Não pude acreditar no que aconteceu ontem a noite, eu chorava e chorava não apenas por ter sido rejeitada pela primeira vez por um menino também pela morte de minha mãe. eu subi para o meu quarto e me joguei na minha cama não me troquei,não me mexi,não falei,não gritei,apenas sonhei com todas as lembranças boas que ainda que me restam de minha mãe e meu pai.

um nos abandonou e a outra acabou por falecendo deixando duas pessoas nesse mundo tão cruel e maldoso!

Naquele momento eu não sabia mais o que fazer na minha vida, apenas chorar e chorar sem pensar em nada só na minha família que acaba de ser destruída.

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O sol finalmente saiu e voltou a brilhar, expulsando aquela noite de puro inferno. Eu acordei no chão mais uma vez, com várias coisas caídas ao meu redor.

– Não me lembro de ter destruído tudo. - Disse eu quase sem voz.

Eu estava com o uniforme amarrotado meu cabelo despenteado e muita olheira pelo motivo da falta de sono e muitas, muitas lembranças boas e ruins ao mesmo tempo.

– Eu não vou chorar! Tenho certeza que minha mãe queria que eu seja forte ... MAS EU NÃO CONSIGO.

Minha tia entrou no quarto preocupada e se espantou com meu quarto todo bagunçado e desarrumado.

– Mas oque está acontecendo aqui?

– Apenas uma garota quase órfã idiota sofrendo por uma pessoa que não mora mais entre nós.

– Não diga isso! Sua mãe sempre vai estar conosco sempre em nosso coração!

– É MENTIRA TUDO QUE VOCÊ DIZ É MENTIRA MINHA MÃE MORREU E TEMOS QUE ACEITAR O FATO SEM ESSAS COISAS IDIOTAS.

Minha tia fez uma expressão triste e ao mesmo tempo irritada disse.

– Desça tome seu café e vá para a escola não quero mais saber sobre esse assunto.

quando eu realmente me irritei:

– Você não tem o direito de dizer isso, sai da minha vida não quero mais olhar pra essa sua cara, não quero saber se você quer me dar ordens e nem de seus conselhos então por favor saia do meu quarto e... VÁ SE CATAR.

ela saiu do quarto e bateu a porta com tudo! Acho que peguei muito pesado mas meu sofrimento falava mais alto.

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Penteei meu cabelo passei a mão no uniforme pra desamarrotar um pouco desci e peguei uma maça e sai de casa.

– Minha vida ficou muito boa a partir de agora. acho que vou viver de baixo da ponte pedindo dinheiro pra cada um que passa. -falei baixinho.

Quando cheguei na escola todos olhavam pra minha cara com cara de dó! Tive vontade de chorar novamente mas continuei controlada.

–Amiga fiquei sabendo do que aconteceu e realmente estou mal por você. Não sei como você veio para a escola hoje. - Disse Nádia

– Você é realmente muito forte te admiro bastante. -Consolou Vick.

– Agradeço a todos mas realmente quero ficar um pouco sozinha.

– Tudo bem! TODOS PRA LÁ KCT. gritou Nádia.

– Olá alunos todos sentem por favor que vou começar a aula de Historia, porém antes gostaria de dizer que eu realmente sinto muito sobre oque aconteceu com sua mãe Mariana é realmente triste perder a mãe NUM ACIDENTE DE CARRO.

Tinha me esquecido disso, minha tia havia contado para mim e Rafael que nossa mãe estava embriagada enquanto dirigia o carro. Provavelmente ela bebia para esquecer tudo oque sofreu com nosso pai hehe mas olhe onde essa merda toda chegou. A respeito do Rafael estava tão chateado quanto eu não deve ter ido nem a escola e provavelmente não vai sair do quarto tão cedo.

– Não precisa sentir nada professora. Em um certo momento chega a hora pra todo mundo professora e é claro que pra minha mãe não foi diferente.

– Não seja grossa consigo mesmo. Por mais que a pessoa chegue em um ponto onde precise de limite acho que a morte é o pior castigo, Concordam turma?

– SIM FESSORA. -disse toda a classe.

Continuei calada durante o resto da aula.

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Já estava praticamente no penúltimo tempo tempo de aula. não consegui segurar passaram pela minha cabeça as lembranças bondosas de minha mãe os momentos de agressão de meu pai quando eu era menorzinha ,mas ainda lembro e por fim a rejeição de Diego.

Peguei minha coisas e sai da aula sem a ordem de ninguém muito menos do professor que dava aula. Eu já estava morta de tanta raiva e tristeza que não me controlei.

– Mari... disse Nádia na sala de aula

– Coitada não está aguentando toda essa pressão.-disse Pitty conversando com Gabi e Nádia.

– Verdade... concordou Gabi

Subi os degraus e subi para o terraço da escola onde o vento batia e fazia um sol bem gostoso chorei e acabei por dormindo.

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Quando acordei percebi a presença de mais alguém ali... essa pessoa era Diego.

– Oque você está fazendo aqui? -perguntei

– Eu? bem a pergunta é oque você faz aqui? eu sempre fico aqui nos intervalos e alguns dias depois das aulas.

– Ah! me d-desculpe eu não s-sabia.

– Se desculpar não vai adiantar você já está aqui mesmo. -disse ele sem se importar.

Fiquei sem ter o que dizer e apenas balancei a cabeça concordando.

– Soube oque aconteceu com você...

– Claro agora todo mundo sabe isso não é novidade tantas coisas pra se preocuparem querem perder tempo sentindo pena de mim. -reclamei

– sei oque você esta sentindo Mari...ana

– Me contaram que você mora na casa de seus tios! é verdade?

– E isso importa??

– Só foi uma pergunta não estou te obrigando a responder nada.

–Tá,tá é verdade sim meus pais morreram quando eu tinha 2 anos e fui adotado pelos meus tios que estão pouco se lixando pra mim.

– É a nossa realidade,oque podemos fazer.

Ele se aproximou mais de mim e meu coração começou a bater mais forte quando do nada ele me abraçou.

* pensamento: Merda e se ele escutar meu coração batendo*

Ele se afastou de mim e disse:

– Estava te devendo uma depois de ter dito aquelas coisas.

–V-val-e-u um abra-ço era tudo que eu preci-s-sava

– Enquanto o trabalho,vem na minha casa amanhã podemos resolver o que fazer. MAS e só fazer o trabalho sem amizade nenhuma...

Meu coração bateu tão forte que tive vontade de dar outro abraço nele mais me controlei.

– T-tudo bem.

Enxuguei as lágrimas,peguei minha mochila e sai correndo deixando ele pra trás. com essa conversa toda com ele acabei me sentindo melhor um apoio de um ami... quero dizer de um "conhecido" me faria tão bem.

Mas acabei descobrindo uma coisa nele bem além de um "desconhecido" ou "amigo" acabei descobrindo que...

Me apaixonei

por um garoto

que me trata

muito mal.

Continua...