Can't Go Back escrita por Gessikk


Capítulo 19
Capítulo 19- Respire Stiles


Notas iniciais do capítulo

Gente me desculpe pela demora, a semana foi corrida e hoje estou postando na correria, então não vou conseguir colocar trechos do capítulo anterior e nem do próximo!
E espero que não tenha muitos erros, porque sem querer eu apaguei uma parte do que tinha escrito e tive que reescrever muito rápido!
Nesse capítulo estou usando a ideia da Raiane Vieira, que já era algo que estava planejando escrever! Espero que você goste!



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Pov. Lydia

Acordei com um barulho irritante e agudo. Abri os olhos resmungando e senti a luz arder em meus olhos.
Tentei esticar o braço para desligar o despertador, mas percebi que estava completamente imobilizada por Stiles. Movi o tronco, me remexendo na cama e tentando inutilmente me soltar, mas o garoto parecia achar que eu era um ótimo travesseiro, seus braços estavam enroscados a minha volta e a cabeça apoiada no meu busto, para piorar ele falava enquanto dormia e a cada vez que eu me remexia ele estreitava seus braços em minha cintura, me sufocando.
– Stiles!- Falei sem fôlego e o garoto se remexeu me apertando com força e colocando uma perna em cima de mim.- Stiles!- Falei mais alto.- Meu Deus! Garoto como você ainda esta dormindo com esse barulho!
– Lydia. - Ele balbuciou e por um instante pensei que tivesse finalmente acordado, até perceber que me chamava enquanto dormia. - Mais.- O garoto falou ainda dormindo e sorriu de um jeito bobo.- Mais.- Ele continuou repetindo isso diversas vezes enquanto eu tentava me livrar de seus braços.
Ao mesmo tempo que queria tirar o seu peso de cima de mim, eu sentia uma pontada de culpa de ter que acorda-lo quando finamente estava tendo um sonho pesado e aparentemente feliz, mas não tinha escolha, Stiles precisava acordar. Depois de uma semana em que fiquei cuidando dele e dormindo na sua casa, ele finalmente teve permissão de voltar as aulas, após ter perdido mais de um mês de matérias, sem contar que eu havia faltado essa semana sem nenhuma justificativa, somente para ficar com ele, então não tínhamos a escolha de faltarmos a escola.
– Stiles! Você esta muito pesado!- Falei praticamente gritando quando o menino forçou ainda mais seu peso contra meu corpo- Sai de cima de mim!- Ordenei e seus olhos finalmente se abriram, ele estremeceu de susto e piscou os olhos várias vezes enquanto tentava entender o que acontecia.
O humano finalmente focou seus olhos em mim e corou completamente ao perceber que o rosto estava apoiado nos meus seios, os esmagando contra sua bochecha. Ele levantou a cabeça parecendo atordoado e tirou a perna de cima de mim, os braços finalmente me libertando.
– D-desculpa.- Ele falou gaguejando e corando ainda mais ao passar a mão no queixo tentando ser discreto e eu não pude evitar de rir ao perceber que limpava a baba.
– Meu Deus garoto que sono pesado!- Eu falei me sentando e esticando os braços e pernas dormentes.- É insuportável dormir com você, sabia que fica falando a noite toda quando esta agitado?
– Malia já me falou isso. - Ele falou e logo em seguida me encarou arrependido provavelmente vendo minha expressão de raiva. - É tão ruim assim dormir comigo?- Ele perguntou ainda constrangido e claramente tentando mudar o assunto.
– Tirando o fato de você falar, me socar e gritar quando está tendo um pesadelo e de me sufocar deitando por cima de mim....Não é tão ruim.- Falei com um sorrindo irônica enquanto cambaleava para fora da cama e sentia o seu olhar atento atrás de mim, provavelmente observando minhas pernas expostas já que usava apenas uma blusa sua.
– Você tem mesmo que voltar para casa hoje?- A sua pergunta me pegou de surpresa e eu encarei sua expressão pidona e dengosa.
– Eu não posso ficar aqui para sempre, Stiles.- Falei com pesar, pois se pudesse dormiria para sempre ao seu lado, mesmo com todos os chutes e gritos, a sensação de dormir ao seu lado era indescritível e eu amava a forma como ele me abraçava de maneira possesiva no meio da noite e como se encolhia no meu abraço quando eu o puxava para mim.- Não tenho nem mais roupa para usar. - Falei gesticulando para a blusa azul dele que batia no incio da minha coxa.
– Mas você ficou linda com minha blusa.- Ele disse dando um sorriso torto.
Revirei os olhos e andei rebolando só para provocar ainda mais o seu olhar enquanto ia para o banheiro.

#Abertura#

Pov. Stiles

Apesar de Lydia ter tomado banho muito antes de mim, eu já estava pronto esperando na sala enquanto ela se arrumava eternamente, o que eu nunca ia entender afinal só íamos a escola.
Como toda vez que ficava por sequer um instante sozinho, meus pensamentos só se focavam na conversa que tive com Scott a três dias atrás, quando Lydia finalmente me convenceu que estava tava na hora de rever meus amigos. Então ficamos eu, Lydia, Kira e Scott, ninguém soube dizer o porque Malia não veio, mas eu já começava me preocupar com ela já que não consegui me comunicar desde a ultima vez que havia dormido comigo.
Quando nos reunimos, depois de abraços, pedidos de desculpa e assuntos fúteis, Scott finalmente me contou o plano completamente estúpido que colocava ele e a Malia em perigo para tentar enganar Kate. Minha reação foi gritar com eles falando que nunca poderiam bolar um plano sem mim e que eles estavam se colocando em risco a toa, sem nem saber se Peter realmente ia se comunicar com a Argent, ou mesmo se ele falasse, se a caçadora iria confiar nele.
– Vamos?- Lydia falou descendo a escada, me fazendo despertar dos meus pensamentos.
– Finalmente!- Murmurei e saímos rápido de casa indo até o Jepp.
Depois de uma semana dormindo agarrado com Lydia, me apoiando por cima dela, ou apenas me encolhendo em seu abraço acolhedor, eu havia ficado mal acostumado a receber seu mimo, e a ideia de ter que enfrentar sozinho meus pesadelos parecia insuportável. Nesse tempo eu havia me tornado ainda mais dependente da menina, pois a cada vez que o Nogtisune ameaçava tomar a minha sanidade, Lydia conseguia me trazer a realidade de forma única, mesmo que com um simples olhar que me fazia demoronar por dentro.
Uma preocupação fútil atormentava minha mente tanto quanto os problemas com o Nogtisune, que era o fato de não saber o que estava acontecendo entre nós dois. Depois de ter dito que a amava e ter tido a alucinação que ela disse que também me amava, Lydia nunca mais havia me beijado e eu apenas tentava disfarçar o modo como ficava hipnotizado pelos movimentos de sua boca enquanto falava comigo, e o tempo todo me martilizava achando que ela não queria mais me beijar por eu ter feito a besteira de dizer que a amava, pois isso devia ter a espantado já que provavelmente só queria ficar comigo para beijar um pouco e não para dar esperança para um ridículo apaixonado, ou talvez ela simplesmente tivesse percebido que eu não era o suficiente para ela e que, linda como era, conseguiria facilmente alguém melhor.
– Você esta estranho.- Lydia comentou e eu a encarei ainda distraido. - Calado, esta pensando em que?
– Nada!- Respondi rápido demais para ser convincente e a garota pareceu ponderar sobre minha resposta antes de um sorriso enorme brotar de seu rosto.
– Stiles...só por curiosidade, com o que você estava sonhando?
– O que?- Perguntei surpreso, corando imediamente ao pensar no sonho impróprio que tive com ela e na forma como tive que lutar para não observar o seu corpo por tempo demais, pois imaginava involuntariamente como seria tornar o sonho em realidade.- Por que você quer saber?- Falei me chingando mentalmente quando minha soou insegura.
– Nada, é só que você disse o meu nome enquanto dormia. - Ela falou rindo discretamente e eu me concentrei a rua a minha frente, a timedez me impedindo de encara-la. - E depois ficou repetindo "mais, mais". Ai só fiquei curiosa com o que você queria mais. - Lydia me lançou um olhar completamente malicioso e eu fiquei calado querendo me atirar para fora do carro, sem saber o que responder.

***

Voltar as aulas foi pior do que imaginava. Era horrível ter o olhar de todos sobre mim e várias pessoas me perguntando como eu estava após o " acidente de carro", que foi a desculpa que arranjaram para explicar meus machucados, dizendo que eu havia saído com um amigo que estava dirigindo e acabou batendo, ele morreu na hora e eu sobrevivi por um milagre.
Estava sozinho na aula de história, o que parecia tornar tudo ainda pior, pois não tinha ninguém para conversar já que não prestava atenção em nada do que o professor falava.
– Senhor Stilinski?- O professor perguntou e eu o encarei surpreso. - Por que não mostra para a turma que esta prestando atenção na aula e me diz quais as formas de tortura que o povo usou?
Olhei desorientado para o quadro e senti meu coração falhar uma batida ao ler com a visão embaçada a palavra "Tortura". Automaticamente lembranças da Argent me açoitando invadiram minha mente, respirei fundo e tentei olhar para o quadro novamente, na tentativa de ler a matéria e poder falar algo para o professor.
Não pude ver nada a não ser letras embaralhadas. Congelei por dentro, pisquei os olhos com força, sacudi a cabeça, tentei novamente. Ao olhar para o quadro só via letras desordenadas, não conseguia distinguir nenhuma sílaba, nem sequer indetificar a palavra tortura que havia lido a segundo atrás.
– Stilinski? Será que pode me responder ou vou ter que te tirar de sala?- O professor falou e eu o encarei lutando contra as lágrimas. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo novamente, eu não conseguia ler nada.
Estava prestes a inventar uma resposta qualquer quando finalmente vi que havia uma pessoa parada ao lado da porta, me encarando fixamente. Franzi o rosto, tentando enxergar através da visão turva e reconheci que não se tratava de uma pessoa, era o Nogtisune, virado em minha direção,imóvel.
Perdi a respiração e senti o mundo girar a minha volta, tudo ficou ainda mais indistinto e poucas lágrimas escaparam dos meus olhos. Obriguei- me a continuar encarando o demônio e ele ergueu uma mão enfaixada na minha direção, como se tentasse me alcançar e romper a distância entre nós. Com aquele movimento o cheiro de podridão me atingiu em cheio e senti todo meu corpo estremer.
– Stilinski, você está bem?- O professor perguntou e eu pulei na cadeira de susto ao ver o homem parado a minha frente.
Novamente não respondi, apenas olhei na direção da porta e vi que o Nogtisune ainda estava ali e então, repentinamente ele caiu. Tive que reprimir o grito de susto quando o monstro atingiu o chão e se desfez em uma névoa negra, imediatamente me lembrei do que Lydia falava sobre a névoa que via em seus pesadelos ao ver os tentáculos de escuridão se movendo e fugindo pela porta.
O ar começou a escapar dos meus pulmões, eu arfava e sentia meu peito se comprimir, tudo a minha volta girarava e parecia se encolher, não conseguia enxergar com clareza, tudo estava embaçado a minha volta, as paredes pareciam girar e se aproximar de mim.
– Outro ataque de pânico.- Murmurei baixinho e sai rapidamente da sala de aula ignorando o professor e os olhares assustados e preocupados dos alunos.
Os corredores estavam lotados, era a hora do intervalo de outras turmas. Cambalei entre as pessoas esbarrando várias vezes em alunos que me xingavam e batiam no meu ombro irritados, não conseguia achar um lugar vazio, onde eu ia parecia ter mais pessoas que me cercavam, me impediam de respirar. Eu precisava me afastar, precisava encontrar ar, mas tudo a minha volta era indistinto e aterrorizante, queria gritar e me encolher no chão como uma criança para chorar e implorar que saíssem de perto de mim, precisava fazer com que o ar invadisse meus pulmões exaustos.
Minhas pernas começaram a falhar, não conseguia me manter de pé. Encostei em uma parede e escorreguei até o chão, deixei minha mochila cair ao meu lado e encarei minhas mãos trêmulas. Meu corpo entrava em colapso, meus braços convulsionavam enquanto eu tentava manter as mãos a frente do rosto.
– Um, dois, três.- Comecei a contar meus dedos em voz alta.- Quatro, cinco, seis, sete.- Tinha um grupo de alunos que parou de andar para me encarar, eles riam e debochavam de mim. - Oito, nove, dez.
Esperei o alívio me atingir ao perceber que não era um sonho, mas não conseguia me acalmar, o único som que eu captava eram as risadas de deboche e podia ver mais pessoas apontando para mim, só ai percebi que eu chorava na frente de todos, me sentia humilhado e fragilizado.
– Vamos, respire Stiles, eu preciso respirar.- Falei para mim mesmo.
Senti mãos no meu ombro e olhei para cima dando um pulo de susto, mas então reconheci os olhos verdes que olhavam preocupados.
– Ei! O que foi?- Lydia perguntou gentil e se agachou do meu lado, desviei o olhar envergonhado sentindo meu rosto corar, eu não queria que ela me visse daquela maneira deplorável.- Stiles olha para mim.
Obedeci a sua voz e a encarei chorando, mas não conseguia enxergar com clareza, minha mente girava, sentia tudo escurecer a minha volta. Eu precisava de ar. O olhar de Lydia encontrou o meu e me senti ainda mais vulnerável, seus olhos verdes pareciam penetrar a minha alma.
Lydia respirou fundo e pressionou os lábios contra os meus, minha boca afundou na sua de maneira reconfortante e fui incapaz de fechar os olhos, eu apenas a encarava surpreso, observando suas palbebras e sombrancelhas franzidas enquanto nossas bocas mergulhavam uma na outra de maneira gentil. Suas mãos envolviam meu rosto e me puxavam para mais perto enquanto eu permanecia paralisado, os braços ao lado do meu corpo.
Ela permaneceu com os lábios imóveis, apenas expremidos contra os meus e começou a acariciar meu rosto, os dedos deslizando até meu cabelo, se enroscando nos meus fios revoltos e descendo até minha nuca, causando arrepios por todo meu corpo.
Deixei que ela me acalmasse e aos poucos meus músculos tensos cederem ao seu carinho, minhas pálpebras finalmente desabaram sobre meus olhos ainda derramando poucas lágrimas. Senti meu rosto corar quando tomei atitude de mover meus lábios e Lydia correspondeu imediatamente, sua boca experiente massageava a minha de maneira extramamente prazerosa me fazendo soltar um ruido baixo e tímido de prazer, pois ainda não havia me acostumado a receber os choques de satisfação que percorriam meu corpo ao beija-la.
Envolvi meus braços em sua cintura a puxando para mais perto e escorreguei minha lingua até seus lábios, provando seu gloss de morango e a senti estremecer sutilmente. Ela abriu a boca instantâneamente e pude a explorar com minha língua, sentindo seu gosto doce invadir a minha boca e logo a sua língua se uniu a minha em uma disputa deliciosa para degustarmos o sabor um do outro.
Não contive um gemido quando a garota chupou minha língua ainda acariciando minha nuca, meu corpo todo estava sensível por receber seus carinhos e ser invadido por ondas de arrepios e prazer, sentindo seus dedos afagando minha cicatriz escondida no couro cabeludo.
– Stiles?- Lydia falou rouca se afastando um pouco de mim.
– Hum?
– Nós ainda estamos na escola e você não para de gemer.
Senti meu rosto queimar de vergonha e olhei para baixo completamente constrangido,a garota me deixava completamente desconcertado, eu não tinha consciência do que fazia. Lydia sorriu e me puxou pela mão, levantando e me puxando consigo.
– Você sempre prende a respiração quando eu o beijo.- Ela murmurou e entrelaçou os dedos nos meus. - Não sei como sobrevive aos ataques de pânico sem mim.
Fiquei sem reação ao perceber que muitas pessoas nos encaravam e ela agia naturalmente, sem se envergonhar por estar ao lado do garoto patético que havia acabado de chorar no chão da escola na frente de todo mundo.
– Eu queria muito fugir da escola com você agora, mas realmente preciso fazer uma prova muito importante. - Lydia falou ao chegarmos em frente a uma sala, ela ainda segurava minha mão e me encarava intensamente. - Você consegue aguentar só mais um pouquinho? Depois nós tiramos um tempo para nós dois e vou te fazer me contar tudo o que aconteceu.
Estremeci com a forma que ela disse de tirar um tempo para nós dois e concordei com a cabeça, ainda me sentindo tonto demais para encontrar a minha voz. Lydia deslizou os dedos com carinho pelo meu rosto e pude ver a preocupação extampada na sua expressão, ela deu um longo suspiro e foi entrar na sala, mas não pude evitar de a impedir, a puxando pelo braço com força, fazendo nossos corpos se chocarem.
A Banshee me olhou surpresa e eu simplesmente a beijei, deixando que nossos lábios se selassem ligeiramente e os movendo com delicadeza, minha lingua degustou a sua boca por poucas frações de segundos e então com relutância soltei meus braços de sua cintura e sorri automaticamente ao ver claramente as pernas bambas de Lydia, ela se apoiou por um minuto no meu peito procurando equilíbrio e depois foi para a sala falando algo consigo mesma.
No momento que Lydia entrou na sala e eu fiquei sozinho, senti o desespero e o medo me atingirem novamente, somente quando estava com ela eu conseguia esquecer completamente dos problemas a minha volta, mas naquele instante todo o peso da estranha visão que eu tive pareceu cair sobre os meus ombros.
Não tinha cabeça para assistir nenhuma aula, então decidi ir para a arquibancada em frente ao campo de Lacrosse apenas para ver o tempo passar enquanto esperava Lydia.
Desabei na arquibancada e pus os fones de ouvido em uma música qualquer tentando me distrair do medo que me paralisava e fazia lágrimas estupidas escorrerem de meus olhos.
Fiquei por um bom tempo deitado observando alguns alunos que treinavam lacrosse enquanto matavam aula até que um estranho tumulto aconteceu. Todos pareceram se reunir em um único ponto próximo a floresta e esses poucos alunos foram chamando mais alunos que se aglomeravam em volta de algo que não conseguia ver, mas podia enxergar a expressão de deboche, diversão e preocupação em alguns enquanto apontavam para algo.
Sem hesitar me levantei tirando os fones de ouvido e corri até a confusão, empurrando todo mundo com grosseria, sem me importar com quem estava a minha volta, eu só precisava saber o que estava acontecendo e algo me dizia que não era nada bom.
Arregalei os olhos quando reconheci o corpo nú e brozendo a minha frente. Malia estava paralisada encostada em uma árvore com um expressão assassina para todos que apontavam para ela que estava nua, completamente suja de terra e lama, com folhas presa ao cabelo desgrenhado e grandes cortes ensanguentados espalhados pelo corpo.
Rapidamente abracei a coiote, envolvendo meus braços em sua cintura e a escondendo dos olhares maliciosos, logo em seguida fui a empurrando para o início da floresta para que as árvores a mantivessem longe de qualquer olhar.
Logo em seguida a soltei e fui com fúria em direção ao grupo de garotos que ainda estavam reunidos tentando enxerga-la.
– Saíam daqui!- Gritei com raiva e um idiota veio tentar me afrontar.
Sem pensar fechei a mão em punho e o atingi no rosto provocando um estalo alto quando quebrei o seu nariz. Apesar de ser muito mais fraco do que ele, eu era filho do Xerife e havia aprendido muito bem como defender.
– Saíam!- Odernei novamente sentindo meu corpo ferver de ira, eu estava simplesmente enlouquecido de raiva e os garotos pareceram perceber isso, pois aos poucos se afastaram e eu corri novamente em direção a Malia. - O que aconteceu?- Perguntei a expremendo contra meu corpo e acariciando seu cabelo desgrenhado.
– Peter...- Ela falou trêmula e eu senti a raiva multiplicar dentro de mim.
Naquele momento prometi a mim mesmo que não deixaria que ninguém mais a machucasse.


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