Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 12
"La vérité se fait jour..."


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, cá estou.
Eu estou esperando para postar esse capítulo desde o início da fic *-*
Espero que vocês gostem, amem e surtem.
xoxo



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12

– Kurt, querido, se acalme por favor. – Elizabeth segurou minha mão e pediu para que eu me sentasse.

– Blaine está bem? – Perguntei a Katherine. – E quanto a Rachel? Qual o problema? – Olhei para todos na sala.

– Eles estão bem, Kurt. – Sua voz estava rouca.

– Então qual o problema? – Olhei mais uma vez para todos.

– Querido, deixe ela explicar. – Sentei-me no sofá ao lado de minha mãe, enquanto Katherine sentou na poltrona a nossa frente.

Eu estava tão nervoso que não reparei no papel que ela carregava em mãos, ou no símbolo que estava marcado ali. Meu corpo inteiro gelou.

– Não, não pode ser. – Olhei para Katherine, suplicante. – Me diga que não é o que estou pensando.

– Kurt, lhe contarei o mesmo que contei para a sua mãe. – Ela olhou para meu pai e Finn, e então começou. – Eu sou Londrina, morei lá até meus 25 anos, quando uma mulher bateu à minha porta implorando por ajuda. Ela se chamava Amélia, e precisava de alguém que tomasse conta de seus dois filhos. Um de um ano, e um recém nascido. Ela disse que eles eram herdeiros de um Reino, Costa Étoile. Eu achei que ela era louca, pois nunca havia ouvido sobre este lugar. Mas fiz uma pesquisa sobre e descobri que era verdade. Eu cuidei desses herdeiros desde então. Ela pediu para que eu lhes dissesse que eu era a mãe deles, e que jamais contasse a verdadeira origem deles, a menos que a guerra acabasse e a Princesa precisasse voltar por conta de um compromisso.

“Eu resolvi me mudar para Ohio, por ser uma cidade pequena e escondida, ninguém viria atrás de nós ali. Porém dez anos depois uma senhora bateu à minha porta, e disse que era a avó dos herdeiros. Ela comprou uma casa na nossa rua e todos os dias ela me perguntava como eles estavam, e em um desses dias ela ouviu o piano.”

Eu estava tremendo, isso não podia ser real. Eu achava que as coisas estavam ruins, mas agora elas estão ainda piores.

– Ela pediu para que o garoto tocasse para ela todas as noites, dizia que lembrava do falecido marido. Ela lhe ensinou alguns acordes, que ele passou a tocar todas as vezes que estava triste. Era o Hino de Costa Étoile. – Então eu me dei conta de que os acordes familiares na noite do baile não eram uma música aleatória, e sim o Hino de Costa Étoile. – Quando ela morreu deixou o piano com ele, e junto uma herança para que ele pudesse continuar os estudos. Eles não sabem de nada disso, muito menos que estou aqui. Eles acham que estou em New York, vendo alguma coisa sobre uma bolsa em Juliard.

– Eles não sabem que são herdeiros de um Reino? – Burt estava pasmo. – Isso é insano, as crianças daqui cresceram ouvindo as histórias de Costa Lune e Costa Étoile.

– Eles conhecem a história, falaram dela comigo, mas acham que é uma história fictícia, como uma história da Disney. – Disse sem expressão. – Você pretende contar para eles?

– É óbvio que ela irá. – Burt lhe encarou. – Você não pode esconder isso deles. E a garota tem um compromisso a cumprir.

Foi então que a ficha caiu, eu teria que me casar com Rachel. Eu teria que passar minha vida casado com a irmã do rapaz que eu amo. A vida não poderia ser mais sacana comigo.

– Eu não sei se devo contar. – Ela encara o papel em suas mãos.

– Você tem que contar a eles, Katherine. – Lhe olhei nos olhos. – Você sabe que Rachel tem algo a cumprir, não sabe?

– Amélia deixou nesta carta que o destino dela estava traçado, mas ela não especificou o que, só disse que se tudo desse certo, eu saberia. – Ela me entregou a carta.

A caligrafia de Amélia era linda, e um pouco semelhante a de Rachel. Uma estrela dourada estava ao lado de seu nome, a mesma estrela que Rachel carrega no peito em seu colar. Na carta ela pedia total sigilo sobre as crianças, principalmente sobre o menor. E que contasse a eles sua verdadeira história apenas se o príncipe de Costa Lune estivesse vivo, pois Rachel tinha uma ligação com ele.

– Ninguém sabia sobre Blaine? – Perguntei.

– Nós não sabíamos que a Rainha Amélia estava grávida de novo. – Elizabeth pegou em minha mão. – E na sua última carta, ela dizia ser a última de sua família ainda viva.

– Ela mentiu para proteger os filhos. – Katherine pegou o papel de minhas mãos. – Eu irei volar para Ohio e contar a eles a verdade.

– Katherine, você pode não me mencionar? – Todos me encararam.

– Posso, mas não entendo porque não. – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Acho que será pior se contar a Rachel que ela terá de se casar comigo. – Katherine prendeu a respiração.

– Ela terá que fazer o que? – Ela balançou a cabeça, parecendo não aceitar a ideia. – Oh, coitado do meu menino. – Ela me olhou com uma expressão triste.

Ela sabia sobre Blaine e eu. Um nó surgiu em minha garganta e as lágrimas desceram sobre as maçãs do meu rosto. Elizabeth me abraçou, confusa.

– Kurt, você deveria estar feliz. – Ela pegou minha mão.

– Por que eu deveria? – O nó deixava minha voz rouca e quase inaudível.

– Você se casará com Rachel, afinal. – Olhei para Finn e pude perceber o quanto ele sentia por mim.

– Seria uma pena se não fosse ela quem eu amasse, não é mamãe? – Levantei e subi até meu quarto.

Deitei em minha cama, fechei os olhos e lembrei da noite do baile, da sensação dos lábios de Blaine nos meus. Então a ideia de Rachel e eu passou pela minha mente, nós teríamos que ter filhos e viver o resto de nossas vidas juntos.

– Kurt? – Finn abriu a porta.

– Pode entrar. – Continuei no mesmo lugar, de olhos fechados.

– Quem diria, hein. – Ele sentou ao meu lado.

– Eu preferia ter morrido no lugar do vovô naquela noite. – Abri os olhos e encarei Finn.

– Nunca mais repita isso. – Ele deitou do meu lado. – Eu não iria gostar de perder meu irmão mais velho, se não fosse ele, eu estaria em problemas.

– Como assim? – Virei-me para ele.

– Bom, você me ajudou muito durante esses anos, nunca me deixou sozinho nos lugares novos. E estava certo sobre Quinn, e antes que fale alguma coisa, eu já sabia que ela não era das melhores, mas eu meio que estava começando a sentir algo por alguém, e não queria, então Quinn surgiu e eu aproveitei isso. – Ele estava encarando o teto.

– Por quem você começou a sentir algo? – Ele continuou encarando o teto.

– Isso não importa. – Meu estômago embrulhou.

– A meu Deus, isso só piora. – Levantei-me e parei na janela. – Se não bastasse eu ter que conviver com a mágoa de estar apaixonado pelo irmão da minha noiva, agora carrego a culpa de me casar com a garota pela qual meu irmão está apaixonado.

– Quem disse qu... – Finn sentou na cama, perplexo.

– Ah, por favor, isso não é nenhum segredo. – Suspirei. – Nossa vida é uma completa bagunça, pior que uma novela mexicana.

– Eu nunca vi uma novela mexicana. – Finn franziu o cenho.

– Nem eu, mas Rachel usa essa expressão para dizer que uma coisa é dramática e enrolada demais. – Sorrio e ele também.

– Eu sinto muito por você, maninho. – Ele se levanta.

– Não sinta, pois estamos os dois na mesma situação. – Lhe abracei, e ali ficamos por longos minutos.

| R |

Hoje era um daqueles dias cinzentos, onde o Sol só aparece algumas vezes, quando as nuvens permitem que ele aqueça as pessoas que habitam a terra abaixo delas. Estava fazendo frio, porém não nevava. Era um dia fora do comum, já que era primavera.

Desci para o café e todos estavam sérios. Peguei uma maçã e sentei ao lado de Finn, esperando que alguém desse a má notícia. Todos se mantiveram calados, até que uma criada entrou no cômodo e sussurrou no ouvido de meu pai.

– Pode servi-los no quarto, claro. – Ela acenou positivamente e se retirou.

– Servir quem? – Perguntei e meu pai baixou a cabeça, assim como Finn.

– Rachel e Blaine, eles chegaram nesta madrugada.

E a realidade estava mais próxima do que eu pensava, e eu odiava isso.


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Notas finais do capítulo

Vocês chegaram até aqui? Quem imagina isso?
Mandem reviews, recomendações, emails, pombos.. o que for, mas me digam o que acharam, o que estão achando e o que vocês esperam que aconteça.
E não esqueçam que amanhã tem Açúcar, Rei TheKlainerGuy está de volta!
Até semana que vem,
xoxo