Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 49
Quarta Temporada - Memórias


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Primeiro capítulo da quarta temporada. Espero que gostem, tenham uma boa leitura e como deve ter dado para perceber neste capítulo,essa temporada promete. Rsrs. Até mais.



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A noite de Lua Cheia não podia ser mais iluminada. A lua estava grande e bela, iluminando toda Collsville. As pessoas passavam pela ponte e faziam seus pedidos, com a imagem da luz, refletida na água.

Patrick,ex-líder caçador, agora um vampiro, caminhava lentamente na calada da noite. Ele estava cansado,com suas roupas rasgadas. Não podia contar com ninguém. Ele estava com fome. Não se agüentando em pé, o homem cai no chão,se escorando na parede. O que ele mais queria, era estar na ponte e morder o pescoço de todos ali. Mas não estava se agüentando em pé, e não conseguia correr para lá.

Um jovem rapaz, vendo a dificuldade do ser, resolve ajudá-lo. Chegando perto, agacha para ficar cara a cara com ele. Os olhos de Patrick estavam vidrados no pescoço do jovem e a vontade de atacá-lo ali mesmo, era grande. Patrick mostrou as suas presas ao jovem rapaz e o atacou, segurando seu pescoço, afim de morde-lo. Mas, o que ele não contava, era que o jovem tivesse uma estaca em seu bolso e a enfiou na perna do vampiro.

Patrick sentiu uma dor tremenda. O rapaz retirou uma arma de seu outro bolso e mirou no vampiro. Percebendo que estava em desvantagem, o ex-líder caçador resolveu fugir, correndo velozmente, mas não impedindo que fosse atingido por um tiro em suas costas. Como era recém-transformado, não sabia como correr direito, mas de qualquer forma, conseguiu fugir.

Ana Júlia chegou até a casa de Iran. A bruxa tocou a campainha e foi recebida pelo rapaz, que a permitiu entrar. Nathalie desceu as escadas, e ao ver a garota, parecia confusa.

–Isso está errado, você devia ter voltado. –Disse Ana Júlia.

–É, mas não foi isso que aconteceu. –Respondeu a ex-vampira.

–E então, você pode mandá-la para o outro lado?! – Pergunta Iran

–Espera aí,que história é essa de me mandar para o outro lado?! Eu estou bem aqui, estou viva. –Diz Nathalie.

–Mas você tem que voltar. Caso o contrário, pode dar uma interferência entre o outro lado e o nosso lado. –Disse a bruxa.

–Como assim?! – Perguntou Iran

–Quando eu fiz o feitiço, trouxe todos que morreram desde que os caçadores começaram a agir. Só que todos deviam ter voltado e com a Nathalie, ficou um a menos. Isso, se mais nenhum tiver sido atingido pela cura. –Explicou.

–Isso quer dizer, que... –Perguntou Nathalie.

–Se você não voltar, o equilíbrio entre os dois lados irá se quebrar. E aí os mortos, irão entrar nos corpos dos vivos e o nosso lado se tornará um caos.

–Então está decidido, você vai voltar. –Disse Iran.

–Eu vou procurar o feitiço para mandá-la de volta hoje e amanhã, a gente faz.

–Está bem.

–Agora eu tenho que voltar para casa e ver como a Raven está.

Ana Júlia deixou a casa do bruxo. Nathalie parecia assustada e Iran não demonstrava nada.

–Iran, eu não posso voltar para o outro lado. Eu gosto daqui.

–Está decidido Nathalie, amanhã, você volta para o outro lado. Você vai dormir no sofá. Eu vou tomar banho e por favor, não mexa em nada. –Iran sobe as escadas, deixando a garota sozinha.

Na casa de Jack, o lobisomem estava na cozinha, fazendo algumas receitas de família. Krystal estava na cozinha, ajudando-o.

–Até que você não é um mal cozinheiro. –Disse Krystal.

–Eu sou um ótimo cozinheiro. Quer dizer, pelo menos era o que minha mãe dizia.

–E o que aconteceu com eles?! Sua mãe e seu pai?!

–Eu não me lembro de muita coisa. Só de um incêndio na casa da minha avó. Eu fui o único sobrevivente.

–Eu sinto muito.

–Tudo bem, até que foi bom. Eu fui para um orfanato, com minha irmã e vivemos lá. Foi a nossa casa.

Krystal sorriu, dando um beijo no rosto de Jack. O lobisomem retribuiu o beijo, com um selinho, em seguida, os dois se abraçaram.

–A porta estava aberta, então eu fui entrando.

–Alexia?! O que você está fazendo aqui?! – Pergunta Krystal

–Eu vim jantar com vocês. Sei que estão se sentindo sozinhos, então...

–Não estamos nos sentindo sozinhos. –Disse Jack

–Está bem. Eu estou me sentindo sozinha. Diana saiu da cidade e agora que sou uma humana, que por sinal, é uma espécie desprezível, não me leve a mal, Krys, eu estou meio... Entediada. –Explicou Alexia.

–Está bem então. Pode ficar.

–Obrigada cachorrinho. –Diz Alexia, apertando a bochecha de Jack e recebendo um olhar de raiva vindo de Krystal, fazendo-a soltar imediatamente.

No quarto de Angeline, a garotinha estava deitada na cama, olhando através da janela as pessoas passando.

–O que foi Ange?! Parece triste.

A anjinha virou-se rapidamente para ver quem era. Ela estava reconhecendo aquela voz, mas precisava ter certeza de quem era.

–Sally?! – Perguntou. – Você está viva?!

–Não necessariamente. Eu ainda estou morta, mas eu queria falar com você e pelo visto você queria falar comigo, então,nós podemos nos ver. –Respondeu a garotinha. – Agora me conta, por que você está triste?!

–Eu estou me sentindo solitária, presa. Quando vivíamos na floresta, eu sempre tinha algo para fazer. Sabe, tenho saudades do tempo em que roubávamos para sobreviver. Agora que não precisamos mais, eu não sei o que eu faço.

–Não diga isso. Você tem que ficar feliz por não ter mais que roubar. Agora você tem tudo. Televisão, brinquedos, família. E não diga que está solitária, pois eu sempre estarei aqui. –Disse a fadinha- Agora chega de tristeza, vamos brincar.

A anja sorriu e pulou da cama, alegremente. Mesmo Sally não estando viva, era como se estivesse.

Levi chegou na casa de Ana Júlia, nervoso e feliz ao mesmo tempo. Ele sabia que o feitiço de ressurreição havia dado certo, mas não sabia se havia sido completamente. A garota abriu a porta e o rapaz já foi perguntando se havia dado certo, recebendo um movimento com a cabeça, positivamente.

–Onde ela está?!

–Vamos com calma. Você se lembra que eu disse, que o feitiço teria conseqüências?! – Perguntou Ana Júlia.

–Lembro.

–Pois bem, venha. –A bruxa guiou o rapaz até a sala de estar, onde Raven estava acordada, sentada no sofá,olhando alguns álbuns de fotografias. Levi caminhou lentamente, até a vampira, sentando-se ao seu lado e pegando em sua mão.

–Oi Raven. – A vampira parecia assustada, e o olhava com um olhar de confusa.

–Quem é você?! – Perguntou, fazendo com que Levi desmanchasse sua expressão de felicidade e recuando a mão, que o garoto segurava.

–Raven, sou eu. Levi. Seu namora... Quer dizer, seu amigo.

–Eu... Eu não lembro de você.

O jovem olhou para Ana Júlia, que decidiu que era melhor explicar para ele.

–Ela não se lembra de nada. Eu até consegui um álbum de fotografias dela, mas mesmo assim, não funcionou. -Levi se levantou e caminhou até Ana Júlia.

–Não tem alguma forma de fazê-la se lembrar?!

–Não encontrei nenhum feitiço no meu livro.Me desculpe Levi.

–Sendo assim, eu tenho que fazê-la se lembrar de mim.

–E como você vai fazer isso?!

–Eu não sei. Vou andando com ela pela cidade. De alguma coisa ela tem que se lembrar.

Ana Júlia suspirou e voltou seu olhar para Raven, que não entendia do que os dois estavam falando, voltando á ver o álbum de fotos.

Rin entrou em um bar, sendo encarada por todos ali, já que todos sabiam que ela era uma bruxa. Ou era. Da mesma forma, ela não se importava. Ana e Tyler também estavam no bar, e ao ver a garota, Ana lhe chama a atenção, fazendo-a caminhar até os dois.

–O que está fazendo aqui?! – Perguntou a vampira.

–Vim beber para esquecer a morte de alguém. –Disse a garota.

–Somos duas. Senta aqui, vamos beber juntas.

Rin sentou-se junto ao casal de vampiros.

–Vocês realmente acham que isso funciona?! – Pergunta Tyler.

–Não. Mas ajuda. –Responde Ana. – Pela minha irmã, que se sacrificou para me matar.

–E pelo Jhonathan. Que me salvou...E morreu logo depois.

As duas garotas brindaram e viraram o copo na boca.

–Já vi que terei que levá-las para casa. –Sussurra Tyler.

–Hoje nós só vamos sair daqui, depois que o bar fechar. – Diz a vampira.

–É isso aí. –Concorda Rin.

Patrick havia fugido para a floresta. Continuava caminhando, morrendo de fome e cansado. O tiro nas costas e a estaca em sua perna não ajudavam em nada. Sua visão estava embaçada, e ele não sabia por onde ia. O ex-caçador então, que parecia mais um mendigo, caiu lentamente no chão, e a única coisa que viu, antes de desmaiar, foi um homem caminhando em sua direção, com uma arma em mãos.


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