Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 17
"Le mariage a été annulé...."


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Capítulo para a Yasmin, porque sim



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17

Quando amanheceu, olhei para a fresta de luz que escapava das cortinas. Uma semana. Era apenas isso que separava o Hummel solteiro do Hummel casado. Suspirei pensando que poderia estar chegando em New York nesse momento, mas eu estava aqui.

Troquei de roupa, escovei os dentes e desci as escadas até a sala de jantar, onde todos estavam reunidos para o café da manhã. Assim que entrei no cômodo todos os olhares voltaram para mim. John revirou os olhos ao me ver e sorriu com desdém. Blaine me olhou surpreso.

Sentei-me ao lado de Burt, os serviçais serviram-me e não falei com ninguém. Senti um cotovelada na minha costela do lado esquerdo. Olhei para meu pai e ele estava com uma sobrancelha arqueada.

– Blaine parece surpreso em te ver. – Ele sussurrou.

– O que isso tem demais? – Voltei a olhar para minha comida.

– Deve ser pela mala que encontrei na porta hoje de manhã. – Ele me olhou sério.

– Droga, esqueci completamente. – Coloquei a mão na testa.

– Kurt, você ia fugir? – Ele continuava me olhando sério.

– Ainda estou aqui, não estou? – Levantei-me e saí.

Subi até meu quarto mais uma vez e deitei-me. Fechei os olhos e ouvi a porta abrindo. Suspirei e manti meus olhos fechados, não estava com nenhuma vontade de conversar com meu pai, não queria falar sobre Blaine com ele.

– O que aconteceu? – Sentei-me rápido.

– Blaine, você está maluco? – Levantei-me e fui até ele. – Me diga que você não saiu logo após.

– Saí, e ainda cumprimentei o seu pai. – Ele cruzou os braços. – Kurt, o que aconteceu? – Ele estava sério.

– Hoje é o dia das pessoas me olharem sérias? – Revirei os olhos e me joguei na cama. – Eu não fui embora.

– Jura? Eu nem reparei. – Ele se mantinha em pé na minha frente, os braços ainda cruzados e a expressão ainda séria.

– John me convenceu a ficar. – Por um segundo vi confusão passar em seus olhos.

– John? O que ele tem ver com isso? – Ele não tinha mudado sua posição, ainda sério, mas agora a mandíbula estava rígida.

– Ele me viu ontem a noite, e nós conversamos e ele me convenceu a ficar. – Dei de ombros.

– Um garoto esnobe, mesquinho chega em um dia e você já dá ouvidos a ele? – Ele olhou em direção a janela, agora seus punhos estavam fechados.

– Blaine, ele só me disse o que era certo a fazer. – Ele me olhou e sorriu irônico.

– É, com certeza. – Levantei-me para ir em sua direção.

– Olha, eu não fui embora, mas ainda vou dar um jeito nisso. – Tentei pegar suas mãos.

– Não sei se isso é uma boa ideia, Príncipe. – Ele me encarava, ainda sério.

– Qual o problema, Blaine? – Me aproximei e ele se afastou.

– Talvez seja melhor você se casar com Rachel, é mais fácil para todos. – Fiquei pasmo. – E é a coisa certa a se fazer.

Antes que eu pudesse lhe impedir, ele já havia saído do quarto. Eu sentia meu corpo inteiro gelado. O que tinha acabado de acontecer? Blaine havia posto um ponto final em nosso caso? Ele estava desistindo de nós?

| R |

Eu acabei caindo no sono mais uma vez, horas depois fui acordado por Elizabeth.

– Eu disse para você cuidar dos nossos convidados. – Ela arrancou as minhas cobertas.

– Achei que era só ontem quando eles chegaram. – Sentei-me sonolento.

– Você tem que colaborar, Kurt. – Ela parou na minha frente e me encarou séria.

– É, hoje é definitivamente o dia “Encare o Kurt Hummel”. – Revirei os olhos.

– Quem te encarou hoje? – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Ninguém.

Como já estava com uma roupa adequada, apenas desci as escadas e fui até a sala. Assim que cheguei John saiu da cozinha, com outra taça na mão. Dessa vez era champagne, fiquei tentado em lhe pedir um pouco, talvez o álcool me ajudasse com esse dia.

– Ah, aí está o Príncipe. – Ele sentou ao meu lado.

– Elizabeth mandou tomar conta de você. – Cruzei os braços e recostei-me no sofá.

– Acho que deveria tomar conta do seu amado, ele estava meio fora de controle hoje de manhã. – Lhe olhei surpreso.

– Como? – Ele riu com desdém. Era só isso que ele sabia fazer?

– Você não está sabendo. – Ele manteve o sorriso em seus lábios. – Blaine Brócolis invadiu meu quarto essa manhã.

“Eu estava no meu quarto, fingindo ler um livro e fazendo absolutamente nada. Viajando em meus pensamentos, então a porta abriu com um estrondo. Eu olhei e vi o senhor Brócolis parado e me encarando como se eu fosse um criminoso repulsivo.

– Qual o seu problema? – Ele fechou a porta e então parou à minha frente.

– Eu não tenho problemas nenhum, já você. – Olhei-o dos pés a cabeça.

– Por que teve que se meter nos meus planos com Kurt? – Ele estava vermelho, e os punhos cerrados.

– Eu não me meti, apenas conversei com ele. Não tenho culpa que ele resolveu seguir meus conselhos. – Voltei a olhar para meu livro, apesar de não o estar lendo, percebi que isso irritava o senhor Brócolis.

– Você sabia que arruinou minha vida? – Ele acabou se aproximando, e ele não é nada intimidante.

– Mesmo? – Olhei em seus olhos.

– Sim. – Ele estava vermelho. – Eu poderia estar indo encontrar o Kurt nesse momento, longe dessa bagunça.

– Você não sabe nada sobre a realeza, faz poucas semanas que está nesse mundinho. – Levantei-me e lhe encarei, mas ele é bem mais baixo do que eu. – Kurt não conseguiria viver um dia sem pensar que abandonou a família, que abandonou o povo que esperou todos esses anos por ele.

– Ele ia esquecer disso tudo quando estivessemos juntos. – Ele disse convencido.

– Não, ele não ia. Por mais que o amor seja forte, Senhor Brócolis, as suas origens são mais. É o sangue azul dele que faz dele um ser vivo capaz de te amar. – Caminhei até a porta e a abri.

– O coração bombeia o sangue, enquanto ele estiver apaixonado por mim, o coração dele vai bater. – Confesso que essa parte me tocou, percebi que ele estava mesmo apaixonado por você.

– Exatamente, Brócolis, quanto mais ele te ama, mais o coração bombeia sangue, mais sangue azul. – Fiz sinal para ele sair, e ele se aproximou da porta.

– Não me chame de Brócolis. – Ele estava passando pela porta.

– E você sabe que o coração tem batidas limitas, não sabe? Se eu fosse você não ficaria feliz por fazer o coração do príncipe bater mais forte, isso significa que você o está matando. – Ele ficou pasmo me olhando, então eu fechei a porta.”

– E-Eu não entendo, quando ele saiu do meu quarto hoje, ele deu a entender que estava desistindo de nós. – Parei olhando para o nada.

– Ele está com ciúmes, raiva e decepcionado. – John tomava tranquilamente sua champagne. – Ele não consegue suportar as realidades que eu lhe digo, pobre criança. – Então ele levantou.

– Onde você vai? Tenho que cuidar de você. – Levantei-me junto.

– Eu vou tomar banho, e não quero a sua companhia. – Ele tomou o último gole. – E você é suspeito para ficar perto de um cara pelado. – Então ele subiu as escadas enquanto minhas bochechas queimavam.

| R |

Fui até o quarto de Blaine, a porta estava fechada. Abri com cuidado e encontrei um homem jogado na cama, as mãos sobre o rosto. Observei a cena, passando meu discurso em minha mente. Entao ele tirou as mãos do rosto, seus olhos vermelhos.

– Blaine, por que você foi falar com o John? – Ele virou para o lado contrário.

– Pior erro que já fiz. – Sua voz estava rouca.

– É por causa dele que você está chorando? – Arqueei uma sobrancelha.

– Não, é por causa da sua mãe. – Sentei na beirada da cama e coloquei a mão em sua cintura.

– Queria muito saber o motivo de você ter dado a entender que estava desistindo de nós, depois dar um surto de ciúmes com o Vichenzo. – Suspirei e então ele me olhou. – O que minha mãe fez?

– Primeiro, eu estava bravo por você ter ficado por algo que aquele cara lhe disse, - Ele sentou e ficou de frente para mim. – eu jamais desistiria de você. – Então eu peguei a sua mão. – Sua mãe pediu para eu tocar em seu casamento, o hino de Costa Étoile enquanto Rachel entra.

– Ela não fez isso. – Ele me abraçou, senti seu rosto vermelho.

– Já é horrível ver vocês se casando, e agora eu vou ter que tocar músicas enquanto vocês trocam votos. – Apertei o abraço.

– Ela não podia estar falando sério. – Blaine afundou o rosto em meu pescoço.

– Ela ameaçou me expulsar do casamento se eu me recusasse. – O som saiu abafado.

Então eu me separei do abraço, levantei e desci as escadas correndo. Elizabeth estava no jardim, observando suas rosas. Ela parecia estar tomando uma decisão, muitos serviçais estavam a sua volta.

– Kurt, que bom que está aqui. – Ele sorriu. – Quais rosas você acha melhor, branca... – Eu lhe interrompi.

– Por que você pediu para Blaine tocar em meu casamento? – Ela me olhou confusa.

– Por que não? – Ela se aproximou.

– Kurt. – Ouvi meu pai se aproximando ao meu lado.

– Ameaçou expulsá-lo se ele se recusasse? – A fúria estava subindo em meu corpo.

– Kurt. – Ouvi meu pai mais uma vez.

– Querido, eu não posso discutir isso agora. Falamos mais tarde. Tenho que decidir as flores do casamento. – Ela virou para os vasos.

– Não vai haver casamento. – Ela virou-se, furiosa.

– Kurt Hummel, você não tem escolha. – Ela largou a rosa que tinha em mãos.

– Cansei de ser o seu boneco, ser um fantoche que você decide tudo o que acontece na minha vida. – Ela se aproximou.

– KURT! – Meu pai parou ao meu lado.

– EU NÃO ME CASAREI COM RACHEL. – Então todos estavam me olhando, apavorados. Meu pai me encarava assustado, meus olhos encheram de lágrimas, todos resolveram sair e ver o que acontecia. – Você se diz uma excelente mãe, mas não conhece o próprio filho.


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Notas finais do capítulo

COMO ASSIM, KURT, TU TA MALUCO?
hehe
Até semana que vem. ^-^