Angel With a Shotgun escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 7
Capítulo 6 – Humana II


Notas iniciais do capítulo

OIEEE, me perdoem pela demora, sei que foi uma longa espera. Não temos Tony ainda neste capítulo, mas temos um pouquinho de STASHAAAA!!!

LEIAM MINHA FIC NOVA "Lonely Mind": http://fanfiction.com.br/historia/517028/Lonely_Mind/
É STASHA!



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Capítulo 6 – Humana II

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Natasha e Steve foram até a sede das empresas de Stark em Nova York, porém não conseguiram encontra-lo por lá, foi enviado um recado para ele que respondeu que os dois poderiam encontra-lo em Las Vegas até sexta-feira e que ele teria o maior prazer em receber a “Agente Nachata” apelido que irritava Natasha completamente.

–Como vamos chegar em Las Vegas em tão pouco tempo? – Natasha perguntou a Steve enquanto saiam do prédio.

–Tenho um conhecido que me emprestara seu carro – ele afirmou – Podemos viajar até lá assim.

–Não é um meio de transporte muito rápido, mas terá de servir – ela assobiou chamando um táxi - Vou inventar uma desculpa esfarrapada para Fury, dizer que estou te seguindo e que está a caminho de Las Vegas.

–Ele não tem como saber que estamos juntos no mesmo carro? – Steve perguntou abrindo a porta do táxi.

–Se ele for o verdadeiro vai saber, mas como é falso ele não sabe tão bem das tecnologias da S.H.I.E.L.D – Natasha se acomodou no banco sendo seguida por Steve.

–Saímos amanhã de manhã? – Steve perguntou.

–Acho melhor sairmos hoje, por volta das duas da manhã e paramos em alguma lugar pra descansar pela manhã, viajar a noite é menos provável do falso Fury nos encontrar – Natasha afirmou.

Steve concordou e ficaram em silencio até chegarem no apartamento, eles se separaram por alguns minutos para preparar uma pequena mala para a viajem e Steve pegar o carro. Natasha colocou todas suas armas na bolsa maior e na menor algumas mudas de roupas. Encontrou Steve esperando no hall com uma pequena mala e seu escudo nas costas.

–Para que uma mala tão grande? – Steve perguntou da mala de armas de Natasha.

–É minha maquiagem – ela brincou abrindo e mostrando suas munições – Belo escudo Capitão.

–Vamos, o carro nos espera – os dois desceram as escadas e um Dodge Caliber preto estava estacionado em frente ao prédio.

–Sabe dirigir capitão? – ela perguntou.

–Com certeza – ele sorriu e ela ficou um pouco desapontada, há muito tempo não dirigia um veiculo leve, mas provavelmente Steve não dirigia a mais tempo que ela.

Os dois entraram no carro, jogaram suas malas no passageiro e seguiram com a viajem até Las Vegas. No começo o silencio pairava no ar como algo incomodo e perturbador. Porém Steve tomou uma iniciativa.

–Eu acho que deveríamos começar de novo – ele comentou – Sem mentiras.

–Isso é meio difícil para mim, há coisas da minha vida que eu não quero que ninguém saiba – Natasha comentou sinceramente.

–Vamos fazer um acordo, quando eu perguntar algo que você não queira responder você fala que não quer e vice e versa. Ficarei calado e pularei para uma próxima, pode ser? – ele olhou pra ela e pela primeira vez Natasha percebeu que Steve apenas queria uma amiga, não tinha segundas intenções, só queria um pouco de verdade em toda aquela historia mentirosa.

–Ok – ela falou vencida.

–Eu começo – ele deu uma leve tossida para enfatizar o começo de sua historia – Meu nome é Steve Rogers, nasci em 4 de julho de 1922

–Isso é piada, não é? – Natasha o interrompeu – Eu vi em sua ficha, mas achei que era algo como estimativa e não como se você realmente nascesse no dia da independência dos Estado Unidos.

–Não é piada – ele respondeu sério.

–Puxa – ela se surpreendeu – Você é realmente muito americano.

–É eu sei, continuando – ele olhou para ela, ela não ria, mas achava graça – Quis entrar para o exercito, mas era raquítico demais para isso, então me voluntariei para participar de um experimento de super soldados.

–Essa parte eu sei – ela começou a observa-lo com atenção – Queria saber mais a respeito de sua pessoa, seus pais, como cresceu e outras coisas.

–Eu não gosto muito de falar sobre isso, está no passado e quero realmente esquecer tudo isso e começar uma nova vida – ele suspirou – Eu pulo.

–Entendo – ela olhou para fora, ela sabia como ele se sentia – Por que Capitão América? – ela perguntou novamente.

–Para que as pessoas tenham um inspiração por quem lutar – ele revirou os olhos – Como seu servisse de exemplo para alguém.

–Pode não ser perfeito capitão, mas tem o que a américa sempre precisou – Natasha estava sendo sincera em cada palavra que dizia – Esperança.

–Foi uma época em que ninguém tinha mais esperança – ele se lembrou novamente de algo, aquilo incomodava Natasha – Talvez quisessem alguém que ainda tinha um restante.

–E encontraram você capitão – Natasha olhou nos olhos azuis do capitão que brilhavam – Sorte deles.

–Steve – ele falou e Natasha não entendeu – Me chame de Steve.

–Ok, Steve – ela enfatizou o nome – E pode me chamar de Natasha.

–E você Natasha? Seu passado? – Steve foi abrangente.

–Sobre o passado eu pulo todas as perguntas – ele sorriu.

–Imaginei.

–Mas hoje sou Natasha Romanoff, agente da S.H.I.E.L.D por tempo integral, sirvo a américa apesar de ser russa.

–Alguma coisa que falou quando era uma doce vizinha era verdade? – Steve perguntou curioso.

–Eu danço balé, me ajuda a me concentrar e a ter uma boa coordenação.

–Essa eu pagaria para ver – Steve sorriu e Natasha também.

–Vai sonhando – ele riu.

Steve ligou o rádio e uma antiga música começou a tocar no rádio, Natasha não conhecia, mas Steve cantava a letra inteira. Falava sobre um amor perdido e quanto a pessoa sofreu ao perder seu grande amor, Steve parecia se identificar com a música.

–Como era o nome dela? – Natasha perguntou curiosa, Steve olhou perplexo.

–Ela quem? – ele perguntou.

–A moça que estava na sua ficha, a qual você era apaixonado – Steve franziu o cenho.

–Tem na minha ficha que eu era apaixonado por ela?

–Não, eu deduzi pelo fato de você não querer falar sobre isso.

–O nome dela era Peggy, ok? – ele falou vencido, sabia que não ganharia qualquer batalha contra Natasha – E sim, eu estava completamente apaixonado por ela, mas meu avião caiu, eu fui congelado e ela já deve estar morta.

–Já a procurou?

–Na verdade não tenho coragem, acho que sofreria muito em vê-la depois de muito tempo, e acho que ela também.

–Tem razão – Natasha fitou a estrada – Amar é um defeito.

–Nunca amou ninguém? – Steve perguntou curioso.

–Não – ela falou fria – Amar é perder tempo e admitir fraquezas, ser mais humano que um guerreiro.

–Penso que é ao contrario – Steve foi firme e Natasha o olhou, nunca alguém havia discordado dela tão claramente – Amar é ser forte o suficiente para saber que pode fraquejar por alguém, que pode ser humano, ser humano é ser forte.

–É a mesma coisa – Natasha deu de ombros – E você também nunca amou ninguém – Natasha afirmou.

–Como pode ter certeza disso? – Steve começou a ficar irritado.

–Porque se amasse essa moça, ou senhora, como você iria atrás dela mesmo que fosse apenas para saber que ela viveu toda sua vida sem você e foi feliz – Natasha calou Steve.

Natasha olhou para fora do carro novamente e Steve não tocou mais no assunto, ele não entendia como alguém poderia ser tão insensível, tão alienada aos seus impulsos naturais e seus sentimentos. Natasha era o tipo de pessoa que nasceu para ser alguém sem ninguém. Ela acreditava nisso, e Steve tentou encontrar alguma brecha para que ele pudesse sentir algum ato de humanidade nela, um sentimento.

–Você tem razão – ele falou e ela o olhou surpresa, a primeira reação que Steve esperava – Acho que não a amava o suficiente.

–Eu não sei nada sobre sentimentos é isso que imagina – era como se Natasha houvesse entrado na mente de Steve – Que eu sou fria, calculista e sem coração – ela parecia cuspir aquilo – Mas sou humana, eu sangro, eu me machuco e tenho sentimentos, só não deixo que eles atrapalhem a minha vida.

–Eu não quis...

–Eu sei que não – ela o interrompeu – Não tente me decifrar Steve, sou eu que decifro as pessoas.

–Você se acha muito superior, não? – Steve a enfrentou de novo, algo que ela não estava costumada – Saiba que nada vale essa vida que você leva apenas sendo um robô, nada vale ser alguém tão impressionante se não tem como ninguém se aproximar.

–Quem disse que eu quero alguém próximo? – ela já estava alterada.

Steve desviou o carro no mesmo instante parando em um posto de gasolina onde havia uma loja de conveniência, Natasha estava perplexa demais para dizer algo. Steve parou o carro e desceu batendo a porta, foi do lado do passageiro e abriu a porta.

–Desça! – ele ordenou.

–O que? – ela ainda estava em choque.

–Desça do carro – ele falou novamente.

–Vai me largar aqui? – ela perguntou, mas ele apenas a segurou pelo braço e a puxou para fora.

Porém para sua surpresa Steve começou a puxá-la para dentro da loja de conveniência. Ele não abandonaria ali, não sozinha pelo que ela entendeu.

–Boa noite – um senhor no caixa o cumprimentou – Desejam alguma coisa?

–Boa noite – Steve falou – Por favor, eu quero um X-Burger completo para mim e para minha amiga, e capricha na mostarda – ele se sentou no banquinho e apontou para que ela se sentasse.

–O que está fazendo? – ela quase berrou.

–Estou com fome – ele se ajeitou na cadeira e ela não sabia se ria da situação ou se socava Steve.

–Você parou o carro do nada só para comer a droga de um hambúrguer? – ela perguntou abismada – Pare de palhaçada e entre no carro, temos uma missão para terminar!

–Eu vou onde eu quero na hora que eu quero, Fury ainda está vivo e eu vou comer e você vai sentar na droga do banco e comer a droga do X-Burger comigo - Natasha respirou fundo e mesmo irritada se sentou.

–Espero que se engasgue e morra com essa porcaria – ela esbravejou.

–Raiva – ele fez um sinal com a mão como um “checado” – Primeiro sentimento confirmado.

–Estava fazendo isso pra me testar? – ela perguntou mais irritada – Você é ridículo.

–Indignação – ele fez o movimento novamente.

–Quer saber se eu sou homicida também? – ela perguntou irônica.

–Não obrigado – ele sorriu e ela respirou fundo para se acalmar.

Não demorou muito para que o prato dos dois chegassem, Natasha estava mais calma e Steve achando graça em tudo aquilo. De certa forma o fato de Natasha agir como reagiu mostrou a Steve que ela era um ser humano, e que os sentimentos poderiam movê-la a fazer coisas em que trouxesse a confiança de Steve.

–Está gostoso? – ele perguntou a Natasha.

–Está – ela teve de admitir por mais difícil que fosse – Realmente muito bom.

–Por que não tenta agir mais assim? – Steve perguntou, mas Natasha pareceu não entender – Quero dizer, haja mais naturalmente, não como uma maquina.

–Eu tento – ela falou sinceramente – É difícil pra mim, é tudo que eu conheço.

–Acho que seu natural é esse então – Steve disse meio desapontado.

–Espera muito das pessoas Steve, eu não sou uma pessoa doce, sensível o qual eu tentei passar que sou – ela mordeu um pedaço de seu lanche, engoliu e continuou – Sou treinada para matar, enganar e não ter coração.

–E você quer viver assim pra sempre? – ele estava perguntado de curiosidade, não como um julgamento.

–Eu não sei – ela olhou para baixo, parecia entristecida – Veja você, nasceu, se tornou um herói, amou e hoje perdeu a pessoa que amava, isso não faz sentido, deve doer demais, é melhor viver sem.

–Não é assim - Steve limpou suas mãos sujas de mostarda – O pouco que amei e que fui amado valeu mais do que qualquer vida de herói, minha vida hoje é vazia.

–Quer saber de uma coisa – Natasha terminou seu lanche e também limpou as mãos – Você tem razão, eu sou franca demais pra ter sentimentos, prefiro levar um tiro do que ser magoada.

–Eu também – Steve sorriu.

–Há uma coisa que eu amo – Steve se surpreendeu.

–O que?

–Sorvete de chocolate – Natasha falou sorrindo, abrindo espaço que Steve tanto desejava.

–Difícil alguém viver sem gostar de sorvete de chocolate – ela sorriu animada – Vamos fazer o seguinte, assim que terminarmos a missão, iremos tomar um sundae de chocolate.

–Promete? – ela perguntou desconfiada estendendo a mão para concluir a promessa.

–Eu juro – ele apertou a mão dela selando seu juramento.


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Notas finais do capítulo

E entããããão o que acharam? Claro que não foi uma coisa que se diga "NOSSA, já estão casados", mas tudo tem seu devido tempo, e com esses dois não vai ser diferente. Próximo capítulo eu prometo Stark no pedaço, enchendo muito saco.

BEIJINHOS!!!

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É STASHA!