Mon Affection escrita por Saki


Capítulo 1
Apegado


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas da Terra.
Tudo bem?
Finalmente resolvi fazer uma fanfic YATORI, eu realmente amo! Amo muito Yatori. E espero que vocês gostem!
A fanfic vai ser pequena, com um ou 2 capítulos depois deste, iria ser uma one, mas estava grande demais.
Então... Boa leitura.
Espero que não tenha ficado entediante.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506547/chapter/1

Naquela rua, poucas pessoas podiam ver um garoto de cabelos pretos azulados e olhos azuis — tão azuis, que penetravam em sua alma, deixando você vislumbrada com aqueles azuis claros e profundos —, seu rosto era em uma forma perfeita e de cor clara, sua boca tinha uma cor perfeita, nem rosa e nem vermelha, o formato dela estava em "O" — provavelmente, porque um fantasma/monstro corria atrás de si. Vestia lenço azul bem clarinho surrado no pescoço, parecido com os cowboys de filmes antigos, um casaco moletom preto com listras azuis bem claros — quase chegava a ser branco, vestia uma calça com o mesmo estilo.Segurava uma katana enquanto corria e desviava dos ataques do monstro e botas marrons. Ahn? Se ninguém daquela rua percebia este tipo de coisa? Bem, poderia dizer que sim, mas simplesmente ignoravam, além disto, já era de madrugada, então, quase não havia pessoas naquele lugar da cidade.

Se você olhar para ele, provavelmente não iria acreditar que este garoto era um deus, bem, acho que não poderia dizer que era um deus esplendido, não tinha templo e nem um devoto. E, além disto, tinha uma personalidade estranha e pobre e poderia caracterizar ele como um mendigo e a procura de esmolas. Seu nome era Yato, e ele fazia tudo por uma moeda de 5 yenes. Sim, ele realmente era um mendigo.

— Yato! Cuidado! — Gritou o garotinho loiro, que na verdade, era a espada. Na "língua" daquele mundo de deuses e fantasmas, são chamados de "Shinkis", são as armas dos deuses. Não vou explicar exatamente o que são.
Yato logo se alertou, e desviou do golpe do fantasma.

Aproveitou a chance e pulou na direção do fantasma, quando se aproximou ajeitou a espada e moveu ela rapidamente no corpo do monstro. O azulado aterrissou no chão, e no corpo do fantasma brilhou em na pele dele um "X" e logo depois o corpo despedaçou e desapareceu.

— Conseguimos de novo, Yukine! — Gritou o moreno todo animado fazendo um "V" com as mãos, e logo depois sua espada brilhou e o garotinho loiro apareceu do seu lado.

Yukine tinha uma aparência completamente fofa, cabelos loiros claros bagunçados, olhos alaranjados e grandes. Uma pele perfeita e clara, que chegava a ser branca, estava com um sorriso fraco no rosto. Vestia um casaco aberto verde musgo, com um capuz com pelinhos brancos e por dentro do casaco era laranja bem escuro, por baixo vestia uma camiseta branca. Também usava uma calça jeans azul bem escuro, para completar seu estilo bad boy, com all stars preto. Fofo, com esta palavra poderia descrever toda a sua aparência, parecia ter 14 anos, mas já estava completando 16, claro, se não tivesse morrido antes disto, NÃO! Yukine já estava morto faz tempo, mas agora servia seu mestre, Yato, como uma shinki.

— Claro que sim, Yato — Disse enquanto colocava suas mãos dentro do casaco. — Vamos logo! Amanhã tenho que estudar com Hiyori.

— Você vai estudar com a Hiyori? — Yato perguntou com um brilho nos olhos, o moreno adorava estar com aquela garota de cabelos achocolatados.

— Sim, sim... Já esqueceu? Seu grande idiota.

Começaram então uma discussão quase que sem fim. Hiyori na verdade era uma humana meia-fantasma, uma longa história. Possuía longos cabelos achocolatados, com uma bela franja bagunçada na testa, tinha belos e grandes olhos rosas, com um delicado rosto nem muito pálido nem muito escuro, nariz bem pequeno, e lábios rosados. Costumava vestir seu uniforme escolar, uma longa saia lilás, e uma blusa típica de uniformes do ensino fundamental japonês, com mangas longas e lilás com detalhes brancos e roxos, e o resto da blusa de mesma cor, em cima dela havia um detalhe branco em forma "V" com uma listra roxa escura, assim como em todos os uniformes de marinheiras. Preso nele havia um lacinho de mesma cor da listra, vestia uma blusa roxa mais clara por baixo, assim deixando um detalhe bem fofo no uniforme. Para completar o visual, usava meias de mesma cor do laço. Quando sua alma deixava seu corpo, ganhava uma calda rosada. Hiyori era filha de médicos famosos e ricos, apesar de tudo, era bem humilde, não como a maioria das famílias ricas. O que Yato mais adorava na garota, eram seu sorriso e sua personalidade animada.

A garota havia se tornado a melhor amiga daquela dupla, sempre que podia tentava ajudar os dois, e quando se estressava gostava de usar golpes de boxe no maior. Bem, era uma garota bem divertida para passar o tempo. Yato tinha prometido ajudar Hiyori a parar de sair de seu corpo, mas como não sabia a solução do problema, apenas enrolava a garota, o que a irritava bastante! Com o tempo enrolando ela, os dois haviam se apegado um ao outro. Mas, nem por isto, parava de bater no deus.

Nos tempos vagos da morena, ela ensinava o pequeno Shinki às coisas que aprendia na escola, já que o menor não podia ir a escola, por certos problemas, o que não vem ao caso agora. Yato esperava ansiosamente — até mais que o loiro —, pelo momento que Hiyori iria ao templo da deusa que hospedava os dois.

Yato quando chegou ao templo, deitou rapidamente na cama, desejando que o dia chegasse logo para que pudesse ver a dona de cabelos achocolatados.

--------------------------------------------------------

O dia chegou, e Yato já não aguentava mais esperar, e Yukine mal podia esperar para aprender algo novo com a morena. Mas, já estava se estressando com seu mestre que já estava furando um buraco no chão do templo de tanto andar em círculos, e não aguentava mais o ouvir perguntando a cada segundo se faltava muito para a garota chegar.

— CHEGA! — Gritou Yukine apertando os fios louros do cabelo. — YATO, CALE A BOCA E PARE DE ANDAR EM CÍRCULOS! A HIYORI JÁ ESTÁ CHEGANDO, OKAY?!

— Eu sei, Yukine... — Choramingava Yato fazendo uma carinha de cachorro na chuva. — Mas... Eu quero que a Hiyori chegue logo!

Ultimamente Yato havia se tornado completamente carente em relação a dona de cabelos achocolatados, claro que todos já sabiam o motivo, mas o lerdo do moreno não tinha se tocado ainda sobre nada. E o que mais sabia de todos os sentimentos vindos de Yato, era Yukine, que apenas suspirava quando ele começava a ficar carente. Yukine sentia era raiva, não era raiva de ciúmes ou coisa do tipo,pois ele via Hiyori como uma irmã mais velha, a raiva vinha da lerdeza que cada um tinha. Nenhum dos dois percebiam seus sentimentos! No entanto, o loiro se divertia vendo a relação daqueles dois.

— É só esperar... Se acalme!

— Tudo bem... — Falou enquanto se sentava na almofada perto da mesinha cheia de livros escolares e cadernos.

Yato desenhava em um caderno qualquer, qualquer um ficaria admirado com aquelas habilidades extraordinárias de desenho. Bem, ele é um deus, então... Acho que tem que ser bom em pelo menos alguma coisa.

Parou imediatamente de desenhar, quando ouviu passos, seus olhos começaram a brilhar e um sorriso foi se formando, a mente do moreno foram se formando frase que poderia dizer para ganhar a atenção de Hiyori. Oh, ele parecia uma criança esperando sua mãe chegar para ganhar toda a atenção dela. Yato poderia ser forte o quanto fosse, mas acho que todo mundo precisa ganhar atenção da pessoa que mais gosta.

Então a porta se abriu e apareceu uma garota, mas não era Hiyori. O que deixou Yato completamente desesperado. Oras! Ela não deveria já ter chegado?! Yato bufou e começou a xingar baixinho. Já Yukine apenas suspirou e foi olhar para a garota a sua frente.

Kufuku. A deusa dona do templo em que ficavam, dona de cabelos curtos e rosados, tinha olhos roxos, com uma expressão infantil, uma boca rosada com um biquinho, e uma pele branca. Tinha um tamanho normal, costumava vestir como se estivesse indo para a escola. Uma camiseta social branca, com uma gravata quadriculada rosa escuro, claro e um pouco de amarelo. Por cima da bainha da camiseta, usava uma saia da mesma cor da gravata, só que esta possuía babados brancos na bainha. Para completar o visual fofo e infantil de Kofuku, uma meia roxa em um tom cinza.

— Yukine... — Falou em um tom infantil. — Más notícias, a Hiyorin não vai poder vir.

Yukine com um olhar triste apenas respondeu "Tudo bem", e deitou na cama para dormir. Ou apenas fingir. Sabia que Yato faria uma grande birra em um copo de água. Sabia o que estava Yato estava sentindo, o elo ajudava muito a saber todos os sentimentos de cada um. O que Yato sentia? Bem vão entender com as falas do moreno.

— AHN?! COMO ASSIM?! — Gritava enquanto ia na direção da rosada. — POR QUE A HIYORI NÃO VAI VIR?!

Kofuku ficou surpresa com o "ataque" de Yato, que tinha agarrado seus ombros e começado a balançar a mesma.

— Se-gre-do — Respondeu a garota sorrindo enquanto mexia seu dedo indicador.

Kofuku mal deixou Yato responder e fechou a porta. O moreno além de decepcionado, ficou com cara de "que droga acabou de acontecer?", sentou-se no chão e imediatamente pegou o celular e discou o número que já sabia de cor. Iria brigar com Hiyori por deixar Yukine esperando, e diria que o lourinho estava completamente triste.

Grande mentiroso. O que queria mesmo era ouvir a voz de Hiyori e também estava bravo, pois queria ver o grande sorriso de sua amiga. Esperou alguns segundos e ouviu a mensagem dizendo que o número estava desligado ou fora de área. Yato queria gritar com a operadora como se fosse culpa da mesma.

Onde diabos estava Hiyori? E por que não podia vir?! Iria tirar as informações de Kufuku! Nem que fosse a última coisa que faria em sua vida pobre!

Abriu a porta e correu em uma incrivel velocidade atpe cozinha, abrindo a porta encontrou Kofuku rindo com seu shinki, Daikoku. Um homem alto, com um corpo musculoso, possuía uma pele bronzeada e uma expressão séria. Tinha cabelos lisos penteados para trás de cor castanha, olhos pequenos e castanhos claro, um nariz grande — não chamava muita atenção. Em seu queixo havia uma barbicha pequena. Costumava usar uma blusa social rosa bem claro — quase não chegava a ser rosa —, para fora da calça marrom bem clara, com um cinto marrom escuro, também usava botinas bege claro, belas haviam cardaços de mesma cor, no salto da mesma era marrom que chegava a ser preto.

Os dois olharam assustados para Yato, que estava completamente desesperado.

— O que foi, Yato? — Perguntou gentilmente Kofuku.

— Kofuku, é melhor que me diga o motivo de Hiyori não vir!

— Não posso, Yato... Prometi para Hiyori!

— Por favor... Kofuku... Não recuse... — Sabe aquela cara de cachorro que caiu da mudança? Bem, Yato estava com esta cara. — Não se esqueça de nossa história!

— Tudo bem! O motivo é— Seria uma pena se o grandalhão do Daikoku interrompesse a fala da baixinha.

— Não diga para o Yato! Você prometeu! — Disse o mesmo que havia colocado uma mão na boca da rosada, ora... Não deveria confiar na deusa que nos tras desgraças.

— Qual é, Daikoku! Deixe a Kofuku dizer! — Repreendeu Yato.

— Não posso, — Bufou o mais velho daquele lugar — prometi para a Hiyori.

— Por favor... — Os olhos de Yato se encheram de lágrimas, oh... Que dó do pobre cachorrinho.

— Yato... — Suspirou o grandalhão — Isto não vai funcionar comigo. Ande logo e de o fora daqui, antes que eu roube todas as suas moedas.

— NÃO! — Gritou enquanto segurava sua garrafa cheia de moedas e acariciava — IT IS MINE! NÃO TOQUE NAS MINHAS PRECIOSAS!

Yato correu para fora do templo, e começou a vagar pela cidade. Oras... Será que a garota com qual tanto se importava havia se tornado sua inimiga? Ela o odiava? Será que tinha se cansado de viver com um pobre que nada fazia de certo? Ou talvez não gostava de sua personalidade estranha? Não suportava um deus pobre? Era tão humilhante assim? Se fosse isto, ela iria se arrepender quando se tornasse famoso, rico, e cheio de templos por aí.

Seu idiota! Hiyori não iria odiar ele por um motivo tão fútil! E pare de fazer drama, ela só esta ocupada ou fazendo uma surpresa! Quando havia se tornado tão dependente de Hiyori?! Está agindo como uma criança que quer chocolate!

Bufou e chutou uma pedra, já estava ficando confuso. Parecia uma criança tentando planejar um plano maluco para pegar o presente de natal antes da meia noite, porque não gostava de esperar para ver a surpresa. O que faria? Iria na casa da Hiyori? Não, se fosse lá, iria para espionar a garota e descobrir o que ela estava aprontando, pois se mostrasse que estava lá, provavelmente ela o mataria.

Ótimo. Já tinha um plano! Iria stalkear sua amiga. Realmente. Yato era infantil. Muito infantil. Como uma criança que faria tudo para conseguir um brinquedo.

— Hiyori! Eu já estou indo!

-----------------------------------------------------------

A casa de Hiyori era realmente grande, não era uma mansão, mas era grande o bastante para habitar pelo menos 6 pessoas. Acredito que Yato nunca iria conseguir um templo deste tamanho, mas, o mesmo acreditava que algum dia iria ter bem mais que isto. O que custa sonhar, certo?

Subiu em uma grande árvore que ficava por ali perto, e tentou olhar dentro do quarto de Iki, observou, e nada. Não havia ninguém ali, naquele quarto o que havia era apenas o vento. Viu o uniforme de Hiyori pendurado em um cabide, e outro de um modelo diferente preso em outro. A saia era mais curta — o que o deixou bem incomodado—, e tinha um modelo bem diferente do antigo, somente o que os deixava parecidos, era o modelo de marinheiro e cor ser um roxo/lilás parecido. O uniforme de colegial. Se lembrou que em pouco tempo, Hiyori entraria para o colegial.

Ela estava crescendo, e ele apenas continuando naquela idade. Um dia ela iria se esquecer dele, crescer, se casar, ter filhos e então morrer. E ele? Continuaria ali, para sempre. A eternidade poderia ser boa, mas ao mesmo tempo assustadora. Todos que você ama iriam desaparecer, e você ficar ali. Yato não podia negar, mas mesmo que seja cruel, no fundo desejava que Hiyori morresse e se tornasse sua shinki, para que assim, pertencesse somente a ele por toda sua eternidade.

De repente a porta foi aberta, e Yato viu o que desejou tanto tempo. Iki Hiyori. Ele a desejou desde a última vez que a tinha visto, 3 dias atrás. Hiyori estava linda como sempre, em seu ponto de vista, amarrou seus cabelos em chiquinhas, e vestia uma blusa amarela de lã com mangas longas , usava um short preto, e suas habituais meias longas pretas, estava sorrindo, e segurava alguns pinceis, Yato se perguntou o que ela estaria fazendo.

Estava completamente admirado por ver a garota, até que então viu que alguém estava com ela, ficou bravo. Pois não era alguém que conhecia e muito menos algo que lhe agradaria, porque se fosse uma garota tudo bem, mas um garoto?! Com ela?! Sozinhos?! Em seu quarto?! O que Hiyori esta pensando?! Oras! Aquele garoto pagaria!

Ciúmes.

Yato esta completamente consumido pelo ciúme. O pior, é que o garoto era bonito. Não que reparasse em garotos, mas... Tinha que admitir. Ele até que era bonitinho. Cabelos castanhos bagunçados, alto, de pele clara, e olhos azuis. O formato do rosto era perfeito, possuía um sorriso bonito — do tipo que fazia garotas desmaiarem —, vestia uma roupa bem bonitinha. Calças jeans escura, uma blusa vermelha estampada com uma caveira, e um casaco de couro. Tipo bad boy? Era deste tipo que Hiyori gostava? Este era o motivo do "abandono" dela? Oras! Não iria aceitar.

Yatogami, um deus — pobre, mas um deus — não perderia para aquele tipo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Ficou legal?
Espero que sim!
Comentem :3
E me desculpe qualquer erro, eu re-li, mas não percebi algum, e também meu word parou de pegar... Então, nunca se sabe e.e
Até mais~~
Espero que leiam o próximo!