Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 50
Fugitiva


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal, mais um capítulo. Espero que gostem e tenham uma boa leitura.



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Já era de manhã e o sol estava nascendo. Em uma cabana no meio da floresta, Patrick, acordara, abrindo lentamente, seus olhos. No começo, sua visão estava embaçada, mas aos poucos, foi melhorando.

–Eu estou no inferno?! – Sussurrou, como mal estava conseguindo falar. Uma senhora estava sentada em uma cadeira, ao lado da cama onde ele estava deitado.

–Que bom que você acordou. Já estava ficando preocupada.

–E você é...?!

–Sou a Srª Felt. Meu marido é caçador, e onde a noite quando saiu para caçar te encontrou, caindo no chão. Achamos que estava morto. –Disse a mulher.

–Então, eu não estou no inferno?!

A senhora riu.

–Claro que não, não diga bobagens. Pobrezinho, está delirando. Você parece estar tão fraco. Continue na cama, precisa melhorar. – A mulher se levantou e caminhou até a porta.- Se precisar de algo, não esqueça de chamar.

Patrick tenta se levantar, mesmo parecendo uma tarefa impossível na situação em que ele se encontrara. Com um pouco de esforço, ele consegue se manter de pé, mas ainda estava muito enfraquecido e tinha que se apoiar na parede para poder caminhar. Ele chega até a sala e percebe que a porta estava aberta. Um homem, o mesmo que caminhou até ele com a arma na noite passada. O pescoço do mesmo estava á mostra e os instintos de Patrick falaram alto. Usando sua velocidade vampiresca,Patrick tenta atacar o pescoço do senhor, mas ao passar pela porta, é impedido pela luz do sol, batendo em seu corpo e começando a queimar.

Sentindo muita dor, o vampiro retorna, rapidamente,para dentro da casa, encostando na parede. A senhora escuta o barulho e corre em direção á ele,segurando-o.

–Eu disse para você ficar na cama. –Disse a senhora, ajudando Patrick á deitar-se, sem notar o que o ex-caçador iria fazer e sem notar, o que ele realmente é.

–Por que está cuidando de mim?!

–Eu e meu marido amamos cuidar das pessoas, fazer o bem. Temos três filhos que nos ajudam muito. Isso se chama humanidade.

–Humanidade?! Faz tempo que perdi a minha.

Ana Júlia acorda com seu celular tocando. Era Iran. A bruxa atende o celular, rapidamente.

–Oi Iran, eu queria mesmo falar com você. Eu encontrei o feitiço para mandar Nathalie de volta para o outro lado. Não é tão complicado.

–Era sobre isso que eu queria falar com você. –Diz Iran.- Ela fugiu.

–O que?! – Perguntou a garota.- Como assim?!

–Eu acordei hoje de manhã e ela não estava.Encontrei um bilhete dela na mesa da cozinha e dizia ‘’ Olá Iran, muita obrigada pro me hospedar em sua casa, infelizmente, vocês querem me levar de volta para o outro lado, e eu não quero voltar. Saí da cidade e não me procurem, pois não irão encontrar. Beijo na boca, de Nathalie’’.

–Mas que idiota iria fugir e não querer ser encontrada e deixar um bilhete?!

–E então?! O que vamos fazer?!

–Quer saber?! Mesmo sem bilhete ou com bilhete, irei rastrear ela.Ela irá voltar para o outro lado, querendo ou não. Estarei aí em 15 minutos.

Ana Júlia desliga o telefone e desce as escadas, se encontrando com Levi.

–Levi?! Você dormiu aqui?!

–Sim. Me desculpe, é que eu queria ficar perto da Raven.

–Sem problemas. Mas,e aí?! Alguma novidade?!

–Não. Ela ainda não se lembra de nada. Irei passear com ela pela cidade,para ver se as lembranças voltam.

–Boa sorte. A propósito, eu e Iran iremos atrás da Nathalie e como não sei se ela está longe ou não, não sei quanto tempo ficarei fora. Quero que você cuide da minha casa para mim. Irei deixar as chaves em cima da mesa. Está bem?!

–Claro. –Responde o rapaz.

–Obrigada.

Na casa de Jack, o lobisomem e Krystal se beijavam no sofá. A porta do quarto se fecha fortemente e os dois se separam,com medo de ser Angeline.

–Podem continuar. – Diz Alexia.

–O que você está fazendo aqui?! – Pergunta Krystal

–Jack disse que eu podia ficar aqui o tempo que eu quisesse.

Krystal olha para Jack, com os olhos semicerrados. O lobisomem percebeu que ela não havia gostado e tentou explicar.

–Ela estava sem lugar para dormir.

–Ah, estava sem lugar pra dormir?! Acho que debaixo da ponte, não tem ninguém morando.

–Ai, credo Krys. Por que você me odeia tanto?! E o nosso tempo de amizade?! – Pergunta Alexia. – Você devia me agradecer. Fui eu quem te tirou daquela prisão na base dos caçadores, lembra?!

–Não. Foi você e o Joe. E também, você só me salvou por que queria se vingar do Patrick ,por criar máquinas que caçariam você até te exterminar. Se não fosse por isso, você teria deixado ele fazer o que quisesse comigo. –Disse a garota- E agora eu te pergunto, adiantou do que?!

–É claro que adiantou. Fui eu que ataquei ele na guerra.

–Você o atacou na guerra?! – Perguntou Jack

–Sim. Vocês se lembram daquele movimento de carros que a Diana causou?! Foi para me dar cobertura, para que eu pudesse atingir o Patrick. E funcionou. Só que eu não matei ele, por que o desgraçado enfiou uma seringa com a cura na minha perna e eu virei humana. –Explicou.

–Espera aí.Se você mordeu o Patrick, mas não o matou, significa que ele pode estar andando por aí como um vampiro. –Disse Krystal.

–Muito bom, senhorita óbvio.

–E se isso aconteceu... Nós temos um problema. –Disse Jack.

Levi levou Raven para o parque.Rin foi junto com ele.

–Eu vou comprar um sorvete para Raven. De chocolate, o preferido dela. E se eu tiver sorte,ela lembra de alguma coisa. – Disse o rapaz.

–Tudo bem, eu vou ficar aqui, sentada nesse banco. Olhando as crianças. – Disse a garota.

–Ok. Vem Raven, vamos para a sorveteria.

–Eu não sei o que é isso.

–Vem, você vai gostar.

Levi segura na mão de Raven e caminha com ela até a sorveteria. A vampira se mostrava insegura. Rin ficou olhando para as crianças, que brincavam. Um rapaz, de preto, usando um capuz e blusa de mangas compridas senta-se ao lado dela.

–Olá.

–Oi.

–Sou James. –Disse o garoto.

–Rin. – Respondeu.

–Bonito nome.

–Obrigada.

–Você participou da guerra, não é?! Aquela bruxa.

–Se eu disser que sim, você vai parar de falar comigo?!

–Claro que não. Mesmo que você seja uma bruxa, eu sou um vampiro.Então... Não tem muita diferença.

–Um vampiro, é?! Como é ser um vampiro?! – Perguntou a garota.

–Péssimo. Você sente sede de sangue por todos. E pra mim é mais difícil, por que eu sou o filho do prefeito dessa cidade, então sempre estou rodeado de pessoas.

–Você é o filho do George Glinston?!

–O próprio.

–Deve ser realmente difícil. Mas também, eu não sou mais bruxa. Fui atingida por uma cura e agora sou apenas uma humana.

–Não, mesmo que você tenha perdido seus poderes, nunca será ‘’apenas uma humana’’. – A garota sorri.

Ana Júlia chega á casa de Iran, com seu livro em mãos. O bruxo já a esperava.

–O que pensa em fazer?!

–Irei fazer um feitiço de localização. Mas, para isso, preciso de algo dela. Algo que ela usou e continue intacto.

–Bom... Ela bebeu nesse copo ontem, e eu não lavei.

–Serve. –Dis a garota, sentando no chão e cruzando as pernas, enquanto colocava o livro no chão. Ana Júlia pega o copo e começa o feitiço.

O telefone de Iran tocou e o bruxo atendeu, caminhando até a cozinha para não atrapalhar Ana Júlia.

–Jack?! O que foi?!

–Iran, hoje a Alexia disse mordeu o Patrick, mas que ele injetou a cura nela antes que ela pudesse matá-lo. O que significa que se Patrick não foi morto, ele virou um vampiro.

–E se ele virou um vampiro, ele virá atrás da gente para se vingar.

–Exatamente.

–Olha, a Nathalie também virou humana e não voltou para o outro lado. Se ela voltar, as almas dos mortos entrarão no corpo dos vivos e será uma tremenda confusão. Mas ela fugiu, então eu e a Ana Júlia vamos atrás dela. Fique atento com qualquer coisa estranha que acontecer na cidade e me ligue caso aconteça qualquer coisa.

–Está bem. –Diz Jack- Tchau.

Iran desligou o telefone e voltou para a sala de estar.

–Terminei. –Disse Ana Júlia. – Eu a encontrei, ela foi para a cidade de SandVille.

–Então vamos até lá. Ela não pode ter ido muito longe.

Ana Júlia pega seu livro e coloca dentro de sua bolsa. Ela e Iran entram no carro do bruxo e seguem viagem rumo á SandVille.

–Eu não sei onde fica a cidade. –Disse Iran.

–Para isso que serve o GPS. –Responde a garota, pegando o aparelho.

–Você pensa em tudo mesmo.

–Cidade de SandVille, aí vamos nós.


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