Portgas D. Anne? escrita por Neko D Lully


Capítulo 7
Caminhos iguais


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora galera, mas tinha que saber onde o Oda-sensei ia colocar o sabo, então, agora que ele me deu o privilegio do ultimo cap posso escrever a fanfic sem medo.
AVISO COM SPOILERS! esse cap e o próximo terão alguns spoilers para quem não acompanha o mangá, então, não me responsabilizo por ficarem sabendo coisas antes da hora kk



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E dois anos se passaram.

Ace agora se encontrava naquela mesma praia, que durante tanto tempo foi palco de diversos acontecimentos que o fizeram crescer tanto. O homem que o havia guiado não estava mais presente, tudo o que lhe representava naquele instante era e pequena lapide que o próprio Ace havia feito para representar aquele velho tão louco. Nunca conseguiria ter palavras o suficiente para expressar todo o agradecimento que sentia por todos aqueles anos de cuidado.

E agora, depois de três meses de sua partida, Ace finalmente decidiu seguir em frente. Tomar um pequeno barco e deixar o do velho para as pessoas da ilha. Elas o conheciam melhor do que ela, não poderia tirar a única memória do simpático Hanry deles. Um bote qualquer, para Ace, era mais do que suficiente para seguir sua jornada. Era forte o suficiente para sobreviver apenas com aquilo.

Mas, por enquanto, ela se contentava em sentar na areia, de frente para a lapide entalhada em madeira, colocada no que achou ser o melhor lugar para ver o mar. Hanry foi um pirata, sua paixão estava no oceano e não na terra, por isso foi obrigado a achar algum lugar fora da floresta de enormes árvores daquela ilha, onde, mesmo morto, ele pudesse apreciar o palco de todas as suas aventuras.

Ace sabia todas elas, escutou cada uma com uma atenção sem tamanho, cada noite, sentados de frente a fogueira dividindo suas aventuras. Hanry era um homem com muitas histórias, levando em consideração sua idade não era para menos. Começou cedo a viajar, formou uma tripulação e desbravou os mares com eles. Não foi tão longe como Roger, seu pai, e muito menos como seu Oyaji, mas ainda assim foi o suficiente para ter incontáveis aventuras marcantes, repletas de detalhes que, se Ace não conhecesse muito bem aqueles mares, juraria que eram mentira.

E as aventuras dele finalmente haviam chegado a um fim. Ace sabia que era inevitável, mas não deixava de ser triste. Mesmo assim, permanecia com um enorme sorriso no rosto, as abas de seu chapéu junto as mexas de seu cabelo ligeiramente mais comprido balançavam com o vento daquela manhã. Suas coisas já estavam prontas, logo zarparia para procurar seus companheiros e continuar com suas aventuras. Mas Ace nunca poderia começar sem antes se despedir da pessoa que mais o ajudou em todos aqueles dois anos.

Dois longos anos.

– Finalmente chegou o dia Jiji. - começou, seus olhos encarando aquela lapide com uma consideração que só pensou que um dia teria para com sua família dentro da tripulação do Barba branca e com seus irmãos. Ace era um grande inimigo assim como também era um grande amigo. - Estou de partida, fiquei sabendo que meu irmãozinho formou uma aliança com um dos outros supernovas, estou preocupado com ele, mas alegre por ele estar bem. Também quero passar no tumulo de meu Oyaji antes de partir em minha busca, preciso informá-lo também que estou bem, não é? Ah! E não levarei seu barco, não poderia tirar essa única lembranças das pessoas dessa ilha, eles gostavam muito de você. Apesar de eu não entender como poderiam gostar de um velho tão louco! E não se preocupe, depois de tudo o que você me ensinou acho que estou preparada para enfrentar o Novo Mundo mais uma vez.

Ace se ergueu, um enorme sorriso em seu rosto. Encarou o céu que tinha sobre sua cabeça, acompanhando o movimento das poucas nuvens que se formavam. Era hora de partir. Deu uma ultima olhada na lápide a sua frente, jogando a mochila sobre os ombros, pronta para partir.

– Cuide-se velho.

E muitas coisas haviam se passado desde o momento em que começou seu treinamento. Seu irmão havia retornado as noticias depois de dois anos desaparecido, pareciam até mesmo ter sincronizado a data de retorno aos mares. Se havia acompanhado seus passos com as poucas noticias que conseguia sabia bem que sua ultima aparição oficializada pelos jornais normais foi em Sabaondy. Seu irmão sim sabia como fazer um retorno chamativo.

Em seguida, depois de procurar por mais algumas informações, acabou topando-se com as noticias do submundo. E cara, seu irmãozinho adorava procurar confusão! Punk Hazard, procurando briga com um dos maiores comerciantes do mercado negro.

E por fim, lhe veio a noticia de sua aliança com o novo Shichibukai, Trafalgar Law. Não conseguia se surpreender mais com nada. De Luffy, poderia se esperar qualquer coisa. Mas ainda estava preocupado, Luffy era ingênuo de mais, uma aliança com outro pirata, se não muito bem estruturada, poderia levar a uma traição. Não sabia quem era Trafalgar Law, todavia, tentou se convencer que, pelo menos, os companheiros que Luffy tinha arrumado eram de confiança e espertos o bastante para não deixar seu irmãozinho na mão.

Bem, por enquanto deveria se preocupar apenas em si mesmo. Um pequeno barco a vela perambulando pelo oceano do Novo Mundo não era muito animador e extremamente extravagante, por assim dizer. Em um mar tão perigoso, ninguém esperaria encontrar um pequeno barco a vela perambulando tranquilamente, deixando-se levar pelo vento.

Mas bem, Ace não tinha senso de perigo, depois de criar a confiança necessária nada, definitivamente nada, o impedia de seguir em frente.

Depois que se passou o primeiro ano Hanry o ensinou o caminho pelo qual deveria passar para sair da constante tormenta que protegia os arredores da pequena ilha onde ficou. Não seria dificuldade nenhuma escapar de todos os redemoinhos, monstros marinhos, tufões ou qualquer outro fenômeno no meio do caminho.

O Log Pose que comprou não muito tempo estava bem preso em seu pulso, Hanry o havia forçado a usar dinheiro, Ace bem poderia ter roubado, mas não fazia diferença.

Teve a sorte também de decorar algumas localizações em suas curtas viagens com Hanry, então sabia mais ou menos em que direção deveria seguir.

Seu primeiro destino seria o tumulo do seu Oyaji, em seguida tentaria arrumar uma maneira de ir para Dressrosa, onde aparentemente estavam colocando sua Akuma no Mi a premio. Por que tinha perdido a Mera Mera no Mi, não sabia. Também não tinha pensado muito detalhadamente se realmente a queria de volta, tinha treinado com o pensamento de forma a não precisar mais dela, então poderia muito bem se virar sem ela.

Seja como for, seu destino seria Dressrosa.

E por mais surpreendente que pudesse parecer Ace realmente foi com um pequeno barco a vela pelos mares do novo mundo. O percurso até a pequena ilha onde estava tanto seu tumulo quanto o do grande pirata Barba Branca sabia mais ou menos de cor. Hanry o havia levado lá algumas vezes durante um período não determinado de tempo.

Agora, deixando a longa viagem de Ace, diversos problemas já se desencadeavam antes mesmo de sua chegada e de seu inesperado encontro com seus irmãos. Nenhum deles sabia que o outro tinha o mesmo destino, visando o mesmo objetivo:

Conseguir a Mera Mera no Mi.

Não fazia muito tempo que havia sido anunciada a aliança pirata entre Trafalgar Law e Monkey D. Luffy. O navio do ultimo já aproximava-se da encosta da ilha de Dressrosa, portando quatro inquilinos chaves para a disputa que se desencadearia depois. Apesar de que, como todo um desatento que era, Luffy ainda não estava consciente do esquema que o governante dessa ilha e também shichibukai, Donquixote Doflamingo, tinha preparado para ele assim que chegasse.

Coincidentemente Sabo seguia o mesmo rumo, acompanhado por alguns companheiros revolucionários. Seu desejo flamejante de herdar a determinação de seu suposto falecido irmão queimando em seu peito como nunca. A culpa e o desespero ainda lhe embargavam mesmo depois de dois anos que recuperou suas memórias. Tinha que conseguir aquela akuma no mi.

O grande desastre aconteceu realmente no dia seguinte. Ace já tinha passado no tumulo de seu antigo capitão e, como podia, seguia seu rumo para a ilha das flores.

Nenhum deles tinha o conhecimento da confusão que geraria tais acontecimentos.

Em seu desejo de vingança contra Doflamingo, Trafalgar Law, arrastou os tripulantes do Sunny Go para uma guerra dentro de uma gaiola infernal. Seu objetivo principal era a destruição da fabrica de Smile, um produto criado por Cesar, subordinado de Doflamingo, para a criação de Akumas no Mi tipo Zoan. Se conseguissem tal objetivo, poderiam deixar a destruição do Shichibukai para seu principal comprador, nada menos que um dos quatro yonkous, Kaidou.

Toda a cidade de Dressrosa foi jogada no inferno quando os planos de Doflamingo foram desmascarados pelos piratas do chapéu de palha, envolvendo Marinha, Revolucionários, piratas e guerras entre reinos. Antigas histórias foram reveladas e a verdade tomou conta do país. Luffy lutou contra Doflamingo a fim de acabar com todas as "trevas" que devoravam o país. Sabo, feliz por reencontrar o irmão e agora possuindo os poderes da Mera Mera no Mi, se enfiou na luta atrasando a marinha, que acabou por apoiar Luffy no final, e Jesus Burges, que foi até a ilha em busca da Mera Mera no Mi.

Todo o caos foi resolvido em um dia. Luffy saiu vitorioso da luta, apesar de toda dificuldade que teve. Doflamingo foi apreendido pela marinha e a Gaiola foi desfeita. Dressrosa estava salva.

Ace havia chegado na ilha poucos instantes depois da destruição da ilha. Confuso, questionou a um dos cidadãos o que havia acontecido, descobrindo que seu pequeno e louco irmão estava envolvido em toda aquela confusão.

Bom, vindo de Luffy não era uma surpresa.

A partir dali dedicou-se apenas em procurá-lo em meio aos escombros que restavam da cidade, tomando o cuidado de passar despercebido da marinha. Poderia ser taxado de morto, mas a tatuagem em suas costas permanecia, ainda era um pirata.

Usando seu Haki seguiu a "voz" ligeiramente enfraquecida de seu irmão, afastando-se dos escombros e aproximando-se de um campo florido, estranhamente intacto. O céu já começava a escurecer, Ace conseguia perceber mais pessoas na casa, mas não acreditou que teria problema.

Apesar dos dois anos de treino a, agora garota, esqueceu-se completamente que não tinha mais a aparência que possuía dois anos atrás, antes do incidente em Marinford acontecer. Sua empolgação e emoção de encontrar seu irmão novamente, de dizer que estava vivo, era tudo o que tinha em sua mente e coração, o impedindo de enxergar qualquer coisa com mais clareza.

E como havia dito antes, Ace não era uma pessoa calculista. Suas atitudes na maior parte das vezes se embasava no impulso e no instinto. Poderia ser mais inteligente que Luffy e um pouco menos inconsequente, mas ainda era igualmente impulsivo.

Estava quase alcançando a porta de entrada quando seu corpo foi jogado ao chão. Seu braço torcido para trás antes que tivesse tempo de agir, o rosto pressionado conta as flores no chão e tendo um peso a mais sobre seu corpo. Não conseguia ver seu agressor, por mais que tentasse se soltar.

– Mas que diabos?! - exclamou desconcertado. Havia se distraído ao ponto de ser pego desprevenido. Sua raiva não poderia ser menor.

– Quem é você e o que veio fazer aqui? - a voz grossa e masculina, tinha a impressão de já tê-la escutado antes, mas não conseguia se lembrar onde. Grunhiu de dor ao sentir seu braço ser puxado com um pouco mais de força. - Espera... Você é a...

Seu corpo foi virado com força, ainda tinha o peso sobre seu corpo, descobrindo que se tratava do peso da própria pessoa que havia sentado sobre seu abdômen. Seus olhos então puderam se focar na pessoa que o havia abordado. Cabelos loiros ligeiramente cumpridos, cicatriz de queimadura em um dos olhos, a pele alva e roupa de um azul escuro, cartola sobre a cabeça.

Por algumas razão em sua mente veio a imagem de um garotinho loiro, correndo ao seu lado na floresta das montanhas de Goa.

– S-sabo?! - questionou surpreso. Obviamente tinha suspeitado que o rapaz estava vivo assim que viu os três copos de sake em seu tumulo. Apenas duas pessoas, além dele mesmo, sabiam sobre aqueles copos e tinha quase certeza que não foi Luffy a fazer aquele tipo de oferenda. Duvidava que ele ao menos tivesse ido em seu tumulo. O que só lhe deixava uma opção. Todavia, o rapaz que tinha a frente, apenas franziu o cenho em desgosto.

– Você estava naquela ilha, dois anos atrás, enfrentando aquele bando pirata. - Os olhos do loiro o fuzilavam, procurando uma explicação. Ace não tinha ideia de tudo o que estava ocorrendo na ilha, e era uma coincidência encontrar aquela "garota" novamente em meio a uma confusão pirata. - O que veio fazer aqui?

– Sabo, sou eu, Ace! - exclamou, recebendo em troca apenas um olhar descrente do rapaz que tinha sobre si. Deveria ser realmente difícil acreditar apesar das semelhanças. - Eu sei que é um pouco complicado de acreditar, mas, escute: eu e você tínhamos o sonho de sair da ilha onde morávamos e roubávamos para ter dinheiro de comprar um navio, até o Luffy aparecer e dedurar nosso esconderijo para um bando de piratas. O idiota, ao invés de abrir o bico de uma vez, aturou toda a tortura que fizeram e não disse nada sobre onde escondíamos nosso ouro, e tivemos que ir salvá-lo. Nós três passamos a roubar juntos e um dia pegamos um sake da Dandan e nos tornamos irmãos.

– M-mas não é possível. - os olhos do rapaz se abriam cada vez mais, sem acreditar no que estava presenciando naquele momento. - Ace?!


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Notas finais do capítulo

Deve estar um lixo, mas foi mais informacional mesmo, o próximo voltamos para o dialogo, teremos uma conversa entre o sabo e o Ace, Luffy, pra quem não saiba, ta desmaiado pelos machucados contra doflamingo, então com ele teremos que esperar um pouco. De qualquer maneira, espero que tenham gostado, desculpa novamente a demora e fico por aqui.



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