Hoje eu acordei animada e disposta, já estou até me sentindo melhor pela morte de minha mãe. Espero que ela descanse em paz , depois de tudo o que ela passou.

Eu pedi desculpas a minha tia pelas coisas que eu disse, ela me entendeu que eu estava em um momento ruim afinal não e todo dia que alguém que você ama muito morre... ou te abandona.

– Hoje é sábadooooooooooooooooooooooo . -disse Rafael animado.

– Avê não grita eu acabei de acordar que merda!

– Cala Boca eu estou comendo. -retrucou ele.

Depois do café da manhã eu subi para o quarto para ver que roupa eu iria vestir para o "trabalho" com o Diego!!

– Eu tenho que estar maravilhosa!!!

Eu revirei o guarda-roupa INTEIRO pra achar nada que me agradasse.

– Ei essa blusinha...

Eu estava reconhecendo, minha mãe havia me dado de aniversário!

– N-não eu não vou chorar.

Eu coloquei a blusa e uma saia azul , coloquei meu All Star preto, coloquei as coisas dentro de minha mochila e desci.

– Onde "cê" vai??

– Não é do seu interesse não senhorito Rafael. E olha bico calado se eu escutar a minha tia reclamando que eu estou saindo ao sábados em vez de ajuda-la a lavar a louça eu te esgano.

– Tenho certeza que se minha mãe estivesse aqui nada disso estaria acontecendo, ela colocaria um limite em você sua piranha.

– Vai trabalhar e não enche o saco Rafael.

– Sou muito novo pra trabalhar retardada.

– Então se mata idiota.

Sai de casa com pressa quando lembrei...

– Eu não acredito que esqueci de colocar minha correntinha...

Aquela correntinha era preciosa pra mim, minha mãe dizia que meu pai tinha comprado pra ela e depois que ele nos abandonou ela não suportou mais olhar para aquilo e decidiu me dar para ser uma lembrança dele!

– Tarde demais pra voltar já vai dar quase 13:00

Me apressei para chegar ao endereço daquele papelzinho idiota que ele me deu.

– Acho que é aqui

Me deparei com uma casa grande azul com um portão branco e então toquei a campainha pronta para ser atendida.

– Ah é você...

– Ué? esperava que fosse quem?

– Alguém que valesse a pena olhar.

– Idiota

– Entra logo

Eu entrei pra dentro e achei a casa bem simples sem muita coisa de especial.

– Fica aqui na sala eu vou pegar o resto das coisas lá em cima.

– Tá...

Ele subiu e aproveitei para dar uma olhada no resto da casa bem rapidamente afinal eu não deixaria essa passar.

– Mas oque é isso?

Entrei numa especie de quarto onde havia caixas de papelão e alguma fotos. Nela havia fotos de Diego e seus pais adotivos que seriam seus tios.

– Nossa ele sempre foi um menino tão lindo.

Meu coração batia de uma forma diferente , eu já sabia que sentimento era esse mas por que tinha que ser ele?

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Escutei passos na escada e corri pra sala.

– Vamos começar essa porcaria de trabalho saco!

– Tudo bem. -disse eu de uma forma bem meiga.

– Oque houve com a sua voz, idiota?

– Nada.

Pensamento: Mas como eu faço uma merda dessas não posso me descuidar assim.

Começamos a fazer o trabalho sobre economia , ele desenha muito bem e isso nos capacitou de desenhar mais ou menos um mangá pequeno.

criamos a personagem e colocamos ela explicando as parte mais importante e por último decidimos pôr um nome.

– Que tal Economia é show? sugeri

– Não.

– Economia é demais?

– Não.

– Economia não é demais?

– Não, idiota. tem que ser algo interessante para chamar a atenção de quem ler.

– Então que tal: "A Nossa Economia"

– Argh, não está pra lá dessas coisas mas... gostei.

Meu coração acelerou tanto que tive vontade de tocar seus lábios.

– Vou colocar o título e provavelmente vai estar terminado!

– T-tá

– Mariana...

Pensamento: Ele lembrou meu nome é um milagre?

– O que??

– Nada.

– T-tá... b-bem n-nos vemos na s-segunda f-feira

– Até Mariana...

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Nesse dia não consegui mais dormir andei pensando em certas coisas que eu não tenho coragem de fazer.

Eu não sei se devo

Ele nunca mais vai olhar na minha cara

Eu não posso

comecei a chorar no meio do estudos no meu quarto. Eu não estava conseguindo pensar em mais nada a não ser nele.

– Não posso continuar assim, querendo ou não querendo, ele me aceitando ou não eu vou...

Me confessar

Continua...