Royals escrita por BabyMurphy


Capítulo 11
"Le visite inopinée..."


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está de volta com uma atualização muito rápida.... EEEU!
Então, eu disse que tinha alguns capítulos já escritos, então resolvi postar devido ao desespero de vocês com o final do último. Não sei se esse vai ajudar ou piorar.
Uma perguntinha antes, vocês traduzem os títulos antes, ou depois, de ler??
Boa leitura



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11

Minha cabeça latejava, em partes pela altitude e em partes pelas horas que passei chorando. Eu nunca tinha sentido nada parecido, achei que ver meu avô ser morto havia sido ruim, mas no momento, ter um coração partido parece o fim do mundo.

Elizabeth quis a todo custo saber o motivo da choradeira, eu apenas disse que as despedidas haviam sido cruéis. Ela chegou a mencionar uma visita de Rachel daqui um tempo em nosso palácio, mas não era por causa de Rachel que eu estava assim, na verdade, nem consegui me despedir de Rachel.

Através de um perfil falso que mantenho nas redes sociais, descobri que de algum modo ela foi eleita a Rainha do Baile. Ela estava fantástica, não fiquei surpreso pelo resultado, fiquei extremamente feliz por ela.

– Kurt, como você está? – Finn sentou ao meu lado.

Estávamos em nosso jatinho, a caminho de Costa Lune. Haviam duas partes, uma onde estavam meus pais, e outra onde resolvi me isolar e deixar eles entenderem aquilo como um ato de rebeldia, e talvez me deixassem voltar para Ohio algum dia.

– Estou maravilhoso. – Disse sem nenhum ânimo.

– Notei o quão animado está. – Ele virou-se pra mim. – Durante anos ouvi você falando sobre Costa Lune, de como era incrível, e como era bonita. De como você corria pelo castelo e brincava com o vovô. Você sempre me disse que queria voltar, que não pertencia a nenhum outro lugar. Agora você está assim, e isso me deixa preocupado, Kurt.

– Não fique, Finn, eu vou melhorar. – Lhe olhei e ele balançou a cabeça.

– Eu vejo você brigando com a mamãe, isso nunca aconteceu. – Ele suspira. – Ela não tem culpa, sabe, ela só pensava no melhor para nós, ela não sabia que você não iria querer essa princesa, muito menos que você não iria querer nenhuma mulher.

– O quê? – Arregalei os olhos.

– Mamãe ligou ontem, queria falar com você, Rachel disse que estava no banheiro, mas não estava, então eu fui ver no auditório. – Ele baixou o rosto.

– O que você viu, Finn? – Virei para encará-lo.

– Meu irmão mais velho em pedaços. – Ele me olhou triste. – Olha, Kurt, eu notei que você olhava diferente para o Blaine, no ínicio achei que era só pela sua obsessão por pianistas, mas então você ficava vermelho toda vez que o via.

– Era tão óbvio assim? – Um frio subiu a minha espinha.

– Para quem te conhece, sim. – Ele sorriu torto.

– E você não acha estranho? – Fitei o chão.

– Não é o comum para nós, sabe, desde pequenos nos ensinam que devemos achar nossas princesas e dar herdeiros a família. Mas não é bizarro, Kurt. – Ele pegou em minha mão. – Você não pode ter medo do que está sentindo, isso é o que você é, o verdadeiro Kurt. O mundo não estaria como está se algumas pessoas não saíssem do comum habitual.

– E-Eu estou há uma semana me sentindo como uma aberração, com medo da mamãe e o papai descobrirem. – Meus olhos encheram de lágrimas. – Estava com medo do que estava sentindo, e me sentia culpado ao mesmo tempo. É errado.

– Não é errado, é incomum. – Finn me puxou para um abraço. – Eu nunca mais quero te ver neste estado, eu farei de tudo para que você seja feliz, afinal, irmãos são para isso.

| R |

Acabei molhando boa parte da camisa de Finn e peguei no sono. Acordei quando o piloto anunciou que iriamos aterrissar. Finn foi trocar de camisa, e eu apertei o cinto. Minha cabeça ainda latejava, e agora minhas mãos tremiam. Olhei pela janela e meu estômago embrulhou. Eu não reconhecia Costa Lune, antes havia uma grande praça no centro, que dava para a entrada do palácio, as casas dos vilarejos ficavam as beiras da praça, e cada conjunto formava um perfeito quadrado. Sempre gostei de vê-la de cima, achava lindo o jeito que as rosas brancas formavam uma Lua no centro da praça. Hoje tudo está cinza, não existem mais casas, e muito menos rosas.

Não é assim que contos de fadas terminam. Eu senti uma dor terrível ao ver nosso castelo destruído, ainda com resquícios de chamas. Sempre que meu pai vinha até nosso reino, ele dizia que ficava no castelo, mas nunca disse que ele estava neste estado.

Petit Prince? ­– Ouvi minha mãe ao meu lado.

– Está tudo destruído. – Coloquei a mão sobre a boca.

– Nós estamos recomeçando agora, meu amor. – Ela me abraçou de lado. – Em breve teremos nosso palácio de volta, inteiro, do jeito que era antes.

– Acho que podemos aproveitar essa reconstrução para modernizar ele um pouco, sabe, trazer um pouco do resto do mundo para cá. – Ela riu.

– Isso é uma boa ideia, precisamos de alguns computadores. – Virei-me para poder olhar em seus olhos.

– Eu te amo, Rainha Elizabeth. – Aparentemente a peguei de surpresa, seus olhos brilharam e ela sorriu.

– Ah, meu pequeno, eu também lhe amo. – Abracei-a como se ela fosse sumir desta vida, e deixei todo o peso que carregava nas costas simplesmente se esvair. – Futuro Rei Kurt. – Sorri ao ouvir isto, mas não sabia se estava realmente contente.

| R |

Uma semana foi o tempo necessário para que nosso castelo estivesse em pé mais uma vez. Foram mais de 200 operários trabalhando noite e dia. E não foi apenas nosso castelo que foi reerguido. Uma equipe ficou responsável por todo o vilarejo, eram centenas de homens e mulheres empenhados em reconstruir uma cidade. As casas foram feitas todas iguais, e seus moradores iriam escolher as cores e a decoração de seu interior.

Elizabeth fez questão que todos os moradores recebessem uma moradia digna, depois de tudo o que passaram. A praça também foi refeita, cheia de rosas brancas formando uma Lua, porém desta vez as rosas tinham um significado. Elas representavam a paz que estava de volta.

O Reino de Costa Étoile também estava se reerguendo, mas não havia ninguém para habtar aquele castelo. Durante esta semana, visitei os sobreviventes de lá, estavam todos contentes em me ver, diziam que sempre tiveram a esperança, e que era uma pena a Princesa não ter sobrevivido.

Eu era a esperança para aquelas pessoas, alguns até mesmo me chamaram de Rei. Eu não sabia se aceitava ser chamado assim, não sabia reagir aos pêsames que recebi pelas mortes da família real de Costa Étoile. Apenas sorria sem jeito, e agradecia.

Todos os dias eu caminhava pelo vilarejo, conhecia mais meu povo e lhes ajudava com o que podia. Depois disso, voltava para o castelo, tomava um banho e ia jantar com a família. Então subia até meu quarto e pensava em dois rostos até pegar no sono.

Porém aquele dia foi diferente, assim que entrei no castelo percebi que havia algo errado. Os criados estavam apreensivos, meu pai estava com uma expressão nervosa. Finn parecia confuso.

– O que está acontecendo? – Perguntei no meio da sala de estar.

– Temos uma visita. – Papai me olhou nervoso.

– Quem é? – E no instante que terminei, a porta atrás deles se abriu.

De lá saíram duas mulheres, uma era minha mãe, e a outra eu reconheci de imediato. Só não conseguia enterder o motivo de sua visita. Meu coração acelerou, minha respiração saiu do ritmo.

– Katherine, o que faz aqui? – Seus olhos estavam caídos, como se ela não estivesse dormindo muito bem.

E devido a sua aparência horrível, e a falta de resposta, acabei entrando em pânico.


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Notas finais do capítulo

AI MEU DEUS, KATHERINE O QUE ACONTECEU?
Vocês vão ter que esperar até o próximo para descobrir e.e
Então, o que acharam? Mandem reviews para eu saber como está indo, e se quiserem deixar recomendações, eu ficaria muito feliz.
Até semana que vem, xoxo ^-^