Angel With a Shotgun escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 5
Capítulo 4 - "Nós"


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoal lindo do meu coração...Esse capítulo é um dos meu preferidos, por isso espero que comentem bastante, apesar de ter pouquíssimos comentários no capítulo anterior.... Então leiam, aproveitem e COMENTEM, ok?

Beijinhooos!



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Steve já esperava a próxima ação de Natasha, ela sacou a arma da jardineira e apontou perfeitamente para ele. Ele apenas sorriu e cruzou os braços, um sorriso diferente de seu sorriso inocente de um cavalheiro, mas um sorriso um pouco sínico, um sorriso que Natasha conhecia muito bem. O sorriso de Steve desapareceu assim que iniciou a frase:

–Acho que sua farsa acaba por aqui, pegue suas coisas e vá embora.

–Quem disse que vou embora? – Natasha perguntou ironicamente ainda com a arma fixa para Steve.

–Eu estou dizendo – ele deu um passo a frente e Natasha fixou seu dedo no gatilho pronta para atirar – Não vai me matar, seja qual for seu plano você precisa que eu esteja vivo.

–Mas posso deixa-lo ferido – ela desceu a mira da arma até a perna do herói.

–Já levei muitos tiros antes – ele deu mais um passo.

–Não de mim – ela não tremia, sua mão estava firme, mas ela estava nervosa, não queria atirar nele, mas talvez fosse necessário.

–Não precisa atirar em mim agente – ele deu mais um passo e ficou próximo dela abaixando sua arma – Não vou machuca-la, só quero que me deixe trabalhar e não se meta mais em meus assuntos.

–Seus assuntos são assuntos que interessam muito para quem trabalho – ela guardou a arma – Senhor Rogers entenda que meu profissionalismo não vai permitir que saia dessa sem algumas explicações.

–Entendo seu trabalho senhorita Romanoff, mas o meu é proteger o meu pais e as pessoas que vivem aqui e no momento a senhorita é a ameaça – ele deu alguns passos para trás, não parecia blefar, o que deixou Natasha curiosa.

–Quem te contou que eu era a Viúva Negra? – era quase uma afirmação, ela só precisava saber quem.

–Eu descobri – ele falou serio.

–Isso é mentira – ela afirmou – Não tente ser melhor mentiroso que uma espiã. Você sabia que eu iria mudar para o seu prédio, sabia qual eu era e o motivo de estar aqui.

–Eu... – ele era rápido, mas não tão rápido quanto Natasha.

–Diga um nome e eu vou embora, te deixo em paz com o que quer que você esteja fazendo – ela deu de ombros.

–Isso também é mentira – Steve podia não saber decifrar as pessoas tão bem quanto Natasha, mas ele era esperto o suficiente para saber que ela não o deixaria em paz.

–Ótimo, faremos em tão da forma difícil.

Não deu tempo para muita coisa, Natasha apenas correu lançando-se no ar de encontro com Steve que foi derrubado por ser pego de surpresa. Ela colocou seus joelhos o prendendo no chão e proferiu dois socos que Steve desviou. Sem entender muita coisa Steve levantou Natasha, mas ela logo pulou por cima ficando em suas costas e o derrubando novamente.

–Acha que pode me vencer? – Steve perguntou enquanto agarrava Natasha pela parte superior da jardineira.

–Não – ela deu um mortal caindo de pé feito uma gata traiçoeira na frente de Steve – Mas posso faze-lo cansar.

Ela sorriu maliciosamente enquanto Steve se preparava para o próximo golpe que não demorou muito, uma voadora impecável que foi desvencilhada por Steve fazendo com que Natasha caísse no chão já em posição de ataque.

–Entenda que eu não quero brigar – Steve falava enquanto ela aplicava repetidos golpes, que todos eram evitados por ele.

–Entenda que eu só quero um nome Capitão – ela deu um chute e Steve pegou seu pé a torcendo para cair em sua frente, mas Natasha estava acostumada e virou subindo novamente nas costas de Steve – Um nome – ela sussurrou em seu ouvido.

–Você não precisa saber, só precisa esquecer isso e voltar para casa – ele a puxou pelo braço e novamente ela caiu em sua frente ficando de pé.

–Eu não tenho casa Capitão – ela tentou sacar sua arma na jardineira, porém Steve apontou a mesma arma para ela.

–Acho bom começar a procurar uma então agente Romanoff – Natasha ergueu as mãos rendida, sabia quando não podia lhe dar com alguém.

–O que quer de mim Capitão? – ela perguntou com uma expressão contrariada.

–Quero que vá pra casa – ele abaixou a arma – Não deve se meter com isso, principalmente porque você não sabe com quem realmente está lhe dando.

–Isso é uma ameaça?

–Isso é um aviso, e não é de mim que estou falando senhorita – ele entregou a arma de volta para ela – Estou falando de quem está contra mim.

–Acho que meus superiores gostariam muito de saber de quem o senhor está falando – ela pegou a arma e recolocou na jardineira.

–Tenho certeza que sim – Steve deu um sorriso irônico e deu as costas para ela - Adeus senhorita Romanoff, e espero que faça uma boa mudança – ele acenou e começou a caminhar.

–Não vou sair de onde estou, preciso terminar isso – ela gritou já que ele estava longe, ele parou, mas não virou.

–Se eu fosse a senhorita, pensava duas vezes antes de se meter em algo que sabe tão pouco – Steve voltou a caminhar para saída.

Natasha pensou um pouco naquela frase, ele não estava falando dele mesmo, mas sim das informações a respeito da missão. Ela não sabia o motivo real de estar atrás de Steve, Fury não havia dado nenhuma informação para ela, ela estava buscando algo que realmente não fazia sentido nenhum.

Ela correu até Steve que caminhava tranquilamente, ele já havia feito aquilo de proposito, sabia que ela se perguntaria a respeito da missão que foi pouco informada.

–O que sabe sobre isso tudo? – ela perguntou e Steve parou e a olhou.

–Acho que muito mais do que você imagina – ele respondeu de pronto.

–Vai me contar ou vou ter que te dar outra surra? – ela perguntou tentando ser mais descontraída.

–Acho que podemos tomar um café – ele a chamou – Um café de verdade – ele falou do falso café que ela havia lhe servido.

–Então teremos que ir a uma cafeteria, pois eu não sei cozinhar – ele voltou a caminhar e ela o seguiu.

–Eu percebi – ele deu um sorriso e ela também.

[...]

Os dois já estavam sentados esperando que fosse servido o café. Uma garçonete muito atraente morena com olhos claros serviu o café e lançou certo charme para Steve que não percebeu.

–Acho que ela estava te paquerando – Natasha lançou um sorriso vendo a expressão de indiferença de Steve.

–Eu não tenho tempo para isso – ele falou sério – A minha pergunta é: Posso confiar em você senhorita Romanoff?

–Eu não confiaria – ela respondeu bebericando seu café.

–Obrigada por ser sincera – ele também tomou um gole de café – O que quer saber exatamente?

–Quero saber exatamente tudo o que me foi escondido.

–Acho que a única coisa que posso lhe oferecer é que eu sabia que você viria, fui informada há duas semanas atrás, no momento achei que seria algum tipo de piada, porém a pessoa me afirmou que seria você.

–A pessoa que conversava com você outro dia? – ela perguntou já sabendo que ele conhecia a verdade.

Foi dado uma pausa quando a garçonete voltou a mesa deles com um sorriso no rosto perguntando animada:

–Desejam mais alguma coisa?

–Não obrigado - Steve falou sem tirar os olhos de Natasha, ela era sorrateira demais e ele tentava decifra-la.

–Sem problemas – ela saiu desanimada.

–Ela ficou de coração partido – Natasha zombou

–Isso não me importa – Steve deu de ombros - O que você havia perguntado?

–Sobre a pessoa que conversava com você no falso laboratório – ela o lembrou.

–Na verdade aquilo era uma voz reproduzida de computação – ele sorriu – Eu sabia que você me seguiria e queria muito que você pensasse que eu acreditei nas suas mentiras.

–Não é a primeira vez – ela deu de ombros – Mas por que resolveu me contar a verdade?

–Acredito que você pode me ajudar com uma informação.

–Fazemos uma troca então – ela decidiu, não que ela contaria a verdade.

–Não confio em você – Steve falou sério.

–Por que sou russa? – ela perguntou já sabendo que um capitalista nunca confiaria em uma comunista.

–Por que é espiã – ele corrigiu – Não posso contar o que sei e você contar uma porção de mentiras.

–Acho que você não tem muitas escolhas – ela tomou mais um gole de café e viu na reação de Steve que ele estava sem saída - Por quem você foi informado? – ela perguntou já sabendo que ele não falaria mais nada.

–Fui procurado há duas semanas por um dos responsáveis do meu descongelamento, Nick Fury – o coração de Natasha deu um solavanco, mas ela não deixou transparecer – Ele me ajudou muito a voltar a viver apesar de ter perdido muitas pessoas, fui convencido que não estava mais em minha época, que tudo havia mudado. Ele não me chamou mais desde o incidente em que me encontraram, porém ele me procurou e pediu para que eu pesquisasse algumas coisas para ele, disse que seria raptado.

–Raptado? – Natasha não sabia se ria ou se ficava com raiva da atitude de Fury, que tipo de palhaçada era aquela?

–Sim, eu pedi para que me deixasse protege-lo, mas ele se negou dizendo que seria exatamente assim. Depois disso ele falou que você seria mandada para me espionar, ele deixou ordens claras que deveria enganar você até certo ponto, procurar um lugar sem vigilância e lhe contar que eu sabia quem você era.

–Que tipo de plano é esse? – Natasha perguntou mais para si mesmo do que para Steve.

–Acho que ele pensou que você me ajudaria encontra-lo e saberia exatamente o que fazer, não que eu precise de sua ajuda, mas ele pensa assim.

–Acredito que você foi enganado Capitão – Natasha bebeu seu café em um só gole – Nick Fury está bem e a salvo.

–Como assim? – Steve olhou desconfiado – Conhece Nick Fury.

–Podemos dizer que mais do que você imagina, mas a questão é, alguém está tentando enganar nós dois, pois tenho certeza que Fury não foi raptado.

–Como pode ter certeza disso? – Steve perguntou curioso.

–Porque Nick Fury mandou que eu o espionasse – ela foi enfática.

–Não entendo, porque ele falaria tais coisas para mim? – Steve abaixou a cabeça, parecia meditar a respeito do assunto.

–Talvez alguém fingiu ser Fury, talvez eles tenham tentado fazer com que parecesse ele, mas na realidade é outra pessoa – Natasha raciocinou.

–Faz sentido, mas por que me colocar em uma missão para achar alguém que não precisaria de ajuda – Natasha não tinha pensado nisso – Agente Romanoff – Steve pareceu ter uma ideia – E se for ao contrario agente Romanoff, e se quem te enviou nesta missão não e o Fury, se estiver a enganando pra conseguir algumas informações que eu tenho.

–Impossível – ela pareceu pensar no assunto, fazia sentido, mas não o bastante, era como um quebra cabeça em que faltassem muitas peças para completa-lo – Eu não consigo entender.

–Está difícil – ele deu um gole no café – O Fury te deu mais alguma informação importante, qualquer uma – Steve tentou fazer com que Natasha se esforçasse mais um pouco. Ele sabia que ela era uma espiã, ter a mente focada e aguçada era sua função, era seu trabalho.

–Foi a missão mais estranha que já recebi, sem qualquer informação a seu respeito, era como se ele nunca o conhecesse, como se fosse uma nova pessoa para todos.

–Isso não tem lógica, Fury me descongelou, ele sabe tudo sobre mim, a S.H.I.EL.D já me pediu várias coisas, isso é completamente absurdo – um silencio mortal pairou no local, Natasha estava concentrada e Steve também, era como se duas mentes muito aguçadas trabalhassem juntas, mas sem muitos resultados.

–E se eu procurar o Fury? – Natasha pergutou já sabendo que aquela não seria uma boa ideia.

–E se ele não for realmente o Fury? – Steve contra atacou.

–Temos então que continuar fingindo – ela deduziu – Até termos mais informações vamos fingir que eu não sei de nada, que ainda vi você conversando com alguém improvável e que você ainda acredita na minha mentira, continuaremos na busca desse Fury misterioso até termos uma posição do Fury que me enviou para cá. É um ótimo truque, até nós sabermos a verdade.

–Acho que “nós” não existe nesta frase senhorita Romanoff, isso é um trabalho pra mim – Steve falou sério.

–Acho que é tarde demais pra não existir um “nós” capitão, você querendo ou não eu já estou envolvida nisso, e vou até o fim – Natasha falou decidida calando o capitão.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Agora o negocio vai ferver... Eu gostei desse capítulo apesar de ter um mais pra frente que eu amei, tudo está na minha mente ainda, mas quando escrever vai ficar legal... Quero bastante comentários, nada de fantasmas que em breve eu posto mais...
BEIJINHOS PESSOAL!