Angel With a Shotgun escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 6
Capítulo 5 - Realidade


Notas iniciais do capítulo

PESSOAS LINDAS! Postei esse rapidinho, mas ainda estou triste com os meus Gasparzinhos que não fazem cometários. Bom espero que curtam o capítulo e comentem bastante tah?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506633/chapter/6

Capítulo 5 – Realidade

Steve voltou para o apartamento primeiro, Natasha e ele queriam despistar qualquer um que tentasse dizer que os dois estivessem trabalhando juntos. Natasha era uma pessoa complicada de lidar, foi impossível convence-la de não se envolver em algo que ela sabia tão pouco e ir embora. Steve havia percebido que gostaria de conhecer a pessoa qual ela havia interpretado, uma doce, bela e inocente vizinha que batia em sua porta em busca de um pouco de açúcar, mas ele já sabia que era uma farsa, sabia que aquela pessoa não existia e que no lugar havia uma mulher fria, bela e incontrolável, o que para ele era uma pena.

Steve tomou um banho e se jogou no sofá tentando relaxar um pouco, coisa que ele não fazia há algum tempo. Ele fechou os olhos e por mais que tentasse parar de pensar em seu trabalho, a imagem da ruiva correndo tentando ataca-lo é que veio em sua mente. Abriu os olhos e olhou em volta, o telefone estava ali e ele se perguntou que tipo de sinal ela havia passado, ou qual era o motivo dela ter pedido o telefone emprestado.

Ele pegou o aparelho checando para ver se notava algo, e notou que o telefone estava mal encaixado, como se não fosse fechado pelo fabricante. Ele sem esforço algum abriu aparelho e notou um pequeno objeto preto que parecia não fazer parte dele.

Natasha terminou seu banho e se enrolou na toalha e com outra secava seu cabelo quando ouviu batidas fortes na porta. Ela correu para atender e viu pelo olho mágico que era Steve.

–Algum problema senhor Rogers? – ela perguntou assim que terminou de abrir a porta, ele parecia zangado.

–O que é isso? – ele perguntou com a pequena escuta na mão.

–É uma escuta – ela perguntou como se fosse a coisa mais simples do mundo.

–Por que colocou isso no meu telefone? – ele ainda parecia nervoso.

–Porque eu tinha que espiona-lo, se lembra? – ela perguntou cinicamente.

–O que mais colocou em minha casa pra tirar minha privacidade?

–Eu iria colocar umas câmeras, mas não deu tempo – ela sorriu de forma descarada.

–Câmeras?! – ele perguntou indignado.

–Sim são aparelhos que... – ele a cortou.

–Eu sei o que são câmeras – Natasha achava graça em vê-lo tão irritado – Olha, quer saber, tome essa porcaria – ele entregou a escuta – E pare de colocar essas porcarias pra me espionar.

–Sem problemas Capitão – ela bateu continência o que o deixou ainda mais irritado, ele virou as costas entrou no apartamento e bateu a porta.

Natasha fechou a porta e riu da situação, nunca havia pensado que uma atitude assim de um super-herói a faria rir. Na verdade pensava que o fato era ser aquele super-herói, o forte e formal Capitão América poderia ser facilmente enganado e tirado do sério por uma simples espiã. Ela gostava dele, gostava do seu jeito sério e a forma como queria tudo da maneira certa, se Natasha tivesse um avô provavelmente seria como Steve, tão irritante e mandão quanto o super-herói.

Ela terminou de se secar e colocou um confortável pijama, não precisava ser mais a doce e sedutora vizinha, e isso lhe agradava bastante. Ela pegou sua escuta e chamou por Fury:

–Viúva negra na escuta

–Fury na escuta – ele respondeu – Alguma novidade?

–Descobri que Steve está trabalhando em uma missão de espionagem – ela mentiu – Provavelmente para alguma “concorrente”, penso que ele deve estar em busca de algumas respostas sobre seu passado.

–Entendo – ele parecia decepcionado – Algum nome?

–Ainda não Fury, provavelmente terei que colocar um pouco mais de garra e de sedução para com o Capitão – ela odiava mentir para Fury, mas ela sabia que esse poderia não ser o Fury verdadeiro – Mas assim que tiver um nome eu entro em contato.

–Conto com isso – Fury desligou a comunicação e Natasha guardou a escuta, não queria se arriscar por Fury ouvir sua conversa com o Capitão.

Natasha queria saber por onde começar, nunca estivera tão perdida a respeito de um assunto, se Steve estivesse certo e aquele com que acabara de conversar não fosse Nick Fury, e se tudo que ela estava buscando era uma mentira, as duvidas começaram a brotar em sua mente e a deixavam inquieta.

Ela sentou no sofá, mas não ficou nem cinco segundos, levantou novamente frustrada e resolveu que iria buscar mais informações de Steve Rogers, ele sabia mais coisas, ele tinha um objetivo, e ela o seguiria, sabia que não podia confiar nele, assim como nunca confiou em ninguém, mas nunca estivera tão perdida ao ponto de não saber em quem confiar e em quem depositar seus objetivos.

Ela bateu na porta com força esperando que ele ainda estivesse acordado, não era muito tarde, mas pessoas velhas normalmente dormem cedo, era seu pensamento.

–O que quer? – Steve perguntou assim que abriu a porta.

–Da ultima vez você foi mais gentil, será por que eu estava de baby-doll? – ela perguntou ironicamente já entrando na casa dele mesmo sem ser convidada.

–Na verdade foi porque você foi mais educada e eu ainda não sabia que você havia colocado em minha casa uma porção de coisas pra me espionar – ele fechou a porta e ficou esperando que ela dissesse algo.

–Em primeiro lugar eu não sou aquele poço de educação, e em segundo lugar eu só fiz isso por causa do meu trabalho, se você for pensar você faria o mesmo – ele ponderou um pouco as ideias, tinha concordar – Prometo que não vou colocar nada pra te espionar a partir de hoje, ok? – pela primeira vez Natasha estava sendo sincera.

–Não posso acreditar em você – ele afirmou – Mas vou tentar – ele continuou, dando uma trégua.

–Ótimo – ela se sentou, novamente não sendo convidada, o que deixava Steve irritado, as pessoas naquele tempo não tinham muito respeito e educação, e Natasha apesar de ser uma espiã que precisa de ordem, não parecia gostar muito de ser educada – Diga-me, o que vamos fazer? Preciso de um inicio, estou perdida.

–Pra começar eu não queria nem que você se metesse nisso – Steve sentou em outra poltrona ficando de frente para Natasha – Mas como percebi que você é muito teimosa, acho que não vai desistir tão cedo.

–Muito perspicaz de sua parte – ela notou.

–Então, penso que deveríamos começar por onde Fury sumiu, ele disse pra me encontrar em um apartamento próximo daqui, disse que precisava conversar comigo em particular e eu fui até ele.

–Então você conversou pessoalmente com ele, não por gravação ou telefone? – Natasha perguntou achando aquilo muito estranho.

–Sim – Steve se perguntava se Natasha estava prestando atenção, pois a pergunta foi extremamente inapropriada.

–Foi só para constar – ela se defendeu já percebendo seu olhar.

–Continuando – ele tentou se lembrar de tudo que havia acontecido – Ele pediu para que eu o encontrasse e me deu ordens diretas para não confiar em ninguém e deixar tudo acontecer de acordo com o plano, ele seria sequestrado, você viria e depois eu teria que lhe contar a verdade, provavelmente ele sabia que você poderia me ajudar e confiava em você.

–Sou uma agente fiel a Fury – ela comentou – Precisamos ir a esse local para checar as evidencias, qualquer coisa.

–Claro, eu te levo lá, não é muito longe. Só deixe-me trocar de roupa – somente naquele instante Natasha notou que ele estava de calça de moletom e uma regata branca que mostrava claramente seus músculos, era extremamente atraente – Senhorita Romanoff?

–Eu? – ela perguntou despertando de seus pensamentos.

–Perguntei se a senhorita vai se trocar ou vai de pijama mesmo? – ele repetiu.

–Vou me trocar – ela falou séria se levantando – Três minutos.

–Seria bom se todas as mulheres fossem assim – ele comentou inocentemente.

–Como? – ela não havia entendido a forma dele falar, até passou em sua mente segundas intenções do Capitão.

–Falei que seria bom se as mulheres fossem assim, rápidas para se arrumar – ele repetiu.

–Entendo – ela pensou em quão ridícula foi em pensar que o Capitão a veria de outra forma, ele era profissional, e ela também – Já volto – ela o deixou e foi ao seu apartamento.

Colocou suas roupas habituais, e voltou para encontrar Steve. Ele já estava pronto na porta.

–Lembra o caminho Capitão? – Natasha perguntou enquanto desciam as escadas.

–Com certeza – ele afirmou.

Eles saíram do prédio e começaram a caminhar em direção a um lugar que para Natasha era desconhecido. Steve a guiava entre uma rua.

–O que está achando da modernidade Capitão? – Natasha perguntou para cortar o clima de dois desconhecidos.

–É tudo ainda muito novo, mas me adaptei fácil algumas coisas, principalmente ao que se refere a tecnologia – ele comentou animadamente.

–Também acho a tecnologia muito útil – ela tentou encontrar algo em comum – Muitas pessoas conhecidas?

–A maioria está morta ou muito velha pra se lembrar de mim – ele estava falando de uma pessoa em especial, mas preferia nem lembrar.

–Sinto muito – Natasha apenas tentou ser agradável.

–Obrigado – Steve se calou, e Natasha decidiu por não falar mais nada.

Alguns minutos depois eles chegaram a um beco escuro que apenas refletia a luz da rua. Natasha já ficou atenta e com as mãos nas armas que estavam em sua cintura. Steve puxou a escada de incêndio e começou a subir, Natasha o seguiu.

–Me levando pra uma emboscada Capitão? – ela perguntou sarcástica.

–Não exatamente – ela se limitou a sorrir.

Finalmente chegaram ao terceiro andar, Steve abriu a janela com facilidade, o apartamento estava escuro. Natasha entrou em seguida, Steve procurou por um interruptor e acendeu a luz, o apartamento estava completamente vazio.

–Estava assim quando vocês se encontraram? – ela perguntou curiosa.

–Não – ele puxou pela memoria – Havia dois sofás ali – apontou para o canto da sala – Uma mesa de centro e alguns moveis espalhados pela casa, alguém entrou e tirou tudo daqui.

–Vamos ver se encontramos algo – Natasha já estava com suas armas em mãos enquanto procurava por algo que lhe chamasse a atenção, o apartamento era pequeno então logo puderam constatar que não havia nada ali.

–Acho que já estiveram aqui antes – Steve comentou.

–Não – Natasha pensou um pouco – Fury não deixaria nada para trás, mesmo que quisesse que eu soubesse de algo, ele saberia que alguém viria e procuraria por informações – ela parou e pensou um pouco – Creio que tenha razão Capitão, o Fury para quem trabalho não é o real Fury, ele está me usando para chegar no verdadeiro Fury, ou ele o pegou e não quer que o achemos.

–Vamos atrás dele então – Steve falou de impulso.

–Não podemos – Natasha respirou fundo – O falso Fury é idêntico ao Fury original e ele está com uma das maiores organizações em suas mãos, há pessoas muito poderosas naquele lugar, se ele falar que somos traidores estaremos mortos em questão de minutos.

–Acho que está exagerando – Steve tentou amenizar.

–Capitão, acredite em mim, eu sou apenas uma das ferramentas que eles usam, eles têm armas e equipamentos para mandar os dois para os ares por qualquer movimento, temos de ser cautelosos – Natasha sabia que até mesmo Barton seria capaz de feri-la se ela traísse Fury – A melhor opção que temos é continuar fingindo que eu sou a vizinha boazinha e que você está sendo enganado por mim, temos que explicar essas nossas saídas como algum tipo de encontro ou qualquer baboseira dessas.

–Ok, faremos do seu jeito – Steve respirou fundo – Mas tem alguma ideia do que fazer e o que procurar?

–A comunicação do Fury real foi parar nas mãos do falso Fury, o que indica que ele deve saber onde o verdadeiro está. Temos que dar um jeito de entrar na S.H.I.E.L.D sem sermos pegos.

–E o seu namorado? – Steve perguntou o que fez com que Natasha engasgasse com a própria saliva.

–Quem?! – ela perguntou ainda chocada.

–Seu namorado, aquele que estava na sua casa, que eu vi pela janela, provavelmente é um agente, não? Não ficará com ciúmes? Ele pode nos ajudar, não? – ele perguntou um pouco constrangido.

–O Gavião Arqueiro não é meu namorado, é um amigo, pra começo de conversa – ela tentou se defender – E em segundo lugar eu não quero envolver Barton nesta historia, enquanto ele trabalhar para o falso Fury eu não terei que me preocupar com ele – ela afirmou.

–Quanto menos pessoas para se importar melhor – Steve formou a frase – Concordo plenamente. Mas então como faremos para entrar na S.H.I.E.L.D?

– Creio que teremos que recorrer a uma pessoa que eu não gostaria, uma pessoa cuja os hábitos e as piadas me deixam completamente irritada e fora de mim.

–Quem? – Steve perguntou curioso.

–Tony Stark.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tony it's Coming!!! Gente nosso querido e amado Tony Stark está a caminho, e antes que alguém reclame de que está demorando para ter um romance digo: Muita calma que as primeiras cenas já vem no próximo capítulo. Claro que não vem assim PÁ-PUM, mas vem suavemente...
Beijinhos para todos e comentem!
FUI!