Make Up escrita por Negromon


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem depois de um tempinho escrevendo na aula, veio o cap. Espero que gostem :3



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Blá Blá Blá... A única coisa que eu ouvia sair da boca do coala era Blá Blá Blá...

Não sei o que era pior, ter que fingir que prestava atenção, ou me segurar para não rir. O professor Roger era um ser engraçado. Se Alguem olhasse para ele fixamente, conseguia ver a imagem do buda. Um Buda beiçudo e peludo (peço desculpas ao Buda por esta comparação).

O pior já havia passado, só mais um período e eu encontraria o “carrasco”, mas depois de tanto pensar cheguei a conclusão que podia se tratar de uma carrasca. Em toda minha estada neste “covil do tinhoso”, “buraco quente do das espinhas”, ou como minha mãe chama, “escola”, nunca tive nenhuma inimizade, porém houve duas excessões :

Fred O'Conell; Filho do diretor. Era como um chefe da máfia no Winchester fazia de tudo por 10 pratas desde suspender até alguém ou aumentar suas notas. Ele implicava com quem tinha menos de 1,60 (o que me incluia na época), porém ele se mudou e nunca mais vi dele desde o oitavo ano. O que indica que seja:

Margaret Thompson; bem, ela é era uma garota normal até a ultima vez que a vi. Ela sempre foi apaixonada por um garoto chamado Frank. Porém quando ela foi se declarar pra ele, Frank estava ficando com Annie. E como ela é um pouco... vingativa e ciumenta, ela me pediu para ajudar ela com um planinho pra fazer ciúmes. Porém ela ficou torrando minha paciência, resolvi xingar ela pra ela pra ver se ela saía do meu pé. Como isso ocorreu uma semana antes das “férias”, e ela ter dito que “teria volta”, a situação é sugestiva.

Eu aguentei mais um período, mas desta vez de espanhol com a professora mais parecida com um esqueleto deste mundo (para ser mais preciso, imaginem um esqueleto com uma peruca ruiva, uma sobrancelha desenhada a canetinha e dentes afiados), e ainda tentava não dormir ouvindo aquela voz que soava como um rangido em meu ouvido.

Quando ouvi o sinal para o intervalo andei porta a fora torcendo para não encontrar Annie. Por sorte não tive problemas em sair dos corredores, o problema agora seria quem eu encontraria, pois se não fosse Margaret, eu não sabia o que esperar.

Na parte de trás do ginásio havia um grupo de pessoas escoradas na parede. Só fui perceber que eram garotas e não macacos fumantes com cabelos coloridos quando estava a mais ou menos uns oito passos delas. Me aproximei mais um pouco e uma delas ergue a mão com seu cigarro e me olha de cima pra baixo:

E aí magrelo.

Eu nunca a reconheceria se passasse por esta pessoa na rua, mas a sua voz... era a de Meg. Depois de analisar sua feições eu conseguia ver; Era como duas imagens sobrepostas: Antes uma garota de longos cabelos loiros que agora davam lugar a uma franja laranja com a lateral da cabeça raspada; um piercing atravessava seu nariz, e seus olhos azuis ganhavam mais destaque em seu olho arredondado. Mesmo sendo vingativa e meio maluca, ela era e continua sendo linda.

Então... – Falou ela vindo a meu encontro – … Achei que você não vinha.

A que devo a honra de seu encontro Meg? Ou devo chama-la de carrasca?

Hum... pode ser Meg.

E qual o lance do carrasca?

Bem lembra-se o que você falou... Ou melhor, do que você me chamou da ultima vez que nos vimos?

Me lembrava como se tivesse chamado ela naquela mesma manhã. Ela me seguia corredor a fora tentando me convencer que o plano dela era o certo a fazer, e eu acabei explodindo e acabei gritando:

CALA A BOCA PORRA!!! Ele nunca vai te querer. QUEM vai querer namorar ou beijar uma garota vingativa, asquerosa, chata e que seria uma futura ex?”

De fato eu exagerei, eu devia ter pedido desculpas pra ela mas nunca cheguei a pedir.

Eu afirmei com a cabeça para responde-la, quando suas amigas me cercaram.

Bem, pelo menos você acertou no vingativa.

Então... eu vou apanhar? – De fato era o de se esperar, mas como a mente de Meg trabalha como um Jigsaw eu não tinha certeza que iria só apanhar.

Seria fácil demais e divertido de menos... Vamos jogar jogo que tal?

Eu tenho opção?

Aceita ou não recusa – Eu cogitei sair e deixar ela no vácuo neste momento, porém eu vi uma das “amigas-gorilas”dela sacar uma soqueira, então resolvi nem me mexer.

Que jogo seria?

Seguinte: o jogo se chama “O que você prefere”. Digamos que eu diga: “O que você prefere: comer batata frita ou comer pizza?”. Você escolhe uma delas e come o que escolheu. Entretanto neste caso eu te dou duas opções e você pode optar por não fazer nenhuma delas. 3 rodadas, cada rodada um ponto. Marca dois e eu nunca mais volto a aparecer ou falar com você. Mas...

Mas?

Se você perder, vai ter que me ajudar com o meu planinho, ok?

Eu pensei muito, mas como eu havia realmente magoado ela muito achei que não haveria problema. E eu tenho confiança suficiente pra ganhar um joguinho simples.

Ok eu topo. Mas me diga: Por que sua amiga tem uma soqueira?

Pra garantir que você não vai fugir. – Ela deu um pulinho e gritou – PRIMEIRA RODADAAAA! Nathan, o que você prefere – Ela puxou o maço de Marlboro vermelho que ela tinha em seu bolso. – fumar um cigarro ou me dar um beijo de 30 segundos?

Sinceramente, se eu não fosse asmático eu teria optado pelo cigarro ( eu não uso a bombinha faz um tempo, mas arriscar pra que?).

O beijo... – Falei relutante.

Ela se aproximou e enrolou os braços em torno do meu pescoço e seus lábios fluíram suavemente em torno dos meus. Podia sentir algo a mais naquele momento; ela me apertava forte com os braços porém era suave com seus lábios. Essa combinação de suavidade era algo muito viciante. Uma de suas amigas anunciou o fim dos 30 segundos. Curtos 30 segundos. Ela se recompôs.

Por que um beijo?

Ela sorriu de canto:

Pra poder te perguntar: Como e beijar uma garota vingativa e asquerosa que ninguém beijaria?

Aquilo ecoou na minha alma. Quando ela viu que eu não responderia continuou:

Ok, um ponto. Segunda rodada. Nathan, o que você prefere: Quebrar a sala do diretor agora, ou roubar um beijo da Anete?

Anete era a garota mais... não... o simples fato de dizer que aquilo era uma guria já é um elogio. Imaginem uma mistura de Pou com espinhas e um lobisomem. Isso: um Pou Lobisomem com problema de acne. Isso era a Anete. E como ela era essa coisa, obvio que resolvi passar.

Certeza? Não quer considerar? – Apenas a encarei e ela prosseguiu – Ok, Terceira rodada. Nathan, o que você prefere: Gravar um video seu vestido de mulher se declarando pra alguém do time de futebol, ou voltar pra aula vestido de mulher?

Era algo difícil, porém era mico de qualquer maneira. Eu seguiria por voltar vestido de mulher pra não envolver mais ninguém, porem quando fui falar minha decisão ela acrescenta:

Ou prefere a rodada bônus?

Rodada bônus, rodada bônus... – Se eu soubesse que era uma armadilha eu teria mantido a minha escolha.

Ela sacou o celular de seu outro bolso e estendeu para mim:

Nathan, o que você prefere: ligar agora para a Annie, dizer que ela é uma vadia e pra ela nunca mais aparecer na sua frente, ou desistir e me ajudar?

Eu podia ligar para Annie e dizer depois que era a porcaria de um jogo. Mas não. Annie é muito sensível com coisas assim, já a vi chorar por coisas menores e maiores, e sei como é difícil pra ela se recuperar, mesmo sendo algo pequeno. Ela nunca me perdoaria.

Eu desisto...

Meg sorriu de orelha a orelha e começou a pular de alegria gritando.

Então, qual o meu castigo?

Bem... este castigo foi muito vergonhoso, mas pelo menos não magoei a Annie. Desta vez.


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