A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 34
Agitando as Águas


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! :D

Mais um capítulo para vocês! Quero agradecê-los muitíssimo pelo carinho e dedicação à fic. Vocês são os melhores. Espero que curtam o capítulo.

P.S.: Acho que a fic está caminhando para o desfecho, então... Get ready for it! :D

#BoaLeitura!



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– Então, Capitão... Posso chama-lo assim, não posso?

Skye o observava com curiosidade, tentando não demonstrar tanto interesse no que seus olhos viam.

– Claro que sim – ele sorriu, empunhando seu escudo com um sorriso encantador – Esse é praticamente meu segundo nome.

– Por onde acha que devemos começar? – a garota sentou-se sobre a mesa de Hill e cruzou os braços, numa postura um pouco mais séria. – Loki está tentando povoar outros reinos com humanos da Terra.

– Ele está querendo chamar atenção. – Steve guardava seu escudo em um armário metálico na sala de Hill. – Da outra vez... Bem, você sabe o que ele fez com a Torre Stark.

– Eu vi sim. Inclusive, eu gravei alguns vídeos daquilo quando ainda estava na Maré Crescente.

– Você estava por perto quando os Chitauri invadiram Nova York? – ele cruzou os braços numa expressão de dúvida, imitando a postura dela. – Se machucou?

– Não – ela revirou os olhos, um pouco constrangida. – Quer dizer... Sim, eu estava por perto, mas não, não me machuquei.

– E como conseguiu gravar vídeos no meio daquele caos e sair ilesa?

– Eu tenho os meus truques, capitão. – ela sorriu travessa, descendo da mesa e dando as costas à ele, caminhando em direção ao seu notebook. – Tenho um de você e a viúva-negra, vários vídeos daquelas coisas descendo do céu, o que devo dizer... Foi bem bizarro na hora. – ele sorria da forma como ela relatava os fatos. – Ah, e alguns do Hulk destruindo tudo.

– Nossa – ele descruzou os braços e a seguiu pela sala, voltando a ficar perto de Skye. – Você é bem durona então.

– Na verdade, capitão – ela desgrudou os olhos do seu notebook e o encarou docemente séria. – Naquela época eu era apenas uma garota. Uma hacker ativista atrás de respostas. Querendo expor os podres da S.H.I.E.L.D. como se entendesse metade das coisas que faziam aqui. – ela deu uma pausa e voltou a olhar o notebook.

– E hoje? – Steve perguntou, aproximando-se um pouco mais dela, sem perceber. – O que você é?

– Durona. – ela respondeu séria, mas com uma cara engraçada que fez Steve sorrir. – Hoje sim eu sou durona.

– Skye! – May aparecia na sala, olhando para Steve como se quisesse que ele entendesse alguma coisa. – Preciso falar com você. Em particular.

– Eu... Bem... – Steve olhou para Skye e ela ainda abriu a boca para falar algo, mas não saiu. – Eu... Eu vou checar com Coulson algumas possíveis chamadas. Loki não é um inimigo qualquer. – ele falou por fim. – Com licença.

– Ele o está esperando na linha 2, Capitão Rogers. Primeiro corredor à direita. – May acenou com a cabeça e Steve saiu da sala. – Agora, você e eu.

– O que foi que eu fiz? – Skye sentiu o coração parar ao ver Melinda May a encarando com aquele olhar de preocupação. – E por que está com essa cara de quando algo muito ruim está para acontecer?

– Olhe – ela formulou seu melhor tom para dizer aquilo. – Coulson acabou de ligar da base.

– O que houve na base? Ele está bem? – ela arregalou os olhos assustada.

– Phil está bem, Skye. – a piloto levantou uma das mãos, mandando que a garota se calasse. – Apenas ouça.

– Okay. Desculpe.

Melinda respirou fundo. Poderia parecer um tanto dramático, mas ela conhecia Skye o suficiente para saber quando ou em quais situações ela costumava perder o controle ou perturbar-se dentro de si. E o que ouviria naquele momento, iria no mínimo desestruturá-la um pouco.

– Coulson nos delegou uma missão. Ele recebeu uma ligação de Hill e Samantha. Elas estão em Hunan. – May deu uma pausa antes de anunciar aquilo. – E o Ward está com elas.

Skye não ousou abrir a boca, mesmo com quinhentas perguntas percorrendo seu cérebro.

– Coulson quer que eu leve uma equipe até lá. Simmons precisa fazer avaliações médicas nos três; Fitz vai para analisar o artefato alienígena que está com Samantha e Ward; e você...

– Eu sou os músculos, certo? – Skye perguntou, já cansada de ficar quieta. – Quer que eu a ajude caso algo fique fora do controle.

– Não, Skye – May a fitou séria, sentindo algo apertar dentro de seu peito. – Eu não vou poder ir com você até Hunan. Você pilota. Você será os músculos... Você encontrará as respostas.

Skye a encarou boquiaberta por alguns segundos até que seu cérebro processasse todas as informações que ouvira.

– Hunan – a garota pareceu recordar-se de algo assustador. – Foi lá onde eu...

– Sim, Skye. – May aproximou-se mais dela e Skye sentou-se na cadeira, sentindo as pernas fraquejarem. – Eu pedi para ir com você, mas Coulson não permitiu.

– Por que não?

– Samantha disse que Loki veio buscar o Alan quando acabou levando Hill no lugar dele. O garoto precisa de proteção e Coulson prometeu a Samantha que eu dobraria o cuidado com ele, especialmente agora que Loki já deve saber que eles fugiram.

– O garoto – Skye encarava o vão. – Loki queria o garoto.

– Maria disse que Loki o usaria para conseguir que Samantha e Ward o ajudassem em algum plano maligno dele.

– May – Skye olhou para Alan que estava no fim da sala e depois voltou a olhar para a piloto. – Pode parecer loucura o que vou dizer, mas...

– “Mas” o quê, Skye?

– Tem alguma coisa nele... Tem alguma coisa naquele garoto.

Melinda sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

– Skye, você não está fazendo sentido.

– Só fique de olho no Alan, May. Algo me diz que Loki quer alguma coisa com ele. Algo maior do que usá-lo para chantagear Samantha.

– Eu ficarei de olho. – May respondeu, ainda sem entender cem por cento o que aquilo queria dizer. – Você ficará bem indo sozinha?

– Cedo ou tarde eu iria me deparar com meu passado, May. – Skye suspirou. – O que pode acontecer demais?

– Qualquer coisa... Só...

– Eu ficarei bem – Skye tocou a mão dela quase que por impulso. – Só terei que levar Fitz-Simmons em segurança e você viu como eu posso pilotar bem. Além do mais, Hill é uma super agente e pelo que falaram, Samantha também é uma das boas. Até o desgraçado do Ward pode vir a ser um aliado no fim das contas.

– É... Sobre isso...

– May – Skye sorriu ao ver a preocupação estampada no rosto da piloto. – Eu saberei lidar com ele, não se preocupe. E eu prometo que se precisar de reforço, você será a primeira para quem eu vou ligar.

– Okay. – May sorriu levemente, afastando-se um pouco de Skye. – Vou avisar Fitz-Simmons. Você prepara o avião, piloto.

– Hey – Skye a chamou, antes que May desaparecesse pela porta da sala. – Obrigada, May. Por... tudo.

Melinda May apenas sorriu de volta para ela e saiu da sala para encontrar Fitz-Simmons que mal haviam tido tempo de conhecer o Laboratório do Helitransporte.

– Arrumem suas coisas. – May adentrava o laboratório sem cerimônias. –Localizamos Samantha, Hill e Ward.

– Como disse? – Fitz e Simmons perguntaram simultaneamente.

– Estão em Hunan, na China e precisam de reforços. – May assistia os cientistas se entreolharem com uma cara de espanto. – Simmons, leve o máximo que puder dos novos equipamentos de escaneamento. Tenho quase certeza de que vocês vão se deparar com biologia alien quando aterrissarem lá.

– Sim senhora, mas... Estamos partindo agora?

– Sim. Skye está preparando o Bus. Ela estará no comando. Colaborem com ela.

– Sim senhora. – Fitz respondeu, já pegando sua mala e encaixotando alguns equipamentos do laboratório. – De que tipo de biologia alien estamos falando aqui, May?

– Do tipo perigoso. – ela respondeu simplesmente, como se aquilo não fosse um fato mais do que conhecido. – E outra coisa – May parou alguns metros da porta. – Vocês estão indo para Hunan. Sabem o que isso significa para Skye. Ela pode precisar de vocês mais do que imaginam.

– Sim, May, entendemos. – Simmons respondeu pelos dois. – Estaremos lá para apoiá-la no que for preciso.

– Ótimo. Vocês partirão em meia hora. Estejam prontos.

Melinda deixou Fitz-Simmons se prepararem e caminhou até a sala onde havia deixado Steve Rogers falando com Coulson. Seus pensamentos estavam meio nublados, mesmo com o treinamento que moldara seu autocontrole. Precisaria mudar de estratégia. Sentia que as águas estavam prestes a se agitar.

– Phil – ela pressionava o comunicador que a conectava a ele. – Não posso proteger o Alan e a base ao mesmo tempo. Precisaremos fazer uma mudança de planos.

– E o que você sugere, Melinda?

– Selvig e Foster não são mais necessários à base. Sugiro que os deixemos em solo e comecemos a trabalhar com a verdadeira ameaça.

– É justo.

– E também... Acho que é hora de voltar para casa.

– O que quer dizer com..

– Triplett e eu estaremos deixando a base juntamente com o garoto e o Capitão Rogers. Nossa presença aqui não é mais necessária. Alan ficará mais protegido na base subterrânea do que nessa aqui helitransportada.

– Tudo bem, May. Estão liberados para voltar. Skye?

– Está preparando o Bus. Eles sairão em alguns minutos para Hunan. – May deu uma pausa para refletir sobre aquilo. – Acha mesmo uma boa ideia deixa-la ir sozinha até lá?

– Se houverem complicações nós vamos intervir, May.

– Tudo bem. Conversaremos melhor quando eu chegar até a base.

– Ótimo. – ele respondeu sério, mas docemente. – Já estava com saudades de ver você.

– Eu também, Phil. Preciso te ver. – ela suspirou, ligeiramente cansada. – Só vou descansar quando todos estiverem de volta e em segurança.

– Vamos dar um jeito nisso, como sempre fazemos. Agora, volte para a base, Melinda. Volte para mim.



(...)



A luz da Lua Cheia caía serena, espelhada pacificamente nas águas do Oceano Índico quando as ondas começaram a se agitar violentamente. Uma figura negra aparecia, surgindo como um deus das águas impetuosas e coberto com um manto que era hasteado pela falta de gravidade ao seu redor. Ele marchava como um leão disposto a jantar a sua presa quando percebeu algo brilhando há alguns metros dali. O objeto, antes enterrado, estava preso por uma estrutura rochosa que o impedia de flutuar como as demais coisas ao redor dele. Graviton aproximou-se um pouco mais e com um aceno de mãos, fez com que a calmaria voltasse a reinar ao seu redor. Estendeu a mão à areia que voltava ao seu lugar e retirou um pingente-porta-retrato que havia ficado preso em uma rocha pelo cordão de prata. Imediatamente ele entendeu o que estava acontecendo com a Ordem.

Bombaim costumava ser mais movimentada, mas naquela madrugada, apenas se ouvia o rugido das águas de encontro às rochas na costa da Índia. O enorme homem aproveitou-se da calmaria para procurar respostas para tudo o que estava acontecendo. E após tanto tempo adormecido, Graviton apenas conseguia pensar em uma coisa que pudesse ter gerado todo aquele Caos.

– Os gêmeos encontraram o amuleto do Caos.

Ele sentou-se na areia e observou aquele pequeno pingente que ao ser aberto, revelava a foto de dois garotinhos gêmeos. Era a metáfora perfeita para que ele pudesse agir.

– Attilan deve ter conhecimento disso imediatamente. Chegou a hora de encontrar o Mister Hyde.


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Notas finais do capítulo

Então... Gente, que doidera.. Parece os meus finais de fics.. kkk Espero que realmente estejam curtindo. :D

Detalhe: O Graviton, aqui nessa fic, embora tenha "acordado" de dentro do Gravitonium da série com Ian Quinn e tudo mais, tem algumas características do Graviton dos Quadrinhos. Vamos apenas dizer que é como se ele tivesse acordado de um sono depois de muito tempo, mas ele ainda conserva a consciência de um ser superior. (Não é como se ele fosse um ser perdido, tipo a Skye ao descobrir que era Inumana) Ele sabe exatamente quem é e o que pode fazer e entende dos paranauês do Universo e tudo mais... hahaha ^^

Qualquer dúvida, sinta-se a vontade para me perguntar. :D

#Itsallconnected! :)



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