Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 51
Sobrenatural


Notas iniciais do capítulo

Olá Gente. Demorei?! Claro que sim. Mas não me matem, fiz isso por uma boa causa, para ajudar uma das minhas mais queridas leitoras. Enfim, espero que a demora tem valido a pena. E se puderem,dêem uma passada na minha outra fic, que se passa no mesmo universo que Noites Sombrias. O link, para quem se interessar:
http://fanfiction.com.br/historia/602313/Luas_Violetas/

Espero que gostem e tenham uma boa leitura.



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Iran e Ana Júlia continuavam sua viagem para a cidade de SandVille. Os dois permaneciam em silêncio e não haviam dito uma palavra desde que saíram de Collsville.A bruxa, então, decidiu acabar com o silêncio.

–Iran, por que você não pediu ajuda para ressuscitar a Hiendi?! Desculpe a pergunta, é que você a amava e eu achei estranho.

–Tudo bem. Eu ainda amo a Hiendi. Mas,não quero ela de volta. Raven voltou e não se lembra de nada. Quem sabe o que podia acontecer com a Hiendi?! Talvez ela voltasse com perda de memória ou até mesmo... Outra pessoa. –Explica Iran.

–Entendo. Você tem medo de que ela não seja a Hiendi por quem você se apaixonou.

–Exatamente.

–Nunca imaginei isso. Mas até que faz sentido.

–É, faz sim. Segundo o GPS, nós chegamos. Confere aí. –Disse Iran.

Ana Júlia saiu do carro e colocou o mapa sobre o capô do mesmo. Usando o copo que Nathalie bebeu, Ana Júlia fazia outro feitiço de localização.

–Segundo o meu feitiço, ela está aqui na cidade, mas a cidade é tão grande que levaríamos um dia inteiro para encontrá-la.

–Por que o feitiço de localização não poderia mostrar exatamente, onde ela está?! – Pergunta Iran

–Bom, sabemos que ela está por aqui e como está anoitecendo, não duvido que ela tenha parado em algum lugar.

De repente, um grupo de homens armados cercam os dois amigos bruxos. Iran ameaça jogar todos para trás, mas é impedido por Ana Júlia.

–Praticando magia na cidade?! Vocês vêm com a gente.

***

James levou Rin para a mansão do prefeito, seu pai.

–Puxa, é bem maior do que eu imaginava. –Disse a garota.

–É, mas eu não gosto disso. Por ser muito grande, cansa muito rápido ir de um quarto até a cozinha. – James sorriu.

–Você é um vampiro,pode ir correndo que chega em 2 segundos.

–Pode ser. Minha mãe não gosta que eu fique usando meus poderes dentro de casa. –Explicou o vampiro.

–Sinto falta dos meus poderes. De usar magia. E sinto falta do meu namorado também.

–Você gostava muito dele, não é?!

–Ele se importava muito comigo. Era um bom companheiro para se ter por perto. Mas ele se foi. Para sempre.

–Não, para sempre não. Ele pode não estar vivo fisicamente, mas na sua cabeça, ele está.

–De onde você tira essas coisas?! – Pergunta a loira.

–Leio muito livro de ficção que imita a realidade. E muita poesia. Se quiser, posso recitar um poema pra você.

A garota sorri.

–Eu acho que estou muito desesperada por companhia. Uma das minhas melhores amigas não se lembra de nada e a outra saiu da cidade. E agora eu estou aqui, sem poderes, na casa do prefeito , com o filho dele que mal conheço, contando a triste história da minha vida. Eu sou ridícula.

–Não é ridículo desabafar. E tem razão, a gente mal se conhece. Mas não é uma boa oportunidade para isso?! – Pergunta o vampiro, arrancando um leve sorriso de Rin.

***

A srª Felt preparava uma canja para seu hospedado, Patrick. O Sr Felt jantava na mesa, com seus dois filhos, sendo que o terceiro, de cinco anos, estava dormindo. A senhora avisa para sua família que irá levar a canja para o antigo caçador, e eles assentem. A mulher caminha até o quarto, onde ele se encontrara. Ao entrar,ela percebe que Patrick parecia entediado, olhando pela janela, a lua brilhando no céu.

–Trouxe para você. Vai ajudar a se recompor.

–O que é isso?!

–É uma canja de galinha. E está ótima.

–Argh. –O vampiro quase vomitou ao ouvir ‘’canja de galinha’’. –Eu odeio isso.

–Bom, então eu não sei o que lhe dar para te alimentar.

–Chegue mais perto.

A Srª atendeu ao pedido de Patrick e aproximou-se dele. Em um golpe rápido,o vampiro segurou seu pescoço.

–O que você é... O demônio?!

–Não. Sou pior que ele. –Responde o vampiro, quebrando o pescoço da velha e sugando seu sangue.

–Sua mãe está demorando demais. O que será que aconteceu?!

O Senhor caminhou para o quarto em que Patrick estava. Seus filhos continuaram jantando, até escutarem o grito de seu pai. Eles então, correram para ver o que estava acontecendo. A criança de cinco anos, que dormira, acordou com os gritos e saiu de seu quarto. Ele conseguia ver o sangue escorrendo pelos degraus escada.

Subiu as escadas, abraçando seu ursinho e entrou no quarto.Quase caiu para trás, quando viu sua família morta, com os pescoços quebrados e sangue escorrendo pela boca deles. Ao se virar, a criança encontrou os olhos psicóticos de Patrick, que o observava com um sorriso sádico. Seus olhos se encheram de lágrimas.

–Você os matou.Por que?! Eles te acolheram. –A criança perguntava, em meio aos soluços que vinham com o choro.

–Meu pequeno, essa é a minha natureza. Não ter compaixão com ninguém. Eu fui feito para matar e eles foram feitos para serem mortos.

–Você vai me matar também?!

–Sim. Mas não se preocupe, diferente dos seus familiares, irei te dar uma morte rápida.

E com isso, Patrick segurou a cabeça da criança, que se debatia. A última coisa que o pequenino fez, antes de morrer, foi soltar um grito de horror. Um grito que Patrick amava escutar. Um grito de medo.

***

Levi estava na casa de Ana Júlia, esperando Raven, que havia entrado no banheiro á pouco tempo. Ao sair, a garota parecia nervosa.

–O que são essas coisas na minha boca?!

–Do que está falando?!

–Esses dentes afiados. Eles não são normais.

–São presas.

–Quando estamos naquele lugar, eu senti uma vontade de atacar aquelas crianças. E eu terei atacado elas, se você não tivesse me trazido aquele sorvete. Por que eu iria atacá-las?! O que eu sou?! Eu sou um monstro?! – Perguntava Raven.

–Raven, você não é um monstro. Acontece que você é uma vampira e é normal sentir isso. É a sua natureza.

–Quantos eu já matei?!

Levi não respondeu. Nem ele mesmo sabia a respostas, mas sabia que Raven já havia matado milhares de pessoas, como todo vampiro.

–Quantos?!

–Eu não sei, ta?! Não sei. Chega dessa conversa, vamos fazer alguma coisa para a gente comer. Vem. –Levi ajudou Raven a se levantar do sofá e a levou até a cozinha. – O que você vai querer?! Pão?! Tem umas coisas aqui que dá para fazer uma lasanha. A minha não é tão boa, mas a gente aprende.

Raven encarava Levi, que não percebia, e olhava também para uma faca que estava em cima da mesa.

–Qualquer coisa está boa. –Disse, enquanto caminhava lentamente até a faca,pegando-a. A vampira olhou o objeto por um tempo, enquanto Levi tirava algumas coisas do armário.

–Bom, então, irá dar pra... –Ele parou de falar quando viu a garota.- Raven,o que você está fazendo?!

–Eu não quero mais matar ninguém. Eu não posso.

–Não faz isso.

Raven enfiou a faca em seu estômago. Levi correu para tentar impedir, mas não foi rápido o suficiente. A garota caiu no chão, sentindo muita dor e se contorcendo.Levi a pegou em seu colo e a levou para o sofá, deitando-a.

–Você vai ficar bem. É só um tempo até o ferimento curar.

–Eu sou um monstro. –Dizia a garota, em meio á um choro.- Eu preciso morrer.

***

Angeline estava no seu quarto, com Sally. Ela havia amarrado seu cabelo com uma fita vermelha em um rabo de cavalo e usava um vestidinho rosa florido.

–Você ficou linda. –Disse Sally.

–Obrigada. A Krys comprou pra mim. Foi legal, nunca tinha recebido um presente que não fosse roubando. Geralmente, no meu aniversário, o Jack roubava um vestido pra me dar.

–Legal. Agora você não precisa mais roubar.

–É...

De repente, Angeline se ajoelha no chão. Parecia que ela estava ficando sem ar. Sally perguntava o que estava acontecendo, mas sem sucesso. A fada então,voa atravessando as paredes, para alertar Krystal e Jack, esquecendo que eles não podiam vê-la. O sorriso de Angeline e seu olhar delicado foram trocados por uma expressão séria e o olhar ameaçador. Sally voltou para o quarto e tentava conversar com Angeline, que não lhe respondia.

–Ange, fala comigo.O que aconteceu?! Você está me vendo?!

–É, não era o corpo que eu queria, mas está bom. –Disse.

–Não pode ser. É como Jack disse pra Krystal, os mortos estão entrando nos corpos dos vivos.Demorei?!


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