Portgas D. Anne? escrita por Neko D Lully


Capítulo 8
Navio Revolucionário.


Notas iniciais do capítulo

Galera, estou chorando de emoção, eu sei que estou demorando um pouco mais para postar os caps, mas é pq não estou tendo muito pouco tempo no pc e tbm estou tentando melhorar um pouco meu jeito de escrever pq não estou gostando (principalmente do ultimo cap postado, achei ele um lixo x.x).
Mas o principal gostaria de agradecer a Lady Hikari pela recomendação, isso me deixou muito feliz. E também aos 25 que estão acompanhando essa minha fanfic louca kkk. Espero continuar agradando com cada capitulo que faço com todo carinho e dedicação para vocês.
Agora vamos a mais um!



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E aparentemente tinha chegado no final de toda a confusão.

Sabo o havia encarado com surpresa, mas pelo menos tinha acreditado em suas palavras. Poucos eram aqueles que conheciam seu passado e, mesmo assim, não conheciam em todos os detalhes. Mas o problema não foi, e nunca seria, ele acreditar em suas palavras, e sim não rir do estado em que se encontrava.

Mas, encaremos também o lado de Sabo nessa história. Você vive uma boa parte de sua vida com a pessoa, passa momentos incríveis com ela, se divertem e se tornam irmãos. Muito antes de Luffy aparecer Ace e Sabo já se conheciam. Roubavam juntos, tinham planos de sair da ilha juntos. Tinham aparentemente a mesma idade, mesmo com personalidades diferentes se davam bem. Era um dos poucos que Ace aceitava para estar perto.

Até então Ace, o pequeno garoto explosivo, ainda era isso: Um garoto.

Você então sofre um acidente, um terrível acidente que lhe tira por completo a memória durante doze anos e, por uma notícia da morte de seu irmão de consideração, tem ela toda de volta de uma só vez. Todos aqueles momentos felizes e tristes, toda aquela história de aventuras infantis e tão divertidas, retornando como uma onda de emoções. Sendo que, você percebe, a pessoa que você considerou tanto, amou tanto, nunca mais vai estar ao seu lado. Ele está morto, se foi e mesmo que tenha as memórias de volta não poderá reavê-la e pedir desculpa. Pedir desculpa por ter se feito de morto durante todos aqueles anos, por não ter dado notícias, por não poder ajudá-lo quando mais precisou.

E agora, depois de dois anos, dois longos anos procurando um meio de aquietar sua consciência e ainda por cima manter a chama de determinação de seu irmão viva, ao mesmo tempo que tenta proteger o único irmão que ainda lhe resta, descobre que, aquele que deveria estar morto, na verdade estava vivo! E não apenas isso, como se já não fosse um baita choque, ele não se contra mais sendo "ele". Não, agora ele tinha mudado, por alguma estranha razão desconhecida, de sexo e agora era uma, que digamos, muito bela garota na qual estava sentado em cima. E não apenas isso, que tinha encontrado antes, em algum momento em uma cidade qualquer de uma ilha qualquer do novo mundo, e não teve tempo de conversar com ela.

Vamos, vocês também não iriam rir da situação?

Sabo já não sabia mais se ria de alegria, alivio ou por que a situação estava deveras engraçada. E talvez tivesse continuado a rir, sentado sobre a, agora, garota, sem saber se estava louco ou sonhando se ela não tivesse lhe acertado um forte soco no rosto e o arrancado do lugar.

Bom... Ainda estamos falando de Ace. Essa reação era esperada e deixou Sabo ainda mais convencido de que era ele mesmo, por mais que agora tivesse... han... Seios.

E então, depois de toda essa comoção, adentraram na pequena casa de madeira que tinham a frente, onde, Sabo informou depois, estavam alojados seu pequeno irmãozinho e seus amigos. Ace até havia se animado. Conversaria com Luffy, mostraria que estava vivo e cumpriria, definitivamente, a promessa que havia feito quando era mais novo. Todavia a sorte não estava ao seu lado e Luffy havia desabado na cama, roncando igual a uma criança com uma enorme bolha sendo produzida por seu nariz.

Poucos estavam acordados naquela pequena casa, três da tripulação de Luffy, sendo que apenas conhecia um, que demorou um tempo para acreditar que realmente era quem dizia ser.

Mais risadas. Ace realmente não estava gostando nem um pouco da reação das pessoas ao descobrirem sobre seu estado atual. Um pouco de compaixão seria bom! Mas eram piratas e, antes de tudo isso, eram loucos, cada um pior que o outro, então não poderia pedir muito.

Finalmente, depois das diversas gargalhadas, que nem ao menos afetaram os que estavam dormindo, eve uma explicação sobre o que estava acontecendo. A aliança entre Luffy e Law, que agora dormia em um canto qualquer da casa; o plano que teve em primeira parte a captura de Cesar em Punk Hazard; a chegada em Dressrosa; os brinquedos que eram humanos; a história da cidade; a armadilha bolada pelo shichibukai Doflamingo, o Demônio Celestial; o desejo de cada um dos mugiwaras de ajudar o povo daquele lugar; a luta contra os executivos; a gaiola; a luta contra Luffy e Doflamingo. Tudo foi explicado de forma minuciosa e resumida, até mesmo o detalhe de que sua antiga Akuma no Mi tinha sido feita de premio em uma disputa em um coliseu da cidade, sendo que, agora, a mesma se encontrava em posse de Sabo.

O loiro se desculpou com o irmão por tê-la comido, mas Ace não se importava. Se tinha sido Sabo então não teria problema, nem ele mesmo sabia se realmente queria uma Akuma no Mi novamente. Mesmo que, teria que admitir, ela fazia falta. E muita!

Agora era a vez de Ace se explicar. Afinal, como ele havia adquirido aquele corpo? Como tinha sobrevivido? Tinha voltado para o Bando do Barba Branca (se é que ainda poderiam chamá-lo assim)? O que tinha feito durante esses dois anos para não ter avisado nem ao menos seus irmãos de que ainda continuava vivo?

E Ace explicou. Contou como tinha acordado sobre seu tumulo, sem saber o que tinha acontecido, por que estava daquela maneira, apenas com as memórias até o momento de sua morte; Contou como foi "salvo" por Hanry, tão misterioso e estranho, que por alguma razão decidiu ajudá-lo a melhorar e poder encarar o Novo Mundo novamente; Contou sobre seus anos na ilha, o que fez, como treinou, o que treinou, até mesmo seu estranho encontro com Sabo chegou a mencionar, afirmando que não tinha visto que era ele.

Depois foi a vez de Sabo. Ele explicou o que aconteceu para não ter ido salvar o irmão, desculpando-se em seguida. Também comentou, divertido, a reação de Luffy ao vê-lo novamente, acreditando avidamente que teria a mesma reação se soubesse sobre Ace. O coração do pobre homem de borracha com toda certeza derreteria de tanta alegria.

Mas talvez não desse tempo. Sabo tinha que partir, o governo mundial não ficaria parado depois do que tinha acontecido em Dressrosa. O mundo já sabia de toda a situação e a CP0 logo apareceria para resolver o assunto. Sabo era um revolucionário, o segundo em comendo, não poderia ser preso, tinha um papel a cumprir ainda, o mundo precisava ser livre do poder exercido pelos nobres. E não apenas ele estava em sérios apuros, era óbvio que os maiores envolvidos seriam os mais procurados pela Marinha e pelo Governo. Luffy e seus amigos precisavam ir embora de lá o quanto antes.

Mas... E Ace?

– O que pensa em fazer agora Ace? - questionou Sabo, voltando-se para seu irmão (ou deveria dizer irmã agora?) em um ar interrogativo. A morena encarava o mais novo, deitado na cama em um sono profundo. Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto enquanto erguia-se da cama, ajeitando o chapéu laranja sobre sua cabeça.

– Acho que vou com você. Vim aqui apenas para ter certeza que Luffy estava bem e dar a notícia de que estou vivo. - respondeu, ajeitando a bolsa sobre seu ombro e encarando o loiro, que já tinha percebido o que ele queria, retribuindo o sorriso. - Acredito que os que estão aqui poderão dar essa notícia por mim. Meu principal objetivo agora é encontrar informações sobre meus companheiros, quero voltar para eles o quanto antes. Poderia me dar uma carona Sabo?

– É o mínimo que posso fazer. Será um prazer te ter conosco.

Ambos se despediram das pessoas que estavam dentro da casa, não sem antes pedirem que cuidem de seu pequeno aloucado irmão. Afinal, conheciam bem a índole de Luffy, ele nunca mudaria.

Foram levados até o navio em que os companheiros de Sabo o esperavam. A habilidade de Corvos foi interessante, Sabo tinha arrumados companheiros bem legais, de todos os tipos de raças e lugares.

E passou direto. Sabo não explicou quem era, não o apresentou, simplesmente o guiou para dentro de seus aposentos. Tinham muito o que conversar. E não seria Ace a lembrá-lo dos bons modos, estava entretido de mais em uma conversa sobre o passado, sobre o que não tinham tido tempo de contar um para o outro sobre suas aventuras. E Sabo queria anotar todas elas em seus registros, queria saber tudo sobre a vida do irmão agora que tinha tempo. Um dia, quem sabe, juntariam os três apenas para conversar sobre tais aventuras?

Todavia, tal atitude chamou a atenção dos companheiros.

Digamos que você tenha um amigo e de repente esse amigo chega com uma garota, muito bonita por sinal, que você não conhece e a leva direto para o quarto. Sem explicar, sem abrir um bico, apenas concentrado na garota. Você também desconfiaria não?

Koala desconfiou, e não foi pouco.

Seus olhos não desgrudaram do companheiro desde o momento que ele chegou até que desapareceu navio a dentro. Eram companheiros há algum tempo no exercito revolucionário, recordava-se bem de ter criado uma amizade bem solida com o loiro. Tanto que, mesmo depois dele elevar-se para segundo no comando, ele a manteve a seu lado como uma companheira fiel ao igual a Haki. E quantas encrencas não tinham se metido por causa daquele loiro maluco! Aquela hiperatividade e imprudência não tinham concerto! E pelo o que via do suposto irmão mais novo, não era de se estranhar.

Ainda recordava-se de sua preocupação quando o rapaz desabou quando suas memórias voltaram. Seu desespero, sua dor, tudo vindo de uma vez só como uma onda de emoções devastadoras. Recordava-se de estar o tempo inteiro ao seu lado, temendo que nunca mais ele voltasse a abrir os olhos depois de desmaiar. Recordou-se do medo que sentiu quando ele despertou e disse que recuperou suas memórias. Medo de que ele fosse embora, de que ele os deixasse. Recordava-se do alivio que a tomou quando soube que ele não iria, quando ele falou que não os deixaria e recordou-se mais ainda de toda a dedicação e esforço que fez para ajudá-lo, mantendo-se a seu lado para que não fizesse nenhuma loucura em seu estado de recuperação.

E por mais que não gostasse de admitir tinha passado a nutrir um sentimento um pouco além da amizade por aquele louco garoto. Por aquele nobre que não se encaixava entre os membros de sua família. Por aquele garoto que considerava cada vida, cada insignificante vida que tinha a sua frente. Com um senso de justiça quase fora do comum.

A tão forte Koala, com todo seu jeitinho, tinha começado a ver-se desesperada por estar perto de seu companheiro. Por ajudá-lo, por fazer tudo por ele.

E acredito que todos nós sabemos que sentimento é esse. Um sentimento tão estranho, tão doloroso e ao mesmo tempo tão conhecido e tão confortável. E pobre Koala, ela sabia o que acontecia, ela sabia que estava cada vez mais presa nesse sentimento irreversível, essa chama que não se apagava. Ela sabia que estava em problemas, que aquilo era um perigo, principalmente sendo por aquele loiro, por seu companheiro.

E que os deuses protegessem os mares naquele momento! Porque a tão perigosa professora substituta de karatê tritão estava com ciume!

Bem, ela não explodiria ali. Ah não! Ela esperaria descobrir quem era a garota ali, o que estavam fazendo dentro do quarto, ela descobriria tudo antes de dar sequer um movimento e quando desse... Não existia cargo no exercito revolucionário, nem mesmo no mundo, que pudesse pará-la. E coitado daquele que tentasse.

E os tripulantes do resto do navio estavam com medo. Ver Koala soltando chamas como se fosse ela a ter comido a Mera Mera no Mi era deveras assustador. Alguns chegavam a pensar que teriam que substituir em breve seu segundo em comando. Hack, que era companheiro de ambos os envolvidos na história, já tinha uma ideia de como tudo terminaria e ele não queria mais nenhum membro machucado. Já bastava seu braço.

– Hack-san. - chamou um de seus colegas. Um grupo tinha se reunido a sua volta com olhares preocupados, não mais de cinco pessoas. - Não acha melhor fazer alguma coisa? Koala-san foi para os aposentos do Sabo-san com uma cara de poucos amigos. Parecia que ia matar alguém.

– Eu não sou louco de me meter nesse assunto e se fosse vocês também não o faria. - aconselhou, encaminhando-se para um canto qualquer do navio. Seja o que for que fosse acontecer ele não queria ter nem uma parte sua envolvida.

E a confusão começou.

Lembrem-se bem, caros leitores, nunca juntem dois irmãos com históricos inumeráveis de lutas. Caso o façam tenham em mente a dor de cabeça que terá todos os dias com os problemas que causarão.

Koala descobriu tal detalhe um pouco tarde de mais.

Mas, retornando a seu ciúme, Koala se esgueirou até a porta dos aposentos de seu colega loiro. Obviamente a porta estava fechada, o que aumentava ainda mais as suspeitas da morena que nem por um segundo cogitou a ideia de que, para um rapaz relativamente ainda jovem, no meio de um navio cheio de homens, que por mais sérios que fossem em seu trabalho ainda eram homens no final das contas e poderiam fazer todo tipo de brincadeira, ele queria ter a segurança de um pouco de privacidade. Para Koala, aquilo apenas era uma maneira de impedir que as pessoas de fora pudessem interromper de forma constrangedora o que estivesse acontecendo na parte de dentro.

Aproximou sua orelha da porta de madeira e procurou escutar o que se passava do lado de dentro.

– Não ficou melhor do que eu! - exclamou uma voz feminina. Tão alta que mesmo que não estivesse pregada na porta conseguiria ouvi-la.

– Quer apostar? - essa voz tinha certeza que pertencia a Sabo. Tinha pego o assunto já pela metade.

– Vamos Sabo, você nunca me superou!

– Isso já faz anos! As coisas mudaram.

– Então vamos por em pratica! Ficar falando não vai provar nada e você sabe que nunca ficaríamos apenas nas provocações.

– Concordo completamente.

E logo em seguida, por alguns instantes, fez-se silêncio. Koala já não conseguia ouvir mais nada vindo do quarto e isso lhe preocupava. Tentou, inutilmente, espremer-se mais contra a porta, o que, além de não ter funcionado, ainda foi um grave erro.

Foi um estrondo, como se uma pequena bomba tivesse sido jogada contra a porta e lançado tanto ela quanto Koala para longe da entrada. Da fumaça saíram dois vultos que tão prontamente e velozmente se dirigiram para o deck. A pobre garota se encontrava além do atordoada. Tudo tinha acontecido em tão pouco tempo e em uma capacidade destrutiva tão grande que não teve tempo sequer de pensar em uma reação.

Do lado de fora a confusão estava solta. Ninguém poderia parar Sabo nem Ace em sua luta amistosa e ambos estavam concentrado de mais no que faziam para reparar no desastre que causavam no navio. Deviam ter se afastado apenas alguns poucos quilômetros de Dressrosa quando tudo começou.

Sabo tinha plena noção que deveria evitar usar sua Akuma no Mi. Estavam sobre um barco de madeira, qualquer fogo exagerado poderia levar todos para o fundo do oceano e ele seria um dos que não poderia se salvar. Tal fato amenizava ligeiramente a luta, mas não deixava de ser desastrosa.

Ace caiu sobre o chão, a madeira se rompendo com o impacto e deixando-se prestes a desmoronar. Sabo veio em sua direção, o punho erguido para lhe acertar enquanto um enorme sorriso não desaparecia de seu rosto. Estavam se divertindo, fazia tempos que não lutavam daquela maneira e chegaram a pensar que nunca mais o fariam. E lá estavam eles, novamente como duas crianças, brigando para ver quem era o melhor entre eles. Agora, como adultos, suas forças eram muito maiores do que quando eram mais novos o que tornava tudo ainda mais divertido e nostálgico.

Ace se esquivou do golpe com facilidade, aproveitando a abertura do irmão para se jogar em suas costas, empurrando-lhe para longe.

A confusão continuaria, afinal todos do exercito revolucionário presentes não conseguiam arrumar um meio de parar a confusão por que seu próprio líder era quem a estava causando. E quem chegou lhes deu esperança ou talvez uma visão do próprio inferno no qual não queriam entrar.

Quando diziam que Koala poderia ser assustadora não era brincadeira. Se vocês, caros leitores, lembrarem-se de Nami quando está com raiva porque alguém pegou seus tesouros ou a impede de pegá-los, então vocês tem uma bela noção de como se encontrava Koala e sua aura naquele exato instante. Infelizmente nenhum dos dois que brigavam naquele momento percebeu. Tão concentrados estavam que a sede de sangue de nossa pequena revolucionária não os havia afetado.

Bastou um soco, enquanto os dois se encontravam agarrados um ao outro em meio a disputa, Koala só teve que acertá-los uma única vez para atordoa-los por um bom tempo. Mas quem já tomou um soco de Karatê Tritão? Deve saber que não é nada agradável.

Foi apenas quando os dois encrenqueiros acordaram e Koala se acalmou que puderam explicar o que aconteceu.

– Então, ela é na verdade o Ace, seu irmão falecido, que por algum milagre voltou a vida e mudou repentinamente de sexo? Sendo que nem ao menos ele sabe como? - ambos assentiram. Estavam sentados sobre o deck a conversar, os dois irmãos com um enorme galo sobre a cabeça (principalmente Sabo que tinha suas bochechas vermelhas e inchadas por ter sido agredido posteriormente ao acordar). - Entendo... E por que estavam brigando?

– Queríamos ver quem era o mais forte. - responderam juntos enquanto encaravam a garota.

– Costumávamos fazer isso quando crianças. - continuou Sabo com um sorriso divertido em seu rosto, levando em seguida mais um reproche de sua companheira.

– Você deveria ser mais responsável Sabo-kun! - exclamou irritada. - Você tem um cargo importante, aja como tal! Mas, Ace-san, pretende se juntar a nós?

– Ah, não! Estou procurando informações sobre meus companheiros e aceitei pegar uma carona com Sabo. Também estou procurando saber o que aconteceu comigo para ainda estar aqui e desse jeito. - respondeu com um pequeno sorriso.

– Você não conseguiu nada nesses últimos dois anos? - perguntou Sabo, encarando o irmão com confusão.

– Estava ocupado com o treino, muitas vezes não tinha espaço para pedir informações. Apenas consegui alguns boatos dizendo que meus companheiros estavam parados por um tempo para se recuperar da guerra. Também ouvi dizer que Marco havia tomado a liderança. - Ace pensou um pouco. - Apesar que esse ultimo eu bem acredito. Já estávamos discutindo o que faríamos depois que o Oyaji já não pudesse mais ser o capitão. Seu estado já era complicado e não sabíamos se dispersávamos o bando ou se arrumávamos outro capitão. Alguns eram a favor de deixar Marco no comando.

– Sabo-kun, você não acha que Iva-chan tenha algo haver com o estado do Ace-san? - questionou Koala, logo depois de pensar um pouco. Sabo não tinha se dado conta, mas realmente esse poderia ser o caso. Todavia, Ace ainda estava confuso.

– Quem é esse Iva-chan?

– É um colega nosso, um dos lideres do exercito revolucionário. - respondeu Sabo, ainda pensando no assunto. E quanto mais pensava, mais se convencia que poderia ser aquilo mesmo. - Ele esteve em Impel Down no mesmo período que você e ele tem uma Akuma no Mi um tanto... Peculiar.

– Que tipo de Akuma no Mi?

– Ele controla hormônios, Ace-san. - dessa vez foi Koala que o respondeu. - Ele pode mudar tanto o corpo dele como o corpo dos outros. E como um Okama ele não tem problema nenhum em fazer um homem se tornar uma mulher ou uma mulher se tornar um homem.

– Mas por que ele faria isso comigo?!

– Ele pode ter descoberto que você é irmão do Sabo-kun de alguma maneira. Esse tipo de brincadeira é bem a cara dele.

– Mas por que só funcionou agora?

– Bem, não sou um especialista... - comentou Sabo, que tinha ficado estranhamente quieto depois de um tempo. Muitas coisas giravam em sua cabeça sobre o assunto. - Mas a atividade de algum outro hormônio pode inibir a atividade de outro. Você esteve sore forte efeito da adrenalina durante todo esse momento, ela pode ter retardado o efeito dos hormônios que foram injetados pelo Iva-chan.

– Bem, se foi ele mesmo vou até ele e pedir que me volte ao que era antes! - exclamou Ace enquanto se levantava de uma vez.

– Pera! Você quer voltar a ser homem? - questionou Sabo preocupado.

– Claro. Não que eu tenha algum problema com esse corpo, ele é até bom para lutas, mas é um saco ter que aturar determinados períodos do mês ou as cantadas que levo de alguns homens. Não sabe o quanto é irritante.

– Você não viu nada ainda Ace-san. - concordou Koala, cruzando os braços e maneando a cabeça como se estivesse assentindo.

– Ace eu não sei se...

Antes que pudesse completar o comentário, pretendendo informar todos os seus medos, todavia foi interrompido por um de seus companheiros que chegou para avisar sobre o jantar. Obviamente Ace não demorou-se mais ali. Tudo que pôde fazer foi soltar um pesado suspiro.

– O que foi, Sabo-kun?

– Não acho que seja bom Ace voltar a ter seu antigo corpo.

– Mas, por que? Se ele quer...

– Por que acho que se ele fizer isso pode morrer...


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenha ficado um pouco melhor. Prevejo uma fanfic bem grande, então espero que não se incomodem. Estou adorando todo esse carinho de vocês para com essa fanfic então continuarei dando meu melhor!
Ficarei por aqui então.
Bjss até o próximo ^^



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