Um novo olhar sobre uma nova Seleção escrita por Gato de Cheshire


Capítulo 45
Explicações


Notas iniciais do capítulo

O título do capítulo vale para o que vou fazer agora também.
Me desculpem, me desculpem, me desculpem... Eu sinto muito mesmo por toda essa demora. Acontece que nos últimos meses minha vida esteve uma completa bagunça. Primeiro, meu computador estragou e demorou algumas semanas até que percebessem que na verdade o carregador é que não estava funcionando. Então eu tive que comprar um novo carregador, até que chegasse já foram algumas semanas a mais. Passei algum tempo com o computador e o carregador funcionando bem, mas ai meu notebook tinha muito vírus e parou de pegar completamente, percebi que valia mais a pena comprar outro. Até escolher o modelo, comprar e o negócio chegar já foram mais algumas semanas, só chegou depois que minhas aulas já tinham começado. Além disso tudo, eu mudei de cidade esse ano, então minha vida ainda está toda desajustada.
Eu sinto muito, espero que alguém ainda esteja interessado em ler essas loucuras que eu escrevo... farei o possível para que isso não volte a acontecer.



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P.O.V America

Todos ficamos extremamente animados ao saber que Sam já estava acordada, mas tivemos que esperar um longo tempo até que pudéssemos vê-la. Esperamos que Shane explicasse o que estava acontecendo, então que ela comesse... Quando finalmente achamos que os dois iriam aparecer, começaram os gritos. Foram mais alguns torturantes minutos até que ficássemos certos de que era seguro para que August fosse chama-los.

Quando pudemos vê-los, não podíamos ter ficado mais surpresos. Meu filho voltou sem camisa, com uma expressão irritada, o cabelo ainda mais bagunçado do que antes (se é que era possível) e com um corte nos lábios. Por sua vez, Sam vestia apenas a camisa de Shane, seu olhar era de puro ódio e estava corada como se tivesse acabado de correr uma maratona.

–--O que aconteceu com as suas roupas? – indagou Celeste deixando a discrição completamente de lado.

A garota bufou e revirou os olhos, mas nada respondeu. Claramente ela não estava com humor para ter uma conversa.

–--Nós tivemos que cortar as calças dela para cuidar do ferimento. – esclareceu Georgia.

–--Agora, alguém pode me explicar sobre aquele papo lá de tatuagem? – pediu Taylor.

A expressão de Sam passou de carrancuda para confusa.

–--Ela tem uma tatuagem com o símbolo dos rebeldes nortistas. – respondeu Shane seco, sem dirigir seu olhar para câmera.

Observei Samantha levar a mão direita inconscientemente até seu quadril.

–--Meu pai costumava ser um rebelde. – explicou diante de nossas expressões curiosas – Quando meu irmão fez dez anos, ele deu o anel que continha esse símbolo, então eu quis ter algo também. Coincidiu com a época em que minha mãe não queria deixar que eu fizesse uma tatuagem...

–--Você fez só para irritá-la? – questionou Anne descrente.

Sam riu diante da reação de minha filha.

–--Mais ou menos, irritá-la era um bônus. Mas acabou que ela nem descobriu, até hoje ela não sabe que eu fiz.

–--Desculpe me intrometer, mas sua mãe já foi uma grande amiga minha, eu gostaria de entender o que há entre vocês... – falei da forma mais gentil que pude.

–--Nem sempre foi assim – ela deixou um suspiro escapar – Minha família já foi feliz, até... Paul. Depois do que aconteceu, meus pais passaram a brigar com cada vez mais frequência, às vezes passavam semanas sem dirigirem uma palavra ao outro, minha mãe começou a se culpar, achava que se tivesse se casado com o homem que meus avós queriam nada disso teria acontecido... Eles acharam que ter outro filho ajudaria, e durante a gravidez e alguns meses após o nascimento de Phil, realmente funcionou. Mas tudo desmoronou de novo, eles se divorciaram, minha mãe conseguiu nossa guarda por poder pagar melhores advogados, demorou para que eles chegassem a um acordo e eu pudesse ver meu pai novamente. Então ela reencontrou Richard, o cara com quem ela deveria ter se casado, e bem... Ele me odeia, mas minha mãe sempre dá razão para ele.

Em algum momento do relato, meu filho havia deixado que sua expressão suavizasse e dirigiu o olhar a Sam pela primeira vez desde que eles entraram naquela sala.

–--Quem é Paul? O que aconteceu com ele? – Shane perguntou usando uma voz que eu nunca havia visto-o usar antes.

–--Ele era meu irmão mais velho. E ele morreu. – ela desviou seu olhar para o dele. – Ele tinha câncer e nós não podíamos pagar pelo tratamento.

Olhei preocupada para Maxon, eu sabia o quanto aquela história havia incomodado ele desde que Elise nos contara. Meu marido tinha a mesma expressão de quando eu contei que já tinha passado fome. Ele se sentia responsável por tudo o que acontecia em Illéa.

–--Por favor não faça essa cara! – exclamou Sam.

–--Está falando comigo? – Maxon foi pego de surpresa.

–--Ficará mais claro para você se eu acrescentar Vossa Majestade? – falou com desdém levantando uma sobrancelha. – Nem tudo o que acontece é culpa sua sabe? Seria loucura achar que pode resolver os problemas de cada pessoa em Illéa.

–--Como sabe no que eu estava pensando? – indagou incrédulo.

–--Sei que estava pensando nisso porque você é uma boa pessoa e um bom rei também... Vossa Majestade.

Maxon riu.

–--Nunca pensei que fosse ouvir isso de você, senhorita Samantha, na verdade podia jurar que você teria um milhão de coisas ruins para falar de mim e meu modo de governar. E por favor, me chame apenas de Maxon.

Ela sorriu torto, me lembrando o sorriso de meu próprio filho.

–--Como preferir, Maxon. Mas com a condição que me chame apenas de Sam, senhorita não faz muito meu estilo.

–--Temos um acordo então... Sam. Agora, um dos dois poderia me fazer o favor de explicar o porquê fugiram do palácio e quase nos mataram de preocupação?

–--Nós estávamos na garagem, pai. – contou Shane – Não daria tempo de chegar em nenhum dos esconderijos mais próximos.

–--Foi uma escolha sensata, meu filho. – falei com um sorriso orgulhoso no rosto.

–--Fico muito feliz que vocês dois estejam bem. – Justin se manifestou pela primeira vez, com um sorriso sincero.

–--Vocês não sabem os quão loucos de preocupação nos deixaram! – exclamou Marlee com uma risada nervosa e aliviada ao mesmo tempo.

–--Peço minhas sinceras desculpas. – falou Shane com um sorriso divertido.

–--Claro que sim, é tudo culpa sua mesmo. – retrucou Sam.

–--Como pode ser minha culpa?

–--Você que inventou de me levar para aquela garagem estúpida! A Celeste é testemunha.

–--E o que vocês estavam fazendo na garagem? – quis saber Taylor com um sorriso malicioso e travesso.

–--Eu estava mostrando minha moto para Sam, já que ela gosta dessas coisas. – respondeu Shane prontamente – Mudando de assunto, como vamos voltar para o palácio?

–--O aconteceu com sua moto? – perguntou August.

–--Acabou a gasolina e escondemos ela em uma moita.

–--Neste caso vou pedir que Leonard e Destiny venham amanhã e tragam gasolina. Assim eles podem parar, abastecer sua moto e um deles a dirige. Assim vocês podem voltar.

–--Obrigada, August. - Sam agradeceu exibindo um sorriso mínimo.

–--Vamos pedir também que eles passem no palácio antes e lhes tragam novas roupas. – acrescentou Georgia. – Agora, eu vou preparar um chá para você que vai fazê-la apagar em minutos, você precisa descansar.

Ela seguiu para cozinha em seguida, sem dar chances para que Sam retrucasse.

–--Acho que essa é nossa deixa. – Celeste riu – Mas antes, o que aconteceu com seu lábio maninho? Não me diga que a Sam te socou.

–--E acho que eu não conseguiria nem se quisesse, a altura não permite. – comentou Sam, usando as mãos para ressaltar a diferença.

–--Claro... Mas o que aconteceu então? – perguntou Taylor rindo.

Shane levou um dedo aos lábios e só então pareceu perceber o inchaço e o sangramento.

–--Eu... Não sei.

Antes que Celeste, Taylor ou Anne reclamassem da resposta, Georgia voltou com uma xícara em mãos e levou Sam para se deitar. Deixando apenas August e Shane ali.

–--Como assim não sabe? – indagou Anne sem acreditar.

–--Não sei mesmo! – ele se defendeu.

–--Eu acho que e tenho uma boa ideia de como. – falou August rindo.

–--Então por favor me conte! – exclamou meu filho.

–--Acho que você não vai querer que eu diga.

–--Fala logo! – reclamou minha caçula curiosa.

–--Ok, mas não me mata depois, Shane. Eu só acho que você foi se apaixonar por uma selecionada nem um pouco delicada, meu afilhado.

–--Então ela realmente te bateu? Por que não disse logo? Não é vergonha apanhar de uma garota, cara, pelo menos, não se essa garota é Samantha Ryan. – disse Taylor.

–--Mas ela não me bateu! E eu não estou apaixonado, nem por ela nem por ninguém. – de repente sua expressão torneou-se carrancuda.

–--Sam realmente não bateu nele. É que quando fui chama-los, eles estavam se beijando, então pensei que...

–--Você viu aquilo? – Shane perguntou desesperado – Não é o que você está pensando, eu juro. Eu e Sam com certeza não estamos apaixonados...

–--Quantas vezes vocês já se beijaram? – perguntou Celeste animada.

–--Muitas, ok? Perdi a conta. Mas geralmente acontece quando estamos brigando, e de repente... Ah, sem sei. Só não pensem besteira sobre isso. Vou dormir.

Ele então saiu apressado. Sem outra alternativa, nos despedimos de August e desligamos.

P.O.V Shane

Eu nem queria imaginar o que minha família e meus amigos estavam pensando agora... Eu não estou apaixonado, porra! Eu só gosto de beijá-la, o que tem demais nisso? Não passa de atração, porque, apesar disso, eu a odeio, Samantha consegue me deixar enfurecido como ninguém mais, ela também é tão confusa... Eu não consigo prever quais serão suas reações ou o que ela está pensando, o que me irrita, pois geralmente eu sou muito bom em decifrar as pessoas.

Samantha Ryan é um enigma para mim. Ela me faz questionar tudo aquilo que eu acredito, tudo o que antes parecia tão certo para mim. Ela faz com que eu questione minhas próprias atitudes. E isso me confunde. E eu a odeio por isso.

–--Shane, querido. – chamou-me minha madrinha – Sinto muito, mas acho que você vai ter que dormir no chão, ou talvez se couber no sofá com a Sam... Geralmente quando temos visitas acampamos, pois só temos um quarto.

Eu sabia disso. Sempre que eu e minha família vínhamos aqui trazíamos barracas.

–--Está tudo bem, Georgia. – sorri para acalmá-la. – Boa noite.

–--Boa noite. – ela retribuiu meu sorriso, seguindo para seu quarto.

Caminhei lentamente até a sala. A lareira estava acesa, Sam estava deitada no sofá, coberta por uma manta e em um sono profundo. Desejei ter a minha câmera aqui, ela era tão linda e pacífica dormindo... Pena que acordada era o diabo em pessoa.

Aproximei-me da garota adormecida e acariciei seus cabelos.

–--Que merda você está fazendo com a minha cabeça, Sam? Você ao menos tem consciência do que faz comigo? – sussurrei.

Ela suspirou em seu sono, e eu ri de mim mesmo, afinal eu estava praticamente falando sozinho.

Com cuidado para não acordá-la, ajustei-me no sofá junto a ela e logo adormeci, com seu cheiro de grama molhada impregnando minhas narinas.


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Notas finais do capítulo

Agora eu vou responder todos os comentários que eu não respondi do último capítulo.