Portgas D. Anne? escrita por Neko D Lully


Capítulo 4
Usar Haki dentro da água?!


Notas iniciais do capítulo

Ok! Galera um review me animou muito e percebi que mais duas pessoas estão acompanhando a fic. Ficou muito feliz em ver esse progresso mesmo tendo recebido apenas três comentários. Espero que realmente estejam gostando do desenrolar da história, estou tentando ser fiel a personalidade do Ace e o trazendo um pouco de volta a infância, onde ele era um pouco mais estressado. Prometo também que não demoro muito nesse treinamento dele ;).
Bem vamos logo para a história!



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Como se já não bastasse ter que arrastar todo o caminho aquela enorme criatura que não devia pesar menos de quinhentos quilos, ainda teve que banhar-se na água gelada do mar. Agradecia o fato de pelo menos não ter mais uma Akuma no Mi para lhe incapacitar de entrar na água do mar, mas isso não sobressaia-se ao fato de que estava com frio, machucado, dolorido e desesperadamente faminto. E não deveria se esquecer do fato de que agora tinha o corpo de uma mulher e estava completamente exposto aos olhos de quem quer que aparecesse. E, desgraçadamente, o mais próximo era o velho que permanecia muito bem acomodado de frente a fogueira que ele mesmo tinha feito.

Esse dia realmente não tinha como ficar pior!

Suspirou, desanimado e desolado. Sentia-se limpo, era uma sensação reconfortante, entretanto seu espírito estava morto. Estava exausto e suas esperanças começavam a cair por terra enquanto arrumava tempo para pensar em tudo que estava acontecendo desde o momento que despertou em seu tumulo.

Já teve aquela sensação, quando finalmente parava todos os acontecimentos de sua vida e tinha tempo para respirar, e só então o mundo vinha a baixo? Todos os problemas que ainda estavam por vim junto com os que já vieram atacavam-lhe sem piedade ou compaixão. Mais perguntas lhe vinham a mente e entre elas suposições assustadoras que antes não tinha se dado conta:

E se não o reconhecessem? E se não os encontrassem? E se não conseguisse lidar com aquele corpo e tivesse que deixar de ser pirata? O que faria se não pudesse mais viver livre pelo mundo? Não sabia se conseguiria se acomodar em uma ilha e ter uma vida normal como todas as pessoas que viviam na ilha em que estava agora. Sempre foi e sempre seria um garoto, agora garota, diferente. Filho de um pirata, com uma força e uma determinação imprudentes, um desejo tão ardente de ser livre de suas correntes sanguíneas que não duvidava em cair de cara no perigo. Toda aquela personalidade de fogo estava impregnada em seus genes de tal maneira que seria impossível, mesmo que não tivesse mais escolhas, permanecer quieto.

Seus punhos se apertarem e sem que percebesse já estava descontando toda sua frustração na água que agora o rodeava. Tão frustrante, tão irritante! Aqueles pensamentos eram um saco e só queria se livrar deles. Não que ficar batendo na água como uma criança machucando ainda mais suas costelas poderiam ajudar em alguma coisa, mas Ace não se importava.

Mergulhou o corpo até o nariz e se deixou levar pelo balanço tranquilo da água até o momento que sentiu as extremidades do seu corpo ficarem dormentes, indicando que era o momento de sair de seu prolongado e gelado banho.

Enrolou-se em um pedaço de tecido qualquer que foi deixado para que se secasse e encaminhou-se para perto da fogueira, garantindo que seu corpo estava completamente coberto pelo pano. Acomodou-se em um tronco qualquer que havia sido deixado na praia como um banco e se deleitou com o calor que o fogo a sua frente lhe proporcionava.

Hanry, assim que a viu sentar, entregou-lhe um pedaço de carne dos vários que haviam sido recolhidos, separados e colocados bem próximos ao fogo. Obviamente o estomago de Ace roncou alto assim que sentiu o cheiro da carne fresca próximo a seu nariz.

Não deu mais. Ace arrancou o pedaço de carne da mão do velho igual a um animal selvagem, dilacerando enorme pedaços com os dentes sedentos e engolindo sem ao menos mastigar direito. Parecia mais uma besta do que uma garota propriamente dito e tal comparação fez o homem mais velho rir divertido. Quando Ace era um homem aquilo não devia ser muito assustador, principalmente sendo um pirata, entretanto, como uma mulher, era extremamente estranho.

– Vá com calma, fera. Esses não são os modos de uma garota. - comentou divertido, levando a boca seu próprio pedaço.

– Cala a boca, Jiji! Mesmo que agora seja uma mulher agora ainda sou um pirata! Não tenho que ter bons modos! - exclamou com a boca ainda cheia, deixando escapar pequenos pedaços de carne misturados com saliva. Em seguida voltou a devorar o resto que ainda tinha em uma das mãos, com a outra já segurava um novo pedaço, pronto para ser devorado.

– Não se irrite tanto, minha jovem! Assim que se secar, vista sua roupa para tratarmos desses machucados. - a morena apenas soltou um resmungo ainda de boca cheia.

O silêncio reinou no lugar, cada um concentrado em seus próprios assuntos. Ace não queria saber de mais nada que não fosse cada pedaço que levava a boca de segundo em segundo. Já o mais velho trazia de volta algumas ideias e memórias que tinha pensando em seu tempo livre, a maioria envolvendo a garota que havia resgatado e estava ajudando. Tudo nela indicava um detalhe que lhe encucava a cabeça, mas era difícil de acreditar.

Avaliou novamente: Uma tatuagem nas costas com uma pequena falha que parecia uma cicatriz, mesmo assim, não deixava de mostrar que se tratava do emblema dos piratas do Barba branca, de uma cor roxa bem chamativa. Em um dos braços a tatuagem do que seria o nome da garota, todavia com um S cortado antes do C. Onda a havia encontrado, o próprio nome em si, jeito esquentado. Era até mesmo difícil de acreditar, mas não tinha duvidas...

– Minha jovem, será que poderia lhe fazer uma pergunta? - a morena ergueu o rosto, completamente sujo com pedaços de carne, encarando-o com curiosidade. Não devia ter feito muitas perguntas a ela, talvez por esse motivo o encarasse daquela maneira. Sorriu. - Por acaso, você não seria Portgas D Ace? O jovem que morreu durante a luta de Marinford?

Por instantes a garota parou de comer, seus olhos negros se perderam em algum canto qualquer, tomando um brilho angustiado e triste. Parecia estar se recordando de detalhes dos quais queria esquecer, mas, por mais que pudesse ser difícil para ela, precisava saber a verdade para conseguir ajudar da maneira certa. Claro, ela deveria contar seu passado e, como uma troca, ele deveria, um dia, contar o seu.

Deixou que ela tivesse seu espaço, tem para pensar em como responder a sua pergunta ou se realmente queria respondê-la. Ele saberia se estivesse mentindo, com os anos foi descobrindo quando alguém lhe enganava. Não era fácil, mas sabia que daquela garota não seria complicado. Minutos se passaram e parecia que finalmente a garota retornava ao presente, suspirando.

– Demorou para perceber. - resmungou, um pequeno sorriso formando em seus lábios. Um sorriso, reparou, era mais triste do que realmente debochado como queria transparecer.

– Como sobreviveu? E até onde eu saiba, você era um homem. - Ace suspirou com as perguntas. Estavam demorando a vir, mas já sabia que um dia iam chegar. Deixou as carnes de lado por um tempo e voltou seu olhar para o céu, encarando as estrelas que brilhavam como nunca. Não havia lua naquela noite para opacá-las, apenas as estrelas.

– Sendo sincero não sei o que aconteceu. Recordo-me bem da sensação que tive aquele momento, eu tenho certeza que morri naquele dia... - uma de suas mãos foi parar em seu peito, agora com fartos seios. Uma pequena cicatriz havia se formado no meio deles, escondida pelos mesmos. - Quando acordei estava naquele lugar onde fizeram meu tumulo. Com esse corpo e completamente confuso. Tudo que sabia era que deveria encontrar meus companheiros, mostrar que ainda estava vivo e tentar entender toda essa situação.

– E acha mesmo que eles te ajudariam com isso?

– Mas é claro! Eles são minha família! Não me deixariam na mão! - esbravejou, o rosto se franzindo em desgosto pelas palavras que havia escutado. Não admitia, de forma alguma, que alguém falasse mal de sua família. Por mais que não tivessem relação de sangue e que não tivessem mais o Oyaji para fazer a ligação entre eles ainda eram companheiros, amigos, uma família. Nada mudaria todas as aventuras e histórias que tiveram juntos.

O mais velho sorriu. Um sorriso tão pequeno e encoberto pelas sombras da noite. Fazia tempo que não ouvia essa convicção e confiança vindo de um pirata. Talvez realmente Edward tivesse realizado seu sonho, talvez alguns piratas dignos como ele e Roger ainda existisse. Essa era ainda não estava perdida.

– E como pensa em voltar para uma tripulação tão grande se nem ao menos consegue lidar com os bichinhos que existem nessa ilha? - aquelas palavras atingiram Ace em cheio. Ele não tinha como responder. Era como se tivesse voltado a ser uma criança que não tinha conseguido chegar em suas capacidades máximas. Não poderia voltar daquela maneira, seria apenas um estorvo para seus companheiros que enfrentavam todos os dias tripulações fortes de outros piratas ou marinheiros igualmente incríveis. - Vejo que entendeu. Então vá logo vestir sua roupa para cuidarmos dos seus machucados e você ir dormir. Amanhã teremos um dia igualmente cheio.

E Ace não discutiu mais. Era um milagre de sua personalidade obedecer. Era alguém que, se não fizesse as coisas da sua maneira, quando queria e como queria, acabava por não fazer. Todavia, naquele momento, ele bem sabia, pois não era burro, que precisava quebrar um pouco seu orgulho para conseguir o que queria. Por mais que estivesse irritado por obedecer ordens, do jeito em que se encontrava agora, precisava de ajuda. Se enfrentasse o mundo da maneira que estava com certeza levaria a pior. Principalmente com a personalidade que tinha.

E assim como foi dito, o dia seguinte não foi para nada fácil.

Primeiramente acordou com um banho de água fria. Como se já não bastasse ter se banhado em uma. Em seguida foi arrastado de qualquer jeito para dentro do navio que em poucos instantes estava em alto mar. Até aí, tudo bem. Não se importava muito com tudo aquilo, já tinha acordado de formas piores e, vai por mim, não vão querer que comente essa história aqui agora.

O pior veio em seguida, quando estava jogado no chão de madeira do deck, encarando o céu sem muito interesse. Desde que foi despertado estava tentando entender a situação, mas por mais que perguntasse, esbravejasse, fizesse escândalo não conseguia uma resposta. Então, entendiado e frustrado, decidiu ficar quieto procurando algo melhor pra fazer, já que não tinha mais como voltar para a ilha. Deviam estar muito longe. Talvez fossem pescar...

– Ei, minha jovem. - chamou o velho, depois de várias horas sem dizer uma palavra se quer. Ace o encarou, já sem vontade de perguntar o que queria com tudo aquilo. Talvez o homem falasse por conta própria. - Por curiosidade, sabe usar Haki?

– Eh? Um pouco, por que? - a morena observou o mais velho descer as escadas, uma nova garrafa de bebida em suas mãos, despejando seja qual for o liquido que tinha dentro na boca do homem que a segurava. Ele apenas parou quando chegou a seu lado.

– Um pouco, quanto?

– Mas que saco! Dá pra responder minhas perguntas?! Por que eu tenho que responder as suas?! - perder a paciência era pouco. Ace estava cansado do mistério. - Não consigo controlar muito bem o Haki do rei e muito menos os outros, ta legal? Nunca precisei porque tinha a Mera Mera no Mi pra me ajudar.

– Entendo, entendo. Mas agora você não a tem mais, certo? - Ace hesitou. O homem estava certo, desde que havia despertado sentia que não tinha mais sua Akuma no Mi, estava completamente suscetível a qualquer tipo de ataque. E sem o Haki era um completo indefeso no novo mundo, onde todos o tinham ou possuíam alguma Akuma no Mi.

Hanry não precisava de resposta para isso. Sem pensar duas vezes jogou a garota para fora de seu navio. Quando Ace assustou já estava mergulhando oceano a baixo, o ar faltando em seus pulmões por causa do susto e sem conseguir enxergar um palmo na frente do seu nariz.

Desesperado se impulsionou para cima. Poderia ter ficado anos sem nadar, mas era algo que não se esquecia. Sem o impedimento da Akuma no Mi conseguiu colocar a cabeça para fora d'água, respirando profundamente e encarando o navio que tinha logo a frente.

– Ficou louco Jiji?! Ta querendo me matar?! - exclamou, a voz ainda um pouco engasgada por causa da pouca água do mar que havia conseguido engolir. Seus olhos faiscavam, dava a sorte de saber nadar. Se fosse igual a Luffy, que desde o início nunca soube, estaria morto com toda certeza.

– Sem sua Akuma no Mi você pode fazer um treinamento dentro da água. - comentou o velho, aproximando-se da beirada do navio. Um pequeno sorriso ainda desenhado em seus lábios molhados pela bebida.

– Só pode estar brincando com minha cara!

– Na água suas capacidades de locomoção diminuem consideravelmente. Além disso as águas próximas dessa ilha são diferente das demais. As correntezas formadas pelos redemoinhos que ficam envolta fazem os detritos do fundo do mar subirem, tornando a água espessa de mais para conseguir enxergar alguma coisa. Ou seja, se quer se defender dos monstros marinhos que existem nessa região, vai ter que usar seu Haki, ou então... Bem, espero que se conforme em morrer de novo.

– Com certeza ta querendo me matar, Jiji de merda! Como espera que eu aprenda alguma coisa assim?!

– Você tem que encontrar logo seus companheiros e para isso precisa ficar mais forte nesse corpo. Eu não vejo outro jeito que não seja enfrentando situações reais de perigo. A experiencia é força, então pare de reclamar e se vire com os reis dos mares!

– O que... - foi em uma fração de segundos. Ace não teve tempo de pensar ou se quer de fazer algum movimento. Uma enorme criatura surgiu a suas costas, o corpo esguio de uma serpente, dentes afiados preparados pada dilacerar a maior das criaturas, olhos azuis com duas pálpebras, sendo uma delas transparente. Escamas amareladas e afiadas.

Uma forte onda foi produzida a partir do momento que aquela coisa emergiu, Ace conseguiu enxergá-la pelo canto do olho antes dela finalmente submergir, arrastando-o junto. Água salgada desceu por sua garganta, arranhando-a sem piedade. Seus olhos se fecharam com força e por instantes teve a sensação de estar se afogando.

Quando finalmente sentiu-se flutuar dentro da água teve tempo para pensar. Seus olhos se abriram simplesmente para se encontrar com a água turva e de pouca visibilidade. Não seria nem um pouco fácil agir naquelas condições, apenas por estar debaixo d'água já estava em desvantagem. Não devia conseguir ficar sem respirar por mais de dois minutos, e isso já era muito. Se continuasse dessa maneira com certeza seria morto!

Sentiu uma movimentação na água... Não, não era exatamente como se tivesse sentindo algo se mexer! Era mais como... Sentir sua presença. Uma presença esmagadora, sedenta por algo o que mastigar. E tinha certeza, esse "algo" seria ele se não tomasse cuidado.

Não aguentaria mais ficar ali, precisava subir para tomar ar. E foi exatamente essa distração que o fez ser jogado para cima. Precisou ser esperto, mesmo no momento do ataque seus reflexos agiram mais rápido, segurando firmemente os dentes que o queriam devorar.

Estava fora da água, conseguia respirar. Mas em compensação estava praticamente dentro da boca de um enorme monstro marinho e mais desgraçadamente ainda seus dentes eram serrilhados, cortando suas mãos que tinham que segurá-los fortemente para se manter ainda com esperanças de escapar.

– Mas que droga! Seu peixo dos infernos! - usou o impulso que suas mãos lhe proporcionaram para erguer seu corpo, acertando um forte chute no céu da boca do animal, que prontamente o esculpiu, jogando-o de volta para o mar.

Ace mergulho, dessa vez mais preparado. Deveria treinar seu Haki, não era? Então a primeira coisa que tinha que fazer era identificar a presença do inimigo. Vamos, não deveria ser tão difícil, certo? Já tinha sentido a presença antes, já sabia que tinha essa capacidade desde que ainda estava com seus antigos companheiros, sabia que era capaz de "ver" por ele. Então por que era tão ruim? Falta de prática.

Um enorme corpo escamoso lhe acertou com força, empurrando-o para trás e obrigando-o a soltar um pouco de ar. Ótimo, seu tempo naquela situação havia diminuído. Precisava ser rápido, precisava se concentrar. Todavia, sempre que estava conseguindo "ver" alguma coisa, sempre era interrompido por mais um golpe.

Droga! Assim não conseguiria nada e estava começando a ficar com necessidade de respirar. Sua paciência se esgotava, sua fúria subia. Será que isso era consequência do estado do seu corpo? Ser mulher era estar mais estressado? Era sentir seus sentimentos sempre a flor da pele? Não, não era seu estado, era sua própria frustração por estar tão fraco. Não poderia culpar seu corpo sempre, conhecia diversas mulheres que mesmo tendo o corpo que tem, mesmo sendo fisicamente mais fracas que homens, conseguiam superá-los. Conseguiam ser fortes. Então por que ele não poderia ser estando da maneira que estava?

Não pediu pra estar assim, não pediu para voltar, mas se era isso que havia acontecido não poderia ficar se lamentando sempre. E nem era do tipo que se lamentava! Então teria que fazer isso direito!

O próximo ataque. Por algum motivo sabia de onde vinha. Não era seu Haki ainda, se era não estava bom o bastante, não conseguia ver necessariamente, mas sabia da onde vinha o próximo impacto. E, sabendo disso, usou de seus reflexos rápidos para segurar o corpo daquela coisa.

O ar estava acabando, tinha pouco tempo agora. Ou fazia aquela coisa emergir ou teria que soltá-la.

Com dificuldade subiu até sua cabeça e usando as mãos cortadas e ainda sangrando acertou um de seus olhos. Isso fez com que o grande monstro marinho se agitasse e guinchasse de dor. Em um impulso desesperado de tirar o que tinha sobre si elevou-se até a superfície, colocando uma parte do seu enorme corpo para fora.

Ace agora tinha ar, tinha mobilidade, tinha tudo o que precisava. Mas deveria ser rápido. Se afundassem de novo ele estaria na desvantagem novamente. Precisava terminar tudo em um golpe, em um único golpe.

Concentrou toda sua força, canalizou tudo em seus dois braços enquanto se apoiava apenas com a perna, mesmo que a sentisse sendo cortada pelas escamas afiadas do enorme animal. Estava tão concentrado que não percebeu a mudança em seus braços. Não era como se, de repente, tivesse ficado completamente musculosos, mas mudaram de cor, como se tivessem virado metal...

Hanry observou e sorriu. Não estava muito distante da confusão e seu barco era chacoalhado pelas ondas produzidas pela briga. Mas ainda conseguia se manter bem firme e de pé sobre o convés, encarando a garota que não reparava no que ela mesma fazia.

Existiam três tipos de Haki. O do armamento, o da observação e o haki da determinação, ou Haki do rei se preferir. Ace possuía os três, não tinha muita experiencia em usá-los, mas ainda os tinha. Os dois primeiros eram adquiridos por meio de treinamento, já o ultimo você deveria conquistá-lo. Apenas grandes conquistadores o tinham. E Ace era um deles.

Sorriu, a garota derrubava o monstro marinho com uma força assustadora ganhando mais aquele desafio. E quem diria! Estava viva apesar de bastante machucada.

A puxou para dentro do navio e arrastou tanto ela quanto a carcaça do monstro marinho para a ilha. Era seu almoço. Ace desmaiou pelo cansaço e esforço. A luta tinha durante algum tempo, mas sentia que ele ainda não tinha conseguido o que realmente queria que ele conseguisse.

Ace precisava a aprender a não depender totalmente de uma Akuma no Mi. Estava mal acostumado a ter sempre os poderes destrutivos da sua e perdeu um pouco de sua habilidade em lutas normais. Mas bem... Isso tinha concerto.

– Jiji no baka... - resmungou a garota enquanto dormia, roncando baixinho e com a boca completamente aberta.

Riu. Era engraçado ter aquela sensação de cuidar de alguém novamente. Pensou que nunca mais a teria depois... Daquele incidente...


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Notas finais do capítulo

E então? Aproveitem que estou animada, estou com grandes planos para essa fic e algumas outras que estão na minha mesa de projetos. Logo poderei trabalhar em todas pq estou perto de entrar de férias ^w^.
Ok! Termino por aqui e já começarei o próximo, por favor, aproveitem e me digam o que acharam ;). Ta ruim? Ta bom? Ta péssimo? Qualquer critica é bem vinda e construtiva.
Dito isso: Bye bye mina!



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