Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 14
"Le frère perdus..."


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE LINDAAA!
Voltei, agora eu tenho internet e terei pra sempre.
Boa leitura.



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14

O salão estava em completo silêncio. Todos os olhos voltados para o homem no terno azul marinho. Ele dizia ser meu tio, e o único problema disso é que eu não tinha um tio. Elizabeth estava em choque, ela caminhou até a frente do homem e ficou parada lhe encarando.

– C-Charlie? – O salão inteiro prendeu a respiração, esperando.

– Olá, Elizabeth. – Ele sorriu. – Aproveitando o nosso reino?

– O que aconteceu com você? Mamãe a papai ficaram tão preocupados, eles te procuraram em todo lugar. – Ela tinha a mão na boca e sua voz soava como um sussurro.

– Procuraram? – Ele arqueou uma sobrancelha. – Não foi o que me pareceu.

– É claro que procuraram. – Ela esticou a mão para tocar em seu rosto.

– As pessoas que me criaram disseram que fui abandonado pela minha família, e elas disseram que eu deveria lutar pelo que é meu. – Mais ou menos dez homens invadiram o salão, carregando armas.

– Charlie, era você esse tempo todo? – Elizabeth começou a chorar.

– GUARDAS! – Grtiou Burt.

– Ninguém irá se machucar, se eu tiver o que é meu por direito de volta. – Os homens armados se colocaram ao seu lado.

– Ninguém nunca te abandonou, Charlie, você foi sequestrado quando era criança, seus pais lhe procuraram em todo lugar e ficaram devastados quando não lhe encontraram. – Burt disse encarando Charlie.

– Burt, você realmente acha que vou cair nessa? – Então ele tirou uma arma escondida no blazer e atirou sem pensar duas vezes.

– BURT! – Ouvi o grito de Elizabeth.

E quando olhei em sua direção, ele estava jogado no chão, sem nenhuma marca. Ao seu lado, outro corpo e junto a ele uma pequena poça de sangue. Os convidados deram gritos de pavor, Burt se ajoelhou ao lado do homem caído e só quando ele o virou o corpo que eu percebi que era Blaine.

– Oh meu Deus. – Larguei a mão de Rachel e corri até Blaine. – Oh meu Deus.

Eu estava tremendo. A bala havia atingido seu braço esquerdo, ele estava perdendo muito sangue. Coloquei as mãos em seu rosto, tentando mantê-lo acordado. Uma batalha estava sendo travada entre nossos guardas e os homens do General Charlie, mas tudo o que eu via agora era Blaine perdendo suas forças.

– Kurt, foi um prazer poder ter passado esse mês com você. – Sua voz estava rouca.

– Cale a boca, você não vai morrer. – Ele sorriu e fechou os olhos. – Não, Blaine, não durma. – Comecei a sacudi-lo, mas já era tarde.

– Kurt, deixem que o levem. – Burt puxou-me pelo braço.

Eu estava com as mãos sujas de sangue. Rachel estava em um canto, branca e apavorada. Eu vi guardas a levando para cima, e um deles veio até mim. Eu corri na direção do General, e no momento que ele me viu, eu acertei um cruzado em seu rosto.

Então tudo ficou escuro e eu não me lembro de mais nada.

| R |

Eu abri os olhos e uma luz quase me cegou. É assim que as pessoas se sentem quando estão partindo desta vida? Vi uma figura no meio de toda aquela luz, era Rachel, sem a coroa e sem o vestido azul. Estava com sua roupa comum. Ela parecia preocupada.

– Kurt? – Então o mundo entrou em foco. Eu estava no meu quarto, minha cabeça latejava e havia um curativo nela.

– O que aconteceu? – Coloquei a mão ao lado da cabeça.

– Bom, você deu um grande cruzado no General, ele desmaiou e todos os homens dele vieram pra cima de você. – Ela sentou aos meus pés.

– E como ainda estou vivo? – Franzi o cenho e me arrependi de imediato. Coloquei a mão na testa.

– Finn foi com os guardas até você, ele te tirou de lá. – Ela ainda parecia preocupada.

– E como ele está? E Blaine? – Sentei-me depressa e o mundo girou.

– Vá com calma, ainda precisa se recuperar. – Ela baixou a cabeça. – Blaine perdeu muito sangue, mas ainda está vivo. Finn não sofreu nem um arranhão. – Ela deu um pequeno sorriso. – Sua mãe queria falar com você quando acordasse, mas não acho que ainda esteja bom para isso.

– Eu estou ótimo. – Levantei-me e caminhei até a sala de estar.

Mas a verdade é que não estava ótimo, enquanto descia as escadas acabei ficando tonto. Por sorte Rachel estava me seguindo e conseguiu impedir que eu caísse e rolasse até o último degrau. Ela me encarou com olhos de desaprovação e eu acabei rindo.

– Eu disse que você não estava bom ainda. – Ela colocou a mão na minha cintura e chegamos até Elizabeth.

Ela estava com Burt e Finn na sala de estar, todos com expressões preocupadas. Ouvi gritos vindos da sala ao lado, reconheci a voz, era Charlie, meu suposto tio desaparecido por quase trinta e cinco anos.

– Kurt, que bom que está acordado, precisamos conversar. – Ela levantou-se e me abraçou.

– Antes de mais nada, gostaria de agrader ao meu irmão. – Sorri para ele, mas ele não sorriu de volta. – O que foi?

– Kurt, temos problemas. – Ele disse sem fazer nenhum som.

– Tragam Charlie. – Disse Burt.

Eu estava sentado no sofá, com Elizabeth de um lado e Rachel do outro. Os guardas abriram a porta da sala de onde vinha os gritos e então colocaram Charlie em uma cadeira à nossa frente, algemado.

– Charlie disse que tem algo muito importante a dizer, mas só concordou em dizer na sua presença, Kurt. – Elizabeth pegou minha mão.

– Olá, Príncipe. – Ele sorriu debochado. – Pronto para ter sua vida virada de pernas pro ar?

– Fale logo o que tem a dizer, Charlie, não temos o dia todo. – Burt disse impaciente.

– Eu preciso fazer o suspense antes de lhes largar essa bomba. – Ele sorriu.

– Não tem como as coisas piorarem, acredite. – Lhe encarei.

Ele sorriu como se quisesse fazer uma aposta, apostar que ele conseguia piorar a situação. Eu não duvidava que ele conseguia, antes de toda a confusão da noite passada, ele disse algo sobre as mentiras da Rainha Amélia. E se Rachel e Blaine não são os herdeiros? Eu não conseguia pensar em nenhum outro motivo para tanto suspense.

– Caro, Príncipe, a vida sempre pode piorar e você sabe disso. Você cresceu sabendo dessa princesa, que teria que casar com ela, mas a vida foi muito cruel com você, fez você se apaixonar pela pessoa errada. – Ele sorriu malicioso.

– O que você quer dizer?

– Disse Elizabeth.

– Oh, sua mãe não sabe que você teve um pequeno caso em Ohio? – Ele sorriu. – Sim, eu estive observando vocês todos esses anos.

– E por que não nos atacou, então? – Perguntei com a respiração fora de ritmo.

– Não quero vocês mortos, eu quero o castelo. – Ele parou pensativo. – Eu tenho uma pergunta, Kurt, e quero que pense sobre ela. Você não pensou que haveria um motivo para que a Rainha Amélia quisesse segredo sobre o filho mais novo?

– Claro, ela pensava em protegê-los, e todos iriam procurar por uma menina apenas, e aquelas que tivessem um irmão saíram da lista de possibilidades. – Respondi imediatamente.

– Isso é uma boa versão, mas não era por isso. – Ele sorriu. – Quero que escutem muito bem, pois não vou repetir e não vou aceitar os famosos “O QUE?” que as pessoas gritam quando estão chocadas. – Ele respirou fundo. – O primeiro filho de Amélia não é uma menina.

Todos na sala pararam por um minuto, então Burt começou a rir e todos lhe acompanharam, menos Rachel e eu. Eu encarei o General, como se ele estivesse louco. Ele sorria irônico, esperando que todos percebessem a gravidade do que ele falava.

– Isso não é possível, nós vimos a menina quando ela nasceu. – Elizabeth disse rindo a Charlie. – No dia 12 de outubro nós a vimos, e ela nasceu no dia 09. – Ela olhou sorridente para Rachel.

– Se era isso que tinha para nos contar, Charlie, obrigado pela diversão. – Então ele chamou os guardas que o levaram de volta a sala ao lado, mas dessa vez cobriram sua boca para que não houvesse mais gritos.

Burt e Elizabeth se abraçaram no meio da sala, talvez aliviados pois não era nada demais. Finn me encarou e então levantou-se e subiu as escadas. Olhei para Rachel e ela estava com o olhar vago.

– Rachel, o que foi? – Virei-me para ela.

– Kurt, - Ela me olhou, os olhos assustados. – eu faço aniversário dia 12 de maio.


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Notas finais do capítulo

MAAAAASOOOOQUEEEEE??? hehe

Feliz Natal, ma belles, um maravilhoso ano novo e que nos planos de 2015 não tenha 'Matar a BabyMurphy'. Amo cada um de vocês por lerem essa história. ^-^
Até ano que vem :3



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