A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 33
Sobre Cânions e Acordos


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! :D

Bem, o que vocês acharam da volta de AoS? Eu já estou pensando em mil fics, kkk
Mas só posso começar uma nova quando terminar as outras... kkk Tenho fics demais no momento.. kkkk
Mas enfim, eu amei o ep. espero que vcs tenham conseguido ver também.

E vamos de capítulo novo!!!

#BoaLeitura! :)



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– Precisamos leva-la daqui! – Samantha bradou, segurando o corpo frágil de Maria Hill. – E precisamos fazer isso no nosso planeta, de preferência.

Ward olhou para o amuleto em sua mão. Era hora de voltar para casa.

Era a hora de voltar para casa contra a vontade de Asgard e comprometer sua liberdade. A hora de encarar Skye e os outros. Hora de todos saberem a história sobre Samantha. O corpo pálido e frio de Hill não suportaria passar mais tempo ali. Na verdade era até estranho ela ainda não ter morrido de hipotermia, já que Hela havia desativado o campo de força que a protegia do frio já fazia mais de uma hora.

– Vamos para a Terra. – ele apertou o amuleto entre os dedos. Era a coisa certa a se fazer. – Deite o corpo dela, Sammy.

Ward sentou-se no chão e Samantha colocou Maria delicadamente nos seus braços. E como ela estava branca! Os lábios arroxeados não faziam jus ao seu tom de “Comandante Mandona” como Ward estava acostumado a ver. Ele tocou os cabelos negros de Hill, que pareciam estar esbranquiçados pelos pequenos flocos de gelo que se formavam sobre ela. Estava tão fria que Ward a abraçou com o máximo de pele que conseguiu alcançar, envolvendo-a cuidadosamente.

– A pulsação dela está baixando, Sammy... Rápido!

Samantha imediatamente sentou-se de joelhos em frente ao irmão que segurava a comandante da S.H.I.E.L.D em seus braços. Estendeu sua mão e Ward fez o mesmo, acolhendo o amuleto na palma de sua mão. Imediatamente, a luz tomou conta deles e em questão de segundos eles não estavam mais em Jotunheim.

– Que lugar é esse?

– Não faço ideia, Samantha.

– Nós voltamos para Asgard?

– Não se parece muito com Asgard.

Samantha observou ao redor. Nada poderia se comparar àquele lugar. Os cânions pontudos eram absurdamente altos e um lago pacífico regava os pés dos gigantes rochosos.

– Não – ela levantou os olhos e sentiu a luz tocando seu rosto com carinho. – Se parece com o céu.

Samantha estava certa. A imagem ao redor realmente parecia ter saído de um livro de contos de fada: a grama num verde invejável banhada por águas calmas e límpidas; fontes cristalinas que jorravam pacificamente ao redor; a luz espalhando-se como uma cortina resplandecente sobre eles. Definitivamente, haviam descoberto um paraíso em Midgard.

– Pelo menos aqui é quente. – Ward observou, enquanto alisava os cabelos de Hill que estavam umedecidos pela condensação dos cristais de gelo que existiam ali. – Ela vai ficar bem.

– E você está todo preocupadinho com ela. – Samantha soltou uma gargalhada farta, deixando suas costas encontrarem a grama macia.

– Eu só a estou protegendo. Ela é quase minha irmã por associação. – Ward desviou o assunto, quase se amaldiçoando por ter feito uma comparação tão tosca. – E além disso, foi você mesma que disse que queria que nós nos déssemos bem.

– Eu não estou reclamando. – ela jogou as mãos para o ar. – Só observei o fato.

– Tudo bem. – Ward deitou o corpo de Hill sobre a grama, tendo o cuidado de segurar sua cabeça e aconchega-la confortavelmente no tapete verde.

– Eu vou pegar um pouco de água. – Samantha levantou-se e partiu em direção a uma das fontes, que ficava há quase cem metros de onde estavam. – Você fica aqui com ela.

– Eu sei, claro.

Ward acenou com a cabeça e observou Hill enquanto dormia. Ela parecia tão indefesa daquela forma que ele quase esquecera do quão durona ela era quando estava acordada. Ele deitou-se ao lado dela, sentindo as costas doerem um pouco. Pensava em tudo que havia acontecido e só queria um minuto de paz naquela hora. Ele permitiu-se virar para o lado e observá-la dormindo.

– Maria, Maria – ele sussurrou, afastando uma mecha dela que lhe recaía sobre o rosto. – Por que você não podia ser sempre assim?

Como se ouvisse as palavras e sentisse o toque dele em sua testa, Hill começou a se remexer lentamente, até que seus olhos começaram a se abrir. Ward assustou-se com o movimento repentino e afastou-se dela bruscamente, olhando para trás para ver se Samantha já voltava com a água. A última coisa que ele queria era que ela acordasse e o visse ali parado a observando, sem Sammy ao seu lado.

– O que... Aconteceu comigo? – ela perguntou confusa e Ward pareceu perder a fala. – Por que está tão claro aqui e... WARD?! – ela levantou-se bruscamente, ficando um pouco tonta no processo. – O que você...

– Você está bem? – ele voltou a aproximar-se dela e segurou seu corpo, antes que ela desabasse sobre o solo novamente. – Você está fraca, Samantha foi buscar água, ela já está voltando, olha. – ele apontou para Sammy meio atrapalhado. – É uma longa história...

– Mas o que você...

– Bom dia maninha!

Sammy apareceu com um enorme sorriso nos lábios e se jogou sobre Hill, não acreditando ainda que estavam juntas novamente.

– Eu senti tanto, mas tanto a sua falta, Maria! – As duas riram incontrolavelmente.

– Eu também senti a sua, Sam. – Ela segurou os braços da irmã e a puxou para um abraço apertado. – Eu fiquei tão preocupada quando soube de você! Foi horrível!

– Talvez devesse sair de cima dela, Samantha. – Ward atrapalhou o momento fofo das duas. – Maria acabou de sentir uma tontura repentina.

– Não escuta ele, Sam. Ward não está acostumado a ser deixado de lado. – Hill alfinetou. – Ele ainda pensa que tudo gira em torno dele.

– Você ficou tonta, Maria? – Samantha afastou-se e rolou para o lado, saindo de cima dela. – O que você sentiu?

– Não é nada demais. Eu só estou um pouco fraca... Mas alguém aqui quer me explicar o que está acontecendo? E o que raios você está fazendo com o Ward? Como conhece ele?

Samantha olhou para Ward como se estivesse combinando alguma coisa.

– Você conta ou eu? – Ward perguntou.

– Falem de uma vez!

– Nós somos irmãos! – os dois disseram simultaneamente.

– O QUÊ?! – Maria levantou o tronco e ficou sentada de frente para os dois. – IRMÃOS?

– Pois é – Samantha colocou as duas mãos nos ombros dela, tentando acalmá-la. – Desculpe-me por ter escondido isso, mas eu não... – Sammy deu uma pausa para suspirar. – Ward é meu irmão que eu achava que nunca mais veria.

– Okay, Samantha. – Hill apertou os olhos e sacudiu a mão. – Depois conversaremos sobre isso com calma, mas agora... Onde estamos? Onde estão Loki e aquela coisa que ele chama de filha?

– Não vimos mais ninguém depois que saímos daquele reino congelado.

– Eu e Ward encontramos um amuleto que nos permite atravessar os reinos. Foi assim que te trouxemos de volta.

– Precisamos de um mapa. – Hill levantou-se e olhou ao redor. – Se estamos mesmo na Terra, já conseguimos o mais difícil.

– Esse lugar é lindo – Samantha observou novamente. – Em que parte do mundo será que estamos?

– Com certeza não é nos Estados Unidos. – Hill comentou sorrindo. – Nem Rússia, nem Canadá.

– Enquanto vocês duas tentam acertar na loteria, eu vou subir em alguma coisa para tentar enxergar melhor onde estamos.

Ward as deixou há poucos metros dali e apressou-se em subir na enorme árvore que havia nas proximidades.

– Eu já vi aqueles cumes antes. – Hill estreitou os olhos na direção de um conjunto de cânions. – Poderia jurar que já estive aqui.

– Como assim? – Samantha olhou na mesma direção que ela. – Você não se lembra?

– Pode ter sido um sonho... Já faz muito tempo mesmo...

– Senhoritas – Ward acenou com a mão para elas. – Subam aqui, rápido.

Hill e Samantha se entreolharam e correram em direção à árvore, escalando-a o mais rápido que podiam.

– Estamos na Ásia. – Ward apontou para um casebre em estilo oriental ao longe, seguido de uma pequena vila de aldeões. – Estão vendo aquela construção?

– Eu sei exatamente onde estamos. – Maria sentiu os olhos saltando para fora da caixa.

– E? – Ward deu uma força.

– Estamos em Hunan... Na China.

– Hunan?! – Ward segurou-se para não cair da árvore. – O mesmo lugar onde acharam Skye?

– Exatamente – ela engoliu em seco. – Foi em uma das primeiras missões que assumi quando me tornei comandante da S.H.I.E.L.D. Procurávamos um 0-8-7 como... A Skye.

– Eu não estou entendendo, gente. – Samantha levantou a mão em curiosidade. – Quem é Skye?

– É uma agente da equipe de Coulson, Samantha. Quando chegarmos à S.H.I.E.L.D. você irá conhecê-la. – Hill esclarecia. – Ela... Bem, é complicado explicar. Ela não é cem por cento... Humana.

– Okay – Sammy respondeu com mais dúvidas ainda. – E quando vai ser isso?

– Quando eu me comunicar com o Phil e pedir um jato particular para nos levar de volta. – Maria mexia nos bolsos procurando o telefone com conexão via satélite.

– Espera um pouco. – Ward olhava para o amuleto brilhante em sua mão. – Mas porque isso nos trouxe até aqui?

– Como assim, Ward? – Maria perguntou.

– Quando fomos a Jotunheim salvar você, o amuleto nos levou diretamente até onde estava... Por que não fez o mesmo aqui? Viemos parar do outro lado do mundo ao invés de termos “aterrissado” diretamente na base da S.H.I.E.L.D.

– Hunan é um lugar muito específico. – Samantha juntava as peças. – E se esse for o lugar em que devíamos estar?

– O que você está dizendo, Sammy? – Ward a olhou preocupado.

– Que talvez... O amuleto tenha nos colocado aqui por uma razão, Grant. Não é muita coincidência, nos três termos nos encontrado em dois mundos diferentes e termos sido trazidos para esse lugar onde acharam a menina com poderes?

– Ela não é uma menina com...

– Ward, está perdendo o foco. – Maria o interrompeu. – Continue, Samantha.

– Loki disse que queria quebrar a barreira dos Nove Reinos não era?

– Sim.

– Nós fizemos isso duas vezes na última hora, Ward. – ela tocou o amuleto na mão do irmão e o brilho que saía do artefato se intensificou. – Estávamos em Asgard, depois em Jotunheim e agora voltamos para a Terra. O que acha que está havendo aqui? O que acha que está havendo conosco? Nós acabamos de interferir na Ordem dos Nove Reinos, não?

Ward sentiu um arrepio percorrer a sua espinha. Samantha fazia todo o sentido do mundo. E se eles não fossem mais os mesmos depois daquele amuleto? E se algo tivesse acontecido no momento em que eles haviam usado o artefato para fugir de Asgard? E se... Se isso tivesse acordado o Caos?

– Hill – ele começou a sentir falta de ar. – Comunique-se com o Coulson agora mesmo. Precisamos conectar as peças dessa loucura antes que o Tribunal de Asgard nos capture de novo. E dessa vez sim nós teremos o que temer.



(...)



Cal enxugava as mãos com uma toalha encardida. Seu trabalho de médico havia regredido muito desde que perdera sua mulher e filha, tornando-o um homem sombrio e feito de vingança. No entanto, nesse momento, ele estava focado em algo um pouco mais humano: reencontrar sua filha e dá-la a chance de descobrir quem ela realmente era. Cal sempre brincava dizendo que sua filha havia abalado seu mundo como um terremoto, mas nem mesmo ele podia imaginar a literalidade que havia naquelas palavras. Sua pequena Daisy seria capaz de chacoalhar mais do que a vida de um pai de primeira viagem. Ela causaria um verdadeiro Terremoto.

– Onde está o objeto? – Raina perguntou, cansada de vê-lo enxugar as mãos num silêncio infinito.

– Tudo a seu tempo, minha cara Raina. – ele permaneceu de costas para ela, com um sorriso sem explicação. – Primeiro, você e eu vamos fazer uma pequena viagem. Não sei quem é este cavalheiro – ele apontou para Loki. – Mas você eu conheço. E farei negócios apenas com você. O que ele ganhar por fora, não é da minha conta.

Loki o olhou em dúvida, mas Raina assegurou-lhe de que tinha tudo sobre controle.

– É justo, Doutor. – ela pronunciou com seu ar carregado de subjetividade. – Você dita os termos do acordo, contanto que eu e o meu amigo possamos ficar com o Obelisco por um tempo até que eu consiga entrar na cidade que é minha por direito.

– Tudo bem. Façamos assim – Cal bateu as mãos uma na outra, como se uma ideia genial tivesse lhe ocorrido. – Nós dois vamos trazer o Obelisco, e quando estivermos em posse dele, você me trará minha filha. Então eu poderei mostrá-las o que esse objeto divino pode fazer.

– E eu? – Loki levantou a mão atrás dos dois. – Não esqueçam de mim.

– Quando eu partir para a cidade, tomarei o item de que precisa e então eu voltarei para entrega-lo a você. – Raina voltou e tocou a mão de Loki. – Não esquecerei que me ajudou a realizar o sonho da minha vida.

– É bom que não esqueça, Raina. – Loki respondeu firme, puxando a mão de volta. – Não me responsabilizo pelo que acontecerá caso você ouse me trair.

– Calma, cavalheiro. – Cal interveio. – Não vamos perder a cabeça por aqui. Se todos fizermos nossa parte, todos sairemos satisfeitos. Eu só quero a chance de explicar tudo a minha filha. Não tenho interesse em interferir nos seus negócios.

– Ótimo. Partirei para cuidar de alguns assuntos pessoais. – Loki sacudiu sua capa, virando-se para a saída. – E você, Raina, me mantenha informado de cada passo. Basta pressionar o botão azul do dispositivo que a entreguei. Use-o quando precisar falar comigo.

– Tudo bem. Muito obrigada pela confiança, Senhor. – ela prestou uma breve reverência a ele.

– Que seja.

Loki desapareceu e Raina virou-se sorridente para Cal. Era hora de encontrar o Obelisco. Achar respostas para perguntas de toda uma vida.

– Então, vamos? – ela convidou.

– Ele é um tipo meio estranho. – Cal observou, depois que Loki se foi.

– E você não é?

– Não tanto quanto ele. – Cal respondeu, andando desajeitado pelo seu consultório imundo. – Eu mostrarei o caminho, Raina. Está com suas malas prontas?

– Malas? – ela sorriu, confusa. – E para que eu precisaria de malas?

– Estamos indo para bem longe, Raina. O Divinador não está por aqui.

– Está aonde, então?

– No lar da minha finada esposa. – ele respondeu com pesar, sentindo algo estremecer dentro de si. – Vamos voar para Hunan.


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Notas finais do capítulo

Ops... O que que vai rolar aí? O que vcs acham?

Até o próximo capítulo!

Agents is back, bitches!

#Itsallconnected!



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