, aproveitem. ^-^



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5

– É incrível como você aprende rápido. – Blaine estava sentado ao meu lado no piano, completamente chocado.

– Quatro aulas e já consigo tocar uma música completa. – Sorrio. – Uma de verdade.

– Eu levei em torno de seis a sete aulas. – Ele olhou para baixo.

– Isso não significa que eu seja melhor que você. Só estou nesse nível porque tenho um ótimo professor. – Ele sorri torto.

– Vamos, temos aula agora. – Ele da um tapinha em meu ombro e se levanta.

Eu já estava havia uma semana nessa escola. Eu já sabia quem era uma boa companhia e quem não, bem, que Blaine e Rachel eram uma boa companhia, e o resto nem tanto. Limitei as minhas conversas aos dois.

Paramos no armário de Blaine para ele pegar alguns livros. Eu me apoiei no armário do lado, olhando as pessoas que passavam. Meninas de roupas curtas, meninos de roupas justas, meninas de roupas mega largas, meninos que pareciam nem ter se olhado no espelho antes de sair. Espera, esse sou eu.

– De novo não. – Blaine tirou um papel do armário.

– O que foi? – Arranquei o papel da mão dele antes que ele colocasse fora.

Secretamente, eu ganhei na loteria
Porque você é mais brilhante que todas as auroras
Você fala comigo, mesmo em meus sonhos
Não o deixaria ir nem pelo mais alto preço.

– Com amor, sua admiradora secreta.

– Ai meu Deus, Blaine, você tem uma admiradora. – Eu comecei a rir e ele arrancou o papel da minha mão.

– Sim, desde o ano passado. – Ele fez uma bolinha e jogou no lixo.

– Nunca ficou curioso em saber quem é? – Ele me encarou sério.

– Quem disse que eu não sei? – Ele cruzou os braços.

– Quem é? – Me aproximei sussurrando, ele riu.

– É a Hazel da nossa turma de cálculo. – Arqueei uma sobrancelha. – A ruiva.

– Ah, sim. – Concordei com a cabeça e comecei a andar até a sala. – E você não gosta dela?

– Não. – Ele suspira.

– Por quê? – Eu paro e seguro seu braço.

– É complicado. – Ele olha para o chão.

– Você é gay? – O olho espantado.

– N-Não! – Ele me olha assustado. – Quer dizer, não sei. Nunca senti atração por alguém.

– Nossa, isso é novidade. – Eu sorrio.

– Não conte isso pra ninguém, tudo bem? – Ele suspira e sai andando pelos corredores.

– Claro.

–//-

Depois de saber da grande novidade de Blaine, não pude deixar de notar Hazel com mais atenção. Ela era muito bonita, ruiva, um corpo de dar inveja em qualquer líder de torcida. Porém ela não ligava muito para as aparências, já que se vestia de um modo completamente relaxado.

Ela passou a maior parte da aula olhando para Blaine. É claro que ele iria saber, as pessoas pensam que não sabemos quando elas nos observam? Nós sentimos o olhar pesar em nossas costas. Eu entendo Blaine completamente. Já tive minha pequena admiradora, ela era linda e eu até pensaria em lhe dar uma chance, porém como diz a lenda, pessoas com casamentos prometidos no nascimento não podem se dar ao luxo de ter uma namorada na adolescência.

Eu poderia esconder da minha família, mas não consigo ser tão desleal. Honestidade e fidelidade são duas coisas que correm em minhas veias junto com meu sangue. Jamais conseguiria mentir para minha mãe.

Quando o sinal tocou eu segui até meu armário, porém fui detido no meio do caminho por uma discussão. A garota com um colar de estrela, cabelos ondulados e castanhos como os olhos estava com uma expressão de espanto, enquanto a loira gritava para ela.

– Eu sei que você roubou. – Os berros cortavam o ar em minha volta.

– Eu não fiz nada. – Rachel ficava olhando para os lados, até que me encontrou.

Eu fui para o seu lado e a loira, que agora podia reconhecer como Quinn, a líder de torcida mais desejada da escola, me fitou. Ela voltou o olhar para Rachel e repetiu suas palavras aos berros.

– Aquele anel era um presente do meu pai. – Ela avançou em Rachel, eu a empurrei e lhe encarei.

– O que você pensa que está fazendo? – Eu gritei e todos a nossa volta pararam o que estavam fazendo.

Não era comum alguém enfrentar a manda chuva. Eu nunca gostei desses rótulos e não seria agora que eu iria respeitar a hierarquia do colegial.

– O que você pensa que está fazendo, novato? – Ela me olhou dos pés a cabeça. – Ninguém te explicou como as coisas funcionam por aqui?

– Você é a Rainha deles, não a minha. – Sua expressão mudou rapidamente, de desdém para raiva.

– Você vai defender ela? – Quinn cruzou os braços.

– Defendê-la do que? – Franzi o cenho.

– Rachel roubou meu anel. – Pude perceber que Rachel prendeu a respiração.

– E-Eu não roubei nada. – A baixinha estava completamente espantada.

– Rachel, você roubou? – Lhe perguntei e ela negou com a cabeça.

– Mentirosa! – Quinn berrou novamente.

– Por que ela mentiria? – Olhei para a loira.

– Quem assumiria a culpa? Era um anel muito importante para mim, além de ter sido presente do meu pai, continha o diamante mais valioso do mundo. – Eu comecei a rir, e todos me olharam espantados.

– Isso é impossível. – Balancei a cabeça negando e ainda sorrindo. – O diamante mais valioso, o Pink Dream, pertence à Elizabeth, uma rainha. – Que eu conheço como mãe. – Uma rainha de verdade.

Esse anel está na minha família por gerações, passando de filha para filha. Como minha mãe não teve uma menina, ela daria o anel para a primeira noiva, no caso, a minha noiva.

– Não mesmo, quando meu pai me deu ele disse que era o mais valioso.

– Ele mentiu para você. – Eu ainda sorria, o que deixava a loira ainda mais furiosa.

– Não interessa, ela ainda é uma ladra. – Ela apontou para Rachel, que também tinha um sorriso no rosto.

– Sabe de uma coisa, Quinn? – A loira se espantou por Rachel estar com a voz tão confiante. – Eu tenho pena de você. Eu não roubei seu anel idiota, nem teria porque fazê-lo. Você só fez esse show todo para chamar atenção, e é só isso que você faz. Eu imagino que seus pais não lhe dão o carinho necessário, podem te dar diamantes e tudo de mais caro, mas é a falta de carinho que te transformou nessa pessoa fria.

Rachel ainda sorria enquanto a loira ficava cada vez mais vermelha.

– Eu realmente tenho pena de você. – Todos a nossa volta estavam espantados. – Pode me acusar de roubar seu lindo carro, seu anel, o que quiser. Minha consciência continuará limpa, cristalina como as águas do mar caribenho.

Quando Rachel deu as costas para Quinn e saiu pelas portas da escola, o ar passou a se tornar frio e as pessoas voltaram a suas atividades. A loira ainda estava estática.

– Parece que você também não é a rainha dela. – Eu falei e ela me olhou imediatamente. – Nunca acuse alguém inocente, cedo ou tarde a verdade aparece. – Dei dois passos em sua direção. – E a propósito, da para ver o anel no seu bolso. – Sussurrei em seu ouvido.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima, xoxo'



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