Christany atacou Rin, levando-a ao chão. O prefeito correu, se esbarrando no filho, James. Raven derrubou a porta da sala do prefeito apenas com um chute. A vampira correu em direção aos dois, mas foi derrubada por Levi.

– Raven... Pare! Você está sobre controle efeito de hipnose. Você não é assim. – pediu o rapaz.

– Você não sabe como eu sou. - A garota agarrou no pescoço do rapaz e o tirou de cima dela, jogando-lhe contra a parede. Levi se levantou e fitou a namorada.

– Eu não quero machucar você.

– É mesmo?! Não se preocupe. – encarou-o - Não vai!

Raven atacou Levi, batendo com força sua cabeça no chão. Contudo, na sequência, o mesmo puxou sua perna, derrubando-a e se pondo de pé em seguida, cambaleante e tonto pela batida. A jovem correu em sua direção, mostrando as presas, cravando as longas unhas de uma mão no braço direito do moço, enquanto a outra penetrava aos poucos na região da mandíbula. Mesmo receoso do que fazia, o rapaz tomou a oportunidade e fez a rival como refém, puxando-lhe fortemente pelos longos cabelos. Raven tentou correr, mas ao perceber que o híbrido era mais rápido, virou-se rapidamente num corredor,onde se encontravam várias pessoas.

Levi não sabia qual delas era a sua adversária, já que ela havia usado seu poder de transformação para se esconder. Caminhou lentamente entre aquela multidão, olhando para todos os lados, pois sabia que a loira tentaria um golpe surpresa.E assim foi,recebendo um chute na nunca, o que o fez cair no chão e Raven mudando para sua verdadeira forma. Ao notarem o que estava havendo ali, as pessoas correram de um lado para o outro. A vampiro correu em sua direção, usando a parede para seu golpe, sem sucesso. Levi conseguiu esquivar e a segurar com muita força, imobilizando-a.

Noutro corredor, Rin entrou rapidamente numa sala qualquer, a qual por sorte estava vazia, fechando temporariamente a porta para que pudesse ter tempo suficiente de encontrar qualquer coisa para defender-se. Não muitos segundos depois, Christany arrebentou a porta das dobradiças num só chute e correu até a jovem, do outro lado da sala, estrangulando-a e tentando persuadi-la com seus poderes.

Com a visão já embaçada e com falta de ar, a jovem tentava encarar o teto e pensar numa alternativa qualquer para se livrar ou escapar daquela situação. Tudo o que desejava naquele momento era poder estar com Raven e Ana Julia novamente, se possível, naquela mesma caverna. Quem sabe seria a hora de se juntar ao... Uma ideia veio-lhe a mente assim como a imagem!

Esticando ao máximo o braço antes que Christany pudesse fazer-lhe um mal maior, conseguiu empunhar uma curta estatueta de bronze sobre a estante ao lado, e com toda a força momentânea, atingiu a cabeça da adversária, que a soltou e cambaleou para poucos metros mais longe. Enquanto a mesma tentava colocar-se de pé corretamente para poder retornar a atacar, Rin pegou uma cadeira de madeira ali presente e bateu na mesma, a qual caiu para trás, sentada numa mesinha de centro com tampo de vidro, o qual estilhaçou.

Enquanto isso, Patrick perseguia seu alvo: O prefeito Glinston. O ex-líder dos caçadores encontrou-o junto com James. Ele então, correu em direção aos dois e conseguiu segurar no braço do filho vampiro, o entortando. O garoto se agachava, com a dor que sentia. Embora tivesse sido transformado antes do adversário, era certamente mais fraco, pois não utilizara seus poderes frequentemente. O prefeito, vendo aquela cena, retirou uma arma de seu terno e atirou contra o inimigo, que imediatamente soltou o braço de James.

O vampiro se debateu na parede e passou a mão no local do tiro, que se curava. Olhou novamente para o homem, que não escondia que estava assustado. Patrick tentou mais um golpe e acabou sendo lançado contra a janela por James. A janela que,ao ser atingida com tamanha força, quebrou-se em pedaços, fazendo o vilão cair do outro lado.

Rin corria pelos corredores, até que se deparou com o pai e o filho e tratou logo de abraçar o vampiro com todas as forças. Ambos preocupados com os ferimentos do outro.

–Onde está a Raven?! - Perguntou James,recebendo um olhar confuso vindo da garota.

Numa tentativa de soltar-se, Raven virou-se e mordeu a mão do rapaz, pulando instintivamente para seu pescoço assim que sentira o gosto do sangue, entretanto, após alguns segundos, Levi aproveitando a vulnerabilidade da amada, retornou a situação e prendeu-a contra a parede.

– Me solta seu...! – ela o encara, com a boca suja de sangue e vendo a camisa do mesmo ficar úmida com o líquido rubro a escorrer – Como você...

– Esqueceu que eu já sou parte vampiro? – ele dolorosamente, para si próprio, estrangulou-a até enfim, desacordá-la – Desculpa, Raven! – sussurrou ao seu ouvido.

Rin, James e o prefeito chegaram ao encontro do híbrido. A garota logo correu até ele e segurou a amiga nos braços.

–Ela vai ficar bem?! - Indagou

–Sim. O efeito da hipnose vai passar quando ela acordar. -Respondeu Levi.

O prefeito abriu uma das janelas e olhou para o lado de fora. Após isso, voltou seu olhar para os presentes.

–Patrick fugiu.

–Droga.Se tivéssemos algo para usar contra ele.Algo que ele pudesse voltar para buscar...

–Nós temos. -James interrompeu Levi. - O garoto.

***

Christanny acordara e se assustou ao ver que Patrick a observara.

–Missão falhada. Vamos embora, antes que os policias cheguem. -Disse, apressando-se.

–Espera. E o meu irmão?!

–Voltamos para buscá-lo.

O vampiro estendeu a mão em sua direção.A garota assentiu e segurou na mesma, abrindo suas asas e saindo pela janela, levando-o.

***

–Muito bem, as coisas já estão preparadas. Podemos começar o feitiço. -Anunciou Ana Júlia.

Christian segurava a garota, e aproximou-se com cautela da bruxa. Após soltá-la, no local onde seria realizado o feitiço, Rose puxou Nathalie pelos cabelos e uma faca e apontou para a cabeça da garota. Todos se mostraram surpresos, e Jack e Angeline, que antes estavam sentados, levantaram-se de imediato.

–Desculpem, mas eu não posso deixar vocês a mandarem de volta.Não depois do trabalho que eu tive para fazer tudo acontecer.

–O que?! Como assim?! - Perguntou Angeline.

Rose inquietou-se. Mas decidiu que já estava na hora de todos saberem.

–A culpa de tudo que houve é minha.

'' Ana Júlia andava de um lado para o outro na caverna, assustada com a vingança que tivera. Ela precisava arrumar uma forma de impedir que ela se concretizasse.Impedir que seus amigos fossem mortos ou virassem ou escravos e, perguntara a si mesma o que podia fazer para isso não acontecer...

–Ressuscita todos que morreram em Collsville desde que os caçadores foram criados. Vocês terão mais vantagens - Uma voz sussurrou em seu ouvido. A bruxa não conseguia ver ninguém e aquilo devia ser coisa da sua cabeça. Mas não era uma má idéia.

–Eu não tenho força para isso. -Murmurou para si mesma.

–Use o poder da lua cheia. Você consegue. -A voz continuou e logo sumiu...

***

Os cientistas estavam no laboratório, tentando criar uma arma tão poderosa,que nenhum ser sobrenatural seria capaz de aguentar. Depois de falhas como o dispositivo e os robôs...

–Não temos idéia do que criar. -Disse o líder do grupo, batendo fortemente suas mãos sobre a mesa.

–Por que não cria uma cura?! - Uma voz entrou em sua cabeça.

–Cura?!

–É... Uma cura antisobrenatural. Todos que fossem atingidos voltariam a serem humanos. Vocês seriam considerados heróis e venderiam milhares para os outros países.

–Uma cura. É uma boa idéia. -Alegrou-se.- Quem é você?! -Não teve resposta. - Fale comigo!!!

–Doutor, com quem está falando?! - Perguntou uma de suas companheiras.

–Com ninguém. Eu acho.

***

Nathalie enforcava cada vez mais Hiendi, esta tentava se soltar, sem sucesso. Até que avista sua irmã, Ana, na mira de um robô.

–Ana. –Grita Hiendi.-

–Você não consegue se soltar, não é?! Olhe,tem uma bala de cura no chão. Acerte a barriga dessa vadia e enfie a cura nela.Ela não vai mais te atormentar.

Hiendi se assustou com a voz em sua cabeça,mas não tinha tempo de questionar nada. Chutou a barriga de Nathalie, que a soltou. Hiendi pegou uma bala de cura no chão e a enfiou no coração de Nathalie, que caiu no chão. Em seguida, Hiendi correu até a sua irmã.''

***

–Você fez tudo isso para poder voltar?! Mas... Como?! - Indagou Ana Júlia

–Eu tinha um amigo bruxo e conversava com ele diariamente. Entretanto, ele não tinha poderes suficientes para me trazer de volta. Nem com a ajuda da lua cheia. Então parti pra você. -Explicou Rosalya- Ele me devia uma. E usou a sua magia para me fazer conversar com os outros. ERatão fraco que eu tinha de ser breve. Não conseguiria me manter na mente deles por muito tempo.

–Você me chamou de vadia?! - Perguntou Nathalie.

–Eu morri atropelada por um ônibus. -Continuou- Vocês não fazem idéia da agonia que é ficar olhando os humanos do outro lado.

–E por que você queria que todos voltassem?! Não bastava apenas você?! - -Indagou Christian.

–Era o único jeito de eu assumir a forma de outra pessoa. A escolhida foi essa vampira, mas eu era lobisomem antes de morrer. Cansei de me depilar toda a semana e me transformar em toda a lua cheia.

–Olha, a sua história está muito interessante, mas poderia abaixar a faca?! Não estou a fim de morrer assim.

Angeline caminhou a vampira.

–Devia ser horrível ser uma lobisomem. E eu entendo isso. Eu gostei muito de vocês, mas se a Nathalie não voltar, a Krys vai ficar presa em um lugar obscura e tenebroso. Por favor,eu quero a Krys de volta.

Rose soltou,devagarinho,a ex- vampira e e recebeu um forte abraço da anjinha.

–Bom, se esse é o meu fim... Queria dizer que foi divertido. Mas não estou afim de enrolar, então, bruxinha, acabe logo com isso.

Ana Júlia se sentou de frente à garota e segurou em sua mão. O feitiço havia se iniciado. Dalila, presa.Sentiu sua alma deixar o corpo da garota. Em meio à um grito, Jack correu rapidamente até o local onde ela se encontrara, com esperanças de ver a sua amada de volta.Mas, ao abrir a porta, encontrou apenas o corpo jogado no chão, manchado de sangue, com uma estaca de madeira cravada o estômago.